jongstar Jongstar 🌸

Kyungsoo ganha a vida dividido entre dar aulas para crianças de manhã e cantando em restaurantes à noite. Ele tem uma paixão platônica por Chanyeol, o pianista que o acompanha nas apresentações e tem uma namorada. Sem conseguir se livrar daquele amor não correspondido, Kyungsoo contenta-se em cantar músicas românticas secretamente dedicadas ao pianista. |chansoo| songfic| plot doado pela @honeyosam no grupo Exo Fanfics. Também publicado no Social Spirit.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

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I sing for you



Kyungsoo chegou no restaurante onde se apresentaria naquele final de semana um pouco antes do horário marcado, apenas para testar o som e talvez comer alguma coisa. A semana havia sido difícil, seus pequenos alunos davam mais trabalho conforme o ano letivo avançava e ele estava cada dia mais exausto.


Era seu primeiro ano dando aulas após se formar em Pedagogia, e ele sentia-se orgulhoso por ter conseguido um emprego logo ao sair da faculdade. Ele trabalhava em uma renomada escola de alfabetização infantil, a mesma onde tivera a sorte de fazer estágio e possivelmente iria construir uma bela carreira.


No entanto, ele não conseguia se sentir plenamente realizado com a profissão, pois sua verdadeira paixão era a música. Seu sonho sempre foi se tornar um cantor, mas, além de ter que lutar contra a sua timidez exacerbada que o impedia de soltar a voz na frente dos outros, ainda teve que lidar com os pais rígidos que desaprovavam aquilo completamente e ainda o ridicularizavam pelo sonho. Segundo eles, Kyungsoo nunca iria conseguir cantar em público e muito menos agradar uma platéia.


Mas ele conseguiu.


Kyungsoo não precisou se rebelar contra os pais nem nada do tipo. Fez diversos bicos enquanto ainda estava na faculdade e economizou o suficiente para sair de casa logo após ter seu diploma nas mãos. E agora, quase um ano depois, ele já era totalmente independente e aos poucos lutava para seguir seu sonho, dando um pequeno passo de cada vez.


Ele finalmente conseguiu começar a se apresentar graças ao seu melhor amigo Sehun, que além de lhe dar todo o incentivo do mundo e ajudá-lo a perder a vergonha de cantar em público, também encontrou alguns barzinhos legais para ele cantar nos finais de semana e que até pagavam uma boa grana. Foi em um desses barzinhos que ele recebeu o convite para se apresentar em um restaurante recém aberto, em um bairro super prestigiado de Seul, e até com um pianista para acompanhá-lo nas suas performances.


Kyungsoo ia bem. Apesar da imensa timidez, as apresentações eram um sucesso e os clientes adoravam. Não era exatamente daquele jeito que ele planejava concretizar seu sonho de se tornar um cantor, mas estava feliz. Algumas pessoas passaram até a frequentar o restaurante assiduamente apenas para ouvi-lo cantar. Ele gostava do reconhecimento que tinha, sentia-se nas nuvens.


Contudo, Jongdae, o antigo pianista, sofreu um acidente e precisou se ausentar. Seu lugar foi substituído por Park Chanyeol, um estudante de música talentosíssimo com uma linda voz e cachinhos adoráveis. Ele passou a acompanhar Kyungsoo em algumas músicas e até dava-lhe dicas de como poderia melhorar no canto.


Chanyeol chegou subitamente, mas foi se aproximando de mansinho e conquistando espaço na vida de Kyungsoo aos poucos. Quando este se deu conta, estava completamente apaixonado e foi aí que seus problemas começaram, pois Chanyeol tinha namorada.


Não que Kyungsoo fosse dar em cima do Park ou coisa do tipo, ele jamais faria algo assim. Limitava-se a observá-lo de longe ao lado da namorada Baekhee e sofrer em silêncio por sua paixão platônica.


Aquele amor unilateral o machucava mais que tudo no mundo. Qualquer pessoa em seu lugar e em sã consciência já teria se afastado de Chanyeol para não sofrer, mas Kyungsoo recusava-se a isto. Até parecia masoquista; preferia ter o coração partido em milhões de pedacinhos toda vez que o via aos beijos com a namorada do que desistir das apresentações noturnas ao lado dele e seguir com sua vida calma e solitária de professor.


— Kyungsoo, você já está aqui. — Kim Jongin, o dono do restaurante, recebeu-o com o sorriso simpático de sempre. Ele era um homem muito bonito: moreno, alto e com músculos levemente definidos. Ele tinha uma aparência perfeita, mas era a sua gentileza que conquistava a todos.


