awaldman Aaron Waldman

Vivendo a calma de sua vida, Edward Nash nem espera como que sua rotina irá se distorcer completamente, se tornando um livro de ficção científica com reviravoltas e revelações, porém, também a união e fortalecimento de amizades duradouras, após sua vida ser ligada a um mistério e um roubo ao bilhonário excêntrico e misterioso Corman Drex.


Ficção científica Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Capítulo I: O Fim

"O Fim está próximo, ou já teria ele chegado?" Ex-Papa Dragul


- O Antigo diário de Orion Mercury, O Viajante. -


O ano é 2050 atualmente. Se eu soubesse que o mundo todo estava perdido, eu teria tentado algo diferente. Bem, irei explicar resumidamente como que o mundo todo veio ao fim.

Poderemos começar explicando o 'como', certo? Vamos lá, existia uma teoria que foi nomeada de "Teoria Do Universo Rasgado", o universo está em constante expansão. Você provavelmente já ouviu isso, mas, quem sabe, nunca parou para se perguntar qual é o limite. Até que ponto as coisas podem ser esticadas antes de se romper?

Se a aceleração do universo for infinita, ou seja, continuar a aumentar, dentro de um espaço de tempo, todas as forças que mantém nos nêutrons e prótons em seus devidos lugares serão superadas.

Na época, acreditava-se que a galáxia sofreria uma grande perturbação; três meses antes, o sistema solar será desprendido do todo; 30 minutos antes, a Terra iria explodir e 10-19 segundos antes, os átomos se dissociariam, dando fim a tudo, disse um famoso cientista chamado Stephen Howard Phillips, o mesmo era cadeirante, mas, errou a sua previsão, e nada realmente aconteceu, nem com o universo, nem com a terra, nem nada, estranho. Então pegue tudo o que eu falei e jogue no lixo.

Porém, outro fator os fez sair pouco tempo antes desse suposto desastre ocorrer, a temperatura, que já era altamente elevada, cerca de 76 °C, logo as águas eram muito quentes, quase impossíveis de beber, por isso éramos obrigados a beber água em pó (que funciona como um multiplicador da água, por exemplo, se eu tiver um copo de água e jogar a fórmula, terei mais água!), a grande maioria dos animais estavam Pré-cozidos na natureza e o que restou de plantas foram cactos ou palmeiras.

Logo em seguida temos o terceiro e principal fator: a poluição. Chegamos a um nível de que um homem de cerca de 40 ou 45 anos trocou de pulmão duas vezes na vida, colocando um pulmão 'falso', devido a altos níveis de poluição que poderiam levar à morte.

Agora que eu já expliquei como que o mundo acabou, vou lhes contar onde vive a sociedade atual.

Nós após notarmos que a vida na terra estava arruinada, nós organizamos expedições para ver o espaço afora, e ver se seria possível achar algum planeta onde a vida seria agradável e semelhante a que a gente tinha na terra.

E assim encontramos ao sistema solar de Tau Pyxidis, no total tendo quarenta e três planetas, sendo deles 21 com vida inteligente e desenvolvida, e todos com climas agradáveis aos humanos, mas, de todos esses, apenas três planetas foram os escolhidos, por questões de sua vida inteligente ser inferior, e, de certo modo, fácil de escravizar. E o mais favorável deles sendo o planeta HJ-6543(Atualmente nomeado de Héstia), que era um planeta ótimo para as condições de vida para os humanos, tendo água e terra em abundância, e como oxigênio não era mais um problema tão grave, nos instalamos nesse planeta.

Após alguns anos em Héstia, descobrimos uma nova praga, que dizimou a milhares de pessoas, muitos dizem que ela foi espalhada por uma empresa como forma de ganhar dinheiro ou algo assim. Aproveitando a deixa, Corman Drex fundou a empresa Drex, onde começou a fabricar de tudo um pouco, assim, com a praga crescendo, Corman desenvolveu uma cura, presente nos temperos atualmente.

Depois de alguns anos, a Drex fundou a República Da Nexus, uma espécie de exército louco, uma ditadura para quem é de outras espécies "A terra pertence aos humanos!" Nexus era cruel, mas foi aniquilada pelo Drex depois de alguns anos, quando atingiu o controle populacional que buscava. Na época muitos, com o objetivo de fugir, se escondem em enormes Bunkers, com seus aparelhos conhecidos como Vanilla-Vision, eles criam um mundo paralelo, igual ou similar ao real, mas diferentemente da realidade, o Vanilla-Vision cria um lugar ideal dependendo do que você deseja, uma vida animada? Uma vida feliz? Ou uma vida animada, com uma espécie de identidade criminal? Está feito meu caro, apenas consiga um Vanilla-Vision.

