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Redemption - Redenção Redenção: Redenção é o ato ou efeito de redimir ou remir, que significa libertação, reabilitação, reparo, salvação. É o ato de adquirir de novo, de resgatar, de tirar do poder alheio, do cativeiro. É livrar-se de um passo arriscado, é livrar-se das penas do inferno.


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Clark vs Bruce

Torrencial era a tempestade que caira sobre a cidade aquela noite. Os relâmpagos eram a fonte de luz que clareava aquela grande sala que apenas tinha uma luminária e um notebook ligados sobre a mesa repleta de pastas.Já se passavam das 22hs, e de fato apenas ele e os seguranças estavam na empresa. Havia tanto a fazer naquela noite, contratos a serem revisados, análise das planilhas de lucros do último mês pois Lucius Fox estava de férias então o empresário resolveu cuidar disso pessoalmente, e por fim mas não menos importante, o teste de campo com seu mais novo dispositivo de combate ao crime. No entanto, esse último não fazia parte das famosas empresas Wayne, não sob o conhecimento de todos. Sendo assim, ficaria para mais tarde, certamente na madrugada.

Com os olhos fixos no notebook, Bruce pegou sua caneca de café e a direcionou aos lábios, notado em seguida que aquela bebida estava com sabor de qualquer coisa menos café. Então se levantou na intenção de fazer um expresso, quando o clarão de um raio lhe fez notar uma silhueta frente a grande porta de vidro da varanda. Não mostrou qualquer expressão que indicasse surpresa, apenas seguiu até o local destravando as trancas.

Tudo que pôde sentir foi o vento gélido que pairava em Gotham, misturado pela velocidade sobre-humana criada por aquele ser que o levou até o meio da sala em segundos, unindo seus corpos e como resultado o encharcados de água. Não teve tempo ao mesmos de formar um protesto a tal atitude, pois os lábios frios tomaram os seus em um beijo desejoso e envolvente, prontamente correspondido.

Clark era assim quando estava ao seu lado, e na maioria das vezes Bruce até o comparava a um cachorrinho que sempre mostra euforia ao ver o dono, embora estivesse longe de ser dono daquele belo “Labrador”.

Após partir o beijo, Wayne franziu o cenho notando que Clark ainda não havia o solto. Não era como se não quisesse estar tão próximo ao outro, mas as gotas de chuva no uniforme do Super penetravam o tecido do seu traje social entrando em contato com sua pele quente e o incomodava.

— Kent… — O advertiu. E com um sorriso o super decidiu dar o espaço que o parceiro da Liga queria. — O que faz aqui a essa hora além de deixar meu escritório e eu molhados? — Ele sacudia o paletó.

O outro seguia novamente até a porta para fechá-la, mas não pode conter o sorriso com a pergunta do empresário.

— O chão da sala não foi proposital, quanto a você...bem, digamos que eu goste de te ver molhado.

O morcego semicerrou os olhos com aquela resposta ousada e de duplo sentido. No entanto não se deu ao trabalho de responder a provocação, apenas desistiu do café e foi acender as luzes para pegar uma toalha de rosto no toalete.

— Liguei várias vezes e você não me atendeu, aí perguntei ao Alfred e ele me disse que estaria aqui… E então, a que horas pretende sair? — O kriptoniano observou a papelada sobre a mesa e a julgar pelo horário sabia que a resposta não o agradaria.

Em um reflexo perfeito, agarrou a toalha que foi jogada em sua direção.

— Não tenho um horário disponível hoje se é o que quer saber — Wayne respondeu já retornando a sua cadeira, pronto para continuar seu trabalho.

— Alfred também me contou que anda muito focado no trabalho, tanto aqui quanto na batcaverna. — Ele sentou-se na cadeira a frente da mesa. — Que tal tirar uma noite de folga hm?! Poderíamos fazer algo juntos, afinal de contas já faz um bom tempo que não…

— Algum problema com a senhorita Lane? — O moreno de expressão séria interrompeu ao outro, ainda direcionando sua atenção ao notebook.

— Você sabe que não se trata disso Bruce.

— Ao contrário de você não posso me dar ao luxo de tirar uma noite de folga, o meu poder é o dinheiro, sem ele não posso garantir tecnologia suficiente para criar dispositivos capazes de deter toda a escória de Gotham.

— Dá para ser menos Batman pelo menos por algumas horas? — Clark sorriu divertindo-se com a seriedade do outro.

