Teus olhos verdes eram a joia mais preciosa que tinha no momento. Após guerra era uma assombração sem fim, mas você veio meio acanhado, me deu seu ombro como amigo e agarrei com todas as minhas forças possíveis, não houve palavras para aquele ato tão caloroso. O calor vindo de você, era como uma velha casa, simples e cheia de histórias para contar, pois foi nos seus braços que desmanchei em lágrimas e gritos mudos... foi pela primeira vez que "tu" me transmitiu uma paz. — Obrigado, Potter!

O breu de meu quarto é sempre aconchegante em dias como este. Com a janela entreaberta posso ver a Lua e as estrelas lá no céu, deslumbrantes. O vento açoitando a cortina é um evento que estou acostumada a assistir, mas, por que essas lágrimas continuam a cair?  Thor ao meu lado, observa cada trilha cristalina molhar a minha face, sem cessar. Depois de afogar-me em pensamentos que persistem em ficar, com um pedido mudo veio até a mim carinhosamente, e mais vez, ele salvou-me dos meus demônios.

Thor estava exausto, pois caminhava há dias. A tristeza e a fome estavam acabando consigo. E a pergunta que não calava era "por quê?".  "Eles diziam que me amavam com lágrimas nos olhos abandonaram-me no breu de uma estrada vazia. Por que fizeram isso?". Cansado daquilo tudo, Thor jogou-se em frente de um carro e o seu coração parou, mas o carro freiou.  A senhora que freou a tempo, além de evitar uma tragédia em meio a angústia e solidão, deu a Thor um novo lar, cheio de amor e ternura.

É meia-noite, meu amor  É hora de nos corromper  É a hora de nos amar sob a luz do luar  É hora de unirmos em um só É meia-noite, meu amor  Seus olhos brilhosos chamam prazer  Sua pele reluz a euforia de uma paixão  Seus gemidos uma bela canção  É meia-noite, meu amor A porta se abre e é hora de dizer adeus  Seu toque jamais será esquecido  Seu sorriso nunca morrerá em mim É meia-noite, meu amor Com o frio lá fora você se foi  Como uma fumaça desapareceu  E como uma noite, teve seu fim.

Hoje acordei com uma saudade imensa de você. Levantei-me da cama e tomei um copo d'água achando que o nó na garganta fosse desaparecer com aquele líquido frio, mas não foi bem assim. Sentei-me na velha cadeira de madeira e reposei os meus braços em cima da mesa. Peguei o celular esquecido na noite anterior e abri o Facebook. Digitei seu nome e lá apareceu os brilhantes olhos caramelados de Rafael. Vi as suas últimas mensagens. Vi suas últimas publicações. E vi seu adeus não ouvida por ninguém.

Eles usaram-me Eles abusaram-me Eles quebraram-me E por fim jogaram-me no lixo Eles, eles e eles E o lixo? Sofri achando que não haveria solução Implorei querendo abrigo Carregava comigo velhas lembranças e acreditei que não tinha serventia Então, você chegou e resgatou-me da solidão Enxuguei as gotas gélidas da chuva passada E com um olhar de quem achou um tesouro perdido Você fez a festa naquela calçada fria Para alguns, sou um lixo acumulado Para outros, sou uma riqueza sem fim.

Sentado no banco da velha praça numa tarde triste de outono toco uma melodia pensando em nós dois. O violão gasto com o tempo e a minha voz um tanto falha, canto a nossa canção. A lembrança do tempo que andávamos juntos de mãos dadas com vergonha em meio a multidão, dos sorrisos cúmplices que dávamos durante o culto da igreja e dos beijos escondidos depois da aula veio-me com supetão. Meu único refúgio era você, mas o perdi para à morte... Canto essa melodia pensando mais uma vez em ti, Jimin!

E mais uma vez fechei um ciclo.  Foi doloroso e choroso, porém preciso.  Agora iniciarei outro ciclo, com forças tiradas da alma e o recomeço do coração.

Enquanto ouvia a melhor amiga chorando e relatando sobre o término de uma relação que durou cinco anos por uma ligação, Luíz escreveu uma bela canção por causa de um coração partido. 

Francisco abriu a garrafa de champanhe e depositou o conteúdo em sua caneca. Pegou a cadeira de balanço e pôs para fora de casa e sentou. Ouviu uns "Feliz Ano Novo, Chico!" e retribuía as felicitações com um sorriso singelo nos lábios. Os fogos começaram a estourar e as pessoas abraçaram-se. Era meia-noite. — Feliz Ano Novo — sussurrou. Ligou o pequeno rádio de pilha e começou a tocar a música que lembrava de sua amada esposa.  Com um último sorriso, viu a bela Margarida, e com ela, ele se foi.

