Naquele dia o sol não brilhava, sua luz era ofuscada pelas nuvens pesadas que cobriam o céu, naquele dia o rainha Jeon Sook teve suas primeiras contrações, longe do esposo, que se preocupava com a segurança do reino após o último ataque feito por seu inimigo declarado, que deixou as casas sem "proteções" danificadas, mas não destruídas, os "demônios", como chamava aquelas criaturas, deixaram bem claro o ódio que seu mestre ainda sentia, sendo recíproco esse sentimento por parte do rei, que perdia mais súditos a cada dia, cada vez mais homens e mulheres iam para os pés da montanha negra mostrando devoção ao ser cujo nunca teve a face mostrada, apenas seu poder exibido, durante todo os séculos. Esse guerra está declarada desde que Sehun assumiu o trono, deixando claro o desconforto com o bruxo centenário.
O ar no quarto estava quente e agitado, as servas estavam desesperadas, enquanto sua rainha gritava deitada sobre a cama, entre suas pernas a velha senhora a dava instruções enquanto procurava indícios do bebê que iria sair do útero da mulher, respiração pesada e seus ganidos ecoavam por quase todo o castelo, deixando os outros criados na expectativa de ver o pequeno príncipe que vinha ao mundo.
Pouco a pouco e sentia seu filho sair de si, forçando mais ainda a acabar com aquela dor, gritava e segurava com força os lençóis, sabia que não iria resistir, mas não levaria seu fruto consigo, o deixaria viver, e o protegeria de todos.
O último grito saiu mais alto, seguido de seu bebê nos braços da aldeã, fechou os olhos sentindo sua missão sendo acabada, sorriu ao ouvir o primeiro choro de seu filhote, apenas abriu lentamente para tê-lo em seus braços, deixando um selar sobre sua testa úmida, colocando naquela simples demonstração de afeto todo o amor que sentia pela criança. O deixando sobre a terra em seus cuidados, mesmo que longe de si.
Naquele dia o bruxo sabia que o novo integrante da realeza havia vindo ao mundo, sentia a Áurea pura do recém nascido nos ares, sentia a inocência do menor, quando nem mesmo o grande Sehun sabia que seu primogênito havia derrubado as suas primeiras lágrimas, coberto pelo sangue de sua progenitora, e pelo líquido amniótico, que o protegeu durante a gestação.
Na sala do trono os generais eram instruídos a dobrar a segurança sobre os muros do reino, aumentar as rondas e o treinamento dos guardas, assim que a reunião teve o fim a jovem agitava se ajoelhou de frente ao rei, pedindo a permissão para falar. Sendo confirmada silenciosamente com um simples assentir.
— A rainha Sook deu a luz — A voz da mais nova não carregava felicidade, e sim agonia, e tristeza. Um enorme sorriso brotou nos lábios de Jeon que se levantou subitamente do trono porém, a segunda notícia fez seu mundo cair — A majestade não resistiu ao parto meu rei.
Aquilo havia acertado em cheio o coração do moreno barbudo, com uma enorme coroa dourada sobre a cabeça, não podia ser verdade, sua amada não poderia lhe abandonar com seu filho, não seria capaz.
Os passos desesperados do homem ecoava pelos corredores do castelo, o silêncio dos cômodos eram agonizantes, subiu as escadas com as pernas bambas e respiração falha, porém não poderia parar, queria ver sua esposa, a única mulher que tomou seu coração frio.
As portas do quarto foram abertas de maneira súbita, fazendo as mulheres no cômodo se assustarem com o estrondo, todas com olhares baixos e melancólicos, todos carregados de tristeza, cercando a cama onde sua alteza estava deitada, ainda com o corpo suado, porém com a pele branca e sem vida.
— Sook... — Foi a única coisa que conseguiu sair da boca do rei, com os olhos marejados encarando sua amada.
As moças saíram do cômodo lentamente, deixando o rei ter privacidade, se permitindo deixar escorrer as primeiras lágrimas, seus dedos acariciavam as mãos delicadas da morena, que adoram não tinha a temperatura quente e acolhedora de sempre, não podia acreditar que ela o deixará. A face serena da rainha mesmo pálida ainda encantava o rei, que se aproximou lentamente de sua face deixando um selar sobre seus lábios frios, encostando suas testas e acidentalmente deixando cair uma lágrimas sobre seu rosto.
