spacjeon Lilian Silva

– A mãe dele não quis comprar um cachorrinho pra ele. – foram estas palavras que saíram da boca do melhor amigo do meu namorado, Kim Taehyung. Eu queria ser surdo e fingir que aquilo não era verdade, que aquilo não era o motivo para meu chuchuzinho está chorando rios e quebrando tudo que ficasse em seu caminho. Queria mesmo acreditar que não era, mas o dar de ombros do ruivo sentado a minha frente, confirmou que: sim, era aquilo mesmo! E o que irei fazer para resolver esse problema? Isto mesmo que vocês estão pensando ou não, jovens padawans.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Interdit aux moins de 18 ans.

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Você quer? Eu te dou.

A porta da sala sendo escancarada brutalmente. 
Foi este o motivo que me fez pular da cadeira e arregalar os olhos em susto. Isto poderia ser algo um tanto normal, visto que estou numa escola rodeada de adolescentes barulhentos. Como disse: poderia, mas não era, já que quem havia aberto-a era meu namorado.
Eu deveria ficar feliz, radiante, maravilhado e todos as coisas que remetem felicidade em se ver quem ama, eu ficaria se este não estivesse com a cara emburrada e os braços cruzados parado ao pé da porta enquanto me fuzilava com o olhar. Eu nem sabia o que estava acontecendo para ele estar assim.


Ouvi-o bufar e caminhar em minha direção; engoli em seco e fosse o que os deuses quisessem porque eles sabem que eu não havia feito nada.


– Ih cara, porque o Yoongi tá assim? – foi o que ouvi Hoseok dizer depois do mesmo ter despertado do transe louco que havia entrado assim que a porta havia sido aberta.


Eu iria-o responder, mas parece que a distância da entrada da sala até minha mesa havia sido cortada ao meio, pois o baixinho de cabelos cinzas já estava à uns 5 passos dela.


– Eu vou indo. – Hoseok disse baixinho em seguida levantando-se da minha mesa e indo para a sua. Essa peste, naja que chamo de amigo me abandona logo agora, logo quando mais preciso para enfrentar a fera.


– Jeongguk! – é agora ou nunca que morro. Zeus, prepara o melhor lugar pra mim, porque estou chegando.


Levantei a cabeça para olhar o quase loiro parado em minha frente, a mesma estava gelada e girava coo um peão.


– O, meu pãozinho de mel. – sorri nervoso.


Vi-o estreitar seus olhos e senti meu corpo ser queimado por este ato. O loiro puxou a mesa e simplesmente sentou-se no meu colo, como quem não queria nada.


E apesar de namorarmos a quase dois anos, tê-lo fazendo este tipo de coisa era totalmente novo para mim, sempre era eu quem puxava-o, quem tomava iniciativa e tudo mais. Depois de ter finalmente entendido que havia sido ele, aproximo meu rosto para que meus lábios toque sua bochecha em um selo suave, para ao menos amenizar minha ferinha, meu pequeno filhote de leão.


– O que você está fazendo? – meu querido namorado, meu nené raivoso virou-se para mim, com os braços cruzados sobre o peito, quase encostando em meu pescoço. Estava começando a achar que aquela era uma nova técnica ninja para se matar alguém e não tinha visto em nenhum filme.


– Eu iria beijar meu lindo namorado na bochecha. – respondi simplista.


– Mas eu não quero. – O quê? O que fizeram com meu Minyoongie, pois nunca em seus dias mais tenebrosos ele havia rejeitado um contato meu.


Soltei um muxoxo e joguei a cabeça para trás, meus olhos estavam enchendo-se de lágrimas. O que eu havia ou não feito para ele estar assim?


Olhei para o lado e pude avistar meu amigo, o maior traíra do universo me lançando um joinha e dizendo: “hwaiting”*.


• •


O sinal tocou para o intervalo e a primeira coisa que fiz foi correr até a sala 2-B, onde o meu melhor amigo e do Yoonie estudavam, o casal Jimin e Taehyung. Eu deveria ir até a sala do meu namorado, mas ele estava estranho demais, estressado demais, então precisava achar uma solução ou pelo menos saber o motivo para o mesmo estar assim e somente quem poderia me dar esta resposta eram aqueles dois.


Coloquei a mão nos joelhos para que nesta pausa pudesse recuperar o ar que gastei na corrida que havia sido da minha sala para a deles; após o feito vi Jimin parado em minha frente com uma expressão confusa. Ainda bem que havia conseguido chegar antes dele ter saído da sala, estranhei estar apenas ele, mas pelo menos ter corrido como Mercúrio por meio dos adolescentes afobados havia servido de algo.


