lilmiew Yasmin de Carvalho

Quando começo, meio e fim se confundem, significa que não importa como começou, para onde vai ou se terá ou não um final, o que importa é que... Simplesmente... É. Ou melhor, somos. Uma obra original de Yasmin de Carvalho. Todos os direitos Reservados. © lilmiew | 24/05/2020, 22:00hs.


Conto Todo o público.

#amor #sentimentos
Conto
0
3.7mil VISUALIZAÇÕES
Completa
tempo de leitura
AA Compartilhar



https://www.youtube.com/watch?v=R02k6PV1T2k



" Dizem que o Amor, surgiu da mais épica

Batalha dos Céus...

Quando a Lua suavemente

desabrochou de amores pelo

grandioso Astro Rei.

Os céus iluminaram-se,

as constelação entoaram os mais

sublimes cânticos,

alegrando-se, com o surgimento

de algo mais poderoso do que a própria Morte...

Mas Apolo, desagradado

por tamanha ousadia

daquela que nem ao menos

possuía brilho próprio para manter-se

clara ante os olhos alheios,

condenou os enamorados a nunca

encontrarem-se... Nem nessa vida,

nem em nenhuma outra....!

Mas, ah! Que tão cruel martírio!

Um fardo pesado demais para

ser carregado por aqueles que

unicamente entregaram-se a sublimidade

do eterno... Não mereciam, não era justo...

Assim sendo, o generoso Morfeu,

assistindo sofrido o penar de sua

nívea amiga, quebrou as regras

impostas pelo tirano,

presenteando os amantes enamorados

com um instante... Apenas um

instante na eternidade,

onde, contra tudo e contra todos,

eles se encontrariam...

E seriam livres para proclamarem seu amor,

sem que ninguém os atrapalhassem,

sem que ninguém fosse capaz de impedi-los...

Assim... Num dia particularmente Ensolarado,

a Lua derramou-se contra o Sol,

e num puro ato de Amor,

o firmamento tingiu-se de soturno paixão,

dando aos amantes, o privilégio de amar

e amarem-se, infinitamente naquele

ínfimo instante...

Na privacidade do céu,

o amor fez-se calorosa canção,

para nunca mais calar-se diante da tirania

dos insensíveis corações congelados!

Desde então, costuma-se associar o amor,

em certos casos, impossível, à história

de amor mais antiga do Universo...

E eu, pessoalmente, acho isso lindo!

Porque nesse exato instante,

sou capaz de compreender seu sentido...

Sol e Lua, os eternos amantes impossíveis,

criados para manterem o equilíbrio do cosmo,

na verdade, possuíam um único propósito...

Amar.

Eles existiam pelo Amor,

simplesmente,

irrevogavelmente.

E nada na vida, é mais profundamente belo

do que essa verdade.

Então, eu compreendi...

Caiu-me a ficha do porquê de,

no passado, num dia de tortuoso sofrimento,

encontrava-me aflita, com o peito dolorido

numa tristeza tão desmedida que,

com um estalar de dedos, toda a dor

dissolveu-se como neve em dia de verão.

Eu entendi... Entendi verdadeiramente,

o que aquilo significada...

Eu fui capaz de compreender como

Lua sentiu-se ao ver-se tão

perdidamente enamorada pelo Sol...

Eu.. entendi porque me sentia da mesma forma.

Tudo isso por sua causa.

Porque, num momento onde o chão sob meus pés

era sinônimo de de inquietude,

tu surgiste em meu viver, com tua voz

de tessitura envolvente,

com teus olhos de brilho sibilino,

com tua postura altiva e segura,

com nada além de verdades além das promessas...

Porque quando eu, solitária e partida,

acreditava que nunca mais seria capaz

de sentir-me inteira novamente,

tu apareceste em minha existência,

mostrando-me que eu já era inteira,

ainda que houvessem lacunas e rachaduras...

Tu me ensinaste que nesse mundo,

a pessoa que mais devo amar,

sou eu mesma...

E que amor nenhum deve superar

o próprio... Tu me fizeste encarar

o temido espelho e, tempos depois,

com empenho e uma dose extra de claridade,

me mostraste traços em mim mesma

que eu simplesmente jamais vira...

