nicansade Franky Ashcar

Milo sempre colocava Camus em maus lençóis quando o assunto era paternidade obrigatória que aquário tinha com seus pupilos, Isaak e Hyoga. Mas foi por causa do Halloween de 1986 que o escorpião provou que era muito mais que um idiota, como Camus sempre falava e nas memórias dos garotos a melhor festa que eles poderiam ter, regada à todas as tradições. Gostosuras ou travessuras, ponche de vampiro, fantasias, alguns sustos, lareira e contos aterrorizantes.


Fanfiction Anime/Manga Déconseillé aux moins de 13 ans.

#familyaquarius #camus #hyoga #isaak #milo #cdz #contos-de-terror #festa #fluffy #terror #saintseiya
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Capítulo Único

Notas:

Hello, peoples!

Fanfic escrita para o desafio do Grupo "Esquadrão da Escrita", do facebook.DESAFIO DE HALLOWEEN DO ESQUADRÃO

Cheguei em cima da hora para publi essa fic que estava pronta desde a semana passada por motivos de tempo! Queria agradecer a Tsukyie pela betagem, minha filha maravilhosa <3, e pela capa linda Lenka K. Wetmann. <3

Boa leitura! <3

***


O frio sempre foi acolhedor para Camus, mesmo antes de se tornar um cavaleiro, mesmo antes de atingir o sétimo sentido; climas quentes lhe deixava nervoso, suava com facilidade, todavia por eles Camus estava disposto em acender a lareira da velha cabana que dividia com seus pupilos.

O primeiro foi Isaak, o garotinho de intensos olhos esverdeados lhe dirigiu o olhar pidão antes de questionar com singeleza habitual:

— Mestre Camus, o que é Halloween?

Se o santo de aquário soubesse das responsabilidades de criar dois garotos de dez anos, talvez nunca tivesse aceitado aquele trabalho, era algo que ia além do treino. Lembrou um tanto enfezado quando Hyoga o questionou sobre sexo, oras ele era um santo, como santo o celibato foi sua escolha, como explicar algo que nem ele ao menos sabia direito como funcionava?

Claro que ter a brilhante idéia de questionar Milo de Escorpião, não foi das melhores. Lembrou com asco dos olhos anis intensos lhe encarando e do santo lhe dizer ao pé do ouvido:

— Kamyu, não sabia que você era tão atirado!

Algumas mãos bobas depois, e o escorpião dourado ficou uma semana preso numa das esquifes de gelo, criadas pela execução aurora de Camus. Mas aquela pergunta sobre sexo eram águas passadas e Milo aprendeu a não ser tão inconveniente, no sentido sexual, com Camus.

Inclusive, foi o mesmo Milo que teve a ideia de trazer o Halloween para a pequena aldeia onde Camus estava enfurnado ensinando tudo que sabia aos meninos. E por aquele motivo estava sentado na frente da lareira, assando marshmallows com um Hyoga fantasiado de Gato preto, Isaak vestido como um fantasma com lençóis cortados na altura de seus olhinhos verdes. E ele estava vestido como um vampiro.

Milo, que era amante de filmes de terror, estava ali vestido como o próprio Nosferatu, as unhas sempre compridas e pontiagudas por causa de seu golpe, agulha escarlate, estavam pintadas de preto, os cachinhos dourados foram escondidos; a maquiagem o fizera parecer careca, orelhas pontudas e mais maquiagem deixando-o monstruoso. Ele era a sensação entre as crianças que corriam de um lado ao outro na pequena cabana, decorada com teias de aranha falsas e abóboras, após o icônico; gostosuras e travessuras.

Os aldeões se esquentavam com o ponche de vampiro, groselha, conhaque e balinhas de dentes; havia a versão sem álcool, conversas acaloradas, Camus sentia uma alegria incomum.

Era uma festa de Halloween como Hyoga viu num desenho qualquer na TV, por isso, Isaak questionou seu mestre.

Enquanto serviam doces e ponche, Isaak sorris de um jeito zombeteiro, sussurrou algo para Hyoga, este apenas concordou com a cabecinha dourada e Camus soube, algo iria dar errado, ainda mais pela presença do cosplayer monstruoso Milo.

Isaak sorriu largo para Milo/Nosferatu, este retribuiu de forma macabra. E quando menos se esperou as luzes da pequena cabana foram apagadas, algumas crianças aldeãs gritaram com o susto. As abóboras se acenderam e o fogo na lareira balançou brusco, mas não o suficiente para apagar.

Para todos os civis, os cosmos fraquinhos das crianças passou despercebido. Isaak usou uma rajada fria para desligar a luz e Hyoga fizera o mesmo sacudindo o fogo da lareira, enquanto Milo usou a velocidade da luz para acender as velas dentro das abóboras decorativas. Era algo fantástico e assustador para qualquer cívil, menos para Camus, que viu até os adultos correrem com medo da pequena festa em sua cabana.