– Oi Jiminie. – sorri cansado endireitando a postura e ainda tentando regularizar minha respiração.


– Oi Jeon. Porque está aqui?


– Preciso falar com o Tae. – franzi a boca e levantei os pés para ver se o namorado do meu melhor amigo estava dentro da sala. – Cadê ele?


– Ah… – o baixinho parado em minha frente coçou a nuca.


– Ah o que, Jimin? Vamos, diz!


– Ele tá com Yoongi, consolando ele, sabe? – sorriu envergonhado.


– E por que ele está com o Yoonie? – perguntei exasperado.


A esta altura já andávamos pelo corredor que levava até o pátio, eu gritava e todos os os adolescentes intrometidos e fofoqueiros olhavam para nós.


– Não grita! Eu não sei porque ele está com seu namorado, só sei que ele não está bem.


Enrruguei a testa e massageie-a, suspirando e sentando na mesa que era de costume ficarmos naquele horário.


– Você sabe por que o Yoongi não está bem? – pronunciei enquanto encarava meu sanduíche sem vontade alguma de comer.


– O Tae não quis me contar. – Jimin respondeu de boca cheia.


Após algum tempo com a cabeça sobre a mesa e o celular na mão olhando as mensagens mais recentes que havia trocado com o Min procurando todo e qualquer vestígio de algo que poderia ter feito de errado e não encontrando nada, escutei a voz rouca e baixa de Taehyung falando algo com Jimin; virei-me para o recém-chegado e fiquei encarando-o com a expressão mais sofrida que tinha para que não precisasse falar muito e ele já sair falando.


– Nem adianta que não vou te falar. – Jimin sorriu baixinho e fuzilei com o olhar vendo-o estirar a língua pra mim. Aish, o namorado dessa jararaca não podia simplesmente colaborar comigo?


– Taaaaae – comecei manhoso, aquilo tinha que funcionar – eu realmente não sei porque o Yoon tá assim comigo, quando cheguei hoje ele não estava me esperando e também não encontrei ele na sala de aula, apenas simplesmente tive ele batendo com força a porta da minha sala e ao menos deixou eu dar um beijinho na bochecha dele. – finalizei com um biquinho e com os olhos começando a marejar.


– É, a gente viu. – Jimin disse sorrindo, como se eu que tivesse acontecido não fosse nada demais. Lancei o olhar mais mortal que conhecia e sabia fazer enquanto ele deu de ombros. Totalmente despreocupado.


– Aish! A culpa não é sua, ok?


– Se não é minha culpa, me diz qual o motivo dele tá assim, Tae. Aaaaaaaah!


– 'Tá, bebê chorão. – disse derrotado. Quis sorrir, porém, antes de fazê-lo fui interrompido por sua fala seguinte:
– A mãe dele não quis comprar um filhote de cachorro que ele viu em uma loja. – tenho quase certeza que pisquei mil vezes em 2 segundos. Não tava acreditando naquilo que estava ouvindo.


– Espera, O QUE? – gritei.


– Isso mesmo que você ouviu. – o melhor amigo do meu namorado deu de ombros e começou a comer o lanche que havia trazido.


– Eu não acredito. – disse balançando o cabelo e jogando os braços sobre a mesa.


– Ei, cuidado com meu lanche!


• •


Depois de muito queimar meus neurônios nas 3 aulas finais que tive naquele manhã, cheguei a conclusão que: irei comprar um cachorro pro meu chuchuzinho. Pois é meus jovens padawans, não é como se vocês não tivesse pensado nisso tanto e que seja algo de outro mundo, mas o que eu não faço para ver o sorrisinho no rosto do meu pitel? Por sinal, o sorriso mais lindo do mundo, tão doce quanto açúcar, ah, vocês precisam ver, tenho certeza que vão se apaixonar, mas enfim, porém, contudo, toda via, preciso da ajuda da pamonha que meu namorado chama de melhor amigo, é... preciso de novo da ajuda do Taehyung, pois só ele sabe qual a raça e loja que meu pedacinho de nuvem gostou.


Deve ser quase quatro horas da tarde, dado pela cor do céu que ainda está bem claro. Havia passado quase todo a tarde sem falar com Yoongi, o mesmo tinha me ignorado – apenas visualizando as mensagens. Vê só, que atrocidade! – e ele sabia que eu sabia que ele estava vendo, era óbvio isto.