O único defeito é, Vanilla-Vision tem suas maneiras de ser detido, caso a Nexus te descubra, seu corpo real é morto, e consequentemente, sua realidade, sua história, acaba. Caso tenha sorte, pode ver como é o mundo real, caso sobreviva, claro. Ou, pode ocorrer exatamente o contrário, você pode ser preso para sempre nessa "realidade" e o pior, não tem fuga, somente se ocorresse uma revolta, ou algo assim.

E quanto aos outros dois planetas? Bem, um deles sendo o planeta de Catalysm, uma espécie de foco e polo industrial enorme, tudo o que nós, humanos, queremos longe, colocamos nesse planeta, tendo funcionários os quais devem habitar e serem trocados de tempos em tempos devido a poluição, ele nunca foi muito bem explorado, afinal, sem os devidos equipamentos você morre em questão de minutos.

O terceiro planeta, é similar a Héstia, mas, não é bem um planeta, é uma estação espacial gigante, naves, ligações por meio de pontes, casas voadoras e até mesmo barcos espaciais da SKC dominam e formam o "planeta" Kalahan, ele, de fato apresenta de certo modo uma camada de terra, mas sendo ela bem menor do que a massa atual para ela ser considerada um planeta, é o berço do comércio ilegal.

E é agora que a história real começa, mas especificamente trinta e sete anos após a descoberta do ‘novo mundo’.


- Fim Das notas -


-27 anos depois-


Acendi o meu cigarro de palha com a ponta incendiária que havia no meu dedo, estava do lado de fora do The Yellow Duck. Parte leste da grande cidade de San Núbia, a única parte dessa cidade de merda onde você pode ficar o tempo todo sem ouvir uma única palavra em espanhol. A noite estava fria, as luzes refletiam no chão molhado, haviam bitucas de cigarro e algumas garrafas velhas de whisky barato, o cheiro de mijo e cigarro era o cheiro que toda a rua tinha, um cheiro nojento, mas também era nostálgico. Podia ver algumas pessoas que conhecia na fila, era normal, venho aqui a bastante tempo, entre essas Big Jhow, um presidiário foragido, aqui ele poderia ficar de boa, não seria preso ou denunciado, talvez morto em uma briga.

Meu cigarro estava quase ao fim, joguei a bituca no chão, e pisei sobre a mesma, as brasas se espalharam pela calçada que estava molhada pela chuva da noite anterior, entrei novamente ao bar, abrindo a enorme porta de madeira que dava ao seu interior. Todas as quintas vinha no bar The Yellow Duck, era um bar relativamente pequeno porém bem movimentado, tinha um enorme balcão de madeira que praticamente cruzava o bar, as paredes vermelhas na base de madeira da mesma cor do balcão e algumas mesas de bilhar igualmente de pano vermelho, o chão era de tábuas de madeira que rangiam ao se pisar sobre, a cozinha do bar ficava no canto direito, tendo-se acesso à ela por um corredor estreito, que levava igualmente ao banheiro unissex do bar, atrás do balcão se tinha uma enorme “estante” cheia de garrafas de bebidas e barris de chope, alguns quadros eram espalhados de forma mal colocada no bar, mas ainda sim, eu amava aquele local, mais para o fundo havia um Karaokê livre, e um enorme painel com a foto dos clientes mais próximos, isso me incluía, o cara que toda quinta ia aproveitar alguns drinks do Barman Félix.

Félix é meu amigo desde que nos conhecemos na Expedição De Instalação da nave Crepúsculo-187 em 2060, ou algum tempo depois disso, não sei bem dizer já que eu tinha apenas 4 anos no dia da expedição. Alguns robôs limpavam a espelunca e recolhiam os talheres, entregando-os para outros robôs na cozinha, eram no total quatro, dois no salão e dois na cozinha, Félix era quase que substituível ali.

Algumas pessoas, sentadas no bar, desfrutavam de um novo drink o qual Félix havia criado o Yellow Bomb.

-Você sempre soube como fazer um bom drink, certo Félix?

Félix apoiou no balcão uma garrafa de Brand - Uma marca de bebidas alcoólicas fermentadas de frutas, arrumou seus cabelos cacheados que haviam uma cor de café, logo Félix olhou para mim com seus olhos que sofriam de Heterocromia (um olho de cada cor) sendo um olho de cor cinza esverdeada e o outro completamente azul.

