machadorisos Machadorisos .

Doente de amor, Eijirou busca remédio no álcool após uma briga com o namorado, Katsuki, e acaba dormindo no banco da praça, tentando esquecer suas preocupações e mágoas.


Fanfiction Anime/Manga Déconseillé aux moins de 13 ans.

#bnha #kiribaku #yaoi #bakushima #songfic #comedia #romance #fluffy #bnha-yaoi
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Doente de amor

Katsuki estava muito cansado. Era quinta-feira, véspera de feriado e ele só queria dormir por 5 anos. Trabalhava em uma agência de publicidade, e o projeto que precisava ser entregue na segunda-feira estava matando-o.


Katsuki estava muito cansado; muito estressado. Gostaria de um bom banho, talvez um filme e, a companhia de seu namorado cafona que era ótimo na cozinha.


Deixou as chaves no aparador ao lado da porta, suspirou uma última vez antes de chamar pelo nome do namorado, com intenção de avisá-lo que estava em casa.


— Eiji!


Quando finalmente olhou ao redor do cômodo, notou que algo de muito errado estava acontecendo. Seu queixo caiu e, a súbita irritação lhe subia pela garganta ao se deparar com um cachorro, que até então ele nem sabia que existia, destruindo as almofadas do sofá da sala.


— Mas que porra-


Sua fala foi interrompida com o cachorro latindo para ele, agora ele via que havia xixi no seu tapete. O seu bonito tapete em tons de marfim - presente de seu pai - estava com xixi de um cachorro; um cachorro que ele não tinha.


— EIJIROU!
— Amor! — seu namorado vinha cheio de sorrisos, trajando um avental rosa-choque com a frase "nessa cozinha o tempero é puro amor" — O jantar está quase pronto por-
— QUE PORRA É ESSA? — Katsuki gritou apontando para o cachorro — De onde veio esse cachorro?
— Ah, eu o adotei. — Eijirou comentou — Pensei em te fazer uma surpresa.
— Você adotou? — o loiro questionou em descrença — Você adotou um cachorro?
— É! Legal, né? — o ruivo estava com aquele sorriso besta enfeitando a face, sem ter a mínima noção que estava próximo ao olho do furacão.


Katsuki passou a mão no rosto buscando uma paciência que ele não tinha. Amava seu namorado, por amá-lo demais, aturava suas presepadas, porém tudo tem limite.


— Você adotou um cachorro sem falar comigo antes? — tentou manter a voz calma.
— Era uma surpresa, como eu ia contar para você antes?
— Eijirou, essas coisas a gente precisa conversar primeiro...
— Mas, Suki, era uma surpresa!
— Eijirou eu não quero a porra de um cachorro!— Katsuki começou a se alterar, novamente — a gente mal fica em casa, como vamos cuidar de um cachorro?!
— Mas, amor...
— Não! Nada de "mais"-
— A decisão não é só sua, Katsuki! Eu também moro aqui, sabia? — aí começou o problema. Eijirou estava com Katsuki tempo suficiente para saber que em momentos como aquele o melhor era ceder por um tempo e esperar que o outro se acalmasse. Todavia, Eijirou era humano, e às vezes ele também perdia a paciência. — Eu quis te fazer uma surpresa e você vem cheio de grosseiras!
— O que você esperava, caralho? Eu chego em casa e tem um cachorro que fez xixi na porra do tapete! Você vem me dizer que isso é uma surpresa? — Katsuki jogou sua pasta na poltrona azul — surpresa é um você me levar para jantar ou me dar, sei lá, alguma roupa de presente! Não A MERDA DE UM CACHORRO!
— Você nunca está satisfeito COM NADA QUE FAÇO PARA VOCÊ! — Eijirou gritou tirando o avental — nada é perfeito o suficiente para o grande Katsuki! Eu tô cansando disso! — desabafou em ira.
— Se está tão cansado assim, vai embora! — o loiro falou em um momento de raiva — ou melhor, eu vou! — puxando novamente as chaves do carro ele se virou para a porta — quando eu voltar, eu quero que esse cachorro tenha sumido daqui!

Sem esperar por uma resposta, Katsuki deixou o apartamento a passos largos. O cansaço somado com todo o estresse da semana não foi bom para sua pouca paciência. E pessoas cansadas dizem o que não devem.


...


