Ele a toca. E não foi como das outras vezes, tudo com ele era único e esplêndido, todos os momentos preciosos estavam em sua mente e podiam ser facilmente acessados. Os pensamentos bagunçados eram a prova de que sua paixão era como entorpecente, ela queria tê-lo para si, mas não podia. Todos diziam que não e por vezes ela aceitou o não e o deixou ir, ainda que ele quisesse ficar. O seu coração doía, o que era completamente estranho, porque... Doía de verdade, apesar que... O amor era verdade.

Seu abraço era o meu lar Seu toque havia se tornado tudo que eu queria sentir Conheci o vácuo quando ele não se fez mais presente ao meu lado... E hoje já não me esqueço mais dele Ele diz que seu sorriso é estranho Eu poderia ficar horas o vendo sorrir... — Agatha

Por vezes já gritei com a esperança de que ninguém pudesse me ouvir Criei expectativas que nunca poderiam ser alcançadas pelos outros e talvez nem por mim Chorei quando me trancaram em uma bolha invisível onde eu via o reflexo das minhas lágrimas, essas causas pela insatisfação de mim mesma Por vezes pensei que poderia ter feito diferente Mas nada seria tão diferente quanto eu E eu gostava de mim Mesmo que entre parentes e entre aspas Eu gosto de mim. — Agatha E somente ela.

Seus olhos estavam vidrados nela, seu coração implorava para que chegasse mais perto, só um toque... Seu corpo se mexia de acordo com as notas musicais o deixando louco. Ele se sentiu encantado, literalmente, seu corpo estava em êxtase como se tivesse sido enfeitiçado pelas curvas daquela mulher. Não existia mais tempo, as horas haviam sido pulverizadas no ar se transformando em nada, porque aquela mulher... Era tudo, e nada mais fazia sentido... Só uma dança, ele disse a si mesmo... Uma dança..