Eu juro que não foi traição. Foi sedução.
Não tive muita escolha quando ela entrou na minha casa sem ser convidada, circundou minha cintura com seu braço esquelético e me puxou para perto. Seu perfume era doce demais e, da intensidade mortal do seu olhar, eu não consegui escapar.
Não foi traição, eu juro.
Tudo em mim gritava e esperneava, tentando me libertar, tentando correr na direção oposta. Eu tinha consciência que era errado e imoral – eu já estava comprometida há vinte e cinco anos. Não era a primeira vez que ela havia tentado algo, mas nunca havia sido tão insistente quanto dessa vez.
Seus lábios estavam muito perto e seu hálito quente acariciava meu rosto com dedos gelados.
Eu tentei fechar os olhos e esquecer que ela estava ali. Mas não adiantava, porque ao voltar a abrir os olhos, ela continuava no mesmo lugar.
Não foi sua culpa; por favor, não pense isso. Você não teria como ter feito nada diferente. O tempo que passamos juntas foi maravilhoso, cheio de vivências e aprendizados valiosos.
Mas, quando a Morte me sussurrou promessas com uma voz rouca e angelical, eu não tive como resistir.
Seus problemas irão acabar.
Tudo será rápido.
Confie em mim.
Entende? Eu não tinha como resistir.
Então eu me inclinei e fechei os olhos.
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