Eram 22h37min quando Eijirou suspirou tristonho segurando a garrafa de vinho. Ele nunca poderia imaginar que seu dia ia terminar daquela forma. Tinha realmente boas intenções ao adotar o cãozinho para alegrar sua vida e de seu namorado, todavia, o tiro saiu pela culatra. Ele devia imaginar que Katsuki reagiria daquela forma, mas ele apenas tentou agradá-lo! Por que seu namorado tinha de ser tão turrão?


Remoendo suas mágoas, ele terminou a segunda garrafa de vinho barato. O tempo estava fresco, mas logo vinha um vento mais frio, provavelmente pela mudança de estação. Sozinho na praça, ele quis chorar por seu azar. E se ele e Katsuki terminassem? O que ele faria? Eles já haviam brigado antes, isso era normal, mas Bakugou nunca havia saído de casa, ou nunca lhe disse para sair. Deixou o cãozinho na casa de seu bro, TetsuTetsu, e no dia seguinte ainda precisaria dar um jeito nisso. Sua cabeça doía só de imaginar.


A melhor forma de abafar a dor de um amor é com outro amor, ele pensou recordando-se de uma música. No entanto, Eijirou não queria um outro amor, ele queria seu loirinho pinscher com um belo peitoral; e ele queria, também, mais álcool. Cambaleou mais uma vez para fora da praça, um boteco ainda estava aberto e se pôs a comprar mais uma garrafa de 1,5l de vinho. Ele teria uma bela ressaca no outro dia, contudo, quem se importava? Não ele. Antes de voltar para seu banco, tomou mais duas doses de pinga, porque uma boa pinga faz o coração doer menos.


Eijirou Kirishima nem se lembrava de como conseguiu atravessar a rua, muito menos de ter um rapaz sentado no mesmo banco que ele estivera. O rapaz era loiro, e tinha o rosto um tanto vermelho pelo choro.


— Eu amo uma mulher! — soluçou — meu único erro foi amar uma mulher boa demais!
— O amor tem dessas mesmo, cara — Eijirou respondeu enquanto se sentava ao seu lado abrindo a garrafa — é o amor que agora machuca meu coração!
— Mas o amor devia curar, meu amigo — o desconhecido tombou para o lado - mas não é isso que acontece comigo...
— O que houve, cara? — Eijirou lhe estendeu sua garrafa em solidariedade.
— Amigo, eu estou apaixonado por uma mulher. — sua voz estava embargada — sou doidinho por ela, mas ela - parou para tomar um gole — ela não me quer!
— Oh, consagrado — Eijirou murmurou — ela realmente não te quer?
— Eu não sei, cara — o loiro respondeu amuado — ela é boa demais para mim!
— Não diz isso não! — o ruivo quase caiu para frente quando sua coordenação motora falhou — não tem regras para o amor!
NÃO TEM CLASSE, CRENÇA OU COR — o loiro completou a música aos prantos — obrigado, amigo, você é realmente um amigo!
— Vai dar tudo certo, amigo! — Eijirou já estava para lá de emocionado — Mas não sei se a pessoa que amo vai me querer de volta...
— O que rolou? Ah, eu sou Denki — o homem se apresentou entregando a garrafa ao outro.
— Eijirou — apresentou-se, após tomar um gole, continuou — eu briguei com meu namorado... eu queria fazer uma surpresa e deu tudo errado... ele me disse que ia sair de casa... eu não posso viver sem ele!
— Não! Tem que pensar positivo! — Kaminari tentou dar um tapinha em suas costas, mas acabou acertando a cabeça do ruivo que começava seu choro desconsolado — chora não, amigo, ou eu vou chorar também! — tarde demais, Denki já estava em lágrimas.
— Como eu não vou chorar? — Eijirou questionou desolado — eu posso perder o amor da minha vida! Tudo porque tentei fazer uma surpresa!
— Essa surpresa era cilada, amigo — Denki jogou o braço por cima do ombro do ruivo — mas não fique assim, tudo vai se resolver!
— Você acha? — Eijirou tentava enxugar as lágrimas que escorriam em rios por seu rosto, misturando-se com o vinho que ele ainda bebia.
— Acho! Se você o ama de verdade, o destino ajuda! — Quem via ele lhe aconselhando nem pensaria que o bêbado estava chorando momentos antes — Liga para ele, diz que você o ama!
— É-


Foram então interrompidos por um homem que gritava da janela do apartamento que estava em frente à praça.


