tie_braz Tiê Braz

Kirishima não esperava ter uma companhia enquanto aguardava que Bakugou e Uraraka fizessem o que quer que eles estivessem planejando para seu aniversário, mas não é como se ele fosse reclamar de ter Mina por perto.


Fanfiction Anime/Manga Tout public.

#boku-no-hero-academia #kirishima-eijirou #Ashido-Mina #Kirimina #romance
Histoire courte
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Capítulo Único

Kirishima sabia que Bakugou e Uraraka estavam na cozinha fazendo alguma coisa para ele, mas preferiu continuar no quarto para manter a surpresa deles o mais intacta possível. Então, após ser acordado de madrugada pelos dois andando pelos corredores tentando não fazer barulho, ele ficou mexendo no celular. Avançou quatro níveis em um jogo, mas no outro continuou da mesma forma que à três meses vinha se mantendo: estagnado.

Zerar aquele jogo já tinha virado uma questão de honra!

Ele deitou de barriga para cima, espalhando pelo travesseiro os cabelos vermelhos agora abaixados, tentando se concentrar completamente. O bloco rosa ficava no canto inferior direito, o azul logo acima e um pouco à esquerda... O laranja... Não custou muito para ele notar que aquela combinação também daria errado.

—Fala sério... —Duas batidas na porta e ele desviou os olhos do celular. —Quem é?

—Mina! —Kirishima sentiu o corpo ficar quente e não conseguiu conter um sorriso leve.

—Já vou! —ele jogou o celular na cama e foi até a porta, empurrando com o pé um peso que estava na frente. —Oi. —Ela segurava uma caixa de papelão de uns sessenta centímetros de comprimento e talvez metade disso de largura, “embrulhada” com inúmeros adesivos coloridos em todo canto.

—Posso entrar? —Kirishima não respondeu, pego de surpresa. Quando foi que as meninas começaram a ir nos dormitórios masculinos assim? —Ei, ei! Dê o aval! —ela falou entre risos.

—Claro, pode entrar. —ele fechou a porta após ela passar, deixando-a apenas na maçaneta. Mina entrou no quarto e foi em direção à cama, colocando a caixa lá e abrindo os braços na direção de Kirishima em seguida.

—Feliz aniversário! —Mina não esperou que ele fosse até ela e o puxou para um abraço rápido e forte, antes de se afastar ainda sorrindo e gesticular na direção da caixa. —Vamos, abra!

—Não precisava. —Ele estava envergonhado. Eles eram amigos desde ante da U.A, mas não pensou que ela fosse lembrar do aniversário dele e trazer alguma coisa ainda por cima. Abriu a caixa. As abas estavam apenas encaixadas umas contra as outras, alguns adesivos manchados mostravam que aquilo era praticamente uma relíquia. Havia muitos do All Might, um número um pouco menor dos do Endeavor, alguns carros de várias cores e formas, adesivos de explosões, alguns de atrizes famosas e umas flores e corações que ele tinha certeza não terem sido colocados ali pela mesma pessoa que colocou os outros.

Mas nada daquilo ficou na sua mente por mais um segundo depois que ele abriu.

—AAahh!! —ele tremeu e sentiu a voz falhar, enquanto Mina ria com as mãos na cintura. Ele tirou alguns quadrinhos da caixa com avidez indescritível, folheando rapidamente a de cima, como que para ter certeza de que eram reais.

—Achei que você gostaria! —Mina falou. Kirishima estava em choque olhando para o amontoado de revistas do herói Red Riot. Ele tinha várias, claro, mas aquelas eram edições antigas, difíceis de serem encontradas e provavelmente muito caras!

—C-como você...?

—Meu primo. —ela explicou se sentando no chão ao lado dele. —Vi algumas na casa dele e lembrei de você. Perguntei se ele poderia me dar elas e os amigos dele que também tinham me ofereceram.

—Eles não queriam esses quadrinhos? —Kirishima abraçou as revistas parecendo profundamente ofendido. —Por quê?!

—Nah... Meu primo nunca foi muito ligado a heróis. Os amigos dele também não. São um grupo desde que me entendo por gente. Conseguiram as revistas com parentes ou ganharam quando eram crianças, mas elas acabaram ficando de lado se comparado aos brinquedos deles. —Kirishima pensou sobre isso. Era raro encontrar alguém hoje em dia que não ligasse para heróis, mas ele não se importava muito com isso. Não com aquelas revistas ali, bem na sua frente, finalmente com um dono que daria o valor que elas mereciam.

