omegakim Amelia Kim

Em mundo destruído por um vírus desconhecido, Kyungsoo e Baekhyun tentam sobreviver. [baeksoo]


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

#zumbis #incesto #baeksoo #sexo
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- sussurro

O silêncio é assustador, foi a primeira coisa que Kyungsoo pensou naquele começo de manhã quando acordou aos ofegos. A respiração entrecortada chamando a atenção de Baekhyun, seu irmão, deitado ao seu lado naquele quartinho. O mais velho o fitou, a testa enrugou e o cabelo escuro caiu sobre os olhos. Kyungsoo desviou o olhar e colocou a mão no rosto, respirou fundo. Estava tudo bem, pensou. Era apenas silêncio.

— Pesadelos? — a voz de Baekhyun chegou até si de um modo baixo, quase um sussurro.

Assentiu, suspirou, afastou a mão do rosto e voltou a deitar no chão duro daquele lugar. Haviam encontrado aquela casa no dia anterior e depois de verificar cada cômodo, pareceu uma boa ideia passar a noite ali, mesmo que ela não fosse o ponto mais seguro. A localização não os favorecia se fossem pegos por uma horda de mortos-vivos, contudo, estava tarde demais para procurar algo melhor. Ao menos ali, podiam ficar protegidos das chuvas daquele inverno além de que, se ficassem quietos, fizessem o silêncio perdurar, estavam mais do que seguros. Afinal, os mortos-vivos não enxergavam. Eles escutavam, farejavam como predadores, mas não enxergavam, o que dava alguma vantagem a quem soubesse sobreviver. E Baekhyun e Kyungsoo sabiam fazê-lo com maestria.

Baekhyun ergueu a mão e colocou a palma contra sua testa, afastando os cabelos escuros para trás, verificou sua temperatura. Estava sem febre, sabia disso, mas o jeito sério com que o irmão mais velho perscrutava seu rosto o deixou preocupado. O viu comprimir os lábios, quis abrir a boca para perguntar o que havia de errado, mas logo a preocupação estava sendo deixada para trás quando o mesmo sorriu, deslizou a palma mais para trás e bagunçou seu cabelo.

— Sem febre. — confirmou e Kyungsoo se pegou sorrindo de volta.

O inverno não era a época preferida do mais novo dos Do, em parte porque a exposição ao frio sempre lhe trazia alguma consequência. Na noite passada, ardera em febre. Culpa da chuva em que se banhara no começo daquele mesmo dia. Baekhyun costumava dizer que aquilo era uma reação normal, mas Kyungsoo sabia que não. Era culpa de um trauma mais profundo, o tipo de coisa que o seu corpo não se recuperara tão fácil.

Talvez, mais dois anos resolvessem isso, pensou.

— Está com fome? — Baekhyun perguntou e Kyungsoo apoiou-se nos cotovelos depois de assentir.

O irmão virou-se de costas para si, começou a vasculhar em sua mochila atrás de alguma coisa para se comer. No dia anterior, eles haviam conseguido entrar em um pequeno mercado, mas não tiveram tanta sorte quando tudo parecia ter sido saqueado. Não havia tantos alimentos. Algumas latas de ervilha, batata e milho aqui e ali. Nada tão valoroso, mas também não tão desperdiçável assim.

Kyungsoo lembrava-se de ter enchido sua mochila com potes de frutas em calda, apenas porque não podia come-las quando a vida era normal. Não era o melhor alimento para quem estava tentando sobreviver em meio a um apocalipse, mas ainda assim, o garoto não conseguia dispensar uma boa fonte de açúcar. Baekhyun o repreendia, apenas para ser o primeiro a lhe dar o que queria no minuto seguinte. Essa era uma das vantagens de ser o caçula, se vangloriava.

— Batata e cenoura pra você. — o mais velho estendeu na sua direção, a voz soando divertida enquanto o mais novo se limitava a revirar os olhos.

Cenouras não lhe eram favoritas, mas dado as circunstâncias não podia se recusar em comê-las. Os tempos eram difíceis demais para se dar ao luxo de fazer mais do que revirar os olhos. Ele segurou a lata, abriu-a e começou a vira-la na boca, comendo os pedaços de cenoura e batata ao mesmo tempo que via, pelo canto de olho, Baekhyun voltar a deitar no chão. O outro não parecia com fome, era provável que já tivesse comido e agora, só esperava pelo mais novo.