-Nem sempre, ou na expedição teria o embebedado Eddie.

Ele sempre me chamou de Eddie, desde nossa infância, eu lembro de nós brincando nos parques de Palavra-Criada, onde um falava uma palavra aleatória que nós normalmente não sabíamos o significado real, e e com a ajuda dos Dyers - Um pequeno equipamento que era colocado como fones em nossas orelhas, só que bem maior que fones, criávamos, por um curto período algo achávamos que era essa palavra, isso ajudou a ficar mais criativo.

-Hahaha, concordo, mas o que me recomenda a tomar agora? já estou ficando louco de lembrar da Lena. Pode me recomendar algo?

-Bem, Eddie, posso te usar como cobaia de uma nova mistura que estou adaptando, se aceitar, claro.

-Desde que você não me drogue e me venda para algum sadomasoquista louco, tudo bem.

Félix calmamente pegou uma das garrafas da enorme ‘estante’, suas mãos velozes preparavam o drink com agilidade, alcançando os equipamentos com maestria, por fim, alcançou a coqueteleira vermelha que brilhava devido à luz, calmamente ele despejou essas bebidas na coqueteleira, adicionou um pouco de Brand e bateu o que devia bater, então, ele despejou o conteúdo da coqueteleira em um copo de boca larga, adicionou alguns cubos de gelo e mexeu o drink, o colocando sobre a mesa e dizendo:

-Uma boa dose de arrependimento, Eddie... -Eu logo caí na risada, pegando o drink com meu braço mecânico e exclamando.

-Hahaha, irei me arrepender de beber esse drink?

-Se você acordar de ressaca amanhã...

-Devo admitir que você é um artista em ser engraçado, Félix.

Uma das belas damas a qual Félix continha em tal bar se aproximou lentamente de mim, sua roupa de coelhinha balançava as orelhas, ela assim cutucou meu ombro. Seu corpo havia uma perna mecânica, que brilhava em algumas luzes e travava ao se andar dando leves travadinhas, sua roupa rosa colada e quase transparente revelava outras partes mecânicas, que era possivelmente de algum site chinês barato.

-Claro! você não é engraçado, então eu tenho que ser, caralho. – Félix falou.

Eu peguei meu drink e falei a moça, que havia soltado uma risada com a piada de Félix.

-Também não é você, se manda, ok? Eu e Félix somos amigos íntimos, eu e ele, não eu, ele e você. Além disso, se eu colocar meu pau nisso tem bastante chance dele ser cortado por uma dessas engrenagens.

-Isso me lembrou seu pai... - Félix falou, olhando para baixo.

-É... Foi foda o que rolou com ele, se ao menos eles tivessem checado...

-Talvez ele não teria explodido em várias partes. - Félix disse em um tom monótono. - Foi uma merda que a nave dele explodiu.

-É, o melhor soldado da comissão morto em uma explosão, irônico, não acha? - Eu respondi. - Ainda acho que pode ter alguém por trás.

Logo, me levantei do balcão, me sentando em uma mesa onde estava sentada uma de minhas doces amigas a qual frequentavam esse fundo do poço.

-Hey, 0161, como vai? – Questionei, nenhuma pessoa sabia seu nome real. - Lembra de mim?

Seus olhos cor de âmbar encontraram os meus, ela pegou a garrafa de Brand, e deu um gole direito do gargalo, apoiou a garrafa na mesa e olhou para mim.

-Edward, você sabe que Leon quer sua cabeça. – Ela me disse calmamente. – Ele como dono da polícia, quer achar o culpado do assalto, e você é suspeito.

-Eu sei, 0161, mas, acha que o idiota do Fullzky vai revirar os registros da penitenciaria de quando eu tinha 18 anos?

– Perguntei a ela. – Qual é, foi apenas um envolvimento leve, uma “mexida” nas câmeras de segurança da Holloway Bank, a culpa não era minha que seu sistema de segurança era uma piada!

-Leon Fullzky é amigo do Corman, Edward. – Ela disse. – Eles podem estar te olhando.

Me sentei em sua mesa.

-Se ele quiser vir aqui, e meter uma bala na minha cara. – Coloquei a faca sobre a Madeira dura e escura a qual compunha a mesa. – Que ele tente a sorte, estou cagando para quem que ele vai enviar para tentar me matar, esse cara morre.

-Mas cê sabe que o Fullzky tem seus contatos, ele tem gente na Nexus.- ela observou a mesa por algum tempo, como se estivesse lembrando de algo. - Aqueles caras foderam minha vida.

