Olá, amores. ^^
Tudo joinha?
Fanfiction criada para o desafio Mapa-múndi, do Inkspired. Ai cê vê Grécia e já plota cdz, super normal.
Gente eu gostaria muito que a fic tivesse docinha, mas não tá. Foram devidamente avisados. ^^—
Boa Leitura!
***
O sol estalou alto e forte. O calor atingiu as costas escuras cobertas do homem que ali pelas ruelas estreitas e ornamentadas em pedras caminhava despreocupado e alheio. Quase todas as imagens rodeava-o como um borrão.
O caminho um tanto difícil, não apenas pelo fluxo de pessoas que se espremiam na rua movimentada, assim como dividiam espaço com o único meio de locomoção que não fosse as pernas e que ainda sim era seguro para escorar os mais longínquos pontos rochosos de Atenas, os burros.
Tudo era observado do mesmo jeito por ele desde as crianças gesticulando alto o idioma difícil de compreensão, até belas mulheres desfilando nos seus vestidos coloridos e recatados.
O homem ali coberto numa bermuda larga e Flórida, usava pelo torso uma camisa de botão preta fechada até o penúltimo buraco. Nos olhos, óculos aviador com as lentes tão prateadas quando os fios de seus cabelos desgrenhados. Uma expressão impassível e indiferente. Nada condizente com o interior vazio e melancólico.
Deathmask como era conhecido na Sicília, região italiana onde nascera. Usava o tempo seco e quente como desculpa pelo acessório cobrindo os olhos carmesins inchados, pelo pranto angustiado desde a noite anterior ao desembarcar em terras gregas.
Fazia um mês que ele se fora, um mês se passou, mesmo assim era inundado de sentimentos melancólicos e hesitação referente aquela viagem tão bem planejada durante o último ano.
Aos poucos conforme caminhava em direção a Acrópole, era banhado de corpo e alma nas lembranças felizes, o intuito de mantê-las frescas, cada aspecto de Afrodite era recordado no passeio.
— Mask, sabia que o panteão de Atenas fora construído no ano V antes de Cristo?
O sorriso largo estampava no rosto tão amado pelo italiano, recordou-se junto ao cheiro floral dos fios encaracolados e louros. Na memória, Afrodite virava-se em sua direção, beijando com delicadeza o rosto escuro.
— Sì! Mia bella Fiore¹. — Respondeu encantado.
Observou-o bater uma palma estalando na outra, depois Afrodite se voltou para ele e os dedos caminharão delicados pelo peito nu e o másculo queixo de Paollo ser selado pelos lábios cor-de-rosa.
— Quero ver a estátua de Atena. — Ele suspirou profundo e sonhador.
Afrodite levava o nome da Deusa do amor, contudo seu encanto era pela divindade que representava a guerra justa e a inteligência.
Contava histórias de que a filha preferida de Zeus, era invejada por todos no Olimpo, inclusive pela irmã que herdara o nome. Afrodite sempre o abençoava com histórias mitológicas. E isso era o elixir que abastecia o amor dos dois.
Os olhos azuis e cristalinos, como o mar mediterrâneo, abriam-se grandes, tal expressão ganhava vida de forma adorável e adornado com os longos cílios claros, sempre quando estava prestes a contar uma novidade.
— Pegasus era o filho bastardo de Poseidon com uma mulher mortal. — Fez uma pausa performática. — O imperador dos oceanos não o aceitava como sua prole. Culpava a criança pela morte de sua amada.
— Poi²?!
— Em um jantar com todos os Deuses reunidos no retiro do soberano dos oceanos — A voz mansa saia sem pausas, deixando o clima tenso pelo cunho que narrava de forma dramática. — Atena viu como o menino era tratado pelo pai. Então com toda a sua misericórdia, Mask, ela implorou para Poseidon libertá-lo.
— O que Poseidon fez?
— Matou o menino ali na frente de todos. Atena chorou, chorou e clamou a misericórdia da alma do garoto. Depois da cena comovente, suas lágrimas fizera-o voar aos céus em forma de constelação e até os dias de hoje Pegasus zela pela humanidade ao lado da Deusa.
Paollo sorriu próximo do amado, os dentes amarelados coloridos pela nicotina foram avistados. Lembrou da súplica de Afrodite para ir até o Panteão em sua viagem minutos antes de começar sua narrativa.
— Tudo bem, te me convenceu! Nostro primeiro dia na Grécia será destinado ao Panteão, amore mio³!
Voltou a si encarando as residências construídas com pedras tão típicas da região, paredes branquinhas cercava seu caminho. Como poderia aceitar ir para aquele lugar sem ele, sem seu amado, sem Afrodite? Era como se o traísse.
Esse pensamento machucou o peito corroído pela saudade.
Recobrou a consciência sobre a marca grossa impressa no seu rosto pela lágrima, a vergonha tomou por inteiro. Um homem como ele não demonstra sentimentos em público, respirou e inspirou.
Tentou de todas as formas escondê-las, tornando uma tarefa difícil, as lágrimas avançavam agora contínuas como na noite anterior não mais sendo barradas pelo óculos de sol.