— SAIAM DESSA, SEUS BÊBADOS! EU QUERO DORMIR!
SAIR DE QUE JEITO SE NEM SEI O RUMO PARA ONDE VOU? — Eijirou esgoelou-se em plena madrugada, principalmente ao perceber que saiu sem celular e nem poderia ligar para seu amado.


Ele e seu novo amigo, Denki, conversavam esse tempo todo, em alta voz; quem morava próximo escutava suas dores por amores, mesmo que não quisesse.


— RESPEITA A DOR DOS OUTROS — Denki ergueu o dedo do meio para o homem que gritava na janela e, essa atitude lembrou tanto Katsuki que Eijirou desabou mais ainda – se é que isso era possível – no choro. — KYOKA VOCÊ ME PRENDEU, DEPOIS DIZ QUE NÃO ME QUER! — o loiro que momentos antes dizia para seu companheiro de bebedeira pensar positivo, voltava a espiral da dor de cotovelo — CHORO E GRITO POR SEU NOME, KYOKA!


Era realmente tocante como dois homens, lamuriosos que ingeriam vinho barato, podiam se apoiar em seus devaneios amorosos. Isso rendeu mais quatro garrafas de vinho e, muita cantoria para abafar a dor que os assolava. Isso até a polícia chegar.


O carro parou na lateral da praça, mas os embriagados nem perceberam nada. Denki ainda cantava muito alto e, Eijirou meio que cochilava em seu ombro, meio que cantava junto com seu companheiro.


Um policial alto ia se aproximando deles enquanto falava de maneira firme:


— Ei! Vocês não podem ficar fazendo algazarra nesse horário! São mais de 2 da manhã! Recebemos uma denúncia-
— Puta merda! — Denki o encarou assustado percebendo a situação em que estava - Eijirou! Eijirou! — Sacudiu o outro que abria os olhos ainda nublados pela bebida - é a polícia cara! Temos que correr!


Dito isso, ele se levantou de supetão enquanto tentava correr para o outro lado do local em que estavam. Eijirou tombou para o lado ainda desnorteado, mas por impulso ergueu-se e tentou correr. O policial gritou para eles pararem, Eijirou chamava por Denki que corria a sua frente, o loiro olhou por cima do ombro e tropeçou em suas próprias pernas. Caiu de rosto no chão sem conseguir se levantar.

O ruivo tentava levantar seu companheiro, mas no meio da corrida perdeu um pé da sua crocs, e as pequenas pedras da praça machucavam seu pé. O policial alto chamou por seu parceiro, um homem de cabelo de bicolores.

Não é necessário dizer que ambos foram presos por perturbação do sossego e tentativa de fuga. E enquanto o policial de óculos o colocava no camburão, Eijirou cantava seus dores por Katsuki:


SEU GUARDA EU NÃO SOU VAGABUNDO, NÃO SOU DELINQUENTE, SOU UM CARA CARENTE! — o policial empurrou Denki para entrar ao seu lado, mas Eijirou não esmoreceu — EU DORMI NA PRAÇA PENSANDO NELE!


Eijirou Kirishima iria para a cadeia, junto com Denki Kaminari. E em seu auge da embriaguez, nem lembrava em como seu namorado ficaria ao saber disso.


...


Katsuki se remoía de culpa e preocupação. Eram 2h17min e seu namorado não havia retornado. Olhou para o tapete sujo de xixi de cachorro, quis estapear o próprio rosto. Toda aquela briga por algo daquele tipo. Ele prometia a deus que ficaria com o maldito cachorro se Eijirou voltasse sã e salvo para casa.


Pensou em sair pela rua o procurando, entretanto, ficou aflito do outro voltar e ele não estar lá para recebê-lo. Ligou várias vezes, inquietando-se ao perceber que o telefone de Eijirou estava em cima da cômoda do quarto.


Não mais aguentando ficar em casa parado, mas nervoso demais para sair dirigindo por aí, foi ao encontro da pessoa que ele sabia que sempre o ajudaria sem julgar ou pedir nada em troca.


Batendo na porta do apartamento ao lado, ele suspirou resignado. Aguardou alguns minutos escutando o morador arrastar os pés pelo piso, a porta foi destrancada; um homem de olhos muito verdes espiou pela fresta da porta.