Voltei ao balcão, pensando no que 0161 me disse, eu poderia estar sendo monitorado? O Holloway Bank nem era uma empresa muito grande, um banco pequeno de uma cidade no sul. E quanto a 0161? uma velha amiga, encontrei ela após um porre, ela que me carregou para casa naquele dia, acordei na sala dela, achando que tinha invadido uma casa ou algo do tipo, e bem, era algo bem comum de ocorrer. Me sentei e olhei para Félix, no exato momento, o bar entrou em uma queda no silêncio total, por que entrou uma espécie de homem no bar, todos o olharam assombrados, usava um chapéu marrom com um longo sobretudo preto, seu braço esquerdo era metálico, e parte de seu peito igualmente metálica, provavelmente uma prótese de pulmão, deveria ser alguém do ‘Mundo Velho’, carregava com sigo uma maleta preta e azul, notei a expressão de Félix mudar ao ver o tal homem, que havia se sentado em uma das mesas ao lado do balcão, logo muito curioso perguntei ao Félix:

-Algum problema, Félix?

Ele olhou para mim da forma mais séria, nunca o havia visto assim, sabia que isso era algo do Félix, já que ele é viciado em benosplasína injetável - Uma droga que vem sendo batalhada na justiça já que pode ser medicinal devido a sua brisa ser de um relaxamento muscular intenso, porém se usada diariamente ou muito pode levar à uma forma de brisa diferente, algo mais alucinógeno, logo chegando perto de mim quase que subindo no balcão, Félix disse sussurrando palavra por palavra, lentamente:

-Aquele cara, reconheço ele de algum lugar, mas não lembro onde...

Surpreso e mais curioso ainda, eu falo:

-Deve ter visto ele em algum lugar, a cidade é pequena...

-Pouco provável, ele me parece bem mais familiar.

Ele fala isso analisando o homem, que ao notar os olhares furtivos de Félix, se levantou se dirigindo ao balcão, se apoiando no mesmo, a maleta ainda estava na mesa, o que tinha ali não parecia ser de valor ao homem, logo ele falou com uma voz grossa e que ressoava pelo bar, todos o analisavam e o temiam.

-Olá, Félix Hatdax, ou deveria dizer... Z203?

O tal homem levou a mão ao sobretudo removendo do mesmo uma pistola de núcleos concentrados de tesla, basicamente bolas de raios que matam qualquer pessoa, eu paralisado de medo (e talvez burrice) não tive a chance de revidar ou ao menos fugir do homem, que ligeiramente encostou a ponta do supressor na lateral direita de minha cabeça, todos no bar ficaram ligeiramente assustados. Sentia a ponta da arma fria em meu rosto, pensei em tudo que eu já havia passado, tudo que vivi, os filhos que eu nunca tive por causa da merda estúpida de um drink de quinta, imaginava antecipadamente a dor do tiro, naquela hora, a única certeza no mundo que eu tinha era que eu iria morrer, 0161 ria da minha cara, por não estar tão machão. Porém, com velocidade Félix pega a garrafa de Brand que estava em cima do balcão e arremessou-a no homem, foi distração o bastante para que Félix pudesse retirar de baixo do balcão uma espécie de porrete de ferro, a qual usou para golpear o homem que caiu desmaiado no chão do bar, as pessoas pararam de falar o observaram a cena, e logo voltaram a conversar normalmente. Ainda paralisado e mais em choque, tentando falar, mas sem obter sucesso, Félix tentou me tranquilizar:

-Calma Eddie, já passou, agora temos que chamar a polícia e descobrir quem é esse cara.

Entrando em uma situação de puro desespero e adrenalina respondi:

-Calma o caralho, tive a porra de uma arma encostada na merda do meu rosto Félix, era para ser apenas mais um drink de quinta e virou um livro de aventura sci-fi!

Félix atravessou o balcão e começou a mexer nos bolsos do homem, e logo, sem sucesso, disse:

-Não achei nada, vamos aos fundos chamar as autoridades para virem buscá- lo.

Félix foi aos fundos rapidamente, mantendo a porta aberta, logo eu o acompanhei, ele discou o número da polícia e relatou:

-Um homem armado entrou em nosso bar e ameaçou meu amigo... Ele apontou a arma para nós... Sim eu o nocauteei, ele está no chão do meu bar nesse momento... Aham, Rua 727 Platafor... Ué, caiu?

Félix calmamente colocou o telefone no gancho, quando olhou para o lado viu o homem com a arma apontada para nós, ele havia desligado o sinal com uma espécie de Jammer que estava em sua mão direita.