Mesmo assim ainda estava determinado em comprar aquele filhote, o bendito cachorro que meu pudim não tinha e estava deixando-lhe com os nervos à flor da pele. Era óbvio que eu não iria comprar o filhote apenas porque ele queria, mas sim, porque eu não queria morrer ainda, queria viver longos anos ao lado do meu pãozinho de mel, e desfrutar das maravilhas que a vida me proporciona.


Com a mão prestes a apertar a campainha da casa da girafa ambulante escuto passos vir de dentro da casa, provavelmente vindo da escada, visto que fica na direção da porta. Já que estavam tão perto, iria bater na porta, não era possível que não fossem escutar mas, fui impedido quando escutei a voz do meu nenenzinho, ah cara, será possível que eu não podia falar com aquele poste sem que meu namorado estivesse por perto, como eu ficaria vivo para dar todo meu amor pra ele assim?


Agora teria que usar meu plano B, aquele que achei que nem usaria porque na verdade nem era um plano: ir na casa do Jimin e convencê-lo de perguntar ao Taehyung tudo o que preciso para que minha operação seja um sucesso.


Porta que bateu! Bicho do céu, que casa longe! Porque o Jimin tinha que morar tão longe do Taehyung? Eu com toda minha lerdeza nem tinha pensado nisso e acabei vindo a pé, eu tava querendo ficar sem sola, só pode.


Quando ia bater na porta, quase morrendo e era provável que desse em nada por estar sem forças, alguém abriu a porta me fazendo ir de cara com o chão – oh Zeus, o que fiz pra merecer tal coisa?


– Jeongguk, me desculpa. – eu e o chão éramos um só neste momento.


Jimin levantou-me do chão e me levou até a cozinha para colocar um gelo sobre minha bochecha. Podia sentir o sangue dentro da minha boca causado pelos cortes que os dentes haviam feitos quando cai.


– 'Tá, o que você está fazendo aqui? – disse após me entregar o pano com os gelos enrolados dentro dele – engraçado que era a segunda vez no dia que ele me perguntava aquilo.


– Eu devia estar na casa do- AÍ! Taehyung, mas o Yoongi está lá – as caras e bocas que o Jimin fazia eram piores que a minha, minha vontade era de rir, mas nem podia.


– E porque devia estar lá? – oh criatura curiosa, só espero que me ajude.


– Porque vou comprar o cachorro!


– Você tá falando sério? – percebi que meu amigo queria rir, não somente isso, gargalhar, ao ponto da barriga e bochechas doerem.


– Seríssimo. E não rir por causa disso, eu não quero morrer Jiminie.


– Cruzes garoto! Você é mais dramático que o Yoongi. – rolou os olhos, eu estava prestes a chorar de novo, como um bebê, igual quando cai no chão minutos atrás. – Certo, mas ainda não sei o porquê de estar aqui.


– Okay – tomei o pano da sua mão – Eu vim pedir pra você mandar mensagem para o Taehyung e perguntar a ele qual a raça e loja que o meu bebê viu o filhotinho.


– Ah mas você deve estar de brincadeira.


– Não estou. – ia cruzar os braços, mas lembrei que não podia.


Jimin era baixinho mas andava rápido pra dedéu, já estava ficando cansado de andar atrás dele pra cima e para baixo tentando convencê-lo de tirar algo do Kim.


– Por favor Jiminie, é isso ou eu morro. Você quer a morte do seu melhor amigo? – faltava apenas me ajoelhar e implorar.


– Por que não leva até a loja e lá ele escolhe? Bem mais simples, não?


– Porque eu quero fazer um surpresa, presente de várias coisas aí. – olhei-o no fundo dos olhos com a expressão mais pidona que sabia fazer.


– Aish, está certo!


– Uhuuuu!


– Não comemora, porque nem sabemos se o Tae vai dizer.


Nos jogamos no sofá e o Park tirou o celular de não sei onde – nem queria saber – pois já estava feliz demais por ter conseguido fazer ele falar com o namorado.


– Ele disse que a raça é Poodle e a loja é na principal que tem apenas lojas de petshop em Hongdae. Se quiser posso ir com você amanhã. – Após alguns minutos Jimin pronunciou-se, estava começando a desistir, visto que ele estava sorrindo demais para o aparelho.


– Você faria isso por mim? – perguntei beijando suas bochechas.


– 'Tá bom Jeonggukie, se continuar com isso pode tirar o cavalinho da chuva que não irei.


