teffychan Lilith Uchiha

"Não importava o tamanho do nosso pecado. Ou o quão sujo eram nossos desejos. Eu amava meu irmão de um jeito nada fraternal e sabia que ele sentia o mesmo por mim. Conhecia cada detalhe sobre ele, suas fantasias mais extravagantes, assim como ele conhecia as minhas. E sabia que eu era o único capaz de realizá-las, pois Itachi era meu e de mais ninguém. Assim como eu pertencia a ele e Itachi fazia o mesmo por mim. Parecia que estávamos apenas cometendo o pecado da luxúria, realizando os fetiches um do outro desse jeito, mas o nosso pecado era muito maior".


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Histoire courte
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Capítulo Único – Nossa Queda do Paraíso

Notas Iniciais:

Essa história é uma continuação da oneshot "Amor Pecaminoso".


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A maioria das pessoas dizem que se apaixonar é algo maravilhoso. Para mim não passa de um pecado. Não por causa das coisas que um casal apaixonado faz, longe disso. Eu mesmo já fiz coisas que muitos abominariam. Se tivesse que ser atribuído a algum pecado, certamente seria ao da luxúria. Mas também não é por isso que acredito que se apaixonar é um pecado. É por causa da pessoa que eu amo.

Já tinha saído do estado de negação há anos, mas aquela pontinha de culpa voltava às vezes. Principalmente quando vínhamos até este motel, onde já estávamos habituados a nos encontrar. Quando eu vinha na frente, para não levantar suspeitas, acabava divagando sobre o enorme erro que estava prestes a cometer. De novo. E o pior de tudo é que não me arrependia.

Ainda me lembrava muito bem de como tudo aquilo começou. Foi durante a minha festa de formatura do ensino médio. Uma festa particular em casa, para ser mais exato. Acabamos bebendo demais e trocamos beijos apaixonados. Depois veio o arrependimento e a culpa. Nós poderíamos ter colocado a culpa no álcool, é claro. Mas nenhum de nós estava bêbado quando dormimos juntos pela primeira vez durante as minhas férias. Nem na segunda e nem nas outras. Quando me dei conta estava tendo um caso com a única pessoa que me era proibida e que também era a que eu mais amava.

Gostaria que a água daquele chuveiro pudesse lavar todos os pecados que já cometi e levá-los embora com ela. Mas de que adiantaria? Estava prestes a cometer mais um. Toda a culpa que eu sentia desaparecia no instante em que eu escutava sua voz. Em que eu o sentia tocar minha pele.

— Sasuke…

Meu corpo se arrepiava, e não era por causa da água fria do chuveiro. Apenas o sussurro dele em meu ouvido, me pegando de surpresa por trás me fez ofegar.

— Você demorou Itachi — reclamei, me esforçando para manter o tom de voz indiferente.

Sim. Eu estava apaixonado pelo meu irmão.

— Desculpe. Precisava ter certeza de que ninguém viu para onde eu estava indo — ele explicou, apoiando o queixo em meu ombro. Não respondi. Sequer me virei para encará-lo. Não é que eu não quisesse, mas ele sabia o quanto aquela noite era importante para mim — Ficou zangado? Desculpa… — deslizou as mãos pelo meu tórax, tocando a minha pele molhada. Pude sentir o peito dele contra minhas costas.

— Você vai ter que me compensar por isso — respondi enquanto ele acariciava meu peito, a mão descendo ocasionalmente até o abdômen — Afinal, você sabe que hoje é a última…

— Não vamos pensar nisso agora — sussurrou em meu ouvido enquanto a outra mão enlaçava minha cintura — Vamos aproveitar essa noite ao máximo. E ser quem realmente somos — beijou meu pescoço com carinho. Foi intensificando os toques aos poucos. A mão que antes abraçava minha cintura tinha escorregado até o quadril e os beijos logo se transformaram em chupões.

Eu não me importava mais com aquilo. Geralmente me preocuparia com aonde ele me tocava, pois teria que esconder as marcas no dia seguinte, mas não ligava mais. Aquela seria nossa última noite afinal.

