mandy-mars Amanda Karynne

“Querido Diário: Não sei o que fazer com Baekhyun! Às vezes sinto que o amo tanto que mal consigo respirar. Mas às vezes, queria jogar um tijolo na cabeça dele!? Em suma – ele me enlouquece.” Anne vivia às voltas com a personalidade excêntrica de seu namorado. Era apaixonada por ele há mais tempo do que podia se lembrar. Porém de uns tempos pra cá, ele tinha desenvolvido o péssimo hábito de lhe testar a paciência! A tática de sedução favorita dele? Deixá-la enciumada. Claramente não funcionava – só servia pra deixa-la ainda mais louca! E se Anne resolvesse lhe dar o troco, pagando na mesma moeda, huh? Será que ele manteria aquele riso cínico no rosto – ou ferveria de raiva igual a ela? Hoje saí com um cara que não é o Baekhyun. Não foi ruim. Mas também não foi bom como é com ele. Estou muito confusa e com muita raiva do Baekhyun!? É tudo culpa dele!?” – Ah se esse Diário falasse. DIÁRIO | ONE SHOT | CHANYEOL | IT’S DAYANNE’S DAY | EXO | BAEKHYUN ⌈™ & Copyright © 2020 By Mandy Mars. Todos Os Direitos Reservados⌋ Plágio é crime


Conto Para maiores de 18 apenas.

#exo #hetero #provas-de-amor #park-chanyeol #byun-baekhyun #anne-gomes #jennie-kim
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O conteúdo do Diário.

➠Todos os personagens são adultos;

➠Os fatos e eventos aqui descritos são fictícios;

➠Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas – terá sido mera coincidência;

➠Enredo contraindicado para menores de 18 anos;

➠Criança – o que você ainda está fazendo aqui? Esse conteúdo não é pra você;

Aos demais, boa leitura. Por favor, leia as notas finais.


“Querido Diário:


Não adianta dizer que é brega uma mulher feita, escrever suas memórias em um caderno e chamá-lo de “Querido”. A vida é minha, o diário é meu… em suma, faço o que eu quiser! Sou fina, não? Tá… continuando:

Já perdi as contas de quantos diários eu já escrevi. Este é do ano de 2017. Tenho 22 anos recém completados. Sou apaixonada por meu vizinho de quadra, Byun Baekhyun – e ele é assim:

Num momento, um anjo de candura. No momento seguinte, o satanás em forma de gente!

E hoje é um daqueles dias, em que eu quis castrá-lo!”

Anne Gomes vivia naquela vizinhança a vida inteira. Gostava de Baekhyun desde antes de entender que existe uma forma diferente de “gostar” das pessoas. A companhia dele lhe fazia bem. E o fato dele ser lindo, não atrapalhava em nada os sentimentos de Anne por ele.

Pois bem, Baekhyun é daquele tipo de cara bonito, que sabe que é bonito – uma perdição! Mas entre idas e vindas – discussões acaloradas! E uma boa dose de ciúme misturado com paixão, ele acabou por se render aos encantos da srta. Gomes.

E recentemente ele estava com essa mania estúpida, de se deixar paquerar por outras garotas!? Até parecia que queria apanhar!?

“Mas vejam só a ousadia deste filho da puta!?” – Citação tirada de uma das páginas do diário fiel e companheiro de Anne, que enchia páginas e mais páginas de histórias sobre Baekhyun.

A maioria felizes.

O primeiro beijo… que aconteceu quando ela tinha 15 anos. E que aquele safado fez questão de se certificar de que ele havia roubado!?

O aniversário de um mês de namoro… coisa de um ano depois de terem se beijado no jardim de sua casa, ocasião esta em que ele lhe dera uma aliança de compromisso de prata.

O Baile do ensino médio junto com a colação de grau. Ah! A droga do baile de formatura! Todos os cretinos e babacas do colégio apostaram entre si, que nós transaríamos logo depois da festa…

Bando de idiotas... Já tínhamos feito isso um tempo antes...


