omegakim Amelia Kim

Minseok era um beta, trabalhava em um café nas quartas e quintas, mas esperava conseguir um emprego melhor e tinha como melhor amigo Byun Baekhyun, o ômega engraçadinho que sua família jurava de pé junto que ia casar consigo algum dia. [baekmin] [abo]


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

#baekmin #abo #ômega-beta
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O beta

Acordou cedo naquele dia, arrumou-se rápido e correu até a cozinha, roubou uma maçã da fruteira em cima da mesa e gritou um tchau meio animado meio apressado aos pais. Estava com a fruta entre os dentes quando levantou a mão, fazendo sinal para o ônibus. Achou um lugar vazio e sentou-se ali, tomando cuidado em puxar a touca para baixo e esconder bem as suas orelhinhas de gato ao passo que sentia a cauda felpuda ficar sobre suas coxas, escondida pelo grosso sobretudo preto. Terminou de comer a maçã, os olhos gateados vagando pelo trânsito enquanto não chegava no seu ponto.

Ninguém lhe olhou estranho ou disse qualquer coisa a si, mas Minseok sabia o que todos pensavam, sabia como aquelas pessoas estavam farejando o ar, tentando descobrir o seu cheiro, sua classe, e não encontrando mais do que a colônia floral, que tinha ganhado da tia quando esta voltou de uma viagem da América. Não encontrariam nada, porque Minseok era um beta e como tal não tinha o cheiro característicos que ômegas e alfas tinham. E por ser um beta, tinha as características animais evidentes.

Era um defeito genético, como tinha aprendido na escola quando era mais novo. Os betas eram um defeito genético e por isso eram facilmente identificáveis, seja pela falta de cheiro ou pelo lado animal que nunca podia ser escondido. Os estudiosos não conseguiam explicar como um beta surgia, o que todos sempre diziam era como durante a formação do feto os DNA’s de lobo e o de humano, não conseguiam se fundir para formar um ômega ou um alfa e acabavam formando um beta, que era alguma coisa que ficava entre os dois.

Mas como ambas as espécies nasciam com características animais, ficava difícil identificar um beta até que a idade do cio chegasse. Lá por volta dos quinze anos, foi nessa idade que o irmão gêmeo de Minseok, Kyungsoo, se descobriu ômega enquanto ele, foi envelhecendo e nunca passando por um cio até que todos chegaram à conclusão de que era um beta.

Um beta...

Não devia ser tão ruim ser um beta, Minseok pensava. Gostava das suas orelhinhas de gato e da cauda felpuda caramelada, enquanto o irmão tinha perdido suas características animais quando teve o cio. Também gostava de não ter cheiro algum, já que achava o cheiro do irmão e dos primos, enjoativo. No entanto, na medida que ele ia crescendo a vida ia lhe mostrando o quão ruim era ser um beta.

Por não ter um cheiro, não era atraente a qualquer alfa ou ômega. Seus únicos parceiros possíveis acabavam se tornando outros betas, fazendo com que seus futuros filhos também fossem betas, o que era ruim o suficiente, já que o preconceito com betas crescia a cada dia. Mas o pior de tudo, era o fato de betas fêmeas tinham dificuldade em segurar uma gravidez, a maioria morria durante o parto e foi por isso, que o governo coreano começou a incentivar o uso de métodos contraceptivos por betas, afim de evitar mortes. No entanto, Minseok sabia que isso era apenas uma desculpa para que os betas não tivessem mais betas.

Se pôs de pé quando viu o seu ponto chegar pela janela. Apertou o botão e logo depois o motorista estava parando e ele descendo, apressado. Correu pelo caminho a fora até a empresa onde tinha uma entrevista de emprego marcada e já estava atrasado.

A verdade, era que tinha passado a noite anterior lendo sobre o lugar. Vasculhando na internet notícias sobre a empresa Park, se informando. Não queria chegar na entrevista de emprego e não saber nada sobre o lugar. Acabou indo dormir tarde e por isso acordou atrasado.

O beta entrou pela porta giratória do lugar e foi em direção a recepção. Havia uma bela moça lá e pelo cheiro que ela exalava, era uma ômega.

— Olá. Eu vim para entrevista de emprego. — ele disse se encostando no balcão da recepção.

A mulher levantou o olhar para fita-lo. Tinha belos olhos azuis escuros e o cabelo loiro preso em um coque só a fazia parecer muito séria e muito atraente.

— Terceiro piso, primeira porta a esquerda. Setor de RH. — ela disse simpática, apesar do rosto sério.

Minseok inclinou a cabeça em uma reverência mínima em agradecimento e então começou a se afastar. Entrou no elevador e apertou o botão do terceiro andar e foi apenas quando chegou no terceiro piso quando as portas do elevador se abriram, que o beta retirou a touca azul-claro que usava, deixando suas orelhinhas à mostra. Andou pelo corredor até que encontrou o setor de RH. Bateu primeiro na porta antes de abrir e quando o fez seus olhos logo notaram as pessoas que haviam ali. Estavam atrás da mesma vaga de emprego que o Kim tinha vindo tentar.

Ele entrou e foi em direção a recepção do local, sem notar os olhares das pessoas ali presentes.

— Bom dia. — falou, enquanto que nas mãos entortava o delicado gorro de lã. — Eu vim para a entrevista de emprego.

A mulher atrás da bancada apenas ergueu uma sobrancelha na sua direção, os olhos castanhos desconfiados sobre si.

— Nós já temos um faxineiro. — ela disse, afim de se livrar logo daquele beta.

— Não, eu não vim pra essa. Eu sou Kim Minseok, vim para entrevista de emprego de assistente administrativo. — explicou, fingindo não se importar com que ela tinha dito. — Tenho hora marcada. — disse por fim, mostrando sua identidade à ela.

A mulher procurou na tela do seu computador, até que encontrou o seu nome.

— Sente-se ali. — disse a contragosto e Minseok sorriu pra ela, meio divertido demais.

Sentou-se em um dos lugares vagos que haviam ali e ficou esperando a sua vez. Enfiou o gorro no bolso do sobretudo e abriu os botões do mesmo, estava quente ali dentro, deixou que a sua cauda caramelada ficasse sobre suas coxas e viu com certa dor quando uma das mulheres ao seu lado torceram a boca diante da visão da sua cauda felpuda. Era uma alfa. Conseguia saber pelo cheiro cítrico que ela exalava, abaixou os olhos e cariciou a sua cauda. O que havia de errado em ter uma cauda? Sua cauda era macia e limpinha além de ser bem bonita naquele tom de caramelo e com alguns fios brancos misturados ali. Minseok sabia de alguns betas que cortavam as suas caudas e não conseguia pensar como eram capazes de fazer isso. Parecia um crime se mutilar daquele jeito apenas para se parecer com um ômega ou um alfa.

Sentiu seu celular vibrar e o procurou no bolso do seu sobretudo. Sorriu ao ver o nome estampado ali. Era uma mensagem do seu melhor amigo da vida inteira: Byun Baekhyun.

Não hesitou em abrir a mesma e ler apressado.


Baekkie: Boa sorte, gatinho! Apesar de saber que você vai arrasar nessa entrevista.

Minseok sorriu mais um pouco, afinal Baekhyun sempre sabia o que dizer.

6 Février 2020 23:51 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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