—Espero que não fiquem bravos se souberem que você as deu para mim. —ele falou com um pouco de cautela. Só para garantir, porque eles não gostavam delas, mas talvez não quisessem que ela as entregasse para qualquer um.

—Acho que eles nem ligam para o que eu fizer com elas. —Ela falou e em seguida piscou para ele. —Mas se as coisas apertarem, você me empresta para driblar eles?

—Com certeza. —Ele colocou as revistas dentro da caixa e olhou para ela. —Obrigado, eu adorei.

—Sei que sim, sua reação foi muito sincera! Aproveite-as bem! —ela disse se levantando.

—Espera, você quer ficar mais um pouco? —Kirishima entrou na frente dela e Mina fez uma expressão confusa. —Eu tenho a impressão de que o Bakugou e a Uraraka vão trazer algo aqui. Eles foram até a cozinha bem cedo falando sobre o meu aniversário. Eu acho que era para ser segredo, mas os dois são altos para caramba.

—E eu achando que tinha sido rápida! —Kirishima respondeu a surpresa dela com uma risada baixa.

—Sim, aqueles dois madrugaram. Mas ei, nós podemos ler algumas dessas revistas enquanto esperamos, o que acha? Ou... Você já as leu?

—Não li. Vamos começar por qual?!

Eles ficaram quase meia hora lendo os quadrinhos, o que fez Kirishima descobrir que além de fantástica como heroína, Mina também era uma ótima companhia para leitura de histórias de heróis. Ele não sabia dizer se achava mais fofo ou atraente a forma como ela lia as linhas dos personagens em voz alta com um brilho nos olhos, quase como se estivesse realmente vivendo na pele cada desafio descrito nas páginas.

Ele lembrou daquele dia durante o colégio onde ela mostrou bem ao vivo o que conseguia fazer. Ela podia não saber o como era a exata sensação daquelas cenas, mas ela sabia como era a sensação.

Caramba, ela era incrível!

—Kirishima? É a sua fala. —ela falou enquanto passava a página. —Eh, do que está rindo? Eu interpretei de forma estranha, é isso? —Mina colocou as duas mãos atrás da cabeça e se curvou um pouco para frente. —Não sou muito boa nisso...

—Você é ótima.

—Não precisa me bajular porque te dei um presente! —ela respondeu brincando, dando um soco leve no braço dele. —Vai lá, é a sua fala.

Kirishima pegou a mão esquerda dela, brincando com os dedos rosa enquanto apreciava a maciez. Quando a viu pela primeira vez, achou que a pele dela era linda, e esse pensamento não diminuiu com o tempo. A cada vez que a olhava ela parecia mais bonita. Ele se aproximou devagar, a olhando no fundo dos olhos e absorvendo cada pequeno detalhes das íris amarelas que cintilavam no centro da esclera negra, e só fechou os olhos quando seus lábios tocaram os dela em um beijo que a própria Mina fez questão de aprofundar rapidamente, puxando-o pela camisa contra ela antes de passar o braço direto pelo ombro dele e se erguer em sua direção.

Os dois já tinham esquecido que as revistas existiam.

—Oi Kirishima-kun, feliz aniv-oopa! —A voz de Uraraka soou alta quando a porta abriu e terminou assustada e constrangida. Mina e Kirishima se separaram tão rápido que ele tropeçou na ponta da colcha e quase caiu de costas ao levantar. Ele não fazia ideia de como Mina conseguiu levantar estando com as pernas meio entrelaçadas uma na outra, mas aparentemente ela conseguiu. Cada um olhava para um lado, e ele sabia que os dois estavam vermelhos e era impossível disfarçar. Sua visão estava embaçada, mas ele conseguiu ver a surpresa em Bakugou e Uraraka. A garota estava em um estado parecido com o deles, só que com um sorriso trêmulo que ele não soube dizer se era de vergonha ou vontade de perguntar alguma coisa.

Bakugou estava segurando um pote roxo em uma das mãos, ao qual ele apertou quando viu a cena. O cabelo, sempre arrepiado, parecia ainda pior agora, como se tivesse se expandido devido à surpresa. Os braços um pouco afastados, como se estivesse à espera de um ataque a qualquer segundo. Como um cachorrinho peludo assustado.

