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Rebecca Silva


ABO//KIM NAMJOON//BTS O destino os escolheu, agora restava saber se eles iriam aceitar.


Fanfiction Célébrités Interdit aux moins de 18 ans.

#namjoon #amor #relacionamento #abo #lobo #romance
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En cours - Nouveau chapitre Tous les mardis
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A noite mais escura do ano.



O vento forte parecia querer falar algo enquanto a garota de cabelos pretos como a escuridão da noite acima descia por entre os galhos das árvores do lado do seu quarto e apoiava os pés no chão com um baque suave. Ela caminha por entre as ruas de cabeça baixa, e consegue despistar os seguranças da sua casa mais uma vez. A noite como sempre sua aliada, ajudando o seu disfarce enquanto ela passa despercebida entre eles.

Guiada pelo cheiro forte da comida, ela se aproxima ainda mais das barracas postas ali. Era uma vergonha não poder ir em uma festa da Lua quando tantas comidas deliciosas eram postas por um preço tão baixo. Ainda que dinheiro não fosse problema para ela, precisava manter as aparências e até pechinchava quando via que os homens do seu pai estavam por perto.

Parando em uma barraca de cores laranjas e amarelas, a garota sorri para a vendedora antes de estender uma nota de vinte jiwl¹.

— Uma caixa de Dopplings. Coloque um de cada sabor por favor.

— Anyong², Aalea. — A senhora que lhe conhecia por todo ano estar ali, sorri de volta colocando alguns Dopplings extras.

Lhe entregando com uma piscada de olho.

— Você é a melhor Sra.Hiun, Fuego!

A senhora sorri ainda mais, olhando para a garota com um olhar contemplativo, embora decidisse que não valia seu tempo perguntar como a garota sabia a forma de tratamento do seu povo quando ela nunca comentara sobre isso.

— Tenha cuidado por aí, Menina. Não vale à pena andar sozinha na noite mais longa e escura do ano.

— Não se preocupe — Aalea fala, colocando um Doppling na boca antes de responder — Estarei na cama antes da meia noite.

Sentada em um canto afastado, A garota começa a comer seus dopplings enquanto encara a noite estrelada acima. Nunca havia ficado mais que duas horas na festa e apenas saía por que odiava receber um não, principalmente quando era algo tão fútil quanto uma festa da Lua. Porém na-

Fútil? — A voz rouca e velha falou ao seu lado, cortando o seu pensamento. Aalea sorriu, engolindo em seco e quase engasgando, sabendo que foi pega.

— Quer comer um pouquinho? — Abre a caixa mais uma vez, mostrando apenas dois bolinhos ali.

Aera, Você sabe que não pode falar asneiras hoje. — A voz da sua bisavó era rígida, embora não saísse mais que em um tom doce para a garota. A menina suspira, colocando a caixa do lado do tronco de árvore que estava fazendo de acento e olha para a imagem da sua avó. Tão nítida que parecia real.

Eu nem cheguei a falar.

— Mas mesmo assim pensou. Sabe que hoje não é dia de você brincar de faz de conta. Principalmente enquanto seus pais estão dormindo. Afinal, porquê você não está em casa se contorcendo de dor?

— Nossa, Bisa. Como você me ama. — Aera revira os olhos — Ainda está cedo, só começa à meia noite.

— Aera, você deve voltar para casa agora.

A garota sorri, pegando o ultimo doppling e colocando na boca.

— Eu já estou indo. — Revira os olhos — Já basta o papai, Bisa. A senhora também? Hoje não, né?

— Sim Aera! — Sua voz se torna mais forte, como um trovão ao sair. A escuridão ao seu redor se torna ainda mais densa, mais escura. A imagem da sua bisavó era bonita, ela estava na faixa dos vinte e cinco anos e não tinha nenhuma ruga sempre que aparecia para ela. Embora ela tivesse morrido com quase cento e vinte anos. — Literalmente hoje não! — Com um suspiro, ela vira o rosto,olhando para trás, mesmo que não tivesse ninguém lá. — Você precisa ir agora, Aera. AGORA!

Um vento forte passou pela garota, lhe colocando de pé em um pulo, a caixa caindo da sua mão no chão e quebrando a madeira frágil. A voz da sua bisavó mudara, estava dando-lhe arrepios e ela estava parecendo que iria tirar a cabeça da garota se a mesma não saísse dali naquele momento.

Algo estava super errado.

— Ele está vindo, Aera. Não pode ser hoje, vocês não podem se verem hoje. — A mão fria toca sua, embora ela achasse aquilo impossível — Vamos eu vou com você para te proteger.

— Como assim? Me proteger de quem? — Pergunta, sem entender enquanto caminha a passos rápidos.

— Como assim de quem? Do seu Bisavô e o escolhido dele.

A dor caía em seu braço, nas suas costas e principalmente na sua cabeça. Seu corpo inteiro doía e ela não entendia o por que aquilo tinha que acontecer somente com ela.

Justamente no dia mais longo do ano.

O porão tinha cheiro de mofo quando ela entrou, era como se os criados não entendessem que ela sofria aquela porcaria de cio todos os anos e era trancada ali por três dias para quase morrer.

— A água está congelada. Do lado tem mais gelo, você pode pegar mais se sentir necessidade de sofrer ainda mais.

Sua mãe parecia justamente como uma rainha deveria parecer: Tinha grandes cabelos pretos e uma pele branca que não demonstrava nem sequer um tom rosado no lugar errado, as suas roupas alinhadas aumentavam ainda mais a sua áurea de realeza. Aera agradeceu a sua bisavó na sua não-bochecha pelo fato de ter chegado antes da sua mãe bater na sua porta lhe esperando, embora ela tenha levado um puxão de orelha por não estar pronta.

— É necessário mãe, Você entenderia se tivesse sido escolhida pra esse sofrimento.

Sua mãe ri, olhando-a de cima à baixo para se certificar de que ela estava intacta.

— Você é tão a cara da mamãe, nunca vi um dia que ele não fosse dramática. — Limpando as mãos no seu Hanbok ela parece pensar por um momento, depois, como se soubesse que o seu pensamento não ajudaria nada no momento apenas se limitou a dizer: — Eu deixei a sua escova de cabelo do lado da banheira. Boa sorte, amo você.

— Também te amo mamãe. — Aera murmura, fechando a porta e vendo sua mãe trancá-la com vários cadeados.

Seria uma longa, longa noite.

Tirando as roupas e as presilhas do seu cabelo, a garota suspira, conferindo se a banheira arcaica estava com gelo o suficiente para fazer com que ela não sentisse nada enquanto a transição acontecia.

Vendo que estava gelada o bastante, a garota olha no relógio, entrando na banheira e soltando um gritinho sôfrego quando o frio lhe envolve no mesmo momento que o som dispara lhe avisando que chegara meia noite e seu cabelo começa a mudar de cor.




6 Avril 2020 22:05 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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À suivre… Nouveau chapitre Tous les mardis.

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