“As memórias desse dia permanecem vívidas em minha mente. O fato de tudo ter acontecido tão casualmente, desafia a lógica quando paro pra pensar. Nós nos paqueramos por mais de um ano antes de assumir um compromisso – antes dele me dar essa aliança de prata linda que eu nunca tiro do dedo! – Por mais incomum que possa parecer, nas vezes em que as coisas “esquentavam” pra valer, era sempre ele quem pedia uma pausa.

De alguma forma, Baekhyun se sentia responsável por mim. Eu achava bobagem, uma vez que a nossa diferença de idade é de apenas alguns meses. Mas enfim… sempre que de alguma forma, durante beijos e mais beijos, eu ia parar sentada em seu colo, ele puxava o freio de mão. Naquela época eu não entendia que a preocupação dele não tinha nada a ver com idade...

— Anne-ah, estamos indo muito rápido.

— Baekhyun-Ssi… você não me quer? – Lembro de ter arrancado essa pergunta idiota do fundo do meu cérebro. Ele sempre dizia que não queria “me forçar a nada”. Mas aí é que está!? Eu queria sanar minhas dúvidas e transar com ele, ora essas!? E eu não estava sendo forçada a nada. A não ser que, me deixar febril de desejo e não fazer nada a respeito entre na lista.

— É claro que eu te quero, Anne-ah... Você tá me matando pra ser bem sincero.

Me lembro de voltar lentamente para a posição em que estava antes – sentada bem naquele “lugar especial”.

Ainda estávamos completamente vestidos.

Mas tanto ele quanto eu, sentíamos o desejo acelerando nossos corações. Nos fazendo transpirar mais que o normal.

— Você tem certeza disso, Anne-Ssi? – ele me encarava fixamente, como se pudesse ver através de mim.

— Absoluta, Baekhyun-Ssi. – Eu não hesitei.

Nós estávamos nos agarrando na sala de televisão da casa dele.

Mas quando decidimos ir até o fim, nos trancamos no quarto dele, no segundo andar da casa.

Me lembro de gostar de ouvir as histórias que as minhas amigas que já dormiam com os namorados contavam. O que é? Sou curiosa, oras. Mas nenhuma delas chegou nem perto de relatar algo parecido com o que foi a nossa primeira vez.

Era muito tesão acumulado, só pode.

Muitas das minhas amigas diziam que era estranho e constrangedor ficar nu em frente a outra pessoa (e que a vergonha triplicava ao observar a outra pessoa nas mesmas condições) mas não foi vergonha que eu senti ao ver o Baek nu em pêlo na minha frente. Foi algo parecido com fascínio, eu fiquei hipnotizada. E eu quis tocar. No corpo dele inteiro, era quase como se fosse BOM DEMAIS PRA SER DE VERDADE!

Veja bem, eu não sou uma mulher alta (eu era bem nova quando isso aconteceu – mas pode crer, eu não mudei nada) logo o que tinha de realmente avantajado em minha anatomia eram os meus seios. Grandes, arredondados e que ficaram rijos e empinados, como se quisessem chamar atenção!

Imagino que o mesmo fascínio que senti por ele, o tenha atingido em relação a mim. Porque tão logo nos vimos livres de nossas roupas, sentimos aquela vontade imperiosa de tocar, de sentir um ao outro.

Teve aquele momento da aproximação da qual não se pode voltar atrás. Teve o momento em que senti uma pontada lá, uma dor inesperada e desagradável. Teve o momento em que choraminguei “amaldiçoando a minha curiosidade” e o fato do Baekhyun ser tão malditamente atraente e teve o momento em que ele calou a minha boca com beijos.

— Faz essa dor passar, Baekkie... – Sentia que aquele desconforto não ia passar nunca.

