O Cacto e a Rosa Seguir história

Antes de iniciar a história de Anderson Silveira e Samanta Palmer, vamos voltar algumas décadas, onde esse casal nem pensava em nascer. O pai de Anderson todavia viajava em busca de aventuras e emoções por todos os lugares que passasse com os amigos, ao contrário de Janice, mãe de Anderson que tinha como principal meta sair da casa dos pais e fugir o mais rápido possível com o primeiro turista que surgisse em seu caminho. E nessa busca entre aventuras e novos amores passageiros o caminho de César e Janice se unem, no entanto o que era para durar a vida toda, se estendeu até César descobrir que a recente aventura tinha trazido uma consequência que nem em sonho ele desejava ter: Janice estava grávida. Sendo assim, ao lembrar que em hipótese alguma os pais aceitaria nem a mãe, tampouco o filho com uma nordestina, ele não pensou duas vezes ao abandoná-la grávida. O sonho de Janice em sair de casa tinha se concretizado, porém, da maneira mais humilhante, ao ser expulsa e jogada ao relento grávida de sete meses, por sua vez ela não encontrou outra saída, a não ser se casar com o empresário mais renomado e bem sucedido de Trancoso, uma cidade pequena no estado da Bahia. Embora, Antônio soubesse que a futura esposa não esboçava nenhum sentimento por ele, ainda assim ele a amou sem esperar nada em troca. E no decorrer dos anos, eles tiveram dois filhos que puxaram ao pai. Por mais que Anderson não fosse biologicamente filho dele, Antônio fazia questão de tratá-lo como se fosse o que despertava na esposa tamanha admiração. Entretanto, com o crescimento das crianças, Antônio sugeriu que todos fossem morar em Caxias do Sul, a sua cidade natal. Janice acatou a mudança, mas com a condição que eles viveriam um pouco distante dos familiares racistas e preconceituosos de Antônio que a avistava como uma golpista.
Quando eles viajaram no ano de 2003, Anderson tinha apenas 11 anos, idade suficiente para entender que a diferença da cor da pele dizia se seria um indivíduo onde a sociedade aceitaria ou não. E pior que ser vítima dos constantes insultos e brincadeiras de mal-gosto era ser apaixonado justamente pela garota que o humilhava de todas as formas possíveis, desde a escola até o condomínio de luxo.