Por que Afrodite partiu daquela maneira? Por quê?
Mesmo com toda dor assolando o peito e o cansaço tomando seu corpo. Alcançou de perto o mar mediterrâneo cercado de rochas, mais antigas que a própria humanidade, tão belo.
Os turistas se banhavam colorindo as águas calmas. Ele quase rompeu o percurso para tocar aquele lugar paradisíaco, não porque estava hipnotizado pela beleza natural de cores tão intensas, isso já não fazia sentido para Paollo, contudo aquela cor lembrava os belos olhos azuis de Afrodite.
Suspirou fundo ao pensar que o amado com toda a certeza se estivesse ali se jogaria nas águas, esquecendo por completo o Panteão. Foco não era uma das qualidades do parceiro.
O rosto de Afrodite voltou a mente com clareza assim como suas últimas lembranças em vida.
— Comprei algumas roupas de banho! — Os lábios coloridos em batom rosa mexiam-se sorridentes.
Deathmask encarou a tez pálida entusiasmado.
— Te está molto animado mia bella fiore! Io amo te ver assim!*
Afrodite colocou para trás os cachos dourados com as pontas dos dedos, piscando algumas vezes o par cerúleo que Paollo tanto amava, alcançou parado próximo a bancada de mármore e beijou a ponta do nariz do noivo.
— Desde criança sonho em ir para a Grécia em lua de mel, amore mio.
Ele viu o sorriso mais lindo estampado nos lábios cheinhos.
— Gosto quando te* fala de Deuses e do país em geral.
— E eu gosto de falar com você sobre essas coisas. Estou animado Mask, muito animado. Desde que meus pais contaram que meu nome era uma homenagem a Deusa Afrodite que pesquiso sobre a Grécia e saber que você vai ao me lado me deixa mais contente.
Piscou outra vez os olhos bonitos desaparecendo de sua mente uma vez mais.
O amor muda! Quando conheceu Afrodite não imaginária que descobriria sabores nunca experimentados, aromas inimagináveis, conhecimento não desperdiçado. Que amaria aquele país da mesma formar como amava a Itália, passara quase um ano ansioso pela viagem.
Mas aconteceu, logo sabia tudo sobre a Grécia, ou buscava por informações, correndo e contando para Afrodite. Não era apenas o berço da humanidade, como também rico de belezas naturais e um país repleto de pluralidade cultural.
Os gregos eram os pais do frapucchinos; da filosofia; da literatura; do teatro e até as olimpíadas vieram de lá. Passou a ter o mesmo pensamento que qualquer cidadão patriota possuía: tudo veio da Grécia.
Sua população vista como um dos mais felizes do globo terrestre. Tradições de séculos escorriam pelas veias de cada mulher, homem e criança sorridente que Paollo ali encontrava.
E todo aquele conhecimento devia a uma única pessoa Afrodite. Ele não apenas herdara o nome da Deusa do amor, como tinha a capacidade de fazer até mesmo Deathmask um degenerado amar.
O passeio só fizera Paollo contemplar a certeza, seu amor nunca morreria. Se hoje era um homem de bem, era pelo noivo.
Mesmo que Afrodite tão jovem, alegre e vivo. Cheio de tantos defeitos, contudo com qualidades maravilhosas fora ceifado de forma tão brusca e tirado de sua vida para todo o sempre. Ainda sim manteria seus sonhos como os seus e seu amor não seria esquecido com facilidade.
Paollo esqueceu a vergonha causada pelo choro. Agora encarava pedras sobre pedras nas escadarias que davam acesso ao templo imaculado de Atena, ele não deixou de conter as lágrimas por lembrar do amado. Esqueceu a vergonha.
O silêncio era rompido pelos soluços fortes e os passos firmes no caminho de calcário e terra alaranjada adentro. As imagens se tornaram lúcidas.
Alcançou a estátua imponente da Deusa, com a dor e a saudade esmagando seu peito, comprimindo. O ar escasso já faltava aos pulmões em forte emoção. Observou por longos minutos ou talvez fossem horas, o tempo havia esquecido de contar, a Deusa que Afrodite tanto amava.
Em uma oração para que a alma de seu amado atravessasse o submundo de Hades em segurança. Paollo fez encarando o busto esculpido tão bonito e antigo.
— Mask eu te amo! — O tom mansinho invadiu a memória.
Lembrou com exatidão a última vez que ouviu Afrodite recitar seu nome depois das três palavras. Cada aspecto do cheiro de rosas grudados no corpo Cada aspecto do cheiro de rosas grudados no corpo dele, até os olhos estupidamente azuis alegres, o sorriso doce e o caminhar ereto. Eram memórias que guardaria para sempre.
Apenas encarando o busto de Atena, pronunciou rouco e embargado:
— Io ti amo mia bella Fiore!
"..."
Notas:
¹ Sim, minha bela flor
² Então?
³ Nosso e meu amor.
* Você, muito, minha bela flor e Eu.
Merci pour la lecture!
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