nathymaki Nathy Maki

Bakugou tentou de tudo para que Kirishima entendesse seus sentimentos. Em um dia, no bar, Eijirou finalmente entende.


Fanfiction Anime/Manga Déconseillé aux moins de 13 ans.

#boku-no-hero #mha #bnha #kiribaku #bakushima #comédia #humor #fluffy #fofo #romance
Histoire courte
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Capítulo Único

Os dois estavam no bar quando a gritaria começou. Katsuki, demonstrando todo o autocontrole adquirido com os anos, não explodiu o copo em sua mão de imediato. Ele apenas apertou mais os punhos e levou a bebida aos lábios, tentando por tudo que era mais sagrado não se irritar. Porém, dado que esse já era o seu estado natural, aquilo era o mesmo que travar uma batalha perdida.

Jirou, que estava a sua frente rolando a garrafa de cerveja distraidamente, levantou o olhar ao ouvir o barulho e deixou um suspiro escapar. Bakugou já imaginava o que aquilo queria dizer.

— Não me diga – grunhiu, sacudindo a cabeça e desviando o olhar do dela que se tornara subitamente divertido. Era sempre uma má noticia quando aquele sorriso de canto aparecia. — Eu venho beber com você para ser deixado em paz, então apenas não me diga.

É claro que ela disse mesmo assim.

— Midoriya foi o primeiro. – Bakugou grunhiu ainda mais. Como de costume, as coisas em sua vida haviam começado por culpa daquele nerd estúpido que era o Deku. — Me deve mil ienes. – Ela riu.

Ele devia saber que o desgraçado também seria a causa da perda de seu dinheiro. Podia ter escolhido qualquer noite para dar pt, mas não, tinha de ser justo aquela em que eles estavam apostando! Maldito fosse.

— Então – Ela começou —, como estão as coisas com o Kirishima?

Bakugou suspirou. Ele já devia esperar por aquilo. Sempre que os antigos colegas de classe se reuniam em noites como aquela para comentar o dia a dia e relembrar os tempos de escola, acabavam Katsuki e Jirou em um canto, longe da bagunça e a uma distância segura para fingir que não os conheciam. Ele preferia aquilo a encarar a confusão excêntrica que eram seus ex-colegas reunidos. Sua sanidade praticamente implorava. Além disso, a garota era boa companhia.

Bakugou lhe lançou um olhar cansado e tomou mais um gole.

— Tão ruim assim?

Tsc. – Ele fez. — Pior. E como está com o Pikachu?

— Na mesma. – Ela levou a garrafa aos lábios, mas logo a abaixou, parecendo pensativa. — Acha que é algum tipo de maldição?

— Com certeza é culpa do nerd de merda. – Ele inclinou levemente a cabeça, apenas o bastante para enxergar dali o local no qual Izuku tentava tropegamente subir em cima da mesa enquanto os demais aplaudiam. — Tudo começou por culpa dele.

— Talvez não. – Ela ofereceu. — Talvez seja uma condição genética ou algo assim. Talvez a gente só seja idiotassexual.

— É o quê?

— Idiotassexual, sabe. – Ela meneou a garrafa na sua direção. — Gente atraída por idiotas.

Bakugou soltou uma risada.

— Kirishima não é idiota. Você quem não soube onde amarrar o seu burro e agora está pagando o preço. Há, bem feito.

— Ah, não é, né? – Ela ergueu a sobrancelha, desafiadora. — Outro dia Denki me perguntou como se falava tortilla em espanhol.

Pff, isso apenas prova que eu estou certo.

— A não ser pelo fato de que Kirishima se virou para ele e concordou!

— Maldito Cabelo de merda.

— Viu só, você está numa situação bem pior. – Ela acenou, vencedora. — Já sei! Vamos fazer um top 10!

— Cacete, ficou doida?

— Pior – Ela riu. —, bêbada. Vamos lá, Bakugou! Larga essa pose de machão. Eles ainda vão demorar ali e você não tem mesmo nada melhor para fazer.

— Tsc. – E ele imaginando que Jirou era melhor que os maníacos. Ela era pior, muito pior. Bakugou suspirou, cansado. — Não é a primeira vez que isso acontece – confessou, a contragosto.

— Sou toda ouvidos.

...............................

Na cozinha:

— Ei, bro – Kirishima chamou enquanto Bakugou mexia o molho em uma panela. — As garotas estavam comentando que você tem um crush em alguém da nossa sala. Vamos lá, eu sou seu parceiro, quero saber também! – Um beicinho emburrado tomou conta de seus lábios. — Me conta de quem você gosta.

— Não – Bakugou resmungou, ajustando a temperatura. A atenção dividida entre o que fazia e o que estava prestes a acontecer.

