Minha gatinha, Missy, andava inquieta desde que nos mudamos para o novo apartamento.
Passava horas encarando o teto ou as paredes, mesmo que não houvesse nada nelas.
Aquela era minha primeira folga desde que me mudei, então achei que ela ficaria mais tranquila. Me enganei.
Missy ficou ainda mais inquieta, me seguindo por todos os cômodos e miando sem parar.
Me sentei no sofá da sala e ela se sentou bem em frente, me encarando fixamente. Achei estranho, mas decidi ignorar.
Quando senti o hálito gélido se chocar contra minha nuca, eu entendi: Missy não estava me encarando.
Ela encarava a coisa que estava atrás de mim.
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