— Por quê me deixou meu amor? — Perguntou a esposa entre os soluços, mesmo sabendo que sua resposta não viria. Derramando mais lágrimas enquanto abraçava pela última vez a rainha que era amada por todo o reino.
— Majestade — A voz da senhora ecoou pelo quarto fazendo o rei a encarar, vendo em seus braços flácidos e finos um bolo de tecidos, saindo do meio deles duas mãozinha enrugadas — O príncipe.
Por mais que seu coração doesse como nunca doeu antes, sorriu minimamente, caminhando lentamente até a parteira podendo ver o bebê com os olhinhos fechados e pele vermelha, tão frágil em meio aqueles panos.
Pegou com cuidado o recém nascido nos braços, sendo instruído pela senhora, não deixava seu sorriso morrer ao ter seus olhos presos em seu primogênito, seus dedos longos acariciou lentamente a pele delicada e quente do bebê, observando seus traços semelhantes ao de seus amada, as lágrimas escorreram novamente pelo seu rosto, desta vez de felicidade, seu primeiro e único herdeiro veio ao mundo.
Naquele dia, ao por do sol, todos os moradores do reino, homens, mulheres, crianças e idosos deixavam uma rosa sobre o túmulo da alteza, todos em luto pela morte da mulher de coração bondoso e generoso.
Após uma oração e alguns minutos de silêncio, a população foi se despedindo e seguindo para fora do jardim do castelo, onde a rainha havia sido enterrada.
Assim que entrou em seus aposentos, o homem pode ver sobre sua cama uma folha, caminhou lentamente as ate a mesma a abrindo, se forçando a ler as palavras escritas pela caligrafia perfeita de sua rainha.
"Se esta lendo isso, peço desculpas, sabia que era um parto de riscos mas não podia o preocupar, sei que está estressante roda essa desavença.
Sehun, não tens ideia do quanto lhe amo, assim como amo nosso filho.
Peço-lhe que dê amor a ele, e que o faça ser um homem justo e generoso, não o torne um soldado, o torne um rei respeitado não temido.
O deixei sobre sua proteção, apenas eu sei o qual bondoso você é, apenas um vi sua generosidade entre todo essa pose de bem durão.
Só lhe peço isso, e te deixo o meu adeus.
Sook, Rainha de Hangug."
O rei dormiu pela primeira vez depois de seu casamento só, se permitindo chorar novamente pela perda, segurando a carta que sua esposa deixou para si.
Na escuridão da noite, a capa preta do bruxo balançava ao vento, enquanto sobrevoava o reino sobre o grande dragão negro, de olhos flamejantes, mesmo com o enorme corpo do ser, pousou silenciosamente sobre uma das torres e com um simples toque das mãos gélidas do bruxo, os dois guardas de prontidão foram de encontro ao chão desacordado.
Seguiu em silêncio até o quarto mais alto do grande castelo, passando pela janela sem nenhuma dificuldade, encontrando uma única mulher sentada de costas para si, ao lado do berço, com passos calmos, tocou na pele da serva, a assistindo cair sobre o estofado; seguindo livremente ate o príncipe, sorriu ao ver a pequena criança se remexer entre os panos, era lindo, a criança mais bela que já tinha visto, mesmo sendo filho de um homem arrogante, se assemelhava mais com a falecida rainha, cujo nunca teve nenhuma desavença.
Retirou delicadamente os tecidos sobre o bebê, colocando sua mãos com seus dedos cobertos de anéis entre os pequeninos braços do príncipe, o levantando do colchão.
O pegou no colo, deixando seu rosto sobre seu ombro enquanto apreciava o pequenino, balançando lentamente tentando confortar o bebê.
Sentia o cheirinho do príncipe enquanto passava a ponta de seus nariz sobre os finos e poucos fios negros do menor, tendo seu dedo indicador apertado pela minúscula mãozinha da criança, caminhando até a janela, e sendo iluminado pela enorme lua cheia o transmitindo tranquilidade.
Assim que desviou o olhar do grande satélite, encarou as grandes e negras orbes do menor, que brilhavam com o luz da lua.
— Olá meu pequenino príncipe.
E com o fim de uma vida, uma outra surge, é a lei davida, por mais que doa, o chão não seria fértil sem a fruta solitária que cai no chão machucada, esperando a própria vida deixá-la
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