— Já vai passar amor... – E beijou meu ombro. – Tente ficar calma.

Eu genialmente, decidi que ficaria sob ele na primeira vez.

E achava que o problema era esse, que droga! Era minha primeira vez!? Como eu ia saber, que independente de quem vai em cima, ou embaixo ia doer pra caramba? Que não dá pra escapar disso? Huh?

Como eu disse, ele calou minha boca com beijos – e me fez esquecer a dor.

Porque não tem nada mais “afrodisíaco” que os lábios dele contra os seus (no caso os meus!) isso eu já tinha entendido.

Instintivamente nossos corpos reagiram.

Ele vibrava dentro de mim, como se estivesse prestes a explodir, meu corpo inteiro formigava o calor foi se tornando absurdo. Senti meu corpo inteiro estremecer, Baekhyun trincava o maxilar, se controlando o quanto podia pra não me machucar. Eu senti uma onda de alívio percorrer meu corpo, quando ele passou a mover-se sob mim logo adquiri um ritmo constante, até não poder mais ficar quieta e passar a gemer seu nome enquanto me mexia intensamente sob meu namorado.


E foi assim que perdi a virgindade, numa cama de solteiro, com o cara por quem eu sempre fui apaixonada. E ignorando que no começo doeu demais, as outras vezes foram ficando cada vez melhores. Foi a nossa primeira vez. Nada supera a expectativa da primeira vez. Semanas antes da formatura – e do baile.

Durante o evento solene, ninguém conseguia apagar aquele sorriso idiota que se formou nos nossos rostos. E a gente se divertiu demais!?

Mas diferente das minhas amigas, o que Baekhyun e eu fazíamos entre quatro paredes, nos era precioso demais, pra sair por aí contando para todo mundo. Sim, Baekhyun é cheio de surpresas e sim, eu não fico atrás!”

Porém havia algo que Anne não conseguia entender.

Porque ele dava trela para as garotas que ficavam dando em cima dele, sendo que ele era comprometido?

Anne ficava meio doida, só com a possibilidade de outra boca tocar a dele.

Sentia que morreria de ódio, se isso acontecesse.

Porém ele, sempre dava aquele sorriso sapeca como se quisesse (quase como um desafio) que ela visse as coisas por outro ângulo. O que Anne se recusava terminantemente a fazer.

Mas quanto mais ela se irritava, mas ele a provocava.

“Querido Diário:


Não sei o que faço com Baekhyun! Às vezes sinto que o amo tanto, que não consigo respirar – me rouba literalmente o ar dos pulmões. Mas às vezes quero dar um tiro nele!?

Explico:

Eu sou ciumenta, droga! Eu sou ciumenta pra cacete! E depois que ele descobriu isso, está fazendo da minha vida um inferno! Acho que não passa pela cabeça do meu namorado que eu possa querer revidar do mesmo jeito, né? E se eu pegasse um dos amigos dele, huh? Será que ele ia achar assim tão divertido?”

ChanYeol tinha a mesma idade de Baekhyun.

E eles eram amigos de longa data. Channy topava quase todas as “aventuras” que o outro lhe propunha – desde as coisas maneiras – até as maiores roubadas;

Principalmente as roubadas, ChanYeol era um ímã de problemas, um para-raios de confusão.

Pois bem, Baekhyun estava com uma ideia ruim na cabeça. E não achando suficiente, decidiu contar essa ideia para ChanYeol, um de seus melhores amigos:

— Channy, você acha que a Anne algum dia vai superar esse ciúme besta que ela tem de mim?

— Sei lá cara. Ciúme é um sentimento muito forte. E demonstra apego. Ela te ama de verdade. Não acho que ela vai deixar de ter ciúme de ti, não.

— Cara, a Anne nunca ficou com mais ninguém além de mim.

— Bom pra você! – “Porque esse otário tá contando vantagem? Aish.”