Estranho, fazia tempo que não sentia isso.  Fazia tempo que não sentia o meu coração acelerar por uma pessoa. Fazia tempo que não ansiava em ouvir uma voz específica. Fazia tempo que não me sentia bem em conversar com alguém sobre assuntos triviais. Fazia tempo que não conhecia uma pessoa com os mesmos gostos que eu. Fazia tanto, tanto e tanto tempo que não me apaixonava…  Confesso, isso me assustou!

Hey, querido leitor! O que houve? Não gostou da minha história? Meu enredo não foi coeso e coerente? Estava faltando detalhes do recinto? Esqueci de descrever as características físicas dos personagens?  Eu já disse que aceito críticas construtivas, ando tão carente de comentários que estou aceitando até "amei, continua"; mas, por que me abandonou?  Não sou bom o suficiente? Eu sou só um número que segues por aqui? Por favor, só me diga o porquê! 

Hoje acordei sem disposição para nada, quero ficar sozinha no meu canto, chorando um pouco ou rindo de algo aleatório da internet. Hoje acordei pensativa, acabei pensando sobre o passado e me perdoei por entrar em certas coisas que me fizeram mal.  Hoje acordei colocando pontos finais, bloqueando alguns contatos e apagando de vez algumas mensagens. Hoje acordei para ficar quietinha no meu canto, sem julgamentos e nada mais. Sei que está tudo bem, isso vai logo passar… 

O papel em branco começou a ganhar forma com as minhas pinceladas soturnas. A tristeza, juntamente com as lágrimas que não paravam de molhar a pintura, deixava a arte mais bonita, porém mais sofrida.  Usei o azul-oceano para as curvas, destacando a profundeza da beleza jovial. Com o azul-turquesa, contornei os seus olhos, eles eram tão lindos e brilhantes como uma noite estrelada de verão. Porém, não consegui terminar a aquarela de seu sorriso, pois o "avivar" dele, era demais para mim…

Fernanda não me deixa dormir, isso acontece quase todos os dias, pois ela é um ser noturno e não gosta de ficar acordada sozinha de madrugada. "Fernanda Mathias, eu preciso dormir, pois amanhã acordo cedo!" Mesmo que eu grite, ela não liga e ainda vira as costas para mim… que audácia dessa gata, felizmente a amo e aturo tudo dela.

— Fracos! Por isso são feitos de peles e ossos. — Esses malditos humanos são imprestáveis! No passado tínhamos máquinas para trabalharem por nós, contudo, houve uma revolução e tivemos um grande golpe dos robôs com inteligências artificiais. Hoje estamos sendo escravizados por eles neste circo. Máquinas sem piedade e apenas ódio em seus sistemas. A era humana estava acabando, e agora somos um grupo pequeno de pessoas sendo humilhadas por seres que nós mesmos criamos. Quem vai nos salvar? 

Eu estava exausta mentalmente.  A primeira lágrima caiu solitária, e em seguida foi impossível impedir a cachoeira salgada de molhar a minha face. Chorei que nem uma condenada. O tempo passou, o rio de emoções acalmou-se, e vi meu reflexo no espelho.  "Estou uma bagunça", murmurei. Começou a chover lá fora.  Toda vez que fico em prantos, os meus anjos da guarda dão um jeitinho de me fazer sorrir, já que amo o cheirinho de terra molhada… E deu certo.

Eu queria um cafezinho quentinho Eu queria um amorzinho Eu queria estar em casa Eu queria tantas coisas… Há um tempo que quero muitas coisas, mas não posso. Não posso tomar um café por causa da gastrite. Não posso ter mais um amorzinho, pois já tenho sete gatos, um cachorro e uma tartaruga. Eu queria estar em casa, mas estou trabalhando, mas se tivesse desempregada a vontade seria ao contrário. Por isso que "querer" nem sempre é "poder". 