— Por que não?

— A pessoa vai escutar.

— Mas só tem a gente na sala.

— Exatamente.

Eles se encararam em um silêncio atordoado e suspenso enquanto Kirishima processava o que ele queria dizer. Para a infelicidade de Bakugou, o que ele respondeu foi:

— Para de suspense e me conta logo, bro!

Bakugou apenas suspirou e voltou a mexer seu molho.

...............................

Na sala, conversando com os amigos-que-ele-não-admitia-serem-amigos:

— Eu sou o filho da puta mais poderoso dessa escola.

— Sim, você é – Kaminari concordou.

— Eu estou na porra dos rankings dos mais inteligentes dessa merda.

— Sim, você está.

— Tenho o futuro mais promissor dentre todos esses putos.

— Sim, você tem.

— Cabelo de merda nunca vai entender as indiretas que eu deixo para ele, não é?

— Não, ele não vai.

— Qual foi a porra do deus eu xinguei para receber esse castigo?

— E qual você não xingou? – Kaminari rebateu.

Os colegas riram do grunhido irritado que ele soltou.

— E se você deixasse de indiretas e mandasse logo uma direta? – Mina sugeriu com um largo sorriso.

Nesse momento propício, Kirishima entrou na sala com uma risada fraca e os cabelos molhados pelo banho.

— Do que estão rindo? – perguntou inocentemente.

Bakugou levantou-se bruscamente de onde estava e caminhou a passos largos até se encontrar frente a frente com o ruivo. Um centésimo de segundo se passou, apenas o tempo necessário para que ele arregalasse os olhos em confusão, e Katsuki agarrasse a toalha que se encontrava pendurada ao redor do seu pescoço e o puxasse para mais perto, tomando os lábios dele com os seus.

— O que foi isso? – Kirishima recuou, surpreso.

— A porra de um beijo?

Silêncio sepulcral enquanto os olhos de Kirishima se arregalavam em compreensão. Todos estavam muito focados na cena, os corações batendo forte de ansiedade, perguntando-se se finalmente o momento tão esperado ia acontecer. E então, Kirishima falou:

— Ah, sei! Tipo uma demonstração de afeto entre amigos, não é? Muito másculo!

Bakugou explodiu a própria cara depois disso.

No fundo, Kaminari, Mina e Sero rolavam no chão de tanto rir enquanto Kirishima como sempre, olhava para os amigos confuso, sem entender qual a graça da situação.

...............................

No corredor com Bakugou carregando um Kirishima exausto para a cama depois de um treino:

— Qual é o quarto, o seu ou o meu?

— Seu – ele respondeu imediatamente.

— Por quê? – Bakugou franziu a testa, desconfiado. O rosto de Eijirou estava vermelho. Por um instante, ele pensou que finalmente havia conseguido fazê-lo compreender suas intenções não tão puras assim.

— Porque seu quarto cheira a caramelo e eu gosto de doces.

...............................

Andando na rua:

Eles estavam caminhando lado a lada, como de costume. Kirishima tagarelando alegremente sobre as lojas que havia visitado quando, acidentalmente, encostou sua mão na de Bakugou e a afastou rapidamente. Bakugou, já irritado com toda a lentidão com que as coisas estavam se encaminhando, segurou agressivamente a mão de Kirishima.

— Porra, se for fazer, comprometa-se com isso.

— Na verdade, eu estava indo pedir um high five, mas isso é muito melhor! Mostra que você confia mesmo em mim, bro. Fico tão feliz. – E sorriu daquela forma estúpida que o fazia desejar arrancar o próprio coração para que este parasse de bater daquele modo acelerado.

— Aquilo é uma barraquinha de churros? Eu sei que você adora. Vamos nessa!

E o idiota o puxava pela rua, com as mãos dadas, como se eles estivessem na porcaria de um mangá Shoujo. Bakugou queria muito algo que pudesse explodir agora. Mais do que tudo, ele queria poder se explodir. No entanto, ele fechou a cara e apenas o seguiu.

...............................

No quarto, estudando para a prova de inglês:

Bro, o que está escrito aqui? – Kirishima apontou para uma frase do texto que eles estavam traduzindo.

— Eu te amo. – Bakugou pensou se aquele não era o momento perfeito para se declarar. E então:

— Eu também te amo. Mas quero saber o que diz aqui!

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Na sala comunal do dormitório, após voltar de um encontro:

— Por que ele está chorando? – Sero perguntou, fitando a triste figura que era Eijirou fungando como se não houvesse amanhã.

— Porque eu levei ele no McDonalds – Bakugou respondeu, curto e grosso.