— Eu resolvi chegar mais cedo hoje, espero que não seja um problema — Kyungsoo sorriu sem graça, enfiando as mãos nos bolsos e olhando ao redor. Procurava Chanyeol, mas não o encontrou. Talvez por conta do horário, realmente havia chegado cedo demais.


— Muito pelo contrário, eu fico feliz por isso. Você precisa experimentar o prato novo que está no menu. Depois vou querer a sua opinião — disse Jongin ao guiá-lo pelo salão. — E o seu amigo Sehun, ele não vem hoje?


— Não, ele precisava ficar em casa planejando as próximas aulas — respondeu e notou o Kim ficar com uma expressão levemente frustrada, mas que ele tratou de disfarçar o mais rápido possível.


Ele o deixou em uma mesa próxima ao piano e voltou para supervisionar as coisas na cozinha, o restaurante não demoraria a encher.

Kyungsoo comeu sua comida distraído, sem se importar com a hora, porém o tempo foi passando rápido e nada de Chanyeol chegar.


A maioria das mesas agora já estavam ocupadas e as pessoas perguntavam discretamente sobre a música ao vivo. Para piorar a situação, um amigo de Jongin havia pedido uma música em especial. Ele planejava pedir a namorada em casamento durante o jantar e a moça já estava prestes a pedir a sobremesa. Jongin apareceu com o celular nas mãos e parecia preocupado. Tentava falar com Chanyeol e temia que ele não chegasse a tempo.


Kyungsoo resolveu sair do salão para tomar um pouco de ar, embora não tivesse muito tempo de sobra. Porém situações como aquela o deixava nervoso e ele precisava de alguns minutos para se preparar psicologicamente caso precisasse se apresentar sozinho, o que ele ainda não tinha feito no restaurante de Jongin até o momento.


Acidentalmente, ele acabou esbarrando com tudo em alguém que caminhava apressado na direção contrária. Era Chanyeol, desengonçado demais com seus quase dois metros de altura e por pouco não o derrubou.


— Kyungsoo, você está bem? Não se machucou? Aliás, por que você está aqui fora? Os amigos do Jongin já foram embora? — Chanyeol perguntou afobado, sem se importar em bombardeá-lo com tantas perguntas. Parecia eufórico.


— Não, eles ainda estão lá dentro. — Kyungsoo só respondeu a última pergunta, a qual julgou ser a mais importante.


— Ainda bem! O Jongin não parava de me mandar mensagens falando para eu chegar logo.


— Por que você se atrasou tanto?


— Fiquei preso na faculdade. Mas, por sorte, consegui passar naquela matéria que eu estava tendo dificuldades. Agora o semestre finalmente acabou. Estou tão feliz!


Sem mais nem menos, Chanyeol o abraçou. Talvez fosse por causa de sua empolgação — claramente era — mas Kyungsoo não estava preparado para aquilo. Não calculou por quanto tempo ficaram abraçados, foi um contato rápido, mas quando Chanyeol o soltou seu coração estava batendo rápido demais.


Kyungsoo sentia-se ridículo como uma garotinha se apaixonando pela primeira vez. Chanyeol causava nele as mais diversas sensações, deixava-o nervoso quando se aproximava e fazia-o estremecer com o mais singelo toque. Porém ele tinha namorada, Kyungsoo sabia e se odiava por isso. Mas ainda assim, se tivesse uma única chance de se declarar, por menor que fosse, não a deixaria escapar. Ele não queria roubar o namorado de Baekhee, queria apenas se livrar um pouquinho daquele peso em seu coração.


— Vamos? Nós não temos muito tempo — Chanyeol chamou quando o viu estático no mesmo lugar. Kyungsoo concordou com a cabeça e o seguiu, ignorando as pernas bambas e aquele nervosismo descomunal. Patético.


Jongin suspirou aliviado ao vê-los entrando juntos e fez um sinal para Kyungsoo começar logo. Ele cantou os primeiros versos de Thinking Out Loud — a música escolhida pelo cliente — sem tirar os olhos de Chanyeol, que estava concentrado demais no piano para notar. Depois, olhou na direção da mesa onde estavam os amigos de Jongin. Eles pareciam tão apaixonados que por um breve momento Kyungsoo os invejou. Gostaria de poder viver um amor tão bonito quanto aquele. Olhou para Chanyeol novamente e sentiu-se péssimo. Sua voz ficou levemente embargada, mas ninguém percebeu.