Eu tinha me formado e na semana que vem passaria a morar nos EUA para liderar uma das empresas filiais da família, assim como meu pai sempre quis. O que significava que não poderia mais ver Itachi. Aquela era nossa noite de despedida. Portanto faríamos tudo o que quiséssemos. Não importa o quão sujo seja esse sentimento, ou o tamanho da culpa que eu possa sentir depois. Vou aproveitar ao máximo a minha última noite com meu irmão.

Itachi com certeza pensava a mesma coisa. Prova disso é que não perdia tempo em pressionar meu corpo contra a parede do boxe e afastar minhas pernas uma da outra, começando a roçar o membro no meu traseiro. Eu queria me virar, era impossível tocá-lo naquela posição, mas sabia que dificilmente conseguiria. Itachi adorava sentir meu corpo molhado, dizia que minha pele ficava escorregadia e gostosa de tocar. Tanto é que nem tinha fechado o chuveiro. Eu devia ter me virado antes.

Ah sim, também tinha isso. Algumas das coisas que fazíamos eram um tanto… qual é a palavra para isso? Excêntricas? Sórdidas? Não tenho certeza. Itachi possuía alguns fetiches incomuns que resolvia colocar em prática quando eu menos esperava. Não que eu me importasse em realizá-los, os meus não eram menos extravagantes. Mas gostaria que ele me avisasse com antecedência para que eu pudesse me preparar para o que estava por vir.

— Itachi… eu quero olhar para você — pedi, deixando escapar um gemido involuntário enquanto ele me violava com um dos dedos.

— Tinha que ter dito isso antes, Sasuke… sabe que eu não resisto em te ver desse jeito… tocar a sua pele macia — acariciou meu rosto enquanto falava com a outra mão e me puxou para um beijo afoito.

Sim, eu sabia disso. E como sabia, as reações que meu corpo sofria durante o processo eram prova disso. Era difícil me equilibrar por causa da água, mas, quando fazíamos isso no banheiro Itachi sempre deixava o chuveiro ligado. Gostava de sentir a água escorrendo pelo meu corpo, o que fazia com que grudasse no dele com mais facilidade do que de costume.

Felizmente nunca aconteceu nenhum acidente enquanto eu realizava as fantasias do meu irmão. Ele sempre me segurava firme pelo quadril enquanto inseria os dedos no meu ânus, realizando movimentos de fricção, para então substituí-los pelo membro. Pude ouvir um gemido longo e rouco no meu ouvido quando Itachi enterrou seu membro em mim, fazendo com que eu gemesse também. Sempre havia aquele desconforto inicial que Itachi sabia muito bem como lidar antes que eu reclamasse.

Desceu uma das mãos até o meu membro pulsante e começou a massageá-lo devagar ao mesmo tempo em que beijava minhas costas, lambendo a pele ocasionalmente onde uma gota d’agua tinha acabado de escorrer.

Mal percebi quando ele começou a se movimentar dentro de mim tamanho era o prazer que me proporcionava com seus toques. Ele acelerou os movimentos com a mão, no mesmo ritmo que me estocava. Podia sentir o peito forte dele chocando-se contra minhas costas enquanto ele pressionava meu corpo contra a parede. Não importa o quão gelada fosse a água que caía sobre nós, meu corpo queimava por dentro com as investidas do meu irmão sobre mim.

Os gemidos incessantes de Itachi em meu ouvido apenas contribuíam para que a minha excitação aumentasse. O prazer era tanto que eu sentia como se estivesse no paraíso. Ou no inferno… sim, é para lá que iríamos juntos por estar consumando nosso pecado. Mas eu não me importava com isso agora. Nada mais importava além do fato de eu estar com Itachi e por ele me amar também. Os toques dele se tornaram intensos e logo me desfiz em sua mão. Ainda era difícil de respirar. Primeiro porque meu coração ainda batia descompassado e segundo por causa da água do chuveiro molhando meu corpo.