Vou contar uma pequena história com um final feliz. O tédio estava assolando-me quando passei calmamente por uma pequena cidade. Vi uma moça triste, pois não conseguia emprego e do outro lado da rua tinha um moço precisando de uma atendente. Uni minhas forças com a minha irmã gêmea, a fúria do leste, e nos jogamos contra eles.  A moça se abrigou na floricultura, o dono a reconheceu, era Maria, o seu amor de infância… E assim uniram o passado, amor e também as trouxas de roupas. FIM 

Todas as noites, ela emergia para cantar. Ninguém ousava chegar perto, pois a delicada sereia de cabelos azuis e olhos de cor carmim não deixava ninguém chegar perto, pela imensa fúria e solidão. Ela sabia que no fundo, ele não ia chegar. Ele morreu nos braços dela ao tentar protegê-la de velhos pescadores, por ignorância e ganância, os humanos tiraram a vida de seu único amor. E todos os dias Laura subia em uma pedra que tinha na praia para cantar, mesmo que Luís nunca mais pudesse admirá-la.

As lágrimas cristalinas não paravam de cair.  O comando foi dado e logo estaríamos no espaço, porém, eu não pude deixar de pensar em você, meu amor. Sua partida destroçou-me, pois a sua doença lhe matou antes mesmo de me ver vestido de astronauta.  1, 2, e 3…  Demos a largada. 4, 5, 6… O foguete entrou em pane. 7, 8, 9, e 10. Antes do foguete explodir, você segurou a minha mão sorrindo e fez meu coração se acalmar. E nos tornamos uma estrelinha na eternidade…

Hoje peguei o notebook e digitei, foram tantas páginas que não dei o trabalho de controlar os meus dedos. Estou eufórica, confesso, tenho muito que aprender, mas no momento estou feliz, pois essa é a primeira vez que escrevo uma história. Eu sei que a minha gramática não é rica, assim como sei que vou precisar praticar muito as descrições dos personagens e do cenário, mas no momento não me importo, pois estou feliz pela a minha iniciativa no mundo literário.

Eu estava pensando em escrever, mas sobre o quê? Sobre o teu sorriso que me alegra todos os dias? Sobre os beijos que trocamos atrás do estabelecimento de onde trabalhamos? Sobre os nossos gemidos em dias de chuva em que nos faz atrasar de propósito para trabalhar? Ou sobre o quanto sou bobo por você?

Eu escolhi não te amar, mas quem quero enganar? Toda vez que te vejo passar, meu coração acelera e parece que estou numa corrida contra o tempo. Mas sei que o meu tempo acabou. Acabou porque escolhi não te amar, apenas te odiar. O "odiar", na verdade, tem que riscar dessa frase, pois você não tem culpa. Eu sou culpado por não saber o que fazer com esse amor, então foi por isso que escolhi não te amar.

Sentado no banco da estação, olho a minha pequena bagagem. Uma mala surrada e uma bolsa carteiro contendo a minha triste história. A chuva começou a cair e molhar o meu terno, porém não ligo para isso. O trem chegou, e eu entrei sozinho. Encostei a cabeça no vidro e chorei silenciosamente, porque entendi a sua resposta, e ela doeu.  Ele sabia que era a nossa chance de sermos felizes, mas preferiu o nosso adeus. Com o coração partido segui viagem, pois aquele era um bilhete sem volta para casa.

Eu estou amando! Amando o meu novo visual. Amando a minha nova rotina. Amando mais a minha família. Agora estou amando! Amando os defeitos da minha pele e cuidando mais da minha alma. Tô amando! Amando um belo rapaz, que gosta de poesia, que faz o meu dia mais belo e cheio de alegria.

Hoje resolvi fazer uma faxina no meu quarto. Haviam três caixas pequenas empoeiradas em cima do guarda-roupa e resolvi abri-las.  Na primeira caixa só tinha DVDs e CDs. Na Segunda caixa tinha vários papéis, eram provas e trabalhos, tão velhos que mal conseguia ler meu nome. E na última havia apenas um caderno veludo preto, aí lembrei que era o meu antigo diário. Foi uma nostalgia imensa ao encontrar aquelas coisas, lembrar do "eu" do passado, mas nos minutos seguintes, todos foram parar no lixo.

Ela já estava perdendo a sua luz, mas não deixava de ir ao túmulo. Todos os dias, sem falta, jogava um pouco de seu brilho sobre as flores que cultivava em cima da sepultura. Ninguém entendia a sua dor. A fadinha conheceu Ian quando criança e se tornaram grandes amigos, isso durou até nos últimos dias de seu fiel amigo. Ian morreu de velhice.  Em seu último suspiro, sorriu para Tina e se foi. A fadinha não o esquecia e seu brilho aos poucos estava se apagando. Tina sentia muita falta dele.

