A primeira vez que o vi, ele tinha flores amarelas nos cabelos e uma expressão nada boa no rosto. Estava irritado porque passei pelo seu gramado com meu cavalo. Mas o que eu podia fazer? Eu era o general de um grande exército e estava fugindo de uma emboscada, não podia parar e me desculpar.
A última vez que o vi, ele estava segurando a minha mão e tinha os lábios manchados de sangue. O rosto todo contorcido em dor por causa da bala no seu estômago e o meu rosto refletindo a sua dor, porque não podia salva-lo. Do jeito como não pude salva-lo da primeira vez durante os anos.
Éramos como duas cargas opostas, sempre se atraindo e tendo o mesmo destino. Kyungsoo sempre acabava morrendo nos meus braços, não importava quantos anos passassem ou se trocássemos de nome ou de vida.
Ele já foi um camponês, um príncipe, um garoto de uma família nobre, um ajudante em uma lojinha, um mendigo, um bad boy, casado e com filhos... Enquanto eu era apenas eu. O eterno Chanyeol, sempre a sua procura, incapaz de morrer e de envelhecer enquanto não cumprisse minha maldição. Porque não importava o quanto eu me afastasse, o quanto eu viajasse pelo mundo, sempre acabava esbarrando nele. E como sempre acontecia, nos envolvíamos e então ele morria.
Essa era a minha maldição: fui condenado ao vê-lo morrer. Porque assim como fiz alguém sofrer no passado, fui obrigado a sentir a mesma coisa.
“Vai vê-lo morrer durante toda a sua vida, General. Porque assim como tirou o meu amor, tirarei o seu”. Foi isso o que ela me sussurrou naquele dia, na caverna sob o teto úmido e a escuridão como testemunha. Essa maldição tem me perseguidor desde então do mesmo modo que tem perseguido a bruxa que lançou-a sobre mim. Nos tornamos dois condenados, fadados a um destino que nunca quisemos.
É nisso que estou pensando enquanto ando pelos corredores da escola, onde estudo para manter uma aparência. São mais de cem anos nessa vida, preso nos meus eternos dezoito anos.
— Me desculpe. — a pessoa fala depois que esbarra em mim. Confuso, apenas assinto e a deixo passar e só quando passa do meu lado é que noto que conheço a conheço.
Não há mais flores amarelas em seu cabelo escuro nem a expressão irritada da primeira vez, mas mesmo sem isso sou capaz de reconhece-lo. Exatos vinte e cinco anos desde a última vez que o vi acabamos nos encontrando de novo, posso até mesmo escutar a risada da bruxa em minha mente e os ponteiros do relógio se mexendo.
Começou.
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