-Muito esperto de suas partes fugirem da lavagem cerebral da corporação, mas não acham que somos bobos, acham? Bom, não somos.

O homem andava pela sala ainda apontando a arma para nós, enquanto falava:

-Em quem atirar primeiro? Ooh quanta dúvida...

Eu levei a mão ao meu bolso, lembrando que eu havia guardado uma faca retrátil, seu cabo era de madeira e sua lâmina afiada, tinha uma trava que impedia que a lâmina saísse do lugar ao estar sendo usada, ganhei a mesma na época da escola, dada por um amigo, que os deuses o tenham. Rapidamente retirei a faca e abri sua lâmina, correndo na direção do homem que estava com a arma apontada a Félix, saltei e encravei a faca em seu pescoço, foi a primeira vez que vi alguém morrer tão de perto.

O homem, sem forças caiu de joelhos no chão, deixando assim a arma cair, e antes de morrer disse suas idiotas é últimas palavras:

-Podem se livrar de mim, mas eu sou substituível, a corporação irá os perseguir e quando os encontrar, estão mortos.

Félix, ligeiramente assustado com a situação, olhou para mim e disse:

-V-você está louco? matou um cara no meu bar, o q-que fazemos agora?

Eu então fechei a lâmina e a guardei, respondendo ao Félix:

-Era isso ou tomar uma bala em minha cabeça, feche o bar mais cedo hoje.

Félix por sua vez cutucou o corpo com a ponta do sapato, olhou ao redor e a enorme poça de sangue que havia se formado abaixo do homem cadavérico, e repetiu calmamente a seguinte frase:

-Isso vai dar trabalho de limpar...

E como se era de imaginar, deu mesmo trabalho para limpar, nesse dia aprendi que assassinato é cruel, é horrível, mas acima de tudo, assassinato é trabalho. Eu e Félix começamos a discutir sobre o que o homem quis dizer com a palavra “corporação”:

-Ele se refere a algo em específico, Félix?

-O homem mencionou lavagem cerebral ou algo do tipo...

-Certo, entramos em uma corporação e passamos por uma lavagem cerebral? Mas se passamos, como você lembra do tal homem? Quanto sabemos... Ou melhor, o quanto você sabe?

Félix, por alguns minutos fechou os olhos e se concentrou, tentando acessar o lado mais obscuro de sua mente, tentando se lembrar, seus músculos se contraíam, ele estava se empenhando realmente nisso.

-Aah, Félix? conseguiu lembrar de algo?

Perguntei-o de forma tímida, sem querer interromper qualquer linha de pensamento. Félix, em uma espécie de epifania abriu seus olhos e sua boca estava trêmula. Entrando em uma espécie de choque de realidade? ou apenas alguma brisa da benosplasína? ele calmamente pronunciou de uma forma que era como se tal palavra saísse de dentro dele, algo como um grito sufocado e desesperado, o grito da realidade:

-CORMAN DREX.

Ele se apoiou na mesa, havia se concentrado tanto que perdeu parcialmente o equilíbrio no momento, logo após um leve susto, eu perguntei:

-Corman Drex?, o dono da Corporação Drex?, a empresa que fabrica os maiores produtos tecnológicos como o IGOOD 9.56?

Félix ainda se recuperando disse rapidamente:

-Conhece algum outro Corman Drex, Eddie?

-Ahm...Não, Félix.

-Então acho que respondi todas suas perguntas.

Me sentei no banquinho do balcão, apoiando o braço esquerdo nele, logo eu disse:

-Mas, tem certeza que isso não foi algum tipo de efeito alucinógeno da benosplasína, Félix?

-Edward, isso não foi uma brisa, eu senti isso, eu sei que é verdade, você não confia em mim porra?

-Eu confio Félix, mas você mesmo sabe que pode ser uma brisa certo?

Ele arrumou sua franja que estava caindo ligeiramente sobre a testa:

-Eu sei, Edward, eu sei...

-Então, tenho uma ideia, depois de toda essa confusão, você vai parar de usar benosplasína, Ok?

-Só se você parar de comer doces, cê tá virando uma mini foca.

-Certo, temos um acordo.

Me levantando do banquinho, arrumei meu casaco de couro e coloquei meus óculos escuros, eles me deixavam fodão.

-Precisamos de respostas Félix, e eu sei quem vai ajudar a conseguir.

8 de Setembro de 2020 às 09:14 0 Denunciar Insira Seguir história
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Aaron Waldman Sendo bem honesto, não tem muito o que falar.

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