Estava com saudades de estar entre os braços do bilionário, entregues ao desejo que a muito deixaram ser livre. Ainda era um enigma para o filho de Krypton compreender como o vigilante de Gotham, calculista, controlador e sempre discreto, houvera entrado em uma relação que o colocava em uma posição tão vulnerável. Mas uma coisa era certa, Clark adorava o que tinham, mas também não conseguia explicar, tá certo que havia os atributos visuais que não deixavam a desejar, mas era além disso, muito além…

— Clark onde está a Lois? — Nesse instante Wayne fitou o outro — Creio que não no Planeta Diário, então deve estar em casa o esperando — Bruce deu um sorriso de canto.

— É a segunda vez que menciona a Lois na nossa conversa, algo que não costuma fazer quando estamos a sós, o que está havendo Bruce?

— Apenas lembrando que ela precisa de você, não eu. Tenho muito trabalho Clark, sem tempo para aventura sexuais — O moreno respondeu seco.

Os anos de convivência fizeram com que ambos se conhecessem o suficiente para notar quando escondiam algo um do outro. Ainda disposto a ignorar a rispidez do empresário, Kent se levantou e foi até onde Bruce estava, virou a cadeira para trás e apoiou seus braços fortes nas laterais do móvel, com o corpo levemente inclinado para baixo. Bruce apenas observava toda aquela ação.

— Você está bravo comigo pela minha ausência no último mês? Ora Bruce, estou aqui agora, e essa noite sou todo seu — Kent sorriu e indicou que investiria um novo beijo naquele homem que tanto fazia seu corpo estremecer.

Para sua surpresa, antes do ato se concretizar ouviu as palavras de Wayne atingi-lo de maneira voraz e nociva.

— Acabou.

— O-oque? — Ele se ergueu novamente, dando a oportunidade para que o empresário se levantasse e criasse uma certa distância.

Nesse instante o celular do morcego começa a tocar sobre a mesa e a imagem de Diana foi vista no aparelho por ambos. Sem pensar duas vezes Wayne atendeu.

É, eu estou meio ocupado— Iniciou o outro.

— Bruce você prometeu— A voz de Prince do outro lado da linha mostrava-se desapontada.

— Quarenta minutos ok?

— Nem um minuto a mais morcego. Beijo.

Ambos encerraram a chamada e Kent parecia não acreditar no que acabara de presenciar.

— Quer uma carona ou vai apreciar a tempestade novamente?

— Não vai se quer me dizer o motivo? — Clark estava sério. Sabia que o relacionamento deles não seria para sempre, em contrapartida, nunca pensou em como ou quando chegaria ao fim, e ver como Bruce friamente dava-lhe a notícia, causava uma dor sentimental ainda desconhecida por ele.

— Diana e eu combinamos algo para esta noite, eu havia esquecido. Então...— Wayne desligou o notebook dando sua função por encerrada por aquele dia.

Kent não era simplório, e sabia muito bem que o combatente de Gotham também não, então estava claro que Bruce estava o evitando e não fazia qualquer questão de disfarçar, mas a pergunta era; por que?

— Não tem tempo disponível para nós, mas todo o do mundo para a Mulher Maravilha, eu poderia até tentar entender se não tivesse terminado comigo como se recusa uma matéria para o jornal — Sua voz mostrava seu incômodo com isso.

— É natural, Diana e eu saímos há um ano e meio ao contrário de nós. Eu teria que dar uma razão para ela, mas entre nós, não é necessário.

— Você e ela são namorados, todos sabem disso e ainda assim resume o relacionamento de vocês como “estamos saindo”, já disse pra ela que é assim que vê as coisas?

Clark não costumava se envolver nos assuntos amorosos de seus amigos, principalmente entre a princesa de Temiscira e o Morcego de Gotham, esse era o acordo entre ele e Bruce, um relacionamento aberto, resumido a sexo sem compromisso, sem cobranças e totalmente sigiloso. Mas ao ouvir o outro diminuir o que tinha com a namorada o fez sentir-se mal, pois não havia palavras para descrever o relacionamento secreto iniciado a um pouco mais de nove meses e que agora terminou de maneira tão fria.

— Acho que esse não é um assunto que deva ser discutido — Wayne ficou próximo ao outro como se esperasse que ele se retirasse para então seguir seu caminho.