Ainda podia sentir as estocadas fortes de Itachi, que realmente parecia desejar fundir nossos corpos em um só. Ele se arremetia sem pena contra mim, balbuciando meu nome e me fazendo perder a sanidade. Retirou-se de dentro de mim momentos antes de atingir o ápice.

Ele ainda apreciava a sensação de orgasmo quando escorreguei pela parede do banheiro, exausto. Fazer isso de pé no chuveiro era um tanto desconfortável. Mas o que eu não faço para agradar meu irmão mais velho?

— Já está cansado?

— De jeito nenhum. A noite é uma criança — sorri maldosamente. Aceitei a mão que ele me estendia e levantei — Mas chega de sexo no chuveiro. Preciso de uma cama.

— Você estava tomando banho quando cheguei e sabe muito bem que não resisto em te ver assim — acariciou meu peito ainda úmido.

— Eu sei — afastei a mão dele e fechei o chuveiro antes de sair do boxe — Já teve sua diversão. Está na hora de retribuir.

— Então fez isso de propósito? — Itachi fingiu estar magoado enquanto secava os cabelos.

Ah pronto, só me falta ele dizer que eu o estava manipulando. Eu não tinha feito aquilo de propósito. Nunca me importei em satisfazer os fetiches do meu irmão. Então nada mais justo do que ele satisfazer um dos meus, não é?

— Não foi de propósito, eu só estava com calor. As coisas sempre ficam quentes quando estou com você — exibi um sorriso torto enquanto atirava os braços ao redor do pescoço dele. Itachi parou de reclamar e caminhou de volta até o quarto comigo ainda meio que pendurado nele. De alguma forma eu também conseguia fazê-lo parar de queixar-se de coisas pequenas.

— Sasuke, eu preciso te dizer uma coisa — Itachi começou — Sobre hoje… acho que nós deveríamos…

— Não ouse começar com essa conversa de novo — interrompi — Você sabe o quanto te amo. E quero que a nossa última noite seja inesquecível.

— Na verdade eu tenho uma surpresa.

— Conheço suas surpresas. Sei que podem esperar — respondi. Provavelmente era algum outro discurso meloso ou algo assim. E eu não queria ouvir isso agora. Não queria me lembrar de que logo precisaria terminar o namoro que jamais deveria ter começado com meu irmão. Só queria aproveitar ao máximo o tempo que me restava com ele e ignorar a culpa que sentia. Gostaria que Itachi pudesse fazer o mesmo.

Apesar do que tínhamos acabado de fazer eu sabia que ele também se sentia culpado às vezes, embora não demonstrasse. Talvez até mais do que eu. Era mais fácil de perceber quando ele me olhava daquele jeito. Com um misto de carinho, preocupação e o que parecia ser arrependimento enquanto acariciava meu rosto. Eu disse várias vezes que correspondia aos sentimentos dele, mas nunca parecia ser o bastante. O puxei para mais perto, unindo nossos lábios em uma tentativa de transmitir com ações o que não conseguia fazê-lo entender com palavras.

Um beijo lento e sensual no começo, que se tornou mais intenso e necessitado rapidamente. Itachi acariciava minha musculatura enquanto me puxava para mais perto, na direção da cama. Minha mão direita brincava com os cabelos dele, os dedos se enroscando nas mechas compridas enquanto que a outra arranhava-lhe as costas. Quando nos aproximamos o suficiente, quebrei o contato entre nossos lábios e o empurrei sentado na cama.

— Certo, Itachi… quero encerrar nossa última noite com chave de ouro — coloquei a mão em uma sacola que havia na mesa-de-cabeceira. Dela, retirei um frasco de lubrificante, preservativos, mas deixei o último item — Adivinha o que tem aqui?

— Algum dos seus brinquedos — Itachi exibiu um sorriso torto — Hm… uma mordaça?

— Melhor do que isso — retirei o último item da sacola.

— Algemas?