Os pensamentos de ChanYeol o estavam perturbando. Não que ele tivesse inveja do amigo. Mas Anne era uma garota muito atraente. Qualquer um daria um braço, pra provar o gosto dos beijos dela. E aqui estava seu amigo, bancando o trouxa dizendo que ela só conhecia o gosto dele. “Babaca convencido.”

Só que Baekhyun não estava contando vantagem, na real, ele se preocupava. E se ao conhecer outras pessoas (tarde demais) na vida, Anne descobrisse que ele não era isso tudo? E se depois de construírem uma vida juntos, ela acordasse um dia e decidisse ir embora?

Anne era ciumenta;

Baekhyun paranoico.

Que bela dupla.

— Terra para Baekhyun! – ChanYeol estalou os dedos bem na frente do rosto do outro.

— Huh! Desculpe cara viajei longe agora.

— Eu notei! Você ficou com os olhos vidrados. E daí que a Anne nunca ficou com mais ninguém? Ela gosta de você, não precisa de mais ninguém.

— Aí é que está. – E olhou sugestivamente pro amigo.

“Querido Diário:


Baekhyun está aprontando, eu posso sentir.”

É, ele estava.

Mas não tinha nada a ver com outra garota.

Ele estava era querendo arranjar “sarna pra se coçar” como diriam os ahjussi.

Ele estava teimando com ChanYeol.

O desafiou a tentar ficar com Anne – e ainda teve a pachorra de debochar do outro ao afirmar:

— Você não consegue, ChanYeol. Além do mais, se você estiver certo, Anne só tem olhos pra mim.

À primeira vista, parece pura e simplesmente pretensão, certo?

Certo.

Só que não era.

Lembrem-se de que Baekhyun era paranoico.

Ele tinha pavor de perdê-la.

E era doido o bastante pra levar uma galhada numa boa, desde que isso os aproximasse mais.

Como ele ia conseguir provar essa sua tese sem lógica, eu também quero saber!?

O resumo da ópera – e da ideia mais sem lógica da história, é que ele conseguiu convencer seu amigo, a tentar seduzir Anne, ali às voltas na roda de amigos mesmo. ChanYeol amaldiçoava a si mesmo, por ser tão fácil de dobrar e por sua incapacidade de dizer “não”.

Não que a ideia de dar uns amassos em Anne lhe desagradasse, longe disso. Ele tinha medo era de gostar demais e se enrascar por isso.

“Querido Diário:


Baekhyun arranjou um emprego. Acabaram-se as nossas tardes de folga e preguiça. Nos veremos bem menos – e logo eu também terei que encontrar um trabalho! Droga, as coisas estão acontecendo muito rápido! Agora sim, a nossa vida parece um carro sem freio. Sinto falta dele.”

Anne notou a aproximação de ChanYeol.

Notou também que não fez qualquer esforço para afastá-lo de si. O que é estranho. Tinha ciência de que nunca estivera mais apaixonada por Baekhyun que naquele tempo. Mas ainda assim – ChanYeol tinha seu charme.

Ele não era insinuante e pegajoso, como era de se esperar de um cara que dava em cima da namorada do melhor amigo com claras intenções de “furar o olho” do mesmo (Que ditado mais antigo!).

Por mais que no fundo, Anne soubesse que não devia dar corda pras investidas de ChanYeol – se sentia inegavelmente envaidecida. Se sentia desejada – e essa sensação é viciante.

Algo que ela despercebeu, foi que Baekhyun “abriu espaço para” esse caso extra namoro acontecer. E se ela tivesse desconfiado, teria rodado a baiana!?

Numa noite de roda de soju com a galera, numa barraquinha de comida no centro da cidade, Anne finalmente cedeu aos avanços de ChanYeol. Baekhyun saiu mais cedo. Tinha que ir trabalhar no dia seguinte.

Mas ele não fez muita força para que ela o acompanhasse.

O que a deixou frustrada e furiosa.