Ele deveria ter se alertado quando o sinal nenhum pouco sutil fora dado para Milo, mas não estava surpreso, nenhum pouco por sinal. Agora sua casa havia se tornado uma bagunça sem fim com copos no chão, a porta quase arrancada. Tudo por causa de um plano idiota de seus pupilos e o irresponsável do escorpião.

E ele estava prestes a ralhar com todos quando uma lanterna se acendeu no rosto pintado de gato preto de Hyoga. Sua vozinha infantil ressoou sóbria, séria e tão meiga que Camus esqueceu o que falaria e prestou total atenção no que era dito:

— Está história se passa no mais longínquo tempo, tão antiga quanto o mestre Camus, tão absurda como a existência de um cosmo. É a história de Bartholomeu, o gato preto, que não era um gato.

— Como assim um gato que não é gato? — Isaak perguntou confuso, tirando toda a seriedade das palavras de Hyoga.

— Pois ele não é. Se você ouvir até o final entenderá! — Hyoga deixou um adorável biquinho enquanto os olhinhos azuis piscaram.

Isaak ergueu suas mãos na altura da cabeça e depois falou simples:

— Não está aqui quem perguntou. — Isaak fez um gesto de descaso com as mãos.

Hyoga sorriu radiante, dentes clarinhos e tortos. E logo depois voltou a encarar todos ali presente com o mesmo olhar insosso de outrora, e sua expressão voltou a sóbria.

"Bartholomeu se esgueirou na rua sete, numa sexta-feira qualquer, era noite de lua cheia, o céu estava límpido e de onde ele estava conseguia listar todas as constelações que reconhecia; uma era a ursa maior, a outra cruzeiro do sul, essas coisas que um gato preto de rua provavelmente sabia.

Enquanto se lambia pela higiene, claro, mesmo de rua Bartholomeu era um gato limpinho e chato, afinal, ele não era um gato. Enquanto se lambia, um de seus olhos amarelos como o ouro estava fechado e o outro, pela expertise natural por ser um felino, mantinha-se aberto.

Foi neste minuto que um clarão iluminou toda a rua sete, seu pelinho se eriçou, a cauda quadruplicou de tamanho em pelo preto de um gato preto, um passo após o outro, risadas diabólicas cercaram Bartholomeu.

Este aproveitou ser tarde e escuro para se esconder nas sombras, em que um gato poderia sentir tamanho medo, com toda certeza, Bartholomeu estava aterrorizado. Mas ele não era um gato, então pensava, tentava não respirar, segurando o arzinho todo com o nariz. Se amaldiçoou por não ser tão grande como queria ser ou como deveria ser.

Os passos continuaram enquanto o pelo preto estava eriçado nas patas, rostinho e barriga. E as vozes continuavam estridentes, ecoando por toda rua sete. O silêncio não voltava, ele já estava realmente preocupado com o que poderia acontecer, afinal, era próximo ao dia das bruxas e como um gato não gato, sabia da crueldade que poderia acontecer a si.

Quando achou que havia se livrado, o pior aconteceu: um toque brusco em sua cauda peluda e preta, um sorriso vil, um tremer de seu corpinho. E na hora soube Bartholomeu, o gato preto que não era um gato: não havia 9 vidas que o salvaria, não ali e nunca mais."

Hyoga terminou de narrar de forma enfática e Isaak lhe encarou com as bochechas adoravelmente infladas, se contentou com aplausos. Mas como de costume irritar Hyoga era algo que gostava de fazer, palmas e mais palmas, mas logo sua fala deixou claro o seu pensamento:

— Não tem nada de assustador nisso, você parou na melhor parte Hyoga! — levou o dedo aos lábios e completou — E no final nem explicou porque Bartholomeu o gato preto, não é um gato.

— Ótima história! — Camus lançou um olhar para Isaak, e este deu de ombros enquanto os olhos azuizinhos encarou cabisbaixo o melhor amigo.

Mas não era tempo de silêncio para aquela diferente família. Isaak se levantou, performático, tirando dos dedos do irritado Hyoga a lanterna e cruzando seu corpo para frente, antes de pronunciar alto:

— Paus e pedras foram atirados em Cassandra, no momento exato de sua morte...

"Cassandra não viu sua morte ao certo, lembrou da crueldade contra si, da dor dilacerante ao ser alvejada, do seu sangue todo escorrer por entre as pedras claras que formavam a rua. Mas ao acordar não era mais Cassandra, seu nome era um borrão, mas não como a face de cada bastardo que lhe arrancou a vida.

Como assombração está vagou, buscou e não desistiu. Estava obstinada a conseguir arrancar até o último suspiro de cada um grafado em sua curta memória que ceifara sua curta vida.

Vagou sem ser observada em meio a uma floresta, árvores tão tortas quanto a índole da assombração, sempre a mesma escuridão como seu coração pela mata fechada. Cassandra torceu por sua vingança dia após dia, de forma calma. Até o momento tão aguardado.

Sebastian era um marceneiro, sempre adentrava aquelas bandas ao necessitar de madeira para os móveis talhados que era tão conhecido por. Mas ele nem sabia o que poderia lhe acontecer.