— Kacchan? — seu apelido de infância, Katsuki o detestava — aconteceu alguma coisa?
— Deku, — o loiro usou aquele tom baixo e rouco, coisa que seu vizinho e amigo ouvira poucas vezes — preciso de ajuda.
— O que houve? — Izuku logo abriu sua porta, coçou os olhos para espantar o sono em total atenção ao que o outro diria.
— Eijirou saiu e não voltou. Você sabe que ele não faz esse tipo de coisa... eu estou... — deixou suas palavras se perderam na imensidão de sua angústia.
— Entendi. Entra, vou pegar um casaco e minha carteira — falou enquanto dava meia volta já buscando os pertences necessários. Izuku Midoriya era o tipo de amigo que Katsuki sabia que poderia contar em qualquer momento, ele jamais hesitaria em lhe socorrer.


Permaneceram em silêncio enquanto saiam do apartamento de Midoriya em direção ao elevador. Katsuki estava tão nervoso que mexia as mãos de forma contínua, Izuku apenas colocou a mão em seu ombro e sorriu, o mesmo sorriso que ele tinha quando sabia que tudo daria certo.


— Eu vou tirar o carro da garagem, é melhor avisar ao porteiro para vigiar caso Eijirou volte. — comentou — Não vou demorar.
— Ok. — o loiro fez o que foi combinado e foi esperar do lado de fora. Não demorou para o carro azul de Izuku estar na rua.
— Certo, podemos começar a procurar por-


O celular do homem de olhos verdes tocou e, ele estranhou quando viu o nome de Ochako no visor.


— Alô? — tentou manter a voz calma — Sim, Ochako, sou eu — fez uma pausa enquanto ouvia sua amiga falar — O quê? - Katsuki o encarava ansioso — Merda. Tudo bem, chegaremos em 10 minutos!
— Deku! — Katsuki finalmente encontrou sua voz —Onde nós vamos? E o Eijirou?
— Kacchan, o Eijirou foi preso.


...


Ochako Uraraka é delegada e normalmente ia para casa mais cedo, mas como queria finalizar suas obrigações para não levar trabalho para casa, se manteve em sua sala até altas horas. Pouco antes de levantar-se para juntar suas coisas, escutou um alvoroço dentro de sua delegacia, pensando em saber o que estava acontecendo, ela se depara com dois homens fedendo a bebida; com um deles descalço e o outro com o rosto ralado.


O de cabelos loiros lamentava-se, chamando pelo nome de alguma mulher, o de cabelos vermelhos dizia para um de seus policiais que seu namorado o mataria por ele ter sido preso. Maldita hora que foi dar ouvidos a Denki e correu da polícia.


Ela quis rir quando notou que o ruivo não era ninguém menos que Eijirou Kirishima, amigo e vizinho de Izuku, seu ex namorado. Então voltando-se para os policiais que os levavam para a cela, buscou explicações:


— Iida! Shouto! O que houve?
— Eles estavam fazendo algazarra na praça, os vizinhos ligaram reclamando - Shouto explicou — mas então Iida foi falar com eles e os indivíduos correram para tentar fugir. — contou o ocorrido com suas feições neutras.


Como os dois ainda cantavam e choravam na cela, Ochako resolveu que seu turno devia ser encerrado. Ligou para Izuku e o aguardou sentada próximo a cafeteira. Quem diria que seu dia terminaria daquela forma?


Não demorou para seu amigo chegar, trazendo um loiro emburrado a reboque. Ochako conhecia Bakugou, mas na vida adulta eles acabaram se afastando um pouco. Ela sorriu para eles, os recebendo em sua sala, explicando tudo que havia acontecido.


— Eijirou não tem ficha nem nada, então estou disposta a libera-lo. Está tarde e eu quero ir para minha casa — Izuku sorriu em agradecimento, e antes que Katsuki pudesse dizer algo, Ochako voltou-se para ele — Eu não sei o que aconteceu entre vocês e nem é da minha conta, mas garanta que ele não volte aqui. Eu não posso fazer vista grossa duas vezes.
— Isso não vai se repetir, Cara Redonda. — Ele assentiu aliviado. — Onde ele está? Vou levá-lo para casa.
— Shouto! — a delegada chamou, e um policial de olhos heterocromáticos apareceu na porta — Leve Katsuki para buscar o ruivo que está na cela e, diga ao loiro que ele tem direito a uma ligação.


Ochako fingiu não perceber a troca de olhares entre Izuku e Shouto. O primeiro sorriu, enquanto o policial balançava a cabeça em um pequeno cumprimento, porém, sua superior o conhecia bem demais então notou o pequeno sorriso que lhe enfeitava o rosto. Os dois homens deixaram a sala da delegada, indo em direção a cela. O loiro podia ouvir a voz do namorado conversando com alguém desconhecido.