— Deixe que eu a levo em casa, Baekhyun.

Ao que ele acenou com a cabeça positivamente e deu um sorriso estranho.

O que apenas fez a raiva de Anne triplicar!

“Querido Diário:


Hoje eu dei um passo maior que a minha perna.”

Seria pedir muito que aquele estúpido percebesse que estou carente – e preciso MESMO dele? – Anne não se conformava. Entre uma garrafinha de soju e outra, ela ia arquitetando na mente, a briga que ia começar com Baekhyun assim que chegasse em casa – Você quer dormir meu bem? Pois é a última coisa que você vai fazer! – pensava com raiva.

Mas não foi nada disso que aconteceu naquela noite.


“Eu podia culpar o soju.

Eu podia culpar o Baekhyun, pois tava morrendo de raiva dele.

Mas não conseguia culpar a mim mesma, nem as reações do meu corpo.”

ChanYeol me levou em casa como ele havia prometido. Fomos andando, passos vacilantes e meio cambaleantes, uma vez que ambos estávamos bêbados. Há poucos metros de casa, porém, o assunto acabou e nós fomos ficando conscientes demais da presença um do outro, nos atraindo de uma maneira sutil, mas impossível de negar. Quando dei por mim, os lábios do Park ChanYeol estavam rentes aos meus, numa carícia leve, quase reverente. Só que daí EU tomei as rédeas da situação, o empurrei contra um muro de um terreno vazio e o beijei selvagemente. Usei toda a raiva que eu estava sentindo do Baekhyun, pra invadir a boca do Park. – Daí vocês podem me perguntar: Tá e daí? Um beijo. Não significa nada mulher, por mais apimentado que seja é só um beijo! Que droga! Que mixuruca, pra escrever no diário:


“HOJE DEI UM PASSO MAIOR QUE A MINHA PERNA.”

Tenha dó! Justo. Seria fazer caso a troco de nada, uma tempestade num copo d’água. Se tivéssemos parado no beijo. ChanYeol não pretendia ir além do beijo. Pra falar a verdade, ele já tinha até mesmo admitido a derrota pro convencido do Baekhyun. Ele não tinha feito qualquer progresso nas suas cantadas jogadas no ar, na esperança de Anne o notar.

Só que as coisas mudaram radicalmente naquela noite.

Eles se beijaram, se desejaram e ele resolveu mandar sua consciência pro inferno. Anne estava reagindo ao beijo de maneira incendiária.

E o Park não sabia dizer não.

Quando deu por si, já estava pressionando o próprio corpo contra o dela – e fazendo a maior loucura da sua vida. Fazendo sexo com a namorada de seu melhor amigo, atrás de um muro.

Uma desgraça total.

Mas foi tão excitante.

Anne movia os quadris pra lá e pra cá, o fazendo perder qualquer contato com a realidade – sua consciência cada vez mais obscurecida pelo desejo. Tudo que seu corpo entorpecido conseguiu executar, foi a ação de abrir a braguilha, assim como subir o vestido dela até o umbigo, empurrar sua calcinha para o lado e meter forte e duro arranhando no processo, as nádegas de Anne no tijolo nu do muro de concreto até que os dois gozassem com as bocas sedentas, que se beijavam afoitamente. Ele a invadia com movimentos cadenciados, enquanto os gemidos de ambos eram abafados pelos lábios um do outro e o impacto de suas investidas era absorvido pelo muro atrás deles.

Quando tiveram um orgasmo, suas mentes voltaram a se situar.

E então nos demos conta de que ainda estávamos na rua, e que nosso ato sexual poderia ser observado, em vista do lugar onde estávamos. Então rapidamente nos recompomos e cada um seguiu pra sua casa.