Bakugou não podia ficar sabendo dessa comparação.

—D-desculpe, nós atrapalhamos! Deveríamos ter batido. —Uraraka se desculpou, envergonhada.

—Não, vocês não atrapalharam nada! —Mina respondeu imediatamente. Kirishima queria estar fazendo algo para ajudar, mas estava paralisado pelo susto.

Também, depois que ele olhou para Bakugou não conseguiu mais desviar. Estava desesperadamente torcendo por uma salvação vinda do céu, mas como obviamente não aconteceria, que pelo menos o amigo ajudasse. Infelizmente para sua infelicidade Bakugou só parecia querer piorar ainda mais e ele teve essa certeza quando viu o sorriso torto correr rapidamente pelo rosto do loiro quando ele estendeu o pote em sua direção.

—Bem, feliz aniversário Kirishima.

Bakugou parecia se divertir com aquela situação, e não parecia mais com um cachorrinho. O corpo inteiro dele mostrou a mudança de susto para “também encontrei algo para te perturbar”.

Kirishima e Mina haviam descoberto o pequeno crush de Bakugou em Uraraka e ele foi obrigado a agilizar os planos que tinha e se declarar para ela bem antes do que ele pretendia. Se é que pretendia. Era uma ação um tanto quanto drástica, ele jamais contaria a Uraraka sobre isso se Bakugou não quisesse, mas se o amigo estava usando isso como combustível, mesmo sem perceber, quem era ele para tentar jogar água na situação que estava se desenrolando tão bem? Deixou pegar fogo.

—O que é? —Kirishima tentou falar sem deixar a voz muito trêmula, sua mente rodando para buscar a saída menos constrangedora.

—Crúzio. Um doce francês. Acho que o chute foi bem certeiro, sabe? Fui na sorte de fazer um doce dado para casais e parece que ganhei na loteria. —Era mentira! Estava estampado na cara de Bakugou que era mentira!! Kirishima apostava que aquele doce nem era francês! Cada pequena sílaba que saída da boca dele estava carregada de malícia e uma dose de gracejo perturbador demais para que alguém acreditasse!

Felizmente a intervenção divina, lê-se Uraraka, que ele tanto esperava apareceu: a garota deu uma cotovelada relativamente forte na barriga do namorado e arrancou o pote das mãos dele, o jogando em cima da cama sem olhar duas vezes para verificar.

—Ele está caindo de sono, vocês acreditam? —ela disse o puxando para fora do quarto e fechando a porta, conseguindo fazer ele finalmente tirar aquela expressão do rosto e a trocar por uma meio irritada. —Até depois, Mina!

Ela bateu a porta e os dois ficaram parados por alguns segundos, antes de Kirishima começar a rir. O constrangimento estava passando e agora ele só conseguia pensar que a reação deles só conseguiu piorar tudo. Como ele procederia diante disso agora?

—Foi estranho. Desculpe por isso, Mina. —ele falou se referindo à toda a situação. —e pelo Bakugou também.

—T-tudo bem.

—Eh, eu deveria ter trancado a porta. —Kirishima baixo, colocando as mãos nos bolsos. Mina não respondeu, e quando ele a olhou ela o encarava silenciosamente. —A-ah, eu não qu-quero dizer, não é... —Ela caminhou até a porta antes que ele pudesse reagir. —Mina! Eu n- —Ela girou a chave, a tirou e colocou sobre a cômoda, pegando Kirishima desprevenido.

—Ok. —ela foi até ele e deu o segundo abraço desde que chegou, dessa vez passando os braços um pouco abaixo dos braços dele e o encarando com um sorriso muito diferente de qualquer outro que ela havia dado naquele dia. Mina esperou até que ele devolvesse o abraço, tremendo um pouco de vergonha, para lamber os lábios e dar um beijo rápido nele. —Trancada.

26 Juin 2019 22:16 1 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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Sakura Angeli Sakura Angeli
Amei a história! (principalmente pelo fato de ser kirimina *-*) Mas perguntinha nada a ver: o jogo que o Kirishima estava jogando era Tetris? Kkkkkkkk
January 26, 2020, 15:57
~