Tu foste como válvula motriz,

impulsionando-me na direção do auto-amor,

do auto-conhecimento e da aceitação...

E isso é... Extraordinário!

Porque amando-te, aprendi a amar-me...

E nessa vida, no final das contas,

tudo resume-se ao amor...

Seja ele como for...

Por isso digo que entendo a amiga Lua,

quando apaixonou-se...

Pois, desde que te conheci,

sinto-me exatamente da mesma forma.

Sinto-me vestida para Amar,

e a cada instante que ouço teu timbre,

sinto minha alma vibrando em tão

pleno contentamento,

que minhas palavras soam bobas e incompetentes

na nobre arte de retratar o que transborda-me o peito...

Incrível o que o amor nos faz...

Num dia de chuva, encontra-nos chorando,

despedaçados e perdidos,

sem razão alguma para cantar felizes canções,

no entanto, envolve-nos com sussurros doces,

que garantem-nos que o melhor ainda está por vir e...

Simplesmente, quando não mais

esperamos por nada,

ele desponta no horizonte...

Trazendo nos braços o fruto áureo de suas promessas,

a certeza de dias melhores...

Então, suavemente,

convida-nos a viver, uma vez mais,

a entrega sem receios ou ressalvas...

Convida-nos a sermos, uma vez mais,

livres para simplesmente... Sentir.

E sentindo, tudo se torna mais claro e simples,

como se sempre houvesse um caminho a seguir,

como se nada pudesse dar errado e se desse, daríamos

um jeito de consertar...

E nada na vida vale mais do que isso!

Porque tudo se resume ao Amor...

E hoje eu sei, finalmente

descobri meu caminho,

a minha função nesse mundo...

Eu existo para amar...

Amar em toda a sua grandeza,

mas também, em cada mínimo detalhe;

eu nasci para proclamar aos quatro,

cinco, seis ventos, que minha existência

baseia-se no amar, em cada grão, gota, ritmo...

Seja nas ondas do mar, na frequência dessa canção,

na textura da pele ou no transcorrer das estação...

Eu existo pelo Amor.

E o amor, para mim, atende pelo teu nome...

O nome que sussurro em meio

as antigas canções, ou as novas,

aquelas que rascunho em páginas amareladas,

gravando secretamente, em cada linha,

que a ti, pertence meu coração.

Eternamente...

Ao teu nome, então, dedico

uma única promessa...

Reciprocidade.

Haja o que houver, digam o que disserem...

Seja impossível, improvável ou inatingível.

Eu ainda estarei ao seu lado,

ainda que estar ao seu lado seja,

nesse momento, impraticável...

Mas não importa! Nunca importou.

Pois, enquanto vivermos,

enquanto o oxigênio desenhar

padrões adoráveis em nossos bronquíolos,

enquanto o plasma dançar em nossas veias,

enquanto houver tensão e repouso em nossos músculos,

enquanto nossas cordas vocais vibrarem em frequências etéreas,

enquanto houver vida em nós,

haverá esperança.

Seja no hoje ou no amanhã...

Tenha certeza de que eu estarei

contigo... Em forma de verso,

prosa, poesia ou canção, seja como for...

Porque... Eu te amo...

E te amo, e te amo, e te amo...

E tudo continua me levando de volta à ti.

E essa é a única verdade

na qual quero afogar-me,

transbordar-me e, com sorte,

florescer...

Ao teu lado...

Porque amar-te, é como viajar

de Vênus à Marte,

sem tirar os pés do chão...

Na cósmica sintonia que

apenas o sentir é capaz de compôr... "




| ydc, 22:16hs, 24/05/2020.

25 de Maio de 2020 às 01:17 1 Denunciar Insira Seguir história
1
Fim

Conheça o autor

Yasmin de Carvalho Classical Singer, Writer, BTS ARMY, Composer, Slytherin, Dreamer.

Comente algo

Publique!
Beth de Carvalho Beth de Carvalho
Bravo !... :'(
May 26, 2020, 17:47
~