– Aish! – levantei, iria embora estava ficando tarde demais e precisava elaborar cada detalhe de como entregaria o animalzinho. – Obrigado Jimin, você é o melhor!


• •


07 de março.


Jamais em minha existência direi que o Jimin é “o melhor", pois foi quase uma semana esperando esse “amanhã” que ele havia me prometido; o garoto ficou todos os dias se agarrando com o Taehyung, ao menos tirou um tempinho para me dar atenção e cumprir com sua palavra, aqueles dois era um grude só, pior que chiclete grudado em sola de sapato. Ainda diziam que eu e o meu favo de mel que somos assim.


Agora estávamos a caminho do tal petshop para comprar o filhote de Poodle acompanhado do Hoseok que me ameaçou dizendo que se ele não viesse contaria tudo e é óbvio que não queria. Estava tão afastado do meu Minyoongie esses dias que já estava ficando triste só em ver ele triste pela mesma coisa que eu, mas esta distância era necessária para eu não soltar nada dos meus planos – que por sinal nem eram muitos, pois decidi que levaria ele pra minha casa, iríamos jogar e assistir alguns episódios de How I Met Your Mother e depois não sei o que faria, e nem onde colocaria o cachorro, eu só precisaria esconder ele até o momento oportuno mais favorável para lhe entregar, certo? Certo!


– Aaaw, tem tantos cachorros lindinhos por aqui. – Hoseok andava praticamente fundido com os vidros das lojas.


– Hobi, desgruda dos vidros, quando chegar na loja, porque você não comprar um, uh? – Jimin questionou, ele era o que mais estava sentindo-se incomodado com a atitude do outro.


– Me deixa Park! E eu tô sem dinheiro, então o máximo que posso fazer é admirar desta forma.


– Jimin – chamei o baixinho que estava do meu lado – que tal andarmos mais pra frente e fingimos que nem conhecemos ele?


– Opa! Boa idéia.


Ao passo que andávamos cada vez mais rápido, sorríamos, era como se tivéssemos aprontando mas, estávamos apenas deixando nosso amigo para trás. Faltava apenas umas 3 lojas para chegarmos no nosso destino quando ouvimos Hoseok gritar:


– EI! COMO VOCÊS ME ABANDONARAM ASSIM?


– JIMIN, CORRE!


Chegamos na fachada da loja aos tropeços, se caíssemos, com certeza alguém quebraria algum membro, e esse alguém seria eu. Regularizamos a respiração para não entrarmos parecendo um trio de maluco – algo que éramos.


Ouvir o sininho que fica acima da porta foi revigorante, todo e qualquer desânimo saiu; ver aqueles animaizinhos com os olhos brilhando esperando um dono me emocionou, agora entendia porque meu pãozinho de açúcar estava daquele jeito, era amor à primeira vista vê-los. Nos encaminhamos até o balcão e eu e Jimin tentávamos esconder nossos rostos pela vergonha que Hoseok estava nos fazendo passar.


– Olá senhores, o que desejam? – a moça sorriu simpática.


– É… vocês ainda estão com o filhote de Poodle?


– Ah sim, estamos. – a atendente que estava atrás do balcão saiu, nos guiando até a sala que estavam.


Quando chegamos no quarto que era dividido por cercas baixinhas, vimos dois filhotes de Poodle: um da cor branca e outro marrom.


– Então, nós temos dois, a da cor branca é fêmea, já o marrom é macho. – a moça virou-se sorrindo – qual irá escolher?


– Hm… – coloquei a mão no queixo, aquela informação o Tae não havia nos passado.


– Porque você não leva o macho? – Jimin que estava ajoelhado acariciando os bichinhos, sugeriu.


– É uma boa escolha. – respondi – Levaremos o marronzinho e ração.


• •


Com muita insistência, lá estava Hoseok levando o cachorrinho em seus braços e fazendo barulhos estranhos enquanto andávamos na calçada da rua em que moro, era engraçado e vergonhoso vê-lo fazer aquilo.


– Qual vai ser o nome dele? – o Jung perguntou quando paramos no portão que dava acesso ao quintal da minha casa.


– Vou deixar para o Yoongi escolher, afinal, era ele quem queria.


– Verdade. – concordou com um acenar de cabeça voltando a dar atenção ao bichano.


– Vai precisar de ajuda em algo? Tipo, a cuidar do cachorro? – Jimin quem perguntara.


– Jimin, da outra vez que você disse isso, demorou quase duas semanas para vir falar comigo sobre isso, então, não e obrigado.