People fall in love in mysterious ways

(As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas)


Maybe just the touch of a hand

(Talvez apenas com o toque de uma mão)


Well me, I fall in love with you every single day

(Bem, eu me apaixono por você a cada dia)


And Ijust wanna tell you I am

(Eu quero te dizer que estou apaixonado)



Ironicamente, aquele pequeno trecho combinava e muito com a situação de Kyungsoo e, de certa forma, servia como uma declaração para o Park. Ao pensar nisso seu coração ficou um pouco mais aliviado e ele sorriu. Usara aqueles versos para se declarar e ninguém havia percebido, e por mais que parecesse idiota, aquilo o fez bem.

A partir daquele momento, dedicaria mais músicas a Chanyeol secretamente e se ninguém saberia, que mal tinha?


***


— Você só pode estar brincando! Usar músicas para se declarar? Isso é ridículo demais até mesmo para você, Kyungsoo.


Kyungsoo e sua boca grande. Ele podia ter guardado aquela sensação boa após cantar uma música para Chanyeol apenas para si, e não ter contado nada para Sehun. Agora, além de ser zoado pelo melhor amigo, também tinha que lidar com aquela terrível expressão de descontentamento no rosto dele.


— Ninguém mais precisa ficar sabendo, Sehunnie. Eu só quero expressar esse sentimento de alguma forma e a música é a minha melhor opção e além disso, é algo que nós dois amamos.


— O cara tem namorada, Kyungsoo.


— Eu sei.


— Uma namorada muito bonita.


— Sei disso também.


— Então eu presumo que você também saiba que ele claramente é hétero e as chances de ele olhar para você são mínimas.


— Eu sei! Mas não estou dizendo que quero dar em cima dele nem nada. Eu só quero me expressar de alguma forma, nem que seja apenas artisticamente falando, só para não acabar sufocando com esse sentimento que está aqui dentro. Não é nada além de escolher músicas. Droga, estou sendo muito trouxa?


Sehun arqueou uma sobrancelha como se dissesse "quer mesmo que eu responda?" Kyungsoo suspirou pesadamente e voltou sua atenção para a pilha de provas à sua frente. Eles estavam na sala dos professores e, enquanto Sehun aproveitava o intervalo para tomar aquele cafezinho, Kyungsoo corrigia algumas avaliações de seus alunos para não deixar nada acumular. Assim teria mais tempo livre para se dedicar ao seu trabalho no restaurante de Jongin e ensaiar novas músicas.


— Está fazendo tudo isso para ter o fim de semana livre? — Sehun perguntou como se pudesse ler a sua mente. Ele apenas concordou com a cabeça e voltou sua atenção para o trabalho. Sehun continuou: — Sinto falta de quando você cantava apenas por hobby, e não como um segundo emprego. Você nunca mais saiu comigo e quase não me dá atenção...


Sehun não estava mentindo. Era verdade que a rotina de Kyungsoo não era uma das mais fáceis. Ser professor de educação infantil e ao mesmo tempo cantor amador ocupavam grande parte de seu tempo. No momento sua vida social era quase inexistente e ele tinha certeza de que se não trabalhasse na mesma escola que Sehun já teria perdido o contato com ele. O melhor amigo não estava exagerando ao cobrar atenção. Kyungsoo até achou que ele demorou a chegar naquele ponto.


— Você pode ir comigo ao restaurante me ver cantar — sugeriu receoso.


— Não gosto daquele lugar. Preferia quando você cantava nos barzinhos de antigamente. Eu ficava de boas só te ouvindo enquanto tomava a minha cervejinha gelada. Ah, como eu gostava daquilo!


— Mas o restaurante do Jongin é bem legal também…


— Você quis dizer que é chique, né? E aquele cardápio? Eu gastaria meu salário inteiro em um único prato e ainda assim sairia de lá com fome.


— Posso pagar o seu jantar então — Kyungsoo riu. Sabia que ele estava exagerando. — Sabia que o Jongin perguntou por você?


— Sabia que eu não me importo nem um pouquinho com isso? — retrucou mal humorado. Sehun estava terrível ultimamente. O final do ano letivo trazia grandes irritações aos professores e sua turma de alunos era considerada a mais problemática da escola.


O intervalo acabou e Sehun se levantou para voltar à sala de aula, mas acabou voltando para encher novamente sua xícara de café. Antes de sair, disse em um tom subitamente brincalhão:


— Acho que preciso de um novo melhor amigo. Um que saia mais comigo e que seja menos trouxa.


Era um blefe, mas Kyungsoo não conseguiu não ficar mal com isso. E o pior de tudo era saber que Sehun tinha razão.

31 Décembre 2018 20:13 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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