Cassandra observou o marceneiro adentrar seu novo lar, o coração negro cheio de angústia, não lhe deu trela, sabia que era aquela hora ou nunca. Sua vontade era verdadeira em busca de vingança.

Talvez por todos aqueles motivos Sebastian fora jogado para o mais longe em uma força sobre humana invisível para seus olhos, batendo as costas nos galhos desgrenhados de uma árvore qualquer no bosque. Após tal fenômeno uma voz arrepiante alcançou sua audição.

Cassandra sentiu-se, ao arrancar o marceneiro de seu trabalho, como se estivesse viva. Tal emoção atravessou seu corpo como se um coração bombeasse sangue em suas veias. Mas era algo mais simbólico do que real.

Sebastian apavorado se arrastou no chão entre as folhas, pedras, gramas e galhos. As mãos trêmulas, o coração acelerado e a respiração afoita, enquanto Cassandra o observava ao seu pé.

Um chute na boca do estômago atingiu o homem, este se encolheu de dor, as unhas afiadas invisíveis lhe arrancou sangue, um grunhido alto ecoou entre as árvores.

Outra risada diabólica, e alguns hematomas, o homem chorava assustado quando a força invisível lhe quebrou o braço.

O vento rugiu como um leão, suas vestes sujas e rasgadas pelos impactos de Cassandra balançaram, assim como os lisos fios compridos antes presos com um elástico qualquer. Sangue foi cuspido em grande quantidade junto a um dente ou dois.

Sebastian sabia que não sairia vivo, e pior, não sabia o real motivo, desde quando o bosque era assombrado?

Cassandra ainda machucou um pouco mais o homem, deixando-o escapar com vida, apenas por um capricho, para que contasse o que aconteceu ali, para que seu nome não fosse esquecido, para que soubesse que estava em busca de vingança, que continuaria ali amaldiçoando a geração de cada um que lhe feriu no passado não tão distante.

Um sussurro alcançou Sebastian e ele soube, temeu por sua família, por seu vilarejo; a bruxa estava ali. Não amaldiçoando em carne e osso a todos, mas agora em forma de assombração."

Isaak voltou a face para os demais no círculo, Hyoga chorava baixinho no colo de Milo que batia palmas pela performance do pupilo de Camus, esse que se perguntava de onde o garoto tirou tanta imaginação.

O cavaleiro de ouro sorriu largo, havia finalmente chegado a sua hora de contar sua história, havia preparado o maior conto aterrorizante de todos, e estava orgulhoso de si. Segurou entre os dedos a lanterna que Isaak lhe estendeu.

O rosto maquiado ficou mais assustador que outrora com a luz alaranjada refletida em si, a voz grave de Milo saiu como um sussurro arrepiante, o cavaleiro de escorpião era um homem peculiar falante e teatral. Alguns diziam que Máscara da Morte de câncer havia por muito o ajudado com a atividade que ele tanto gostava como um hobby, o teatro. Mas aquilo era apenas um boato que rolava no santuário, Camus nunca se interessou em saber se era verdade tal fato ou não.

Os olhos circulados por uma maquiagem preta piscaram, profundos como a noite. Abriu-se quando ele finalizou sua apresentação:

— Luca não viu como, mas em algum momento em que voltava do trabalho caminhando pelas ruas escuras da noite de Londres, estava enfeitiçado por um homem delicado.

"Longos cabelos cacheados e dourados, um sorriso bobo, lhe fizera se excitar, não que fosse gay, mas contudo a beleza angelical era tão maravilhosa como a aura sedutora do rapaz desconhecido que encontrou na rua.

Seu membro já pulsava só por encarar os olhos pretos em si, era uma força magnética que lhe prendia ao rapaz de presas salientes com um sorriso malicioso em sua direção.

—MAS O QUÊ? — Camus se exaltou ao andar da carruagem do conto erótico que o cavaleiro contava para as crianças.

Claro que para os inocentes Hyoga e Isaak o conteúdo pornográfico inicial de Milo passou despercebido, afinal, eles estavam esperando ficar assustados, mas isso não aconteceu. Aquela história em questão nunca foi narrada, já que Camus e Milo saíram da cabana para brigar, dizem que uma guerra de mil dias fora iniciada naquele Halloween de 1986, mas isso é apenas uma lenda, como qualquer outra.

Mas algo aconteceu naquele Halloween em questão, uma excelente história para se passar adiante, a melhor festa que eles foram e uma das melhores lembranças que Hyoga carregou para o resto de sua vida marcada como o cavaleiro de Cisne.

De quando havia uma família, de quando não havia perdido seu mestre e seu melhor amigo, de quando Milo não havia se sacrificado por si.

De um Halloween qualquer, mas de uma festa com sua família.

8 Novembre 2019 13:02 1 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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Franky Ashcar Vivendo entre linhas, garranchos, letras fora de ordem e obras inacabadas. Igreja KakaGai 🐢💚🐕 Me sigam nas redes sociais @frankynhooo

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November 08, 2019, 16:35
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