— É um clássico — sorri enquanto girava dois pares de algemas entre os dedos. Percebi que ele não estava tão animado quanto eu gostaria então resolvi dar um incentivo, sentando-me no colo dele, apoiando uma perna de cada lado da coxa — O que foi? Não gostou?

— Longe de mim reclamar — ele respondeu como quem se desculpa — Apenas achei que você iria querer algo diferente hoje.

— Ah, e eu quero — sorri para ele enquanto movimentava o quadril devagar, roçando meu membro no dele. Itachi não fazia ideia do que eu planejava, mas, só de imaginar já me deixava excitado. E eu precisava que ele ficasse também.

— Sasuke… para quê a pressa? — a voz de Itachi saiu rouca. Me puxou pelos cabelos para outro beijo, invadindo minha boca com a língua sem aviso prévio enquanto levava a mão até o membro. Forcei-o a interromper o beijo e entrelacei a mão dele com a minha antes que ele começasse o ato.

— Nada disso. Assim não tem graça.

— Certo, como quer fazer então? — ele perguntou impaciente — Se quer fazer algo diferente… vai acorrentar os tornozelos? Terá que afastar bastante as pernas desde o começo então.

— Não vou acorrentar os tornozelos. Nem os pulsos — deitei na cama, trazendo-o comigo pela mão que ainda estava entrelaçada com a minha e, antes que Itachi se desse conta do que estava acontecendo, acorrentei o pulso dele na grade da cama — Pensei em algemar você dessa vez.

— O que?!

Não consegui evitar um sorriso. Ele certamente não esperava por isso. Ficou tão perplexo que não teve tempo de reagir quando acorrentei o outro pulso.

— Sasuke… o que está planejando?

— Eu disse que queria testar uma coisa nova — lembrei. Nossa, eu não conseguia parar de sorrir. Já estava mais do que acostumado a ver Itachi em cima de mim, mas vê-lo daquela forma, preso e impotente, incapaz de mover os braços… por que isso me excitava tanto?

— Está planejando fazer em mim?

— Se eu quisesse estaria em cima de você — observei. Fiz uma nota mental para talvez experimentar isso mais tarde — Quero saber se você consegue fazer isso sem mover os braços. Até aonde você consegue ir.

— Acha que não consigo fazer só porque você me algemou? — Itachi parecia ofendido — Não me subestime.

— Então prove que consegue.

Nos encaramos durante algum tempo em silêncio, um desafiando ao outro. Eu tinha certeza de que Itachi conseguiria, mas também estava consciente das consequências.

— Tem certeza de que quer fazer isso? Não vou poder te preparar desse jeito.

— Você me preparou o suficiente agora a pouco no banheiro.

— Sasuke…

— Ah, já entendi, você não consegue — interrompi. Peguei então o frasco de lubrificante e lambuzei meus próprios dedos com o conteúdo — Acho que terei que cuidar disso eu mesmo. Fique aí e assista enquanto eu faço o que deveria ser a sua tarefa.

Eu apreciava a preocupação que Itachi tinha para comigo, de verdade, mas no momento gostaria muito que ele a deixasse de lado. Precisava convencê-lo a fazer aquilo ou estragaria a brincadeira. Tinha certeza de que ele podia ver o que eu estava fazendo daquele ângulo. Afastei as pernas e forcei a entrada do dedo indicador. Era a primeira vez que eu fazia isso em mim mesmo. Meu corpo protestava, era diferente de quando eu estava com Itachi, mas eu precisava continuar se quisesse excitá-lo. Iniciei movimentos de fricção, observando o olhar de cobiça que Itachi lançava sobre mim.