Eu lembro exatamente de como o conheci naquele rinque de treinamento.  Eu era novato na época, mal sabia ficar de pé, mas mesmo assim meu sonho era ganhar as Olimpíadas. Erick já brilhava antes mesmo da minha chegada e foi o primeiro da equipe a ganhar muitos prêmios no solo.  Ele sempre foi muito carismático, foi por isso que me apaixonei. O meu sentimento foi correspondido por um selar muito significativo para nós. Hoje somos rivais no rinque, mas nos amamos fora dele. O verdadeiro equilíbrio.

Os soldados faziam sua pernoite normalmente e o relógio logo marcaria meia-noite, era o sinal para o jantar. Isso era tudo ou nada. O som soaria em breve e correríamos para o deserto. Estávamos em seis homens e quatro mulheres. E o único pensamento que tínhamos nos últimos dias era de sermos "livres". Algo mudou depois da última tentativa de fuga, agora havia robôs humanoides no deserto.  Atiraram contra nós sem dó e sem piedade. E não restou ninguém para contar história. Isso é ser livre? 

Houve um tempo em que ela transbordava inspiração… Em meio de seus estudos para as provas finais, as ideias brotavam para um plot. Ela podia estar tomando banho, as sinopses surgiam do nada. E antes de dormir, títulos e vários finais diferentes eram anotados para não esquecê-los. Mas o tempo passou e ela não conseguia inspiração em mais nada, nem naquela playlist que tanto a inspirava. Espremia o seu cérebro e sequer conseguia arranjar um tema para escrever.  Será que a fonte secou?

Eu estava cansado de viver no preto e branco. Não havia nada que me deixasse triste ao ter que sair de casa para ver cores tão fúnebres.  Em um dia chuvoso, eu estava dentro do ônibus quando a vi passar do lado de fora. A pessoa era toda verde-água e era raro ver alguém com uma cor tão viva como aquela.  E mais uma vez deixo escapar uma tonalidade tão vívida diante de meus olhos sem cor por estar dentro do ônibus em movimento. 

Ela é linda como uma flor.  É radiante e de um sorriso encantador. As suas piadas, apesar de velhas, ainda davam graças.  E seus cabelos dourados, agora prateados, continuavam trançados. Teve uma infância difícil e uma vida adulta sem tempo, agora na terceira idade só queria aproveitar sem parar.  Ela não estava errada, pois a vida é um sopro e logo mais não restará mais nada. 

Eu te amo com todas as minhas forças.  Não há um dia que eu deixe de pensar em você. Há noites como estas que quero só um abraço seu, que a minha pele clama por seu nome. Eu te queria tanto, tanto, tanto, meu amor…  Sei que tu amas outra pessoa e eu fico apenas a sonhar em te amar em uma reciprocidade divina.

As lágrimas persistem em cair, mas não consigo ter forças para tentar pará-las. A voz agressiva ainda ecoa em minha memória, destruindo ainda mais o amor que eu tinha por ele. Não é a primeira vez que ele faz isso comigo, largando-me sozinha na nossa casa. Ele me deu o céu no início, porém, é o inferno que predomina a minha vida agora. Nesse momento estou dando adeus para tudo que construímos juntos, pois preciso reaprender a me amar e viver um futuro sem ele.  Porque amor não machuca!

Lá estava eu sentada em uma cadeira na praça de alimentação do Shopping. Cheguei meia hora antes do marcado, pois prefiro chegar adiantada do que chegar atrasada. Peguei o espelhinho de bolso e dei uma retocada no batom, passei um pouco de pó no rosto e ajeitei o meu cabelo.  Em poucos minutos de espera, lá vem ele todo charmoso, com o seu sorriso encantador que me fez apaixonar. E mais uma vez o jardim do meu estômago estava em festa, principalmente as danadas das borboletas brincalhonas.

O globo de luz estava no meio da sala e a vitrola tocava a nossa canção.  O seu calor e seu cheiro continuavam o mesmo, porém as suas memórias não.  A nostalgia e a tristeza bailavam conosco e as minhas lágrimas estavam caindo, mas eu sabia que no fundo de sua alma, havia um amor sem fim. Enquanto deleitava do nosso momento e mais uma vez você esquecia de mim.

A minha mente está trabalhando a todo vapor, porém algumas ideias escapam-me antes mesmo de escrevê-lo, tento não ligar para esse detalhe, mas como perfeccionista que sou, dá-me um leve aborrecimento. Dou uma pausa, penso em desistir, mas como uma brasileira raiz: não desisto nunca!