Shouto pegou as chaves e destrancou a porta, Katsuki olhou para dentro vendo o ruivo sentado no canto direito. Descabelado, com os pés sujos, sendo que um estava descalço, a roupa amarrotada. Ele era a imagem de um sofredor, Katsuki teve vontade de rir de nervoso.


— Eiji, — chamou — vem, vamos para casa.


Kirishima levantou a cabeça e o olhou desacreditado, então debulhou-se em lágrimas novamente. Não acreditando que seu único amor estava ali, pronto para recebê-lo.


— Suki! — Tentou correr, mas cambaleou encostando-se na grade — você voltou para mim!
— Sim, voltei, seu idiota — Katsuki sorriu abraçando. — eu não acredito que tive que te buscar na cadeia na véspera de um feriado!
— Desculpa - pediu em tom choroso. — eu vou devolver o cachorro! Eu vou ser um bom namorado! Eu te amo muito! — sua fala saía embolada, irremediavelmente tomado pelas emoções viris e pelo álcool.
— Falamos disso depois, vamos para casa. — Katsuki manteve a voz baixa enquanto apoiava o namorado para fora do xilindró.


Shouto que encarava a cena se desenrolar, podia ouvir Denki, que já ligava para alguém ir buscá-lo. O casal estava sentado próximo a porta, aguardando Izuku que resolvia os pormenores com Ochako.


Minutos depois, uma mulher de cabelos roxos e roupas pretas entrava na delegacia. Dirigindo-se ao balcão de informações, ela trocou conversa com o policial, Iida, que gesticulou para a cela nos fundos.


Ochako que vinha com Midoriya ao seu encalço os despachava reclamando que estava cansada demais para lidar com todos eles.


— Quem diria que na madrugada de uma sexta-feira eu estaria com você, tirando Eijirou da cadeia. — Izuku comentou rindo.
— Nem me fala, Deku, nem me fala. — Katsuki acabou rindo tamanho era o absurdo da situação.
— MEU ÚNICO CRIME FOI AMAR DEMAIS! — Eijirou gritou tentando manter-se de pé.
— Na verdade foi perturbação ao sossego e tentativa de fuga — Shouto lhe respondeu, enquanto Katsuki apressava-se para levar seu namorado para fora.

Não se sabe ao certo como Kirishima teve coordenação motora suficiente para olhar para trás e ver Denki abraçando Jirou enquanto chorava e jurava seu amor por ela. Todavia, como seu companheiro de praça, o ruivo sentiu necessidade de bradar em alto e bom som:


EU SEI QUE VOCÊ É CAPAZ DE FAZER ELA FELIZ!
E NADA É CAPAZ DE ME IMPEDIR! — Denki respondeu antes de virar para o lado e vomitar. A moça que se identificou como Kyoka Jirou, apenas balançou a cabeça enojada em como o homem que ela era apaixonada passava tanto vexame.
— Para de gritar, Cabelo de Merda! — Katsuki chamou sua atenção — Vamos embora antes que a gente fique preso aqui!
— Suki, eu te amo tanto, me perdoa!
— Sim, sim, eu te perdoo. — murmurou enquanto o enfiava no carro de Izuku. — Só não fica gritando, ok? Tá muito tarde já.
— É até estranho te ver sendo tão manso — Izuku comentou enquanto se preparava para dar partida.
— Deku, eu tô tão cansado que nem vou te responder. — anuiu.
— Você tá muito agradecido para me xingar ou algo assim—- Izuku respondeu piegas - Por que você está chorando, Eijirou?
VOU CHORAR, DESCULPA MAS EU VOU CHORAR — o ruivo estava de barriga para cima no banco de trás.
— Fica quieto, Eijirou, puta que pariu! — reclamou enquanto Izuku ria.


O restante da viagem de volta para o apartamento foi tranquila. O pinguço dormira no banco de trás e Katsuki agradeceu a seu amigo pela ajuda. O que o loiro não ouviu foi o que seu namorado disse a Midoriya antes de ser arrastado para fora do carro.


— Eu vou pedir o Suki em casamento! — confidenciou a Izuku que ria escutando atentamente — Tive uma ideia maravilhosa, Izuku! Não conte a ninguém!


Katsuki nem podia imaginar que seu namorado, bêbado e com um pé descalço, já planejava uma demonstração de amor inesquecivelmente máscula.

20 Avril 2020 13:07 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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