“É diário amigo:

Hoje eu beijei outro homem e não foi só isso. Nós transamos. No meio da rua. Não no meio da rua literalmente – mas foi quase. Ai meu Deus, parece muito pior quando escrevo! Transei ao pé do muro de um lote vazio, com um dos melhores amigos do Baekhyun. Me sinto muito estranha – mas não me sinto culpada. Foi com o ChanYeol, os homens são tão estranhos. Sei lá se o Baekhyun já sacou que o Channy vem me secando a um século!? Mas acho que ele não ia ficar muito contente de saber do que rolou entre a gente hoje. É, eu dei um passo maior que a minha perna.”

Ao chegar em casa, tratei de tomar um banho, na tentativa de apagar as marcas que o Park deixou em meu corpo. Isso foi razoavelmente fácil. Difícil foi apagar da mente as imagens em technicolor, da transa contra o muro.

Para a srta Gomes, foi impossível conciliar o sono naquela noite.

Acabo de te trair

Em pensamento

Não deixo você ouvir

O que te traz sofrimento

Acabo de me trair

O que é que eu estou dizendo?

Se é amor tem

Desencontros

Amar também

Um contra o outro

E lutar sempre

Por esse amor

Que morre e reascende

Melhor

“Querido Diário:


Acho que sou uma idiota rematada. Sinto que tenho que contar ao Baekhyun, eu morro de ciúmes dele. E tenho quase 100% de certeza de que se ele resolver “relevar” e permanecer comigo, nunca mais vai confiar em mim. Eu não confiaria. Mas foi coisa de momento e não consigo guardar isso pra mim – nem por mais um segundo que seja. O Park nunca comentou o que houve, mas sei lá né? Homens são estranhos.”

A real é que Channy bem que queria tirar aquele ar de “Sr. Dono do mundo” de Baekhyun. Mas ao ver a reação fria de Anne, e a maneira como ela resolveu pôr tudo na conta dos altos índices de álcool no seu sangue, o fizeram recuar.

Não vale a pena batalhar por uma causa perdida.

Mas ali em um canto recôndito de seu coração, ele guardaria aquela experiência com muito carinho.

Existem provas de amor

Provas de amor apenas

Provas de amor

Não existe o amor

Não existe o amor

Não existe o amor não existe

O amor

Apenas provas de amor

Acabo de me separar

Sem fazer alarde

Te ligo quando chegar lá

E te escondo a verdade

Nós vamos nos reconciliar

E você nem sabe

“Diário amigo:


Resolvi que vou contar tudo ao Baekhyun hoje.

Deseje-me sorte.”

E foi o que Anne fez.

Primeiro disse o menos pior (em sua concepção):

— Baekkie, precisamos conversar.

— O que foi bae, é uma D.R? O que eu fiz? – Disse alarmado.

— Na verdade não, você não fez nada. Eu que fiz algo.

— Bae (namorada), seja lá o que for, não acho que vá mudar o que sinto por você. – Ele disse seguro.


“Tão confiante.”

— Não tenho tanta certeza disso, bae (namorado).

— Ué...

— Eu beijei outro cara, Baekhyun. – Anne o interrompeu, vomitando as palavras, pois sabia que se hesitasse não conseguiria falar e ir até o fim daquela história.

Ele a encarou um pouco surpreso.

— Quem?

— Park ChanYeol.

Estranhamente, ele respirou aliviado.

— Não tem problema, Anne. – As coisas tinham corrido como o planejado, não?

Não.

— Não foi só isso, Baekhyun.

Agora um par de olhos muito atentos voltaram-se para ela, não perdendo um único movimento sequer.

— Ele tocou você? – Sua voz perdeu o humor, mascarando uma certa fúria.

— Nós transamos.

E parte do mundo ruiu. Pelo menos foi o que pensei no momento.


“Agora você (é você que tá lendo meu diário! Você!) deve estar se roendo de curiosidade né? Pois bem, eu já tinha mencionado aqui, que o Baekhyun é cheio de surpresas? Não? Acompanhe.”

