b94l Brenda Alexandrino

Clarissa Wright Oris irá do céu ao inferno na mesma noite, na festa do ano: seu aniversário de 18. Ela nem imagina que terá nas mãos da própria família as experiências mais inesperadas. Vítima e algoz, Clarissa vai conhecer a mais profunda dor e o prazer mais macabro que alguém pode sentir.


Criminalité Interdit aux moins de 18 ans.

#suspense #assassinato #crime #drama #vingança #estupro #violência #ritual #378
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Primeira Parte

O meu décimo oitavo aniversário, que acontecerá no dia 26 de dezembro, será épico, de acordo com mamãe. Ela está muito, muito ansiosa e quer fazer uma grande festa. Eu também estou ansiosa, mas não tanto quanto ela. Na verdade, todo mundo sabe que essa festa é mais para ela do que para mim. 


Minha avó cedeu a casa para fazermos a festa. Muita gente vem.


Minha avó é bem estranha, diga-se de passagem, mas ela é uma boa avó, e mora em uma mansão. Agora mesmo estou no quarto dela, que é um desses quartos que parece ter sido de uma princesa. Ela queria que eu ficasse com o melhor da casa. E ele é, de fato, o melhor: enorme e luxuoso, tanto que na hora que botei os pés aqui dentro me senti viajando no tempo, direto para a era vitoriana.


"Não é nada mais do que merecemos, Clarissa!", minha mãe costuma resmungar. Ela diz que nossa família é descendente de uma família real antiga, e não duvido disso, porque vovó já me mostrou o salão secreto dela, que é uma sala com a porta vermelha e maçaneta dourada. Só entrei lá uma vez.


                        ***//***


Tarde do aniversário, dia 26 de dezembro


Indo para lá e para cá num longo vestido vermelho e preto de veludo, canso de tanto andar e começo a procurar um bom lugar para descansar. A antessala e o jardim estão lotados e na biblioteca minhas tias estão conversando sobre o que parece ser um segredo de Estado, então se eu quiser me isolar um pouco para respirar terei que subir as escadas e entrar em um dos quartos.


Eu posso consumir álcool hoje e não vou perder essa oportunidade, mas preciso me lembrar de beber com moderação, já que sou a principal anfitriã.


Depois do jantar, vou me sentar ao piano e tocar uma longa sonata que foi composta especialmente para mim. Depois, vou fazer um discurso de agradecimento aos meus pais, tios, avós e padrasto. Esse é outro motivo para eu beber. Falar em público me deixa muito nervosa.


Resolvo ir para o “meu” quarto. Ele está tão perfumado, tenho certeza que alguém esteve aqui antes de eu chegar. As coisas na penteadeira estão ligeiramente fora do lugar.


“Eu devia ter ido mais devagar com o vinho branco…”


Me sinto zonza. E zangada, porque o vestido está muito apertado e nem sentar ou deitar oferece algum alívio. Tenho que continuar andando, mesmo sem querer.


Pouco antes de descer as escadas, um brilho me chama a atenção. A maçaneta do quarto, que é folheada a ouro, me faz lembrar do salão secreto da vovó. Ele fica no último andar da casa e, com toda a certeza, me daria total privacidade para tirar esse vestido e descansar um pouco.


“Será que a vovó se importa? Tanto faz, hoje é meu aniversário.”


Começo a rir e subo as escadas. No último andar, perto do gabinete do vovô, as cortinas escondem uma parede falsa. Retirando o quadro pesado que fica na altura da minha cabeça, é possível ver a trava manual que, acionada, faz parte da “parede” recuar, formando um hall. À direita, está a porta vermelha. Eu não tenho a chave, mas posso fazer qualquer coisa com meus grampos de cabelo. Não demoro a conseguir abrir a porta.


“Eu poderia até roubar um carro se quisesse!”


Sorte a minha ter respirado fundo. A mão forte que, de repente, segura meu rosto é enorme, a ponto de envolver meu nariz e minha boca ao mesmo tempo. Eu me estrebucho violentamente, mas não consigo me soltar. E, de quebra, ainda recebo uma pancada na cabeça.


Tudo acontece bem devagar, ao contrário do que eu gostaria: apoiam meu tronco numa mesa e levantam meu vestido. Eu não enxergo nada, só sinto o cheiro de coisas velhas e o sangue escorrer pela minha testa. A dor é muito grande. Quando penetram, sem convite, meu orifício anal, quero gritar e chorar. Por estar sendo tocada contra a minha vontade e rasgada sem dó nem piedade, justo no dia do meu aniversário. 


Quando gozam em mim, outra pancada me faz desacordar.


                        ***//***


Noite do aniversário, dia 26 de dezembro


Acordo. Não preciso dizer o desconforto que sinto ao andar e me mexer.


Me arrasto pelo salão de vovó até achar a porta. Saio por ela e aciono a trava manual, escondo o lugar onde nunca deveria ter entrado. Desço as escadas com bastante dificuldade e entro no quarto de vovó.


Quando me olho no espelho começo a chorar imediatamente. Há sangue no alto da minha cabeça, na minha testa e na minha têmpora. Os cabelos estão completamente assanhados; a maquiagem e o penteado, desfeitos. Meu rosto e corpo estão muito doloridos e marcados.


Aos poucos, fico mais calma. Reparo nos sinais que o estuprador deixou em mim. A mão dele, além de grande, é cheia de anéis. Seu perfume é de um amadeirado forte, a mesma fragrância que estava no meu quarto antes de eu chegar ao salão secreto.


“Ele já estava atrás de mim… Ele estava me procurando…”


Trêmula, tento pensar no que fazer. Depois de alguns minutos, me parece óbvio que só há uma coisa a fazer: me arrumar novamente e descer ao salão principal. O estuprador está aqui hoje. E eu vou encontrá-lo.

8 Janvier 2019 14:40 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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