Orochimaru observava pelo vidro da cafeteria a rua movimentada do outro lado, hora ou outra deixando um suspiro escapar. Pessoas iam e viam, algumas sorriam, e outras — a maioria na realidade — tinham uma expressão de cansaço estampada na face. Bebeu um pouco de seu café, sentindo o líquido quente descer por sua garganta. Eram essas coisas tão simples, como aquele café, que faziam com que se sentisse vivo, humano; mesmo que por alguns instantes.
Após beber todo aquele café, resolveu levar mais um pouco da bebida, pois muito provavelmente, precisaria dela para passar mais uma noite em claro organizando relatórios. Assim que saiu pela porta da cafeteria sentiu-se estranhamente triste; invisível, as pessoas passavam apressadas ao seu lado e nem ao menos percebiam sua presença. Suspirou, como tantas vezes havia feito e começou a caminhar, misturando-se na multidão.
Estava quase perto de sua casa quando alguém esbarrou em si, fazendo seu café ir ao chão. Pensou que o estranho iria simplesmente pedir desculpas e continuar andando como se nada houvesse acontecido como todos sempre fazem, porém, ele não o fez.
— Desculpe, quanto custou o seu café? Eu pago. Afinal, foi por minha causa que foi parar no chão. — O homem exalava simpatia com seu pequeno sorriso sem graça estampado.
Sem pensar Orochimaru abriu um mínimo sorriso, fazendo com que o outro homem ficasse um pouco confuso. Se perguntassem a Orochimaru qual foi o melhor dia de sua vida, ele diria que foi aquele. Pois naquele dia conheceu alguém que mudou sua vida bruscamente, que o fez sorrir muitas vezes sem se dar conta. Foi naquele dia que ele conheceu Jiraiya.
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