— O que você sentiu? – Ele segurou minhas mãos, e nos sentamos frente a frente.

— Ah qual é Byun!? Que tipo de pergunta é essa? – Me vi desconcertada com a naturalidade com que ele estava lidando com a situação.

— Não fuja da pergunta, Anne. O que você sentiu?

— Foi bom, droga! O que você quer que eu diga?

— A verdade. Foi melhor do que é comigo?

— O quê? – Sério que você está me perguntando isso?

— Outra vez Anne-ah, não fuja da pergunta. Eu quero saber. Ou vou ficar muito bravo.


“É sério isso produção, meu namorado é doido. E está curioso sobre meu coito com outro cara. Já não estou entendendo mais nada.”

— Não, não foi nada parecido com o que rola entre a gente.

E era verdade.

ChanYeol foi coisa de momento. Excitação passageira, epifania dos sentidos… Baekhyun era o seu “porto seguro”. Seu amante de todas as ocasiões, seu primeiro e único. E nem se batesse a cabeça, deixaria de amá-lo e de desejá-lo.

반짝이는 oh 넌 순간

banjjagineun oh neon geu sungan neon neon

Você brilha, oh você!

황홀하게 내게

hwangholhage naege wa

E naquele momento

쏟아지는 유성우

ssodajineun yuseongu sok

Você vem extasiada até mim

(너 역시도 나를 원했단 걸)

(neo yeoksido nareul wonhaetdan geol)

Dentro da chuva de meteoros que se derrama

어둠을 지나서 너를 태워서

i eodumeul jinaseo neoreul taewoseo

Você também me quer

눈부신 빛을 던져버려

neon nunbusin bicheul deonjyeobeoryeo

Eu vou levar você além dessa escuridão

가까워지는 널 (밤 세워 기다려)

gakkawojineun neol (bam sewo gidaryeo)

Como você joga essa luz encantadora Você está chegando mais perto

Babe Babe 오직 나만의

Babe Babe ojik namanui

Querida, querida

Eu espero por você a noite inteira

Lady Lady Luck Luck Luck (so listen)

Lady Lady Luck Luck Luck (so listen)

Minha própria garota, garota, de sorte, de sorte (Ouça-me)

“Querido Diário:


Estou nas nuvens e nem sei direito como isso é possível.”

Depois de contar sua aventura sexual pouco usual com ChanYeol – algo um pouco menos usual que isso aconteceu. Baekhyun se tocou que a estava negligenciando? “Vocês perguntam”.

Não exatamente. “É a minha resposta.” Mas ele fez algo que não fazia há tempos…

Me levou pra jantar fora. Num restaurante muito elegante em Gangnam. Já disse que a reação dele me deixou ultra confusa? Pois é, e eu fui ao jantar sem saber o que esperar.

A noite foi maravilhosa, sim. Ah é, e quase quebramos os protocolos do lugar. Porque o lindo do meu namorado pervertido sentou do meu lado, e sem a menor cerimônia ou vergonha na cara, ficou pressionando meu sexo sob a mesa.

Pense, um lugar lotado – em sua maioria por famílias, e o Baekhyun me torturando cinicamente sob a mesa.

Ele quase me enlouqueceu.

Quase cheguei lá várias vezes, mas ele sempre freava no último momento e sorria diabolicamente pra mim. “Maldito!”

No táxi de volta pra casa ele sussurrava indecências em meus ouvidos – e eu o encarava emburrada. “Eu vou te detonar essa noite, amor.” – Pensava brava e sexualmente frustrada. Extenuada com todo aquele “chove e não molha sem fim.”

Mas ele sabia exatamente o que estava fazendo.

Já em casa, ele não me deixou pensar. Agarrou meu bumbum e me pressionou de encontro ao seu corpo. Ele já estava duro feito pedra. Nem sei a quanto tempo ele estava daquele jeito – vai ver foi por isso, que ele não parou um segundo sequer de me bolinar!?

