Era Natal, uma época que tinha um certo peso de importância, mas com toda a pressão de Noxus sobre Iônia ficava difícil comemorar algo tão pacífico como o Natal, porém não para Kayn, na verdade o homem nunca se importou com a data em si ou com seu significado, mas esse ano era um pouquinho diferente.
Kayn tinha uma caixinha em mãos, ele a segurava com muita tensão e se perguntando se realmente faria isso. Bem, ele já havia comprado agora lhe restava fazer o que tinha planejado.
Não que ele realmente planejou isso, o moreno fez por puro impulso.
Ele parou na porta de seu quarto, isso seria difícil, mas Kayn adora um desafio. Ele adentrou em seus aposentos e viu quem estava procurando, Rhaast tinha passado o dia quieto e agora não era diferente, o olho da foice estava fechado indicando que o Darkin estava dormindo.
Kayn um pouco nervoso foi para perto da foice que estava encostada na parede, sentou perto dela e colocou a caixinha embrulhada na frente da foice.
— Rhaast? – nenhuma resposta veio do Darkin, mas Kayn gostava de um desafio — Rhaast? – chamou novamente e viu a pálpebra se mexer — Rhaast!?
O olho da foice abriu de repente, dando para ver a pálpebra cor rubi reluzente.
O Darkin, impaciente agora respondeu — O que foi Kayn!?
A voz grave do ser deu um certo arrepio no moreno, mas ele riu por dentro vendo que irritou o ser a sua frente — Oi.
Kayn escutou um suspirar vindo da foice, parecia impaciência, como sempre. O olho se direcionava para o moreno e Kayn se sentia que estava sendo lido por Rhaast toda vez que ele fazia isso, antigamente isso incomodava bastante o garoto, mas aprendeu a lidar com isso com o tempo.
— Você me acordou para isso? Um grande nada? – Bufou de raiva.
— Sim, eu vi você dormindo e achei que seria legal acordar o ser que quer corromper meu corpo – Disse Kayn em tom de ironia.
Rhaast riu maliciosamente e não disse nada, Kayn arrepiou-se com isso. O olho da foice direcionou-se para a caixinha a sua frente e Kayn viu o olho apertar. O moreno corou um pouco, não havia planejado esse momento direito e se via em uma enrascada.
— O que é isso?
Kayn desviou o olhar — É uma caixa, não vê? – Ele estava nervoso.
— Jura? Achei que fosse uma banana. – Respondeu com ironia.
Kayn logo sentiu uma presença maligna em seu quarto e olhou para sua frente e lá estava a imagem meio transparente do Darkin, encostado na parede olhando a caixinha com um certo fascínio genuíno.
Isso só fez Kayn ficar mais vermelho.
— Abra. – Ordenou Rhaast e vendo que Kayn não se mexeu falou impaciente — Obedeça!
Kayn escutou Rhaast e abriu a caixinha, ele sabia que não ter um corpo deixava o Darkin impaciente e usar aquele tipo de magia demandava muito da arma, perder tempo não era uma opção.
A caixinha foi aberta e lá dentro tinha uma barra de chocolate fazendo o moreno corar, aquilo era tão novo para Kayn.
Ele se sentia um louco por ter se apaixonado por um Darkin que só queria sua morte.
— Você sabe que eu não consigo comer né? – Avisou o Darkin debochando.
Kayn se levantou rápido — O que vale é a intensão sua foice ingrata!
O Darkin observou o moreno ir para a janela do quarto e abri-la para ver o lado de fora, claramente o mais novo não queria ter contato direto com ele e isso raramente acontecia. Rhaast sabia que tomar essa forma, mesmo meio espectral, deixava Kayn nervoso e sem jeito.
Afinal ele era muito centímetros mais alto.
Ele era um Darkin.
— Kayn, toque na foice. – Ordenou.
O moreno sabia o que estava por vir e isso era perigoso, mas algo dentro dele queria muito saber o que o Darkin estava planejando, não era uma boa ideia seguir a ideia de Rhaast, porém ele seguiu mesmo assim.
A real era que o vínculo de Kayn e Rhaast ficava mais forte quando o moreno portava a foice, deixando aquela magia que Rhaast estava usando para ter alguma forma mais forte.
Kayn andou até a foice e a segurou forte, percebendo que estava suando pelas mãos. O mais novo olhou para qualquer ponto do quarto menos para Rhaast que levantava do chão segurando a caixinha e tomando cuidado para suas garras não perfurá-la e caminhou até o menor.
As pisadas do Darkin no piso de madeira do templo era meio alto e Kayn sabia que era em sua direção deixando-o mais ansioso. Rhaast colocou uma de suas mãos no queixo de Kayn e o fez olhar para ele, o Darkin era um vermelho vinho profundo, com uma armadura prateada em toda a extensão peitoral, tinha dentes pontiagudos e grandes chifres.
— Por quê?
Kayn realmente não queria responder àquela pergunta, mas agora o Darkin podia tocar nas coisas e não sabia até onde a magia permitia o Darkin a fazer as coisas.
— É Natal ué.
Rhaast riu — Você nunca se importou com isso.
Kayn corou e quebrou o olhar direto que o Darkin obrigou — Mas agora eu quis!
Ele ouviu uma risada baixa vinda do Darkin e bufou irritado, mas logo sentiu o maior o puxar para mais perto de seu peitoral, fazendo o coração do menor bater rápido e sentir seu rosto queimar. A mão do Darkin desceu até trança e cortou o que a segurava, deixando o cabelo de Kayn solto. As garras de Rhaast passando por eles era uma sensação boa para ambos.
Então a coragem veio e o moreno abraçou o Darkin, escondendo seu rosto vermelho no peitoral duro de Rhaast enquanto o mesmo se perguntava o motivo de está gostando tanto desse momento.
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