Era mais difícil do que imaginei. Itachi resistia mais do que eu previ e eu já estava excitado por causa da provocação de antes. Bom, talvez isso ajudasse. Levei a mão livre até meu membro rijo e comecei a me masturbar ao mesmo tempo em que inseria um segundo dedo. Senti o desconforto aumentar, mas, agora que tinha começado com aquilo não podia voltar atrás. Realizei movimentos de tesoura com os dedos, torcendo para que o meu corpo se acostumasse logo. Que estranho, não doía dando quando era Itachi que fazia aquilo. Encarei meu irmão nos olhos e vi como ele me observava com luxúria. Ele claramente queria estar fazendo isso em meu lugar. E, sinceramente, eu também gostaria que ele fizesse. Quando deixei escapar um gemido baixo ele perdeu o pouco controle que lhe restava.

— Ok, já chega. Quer ver o que sou capaz de fazer? Eu te mostro.

— Já estava na hora — sorri, retirando os dedos. Me obriguei a parar com o que estava fazendo para pegar um preservativo às pressas e o coloquei no meu irmão, acariciando o membro dele devagar durante o ato — Me mostre do que é capaz, Itachi.

Afastei um pouco mais as pernas para facilitar o procedimento pouco antes de Itachi enterrar o membro em mim de uma só vez quase que por completo. Eu gritei, agarrando-me ao pescoço dele. Doeu mais do que eu imaginava. Mas olhar para Itachi daquele jeito fazia valer a pena. Agarrei seus cabelos com uma das mãos, voltando a me tocar com a outra enquanto sentia meu irmão começar a me estocar. Sequer tinha dado tempo para que eu me acostumasse com o volume extra no interior do meu corpo. Talvez eu tenha ido longe demais com toda aquela provocação. Investia com força contra mim e um pouco desajeitado ao mesmo tempo. O fato de não poder me tocar realmente interferia. Mas graças ao pequeno show que tinha assistido ele tinha ficado bastante excitado.

— Não está acertando, Itachi… você sempre sabe onde precisa me tocar…

— Você me algemou, o que esperava? — ele caiu na minha provocação.

— O que acha da sensação de estar acorrentado? — perguntei entre gemidos — É… um mundo de possibilidades, não acha?

— Acho que você é masoquista… ou sádico… não sei.

— Mais forte — pedi. Sinceramente, não achei que as algemas pudessem restringir tanto as habilidades dele.

— Certo, você é masoquista — Itachi concluiu, me estocando com mais força.

A água do banho já tinha secado há muito tempo e agora eu podia sentir o suor de Itachi pingando em cima de mim enquanto ele me violava. Itachi movia as mãos, claramente querendo me tocar, impedido pelas algemas. A visão do meu irmão preso em cima de mim, realizando meu desejo e incapaz de concretizar os dele me excitava cada vez mais. Acelerei os movimentos enquanto me tocava, precisava me aliviar com urgência.

Será que era assim que meu irmão se sentia quando eu estava algemado e entregue a seu bel prazer? Bom, eu também estava me entregando de corpo e alma a ele agora, mas era diferente. Dessa vez era Itachi quem estava acorrentado ao invés de mim. E eu podia tocá-lo o quanto quisesse enquanto apreciava o misto de luxúria e aflição em seus olhos por estar tão próximo do meu corpo e incapacitado de me acariciar como tanto gostava. Vê-lo naquela posição, submisso aos meus caprichos ao mesmo tempo em que me violava me excitou tanto que atingi o ápice mais uma vez naquela noite. Ainda com a respiração irregular, puxei Itachi pelos cabelos para um beijo sôfrego.

Dessa vez foi Itachi quem quebrou o contato entre nossos lábios. Já que não podia usar as mãos, começou a mordiscar minha orelha. Me tocava em todos os lugares que sua boca pudesse alcançar. Aumentou a velocidade das estocadas, que se tornavam mais violentas visto que ele não podia se mover como de costume e parecia ter formulado algum tipo de nova estratégia para localizar minha próstata. Ele queria gozar logo, eu sentia isso, mas não sem antes me proporcionar prazer também. Envolvi meu irmão com ambas as pernas, movimentando o quadril em uma tentativa de ajudar.