— E não é, mas desde que cheguei tem agido de maneira indiferente mais que de costume, me deu um fora com a desculpa de que não teria tempo, depois diz que não me quer mais, então ela liga e tudo muda. Como se sua obsessão por justiça fosse menos importante que transar com a mulher mais poderosa do mundo — Internamente Clark se sentia ridículo por dizer aquelas coisas ao invés de simplesmente acatar a vontade daquele homem tão inflexível quando lhe convinha.

— Está com ciúmes Kal-El? Está violando o protocolo — O moreno virou-se para seguir até a saída mas teve seu braço segurado pelo o outro moreno.

— Protocolo? Eu não sou um desses seus malditos investimentos, não faço parte de um contrato — Ele soltou o braço do bilionário — Eu só não aceito ser tratado como algo descartável, eu quero respostas Bruce e você irá me dar.

— Precisa tanto assim me levar para a cama? Isso me faz novamente questionar onde estará a grande jornalista de Metrópolis? — Provocou

— Para de falar da Lois, ela não tem nada haver com isso!

O dono daquele grandioso império pegou um envelope que estava embaixo de algumas pastas e entregou ao outro.

— Quanto tempo achou que eu levaria para descobrir?

No envelope continha um convite, mas não era um simples convite, se tratava de algo que houvera pego Bruce Wayne de surpresa, algo que fez com que seu mundo perdesse toda a estrutura que construiu desde a morte de seus pais. Estava bravo, totalmente confuso, cheio de perguntas para si e para o homem surpreso em sua frente. Ele tinha consciência que estava errado, mas se recusava a admitir, pois caso acontecesse, descobriria que finalmente achou sua fraqueza.

— Bruce eu...onde conseguiu isso?

— E isso importa?

— Não. Eu ia te contar, só precisava de um tempo — Superman tentou se aproximar mas cessou seus passos — É que…

— Achou que eu ficaria incomodado? Isso prova o quanto não me conhece Clark — Wayne novamente deu seu leve sorriso de canto, que contrastava com tudo que estava sentindo por dentro, mas que seu ego e orgulho não lhe permitiam expressar — Eu não ligo se o alienígena resolveu estreitar de vez os laços com a humana. Mas sim por não ter sido avisado com antecedência.

Kent ouvia o que o morcego lhe dizia, mas não acreditava que aquelas ironias eram totalmente gratuitas. Bruce Wayne não era assim, e isso o surpreendeu ainda mais.

— Antes da batalha contra o monstro do Luthor eu planejava pedir a Lois em casamento, então aconteceu todas aquelas coisas, a minha morte, Lobo da Estepe… dois anos se passaram e ela usando o anel que minha mãe entregou a ela durante o meu velório,já estava mais do que na hora…

— Não finja que está sendo pressionado! — A voz de Bruce se elevou de um modo inesperado, unindo-se ao som dos trovões que ainda reinavam nos céus de Gotham — Vai se casar porque ama Lois Lane, quer ter uma família e um cachorro chamado Krypto. Essa é a verdade…

— É, é exatamente o que eu quero, casar, construir uma família… Nunca foi algo que eu tivesse que esconder. Nem todo mundo vive nas sombras Bruce.

Nesse instante o bilionário respirou fundo engolindo em seco a veracidade as quais aquelas palavras lhe atingiam.

— Eu preciso ir, não preciso de mais uma discussão hoje — Batman disse se referindo ao quanto Diana ficaria furiosa com o atraso do namorado.

Entretanto, antes de fechar os lábios, Clark já estava entre ele e a saída do escritório.

— Rompeu comigo porque não lhe contei sobre o casamento?

— Não. — frio

— Então essa conversa ainda não acabou — Super estava com um olhar intimidador que era retribuído no mesmo nível pelo morcego.

— Acabou sim — O morcego deu sua última palavra e ainda esperava pela liberação da passagem para a saída do escritório.

Kal-El estava nervoso com aquela situação, mas se via obrigado a desistir, pois sabia que Wayne não lhe diria nada que o fizesse entender o término, e também não iria continuar se humilhando.

Com o assunto encerrado, Superman se afastou e foi observado caminhar até a porta por onde havia chegado e abri-la. O vento forte adentrou a grande sala acompanhado de pingos de chuva que mais pareciam granizos. Ele olhou uma última vez para Bruce e então partiu, com tanta velocidade a ponto de trincar os vidros da passagem.

O bilionário também saiu batendo a porta, precisava ir para casa, necessitava imediatamente reorganizar seus pensamentos, pois a máscara que criou, o homem frio que se tornou, estava prestes a se corromper.

2 de Setembro de 2020 às 03:18 0 Denunciar Insira Seguir história
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