Se meus pensamentos pudessem gritar por mim, todos já teriam enlouquecido comigo.

E mais uma vez a confiança foi quebrada. Eu confiei em ti. Eu te amei mais que nunca nessa vida. Eu fui a que mais amou e se ferrou no final de nossa história. Quero apagar tudo. Quero esquecer que você já foi algo na minha vida. Quero enfim parar de chorar pela situação lamentável que encontro-me nesse exato momento. Eu confiei a ti, os meus medos, angústias, momentos bons e ruins. Pergunto-me mais uma vez: onde eu errei? Eu confiei em ti, meu caro amor. Eu confiei em ti e esqueci de mim...

Ela amava escrever fanfics, então passava dias elaborando enredos fantásticos para os seus leitores fiéis. Ela também era eclética, conseguia ouvir qualquer música para se inspirar nos plots que vinham de supetão por alguma interação de seu shipp favorito. Ela também não entendia a discriminação que uns tinham com pessoas que escreviam e deleitavam nesses tipos de texto. O que te faz melhor do que um ficwriter? 

Os seus lábios são como uma dança convidativa. Seu olhar é como um belo dia de sol, deixando-me cativado a me esquentar sempre. Seu toque é como comer um sonho, onde não preocupo em me lambuzar. Sua voz é como uma bebida doce, sem querer fico bêbado sem pensar. Os seus gemidos são como as mais belas e agitadas ondas do mar. Eu sou apenas um admirador da mais bela escultura que Deus me presenteou.  Você me deu os meus sorrisos de volta, após anos sem saber o que é amar de verdade.

Eu dei tudo de mim, mas você não me valorizou. Escalei montanhas para colher o girassol do seu sorriso, mas você não deu a mínima. Cortei o meu peito e entreguei o meu coração a ti, mas você o quebrou. Eu fiz de tudo e até esqueci de mim para te enaltecer de perto, mas você sequer me notou. Hoje acordado desse meu 'eu' do passado, espantado-me. Aonde estava o amor próprio?  Nunca mais jogo-me em um abismo sem vida que é você!

Hoje sonhei contigo, ô alma gêmea! Você veio cheio de amor e carinho nos meus sonhos. Trouxe-me uma paz que tanto buscava... Hoje sonhei contigo, ô alma gêmea! Você sorria com uma felicidade tremenda. Mas não sabia que seria a primeira e última vez que te veria... Hoje sonhei contigo, ô alma gêmea! Acordei aos pratos transbordando tristeza. Essa seria a primeira e a última vez nossa? Eu espero que não!

Cai chuva, cai no meu quintal Cai chuva, faz o seu lamaçal Cai chuva, leva o meu coração Cai chuva, transbordo de emoção.

Por muito tempo culpei-me pelo nosso afastamento. Tentei em dar-te uma, duas ou três chances, como egoísta que eras, não deu a mínima. Houve um tempo que chorei por você, as velhas lembranças açoitava-me sem dó e piedade. E o amor próprio? Naquela época não tinha, pois única pessoa que eu amava era somente você. Hoje enxergando tudo que passei, lembrei de ti, de sua toxicidade genuína que tanto me fazia mal. Houve um tempo que eu era triste e sozinha, mas hoje sou tudo que não era antes. Feliz!

Às cinco e meia o despertador tocou, um tanto cansada e sonolenta levantou-se enquanto o marido continuou dormindo. Tomou banho gelado para despertar da lentidão, pois teria o dia longo e agitado. Antes de descer escada abaixo, deu um beijo na filha e rumou para cozinha. Fez um café para quebrar o jejum e em seguida pegou o ônibus lotado. A enfermeira da linha de frente, ajeitou o crachá e o jaleco antes de assumir o plantão. Sem salário e sem capa, iniciou a batalha com o inimigo invisível.

Hoje é mais um dia que me pego pensando em você, Draco. Eu queria tanto ouvir sua voz ou receber aquela mensagem fora de hora sobre um assunto qualquer que só você puxaria. O que aconteceu com a gente? Eu te tratei mal? Não te dei muita atenção? Foram as minhas "sumidas" das redes sociais por simplesmente não estar bem comigo mesmo? Você ficou farto de esperar por um sinal meu? Ou foi simplesmente cansou de mim como todo mundo? Tu me disseste que não desistiria de mim, mas me enganei...