Os olhos dele estavam no seu rosto, fitando-o de baixo. Quieto. Kyungsoo evitou virar o rosto e fita-lo nos olhos, gostava mais da sensação de estar sendo observado do que observar, porque, em parte, acabava acontecendo aquilo, o momento estranho da última semana. A cena da banheira ganhava tons coloridos e falsamente bonitos na sua memória, estava mais enfeitada que o normal. Quem sabe, na mente de Baekhyun acontecesse de outro jeito, mas para Kyungsoo era íntimo demais.

Se fechasse os olhos por um momento, poderia sentir a pressão dos dedos do irmão na sua pele mais uma vez. O silêncio quebrado pelo barulho de água, espalhando-se para fora da banheira. Depois, o som dos passos molhados no banheiro, os olhares mais que intensos, as palavras que nenhum deles sabia como dizer. A bagunça que Kyungsoo se envergonhava de ter gostado.

Abaixou a lata vazia contra o chão do quarto. Virou o rosto em direção ao mais velho e esperou por qualquer coisa, mas não houve nada além dele se levantando e dizendo que estava na hora de ir.

Para onde? Nunca sabia. Os caminhos daquela nova vida eram nublados, não existia mais a organização de antes. Nem se quer existia um lugar seguro, haviam pequenos locais onde podiam se esconder por uma noite, ter uma boa noite de sono, mas nunca para ficar pelo resto da vida. Antes, no começo de toda essa bagunça, haviam surgido acampamentos, locais afastados e bem protegidos que abrigavam qualquer um que estivesse procurando quietude, mas apesar de a iniciativa ser boa, durou pouco.

A contaminação acontecia mais fácil em lugares com grande aglomeração de pessoas, o vírus se espalhava tão mais fácil que a única saída parecia ser caminhar sozinho. Pequenos grupos começaram a ser formados. Muitos tentaram atravessar a fronteira, ir em busca de um lugar livre da contaminação, mas até onde Kyungsoo sabia, o mundo inteiro estava daquele jeito. Os humanos corrompidos da mesma forma que os animais, contudo, o vírus era menos agressivo nesse último quando apenas matava-os. Com humanos... os consumia, deixava-os loucos por carne. Cegos e famintos.

Baekhyun aproximou-se de si, ajudou-o a amarrar a mochila em suas costas, os dedos eram hábeis enquanto fazia os nós. Ele era bom naquilo, Kyungsoo pensou. A verdade, era que Baekhyun era bom em muitas coisas. Culpa de um instinto nato de sobrevivência que foi aflorado durante o tempo em que passou no exército. Ele ainda usava sua dog tag no pescoço, uma lembrança eterna daquele lugar.

As mãos dele pararam em sua cintura e Kyungsoo esperou, mas nada veio além do pousar das palmas ali. O calor delas chegou em sua pele da mesma forma que o silêncio continuava. Não existia mais o som de pássaros cantando, o som dos carros, das pessoas. A vida havia sido mergulhada em silêncio. Era isto que regia suas vidas, contudo, naquele ínfimo pedaço de tempo, Do Kyungsoo acreditou que era o toque de Baekhyun que regia a sua. O calor das suas palmas, que transpassava o tecido da sua camisa, alcançava sua pele com tanta calma que não se impediu de fechar os olhos.

Então, Baekhyun estava afastando as mãos de si, lançando-lhe um olhar longo, pedindo silêncio antes de abrir a porta e se apressar para fora do quarto. Kyungsoo o seguiu, tão quieto quanto conseguia. Eles avançaram pelo corredor, os olhos sempre vasculhando os cantos de tudo atrás de possíveis zumbis, mas quando nada apareceu, conseguiram sair da casa em segurança apenas para serem mergulhados no caos que o mundo se tornara.

8 Février 2020 00:47 3 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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Hwasa Moo Hwasa Moo
Essa fanfic parece um pouco com a realidade que estamos vivendo agora, em razão da epidemia. Passa uma energia pesada, mas necessária.
August 23, 2020, 01:39

  • Hwasa Moo Hwasa Moo
    Pandemia****** August 23, 2020, 02:08
  • Amelia Kim Amelia Kim
    Pois não é, mas acredite, Silêncio é um pouco de antes da pandemia kkk. Mas só que essa fanfic não era uma shortfic. Era só uma oneshort. Espero que nesse caso a vida não imite a vida. xoxo August 26, 2020, 01:35
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