Soltei um gemido alto indicando que ele havia localizado meu ponto sensível. Observá-lo preso era divertido, entretanto eu precisava de mais e sabia que ele também. Com a mão trêmula, soltei uma das algemas que o prendia e Itachi se apressou em se livrar da outra sozinho. Estava evidentemente feliz por finalmente se ver livre. Passou as mãos pelo meu peito enquanto me acariciava, apertando um pouco minha musculatura enquanto descia pelo meu corpo até me segurar pelo quadril com as mãos firmes enquanto se arremetia contra mim, aumentando a velocidade e me causando ondas de choque de tanto prazer. Mais algumas estocadas e meu irmão se derramou dentro de mim. Também atingi o ápice instantes depois.

Itachi deitou-se ao meu lado, livrando-se do preservativo usado, a respiração descompassada.

— Não conhecia esse seu fetiche. De onde você tira essas coisas?

— Eu te disse… algemas oferecem uma grande variedade de brincadeiras — respondi ainda ofegante.

— Você é louco — ele comentou — E eu também, por realizar suas fantasias. Embora sejam divertidas.

— Tudo o que vivemos até agora foi uma loucura, não é? — perguntei retoricamente — Gostaria de continuar tendo esses encontros loucos com você. Até satisfazendo os seus fetiches.

— Sasuke…

— Foi uma grande noite de despedida… irmão — falei com um sorriso triste.

Foi realmente uma noite e tanto. Digna do pecado da luxúria. E do nosso pecado. Não importava mais se eu estava apaixonado pelo meu irmão. Nem se eu estava dormindo com ele. Eu teria que ir morar nos EUA e não poderia mais vê-lo. Com a distância Itachi eventualmente se apaixonaria por alguma outra pessoa. Diria apenas que tudo isso foi um grande erro e se esqueceria de mim. Ele voltaria a ser apenas o meu irmão mais velho.

De repente ele segurou meu rosto, fazendo com que eu o encarasse enquanto segurava minha outra mão na dele.

— Se lembra de quando eu disse que tinha uma surpresa? — perguntou — Eu conversei com o papai mais cedo. E disse a ele que talvez você precise de ajuda para se adaptar a empresa antes de começar a liderá-la. Então me ofereci para ficar com você a fim de te treinar e ele concordou.

— Itachi… quer dizer que…

— Estou te perguntando se quer morar comigo no meu apartamento.

Mal prestei atenção no fato de ele ter usado a liderança da empresa da família como desculpa para fazer esse pedido. Na verdade nem deveria ser grande coisa, nós crescemos juntos na mesma casa afinal. Mas para nós era. Não precisaríamos mais nos encontrar às escondidas em um quarto de motel. Teríamos um lugar só nosso para chamar de lar.

— Quero! É claro que quero! — eu o abracei com um sorriso bobo no rosto. Senti Itachi envolver meu corpo e me puxar para mais perto até me beijar com ternura.

No fim das contas não importava o tamanho do nosso pecado. Ou o quão sujo eram nossos desejos. Eu amava meu irmão de um jeito nada fraternal e sabia que ele sentia o mesmo por mim. Conhecia cada detalhe sobre ele, suas fantasias mais extravagantes, assim como ele conhecia as minhas. E sabia que eu era o único capaz de realizá-las, pois Itachi era meu e de mais ninguém. Assim como eu pertencia a ele e Itachi fazia o mesmo por mim. Parecia que estávamos apenas cometendo o pecado da luxúria, realizando os fetiches um do outro desse jeito, mas o nosso pecado era muito maior. Só não era tão grande quanto o sentimento que nutríamos um pelo outro.

Aos olhos dos outros estaríamos cometendo um ato horrendo. Aos nossos, estávamos sendo felizes. Tínhamos muitos desejos estranhos sim, mas o sentimento que nutríamos um pelo outro era verdadeiro. E, agora que poderíamos morar juntos, não precisaríamos mais esconder todo o tempo. Ao menos um do outro.



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Notas Finais:


História postada também no Nyah! Fanfiction e no Spirit.

6 Novembre 2019 19:55 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
4
La fin

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