— E? – Ele insistiu, ainda confuso, assistindo uma risonha Mina consolar o ruivo. — O que você fez?

Katsuki se contorceu internamente, a expressão mortífera em seu rosto soando de aviso o suficiente para que ele se afastasse. Sero porém ria na cara do perigo, mais interessado em saber o que causava aquela pontada de exasperação que identificava na mandíbula do colega. Os segundos se passaram em uma batalha silenciosa, até que:

— Pedi ele em namoro – Bakugou resmungou sob a respiração.

Sero riu como se sua vida não estivesse em jogo, já imaginava o que estava por vir.

— Não me diga que você usou mesmo aquela ideia de escrever o pedido no fundo da caixa de lanche vazia? – demandou. Quando Bakugou não respondeu mais nada, apenas aumentou a careta em sua expressão, ele riu mais ainda. — Você fez mesmo! O que ele respondeu?

Katsuki que àquela altura já não devia estar surpreso, cerrou mais os punhos e se afastou da entrada, respondendo por sobre o ombro em um tom que mesclava raiva e exasperação:

— Perguntou onde estava o lanche e chorou porque achou que tinham perdido seu pedido.

...............................

Dividindo um quarto durante a viagem:

Kirishima fitou o amplo espaço, encantado com o quão grande era e o quanto a decoração parecia luxuosa, até notar o móvel no meio do cômodo.

— Só tem uma cama? E se os nossos pés se tocarem? – perguntou, preocupado.

Bakugou suspirou, exasperado, jogando as malas de qualquer jeito em cima da cama e lançando um olhar bastante sério para o ruivo.

— Se nossos pés se tocarem a gente fode, obviamente.

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Na cama, depois de uma sessão de beijos:

— Bro-

— Eu tinha a porra da minha língua na sua boca há cinco minutos, não se atreva a me chamar de 'bro'. Nós somos mais do que bros, entendeu?

Os estúpidos olhos vermelhos se arregalaram.

— Claro que eu sei! Nós somos amigos!

Penas voaram pelo ar quando Bakugou explodiu o travesseiro.

...............................

Em uma caminhada na ponte:

— Eu odeio seu sobrenome. – Bakugou falou abruptamente.

— Desculpe? – Kirishima franziu as sobrancelhas, sem entender o que se passava com essa declaração tão repentina.

— Vamos mudar.

Bakugou estava pronto para se ajoelhar, já puxando as flores e a caixinha vermelha do bolso, quando:

— Mas não se pode mudar o sobrenome assim, do nada, só porque não se gosta dele – explicou Eijirou com paciência.

Bakugou suspirou, guardou a caixinha de volta no bolso e jogou o buquê de flores pela beirada da ponte.

...............................

Em um dia qualquer depois do trabalho:

Bakugou chegou da agência e, após trancar a porta do apartamento que eles dividiam, jogou uma pasta na mesa em frente a Kirishima.

— Assina isso.

— Assinar o quê?

— Na linha pontilhada, cabelo de merda. Precisa que eu mostre como?

Confuso, Kirishima assinou os papéis e os devolveu para Bakugou. Algo entre um suspiro de alívio e um grunhido exasperado escapou de seus lábios.

— Muito bem, agora use isso. – E jogou uma caixinha vermelha em seu colo a qual continha um bonito anel prateado.

— Espera, o quê-

Porém, Bakugou já havia saído novamente.

E, simples assim, eles estavam casados.

...............................

Na mesa, Jirou ria abertamente.

— Espera, espera. Você acha que ele sabe que vocês estão casados? Eu juro, nem mesmo o Denki foi lerdo assim!

Katsuki resmungou e pediu outra bebida. Ele ainda não estava bêbado o bastante para aquilo.

— E o que você fez que foi tão melhor do que isso? – perguntou, muito a contragosto, apenas para fazê-la parar antes que ele cometesse um crime de ódio.

— Eu o tranquei no armário. – Ela deu de ombros.

Foi a vez de Bakugou rir.

— Fez ele sair do armário?

— Não – ela corrigiu. — Eu entrei nele. Sem nada. – Ergueu a sobrancelha, com um meio sorriso. — Foi assim que ele entendeu.

Nesse momento, Denki se aproximou dos dois, beijou a bochecha de Jirou e escorregou um pedaço de papel pela mesa até o assento de Bakugou.

— Que merda é essa?

— Alguém ali me pediu para te entregar. – O loiro deu uma piscadinha convencida.

Bakugou abriu o papel e parte sua agradeceu mentalmente pelas suas aulas de controle ou todo aquele bar já estaria nos ares agora. Fitou as palavras escritas naquela caligrafia desleixada que conhecia tão bem e soube que apenas uma pessoa poderia ter feito aquilo.