– Aish, ingrato. – resmungou dando um tapa no meu braço. – Eu já vou indo porque o Tae está me esperando. Tchau.


– Espera Ji, eu vou com você até o ponto de ônibus. – Hoseok disse me entregando o cachorro – Até segunda na escola.


– Até. – respondi acenando com dificuldade por estar com uma sacola enorme de comida e o cachorro em meus braços.


Subi as escadas, por sorte meus pais ainda estava viajando a  trabalho mas, de qualquer jeito eles viria o bichinho, não tinha como esconder, ele fazia necessidades e elas fediam.


O coloquei no chão em seguida sentando na cama, minhas pernas clamavam por esse descanso.


O filhote que havia denominado mentalmente de Min estava parado na minha frente, olhando-me como se eu tivesse a solução para todos os seus pequenos problemas.


– O que eu não faço pela minha preguicinha? Eu só espero que você não me dê trabalho até te entregar pro seu verdadeiro dono. – proferi acariciando seus pêlos, ao passo que o pequenininho desfrutava do carinho.


• •


09 de março.


Acordei e parecia que meu corpo havia sido esmagado por um trator, isso que dava dormir altas horas da madrugada falando com meu gatinho. Para minha e nossa felicidade ele havia aceitado vir para minha casa, eu sabia que ele não tava esquecido que hoje era o aniversário dele, de dois anos de namoro e dois anos e três meses do primeiro encontro. É colegas, aprendi nesses dois anos a jamais esquecer essas datas.


Mesmo com meu corpo dolorido e implorando para que ficasse o dia inteirinho deitado, eu não podia, fazer isso seria um pecado nesse dia. Então levantei com muito relutância e rumei as minhas atividades; não eram muitas, apenas precisaria deixar a casa um brinco e meu quarto mais ainda e dar de comer ao Min – e obviamente deixá-lo trancado no quarto da minha mãe, que só esperava que ele não fizesse nenhuma das suas obras fedidas de arte – fora isto, tudo estaria às mil maravilhas.


• •


Faltava somente trinta minutos para a chegada do meu docinho de leite. A casa estava mais limpa do que quando minha mãe resolve fazer faxina, as pizzas recheadas nos sabores que meu amor gosta e enquanto estivesse no banho, uma das três estariam no forno.


Sai do banheiro e dele saía uma fumaça sinistra, sinal que havia tomado daqueles banhos caprichados e de água morna, aqueles banho pra impressionar mesmo e fazer quem quisesse te cheirar até perder o odor.
Estou tão cheiroso que até o perfume mais caro e maravilhoso, deve estar com inveja de mim.


Escolhi uma bermuda jeans e umas das milhares de blusas brancas que tinha, pronto, estava bonito, arrumado e cheiroso e de quebra, com um presente que meu chuchuzinho rapidinho iria voltar a ser o melzinho que na maioria dos dias é.


Abri a porta do quarto da minha mãe, só para constar que o filhotinho estava ali, o que eu não esperava era ter um brinde, daqueles grandões e fedorentos, aí meu nariz! Ele era pequeno, mas o que saía de dentro de si era enorme.


Com um pregador no nariz para não sentir o fedor que estava aquele local, sacolas nas mãos e água sanitária, fui para guerra que seria tirar aquele tolotão.


Juro juradinho que achei que desmaiaria no quarto por falta de ar, por um milagre não demorou tanto quando achei, mas ao finalizar escutei a campainha tocar, meu pãozinho caramelizado havia chegado.


Desci as escadas num pulo, mas antes de chegar até a porta, joguei no lixo a podridão que havia recolhido minutos atrás.


– Oi meu amor. – foi a primeira coisa que disse ao abrir a porta e me deparar com o homem mais lindo do mundo, aquele que foi esculpido por anjos.


– Oi. – respondeu ficando na ponta dos pés para deixar um beijinho na minha boca.


Jamais que irei me acostumar com um simples encostar como esse, a boquinha tão doce e macia, ah, eu ‘tô morrendo de amores e ainda nem aproveitamos a noite devidamente.


– Hm, a casa está limpa. Por acaso está aprontando Jeon? – aish, ele me conhecia tão bem.


– E-eu? Eu n-ão. – como você se contradiz assim Jeon Jeongguk?


Dei um tapa interno na minha testa e sorri abraçando sua cintura por trás em seguida beijando sua nuca.


– Não parece. – respondeu enlaçando nossas mãos enquanto andávamos em direção a escada.


– É apenas impressão sua. – disse beijando agora seu pescoço.