— Meu amor, tudo bem por aqui? – Disse dando um meio sorriso, acariciando seu membro sob o tecido.

— Não, nada bem minha querida! Seu oppa precisa urgentemente de você.

Havia pressa e um certo desespero em sua voz.

Mas eu também não estava muito diferente.

Nos livramos de nossas roupas.

Começamos a nos beijar com o ímpeto do desejo a nos guiar.

Me aninhei em seu colo, sentindo-o me preencher, depois comecei a mover-me em um vai e vem delicioso. Acho que nunca antes tinha me atentado para as expressões de prazer do Baekhyun.

Ele não xingava enquanto fazíamos sexo.

Ele gemia manhoso, gostoso, agudo.

Me fazia subir e descer em cima dele, sem esforço algum. Éramos o encaixe perfeito. Agora eu tinha algo para comparar – mas não trocaria seus toques por nada, nem por ninguém.

Mudamos de posição.

Ele agora me estocava com força, fazia meu corpo estremecer entre suas investidas. E era minha vez de gritar de desejo. De incentivá-lo, de morder seu ombro, quando os choques de deleite se espalhavam por meu corpo, de girar meus quadris para liberar ainda mais aquela sensação de euforia, de quando estávamos à borda do ápice.

A cama rangia, à medida que ele se enterrava em mim, me levando à loucura.

Pude senti-lo tremer ante a força do orgasmo e sentir meu íntimo quente com seu esperma.


“É, definitivamente estou nas nuvens.”

Logo após nossa transa apoteótica (pra fazer as pazes, talvez?) Baekhyun me contou sobre aquela conversa fiada que ele teve, tempos atrás com o ChanYeol.

Eu teria batido nele, se o desgraçado não tivesse razão.

Sem essa ideia estúpida, eu jamais teria ficado com outro cara – porque, por mais que esse pabo não se ligue, eu o amo e não me vejo tendo o que nós temos, com outra pessoa.

E ficou ainda mais evidente, o quanto sou doente por ele.

Porque momentos depois, lá estávamos nós outra vez transando como coelhos – só que dessa vez no banheiro. Os tapas que ele me deu no bumbum ainda estão aparentes!

Ele é assim. Hora gentil, hora selvagem e eu o amo, amo demais pra conseguir quantificar.

Vamos nos casar em alguns meses e se ele continuar nessa animação logo logo, terá uma pequena, ou um pequeno mini Baek correndo por aí.

“P.S.: Diário Querido:


Outro dia peguei Baek lendo você, o palhaço estava rindo, veja só! Eu fiquei indignada, lógico. Ele disse que não poderíamos deixar nossos filhos lerem minhas anotações, porque eu sou muito doida e anoto todas as coisas “mais picantes” nesse caderninho. Baek é muito safado, meu Deus... E só depois, foi que vi que ele grampeou a letra de uma música coreana muito gostosa de ouvir.

Se chama Lady Luck.

Eu amei quando fui ouvi-la. Recomendo a vocês que façam o mesmo. Vai que, enfim. Acho que a "Lady luck" aqui sou eu. Por hora é só, diário querido.”

FIM.

Notas Finais


→ Escrevi essa one-shot em 2017 para uma amiga (a @httpslill );

→ Só recentemente passei o texto pelo Word, corrigindo umas coisinhas que de outra forma não seria possível;

→ Muita coisa aconteceu – mas a fic continua aqui;

→ Estou mais relax (até parece);

→ Ainda amo receber review!? Respondo todos;

→ A one-shot tem duas músicas que casam perfeitamente com a história;

→ Provas de amor – Titãs;

→ Lady luck – EXO;

→ Espero que tenha divertido vocês – até!!!

16 de Setembro de 2020 às 23:20 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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Amanda Karynne "A vida é o que acontece, enquanto você fica atarefado fazendo planos... ou qualquer outro clichê."

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