No papel:

Você gosta de mim?

( ) Sim ( ) Não

De fato, na parede oposta, Kirishima lhe olhava timidamente, enviando um aceno. O ruivo sorriu, envergonhado, enquanto se aproximava da mesa para conferir a resposta. Bakugou queria bater a cabeça contra a mesa e conseguir o doce alívio da morte.

— Você marcou? – perguntou curioso, esticando-se para tentar ver o papel.

— Eijirou, nós somos casados.

— Somos? – ele recuou, surpresa se espalhando pelas linhas de seu rosto. Maldito rosto bonito, Bakugou resmungou internamente. — Quando isso aconteceu?

— Quando você assinou a porra da linha pontilhada. Até o anel você está usando!

— Ah, é um anel de casamento? Eu pensei que fosse uma marca de amizade.

Katsuki se virou pra Jirou que assistia tudo, rindo silenciosamente. Ela murmurou baixinho, antes de se retirar com Kaminari a tiracolo:

— Idiotassexual.

— Então você gosta de mim? – Kirishima perguntou, os olhos sem foco e um sorriso bobo e esperançoso, completamente bêbado.

— ....

— ....

Bakugou puxou uma caneta do bolso do barman e marcou a opção, antes de jogar o papel de volta para o ruivo.

Você gosta de mim?

( ) Sim ( X ) Não

Os lábios dele tremeram e Bakugou apenas suspirou, derrotado. Estendeu os braços e o ruivo pulou neles, enfiando o rosto em seu pescoço, absorvendo o calor que emanava de seu corpo e aspirando o aroma de caramelo torrado do qual tanto gostava.

— Você não gosta de mim – ele murmurou, sentido, afastando a cabeça do espaço confortável que antes repousava.

— Claro que não, seu idiota de merda.

— Você diz que somos casados, mas não gosta de mim.

Depois daquele dia, Bakugou jurou que jamais deixaria Kirishima beber novamente.

— Claro que não. Não casei com você porque gosto de você. Casei por que amo você.

— Você me ama? – Ele parecia uma criança que havia acabado de descobrir os segredos do Universo, os olhos arregalados, as bochechas vermelhas, o sorriso bobo nos lábios que havia conquistado Katsuki.

— É isso que eu venho tentando dizer esses anos todos, mas você parece uma porta! – resmungou. — Nem mesmo Plutão, porra!

— Mas nós somos casados?

— Sim, Eiijrou, nós somos casados!

Sem avisar, Kirishima se inclinou e pressionou seus lábios nos de Bakugou com uma força e sentimento até então não vistos. Ele o abraçou, uma risada bêbada e feliz escapando e então levantou-se do colo do marido, e gritou para todo o bar:

— Eu sou casado! A próxima rodada é por minha conta!

E voltou para mais beijos, repondo todo o tempo que eles haviam perdido por conta de sua lerdeza, e murmurando ‘marido’ a cada respiração. Katsuki refletiu que, mesmo que ele não se lembrasse disso na manhã seguinte, ele realmente deveria deixá-lo beber com mais frequência — promessas foram feitas para serem quebradas, não é? Mesmo aquelas realizadas minutos atrás. — Afinal, os benefícios superavam as expectativas. Eles estavam casados, seu marido estava bêbado e cheio de amor para dar, o bar era quente e acolhedor. É, a noite até que não havia sido um total desperdício. E quanto antes eles chegassem em casa, melhor ele a acharia.

***

Uma explicação rápida pra quem não entendeu o título!
Plutão só vai completar a sua primeira órbita ao redor do Sol em 2178! Isso mesmo, PRIMEIRA! Nosso planetinha é tão lerdo que sequer conseguiu uma translação completa! Daí a expressão: Mais lerdo que Plutão :3
É fofo e adorável, vamos admitir!
Todos os créditos dela para a Ayzu e sua genialidade!
Vou usar sempre agora heuheuehue

10 Avril 2020 17:57 2 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
13
La fin

A propos de l’auteur

Nathy Maki Fanfiqueira sem controle cujos plots sempre acabam maiores do que o planejado. De romances recheados de fofura a histórias repletas dor e sofrimento ou mesmo aventuras fantásticas, aqui temos um pouco de tudo. Sintam-se à vontade para ler! Eterna participante da Igreja do Sagrado Tododeku <3

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Artemísia Jackson Artemísia Jackson
Vindo biscoitar aqui também porque minha madrinha arrasaaaaa
April 18, 2020, 17:23

  • Shine (não Shine (não
    Meu Deus eu rolei no chão de tanto rir Foi adorável demais kkkkkkkkkkk August 23, 2020, 10:59
~