Quando chegamos no quarto joguei-me na cama, logo pegando o controle para colocar na série que iríamos assistir.
Ainda demoraria um tempo até a pizza ficar pronta, então estava despreocupado.


– Larga esse controle Ggukie. – meu docinho simplesmente sentou no meu colo, tirando o controle da minha mão. Wow! – Eu não quero assistir nada hoje... – disse deixando selares pelo meu pescoço, foi inevitável não suspirar – Quero você. – meu namorado disse sussurrando ao pé do meu ouvido, até me arrepiei.


Yoongi ajeitou-se no meu colo e atacou minha boca, era incrível como ele conseguia transformá-se da água pro vinho, de fofinho para alguém totalmente sexy, alguém impossível de resistir.


O beijo era feroz e necessitado, como se há semanas não havíamos nos beijado, necessitando de sentir cada canto da boca um do outro, e bem, eu não podia negar que amava sentir, que amava cada beijo que trocavamos, sendo eles calmos recheados de carinho ou feroz e sexy como estamos trocando agora, não com menos carinho, muito pelo contrário, acredito que mais ainda, pois mostrava o quanto nós completamos, o quanto apenas ter um ao outro é necessário.


Puxei pela nuca do quase loiro, colando mais ainda nossas bocas – se isto era possível – e com a mão que estava livre coloquei na cintura do mais velho, apertando suavemente sentindo-o suspirar sobre minha boca com o ato. Ele rebolou no meu colo, deixando-ms cada vez mais excitado.
Nossas línguas travavam uma batalha por liderança, na busca em sentir cada vez mais a sensação maravilhosa e inexplicável que era o sabor delas. Nos separamos por busca de ar, no processo deixando uma mordida em seu lábio inferior. Se pudesse, beijaria-o para sempre, apenas para sentir o friozinho no estômago que era ter seus lábios macios e doces encostando no meu, movendo-se em harmonia.


– Jeongguk, para. – Yoonie disse sorrindo enquanto deixava beijos pela sua clavícula e pescoço. Era tão bom sentir seu cheiro, tocar sua pele com minha boca.


Levantei a cabeça para lhe encarar e memorizar cada traço seu, cada linha em seu rosto, cada detalhe que amava.


– Você ouviu isso? – depois de algum tempo nos encarando e trocando selares demorados e cheios de afeto, meu favo de mel pronunciou-se.


– O que? – perguntei, pois realmente não havia escutado nada.


– Um latido. – gelei – Que eu saiba Ggukie, você e nem seus vizinhos não tem cachorro.


– Algum deles deve ter adotado recentemente. – disse tentando não soar nervoso.


– Não, eu ouvi dali. – ele apontou para a parede que estava atrás de nós, a que dava para o quarto da minha mãe.


– Deve ser coisa da sua cabeça, amor. – proferi rente a sua bochecha antes de deixar um beijinho.


– Não é!


Então ele levantou-se e saiu do quarto. Aí meu pâncreas, tudo o que eu mais queria era que ele não descobrisse o filhotinho assim.


– AAAAAAAAAAAAAAAAA! – pronto, ou o cachorro matou meu chuchu ou ao contrário.


– O que foi? – cheguei afobado na porta do quarto da minha mãe.


– É tão lindo Jeon. É pra mim? – eu nunca imaginei que veria aquele olhinhos que eu tanto amava brilhando, tanto de felicidade, quanto pelas lágrimas que ameaçavam cair deles.


– É sim. – cocei a nuca.


– Ah! Obrigado, amor. – Yoongi soltou o filhotinho jogando-se no meu colo enlaçando as pernas em minha cintura – Obrigado, obrigado, obrigado. – finalizou selando a minha boca diversas vezes. Era maravilhoso tê-lo assim.


• •


Estávamos deitado em minha cama, com meu pudinzinho deitado sobre meu peito enquanto assistimos aos episódios que havia programado para a noite. O quarto sendo iluminado apenas pelo brilho da televisão. E o filhotinho dormindo em meus pés em cima da cama.


– Como você sabia que eu queria um cachorrinho? – Yoongi perguntou com os olhos vidrados na televisão.


– Ah, eu dei meu jeito.


– Sei.


– Nós ainda não escolhemos o nome dele. – disse após um pequeno espaço de tempo em que o quarto havia entrado em silêncio de nossas falas.


– Eu chamei ele de Min, mas acho muito simples. – olhei para o teto que continha pequenas estrelinhas de néon grudadas nela.


– Que tal: Min Holly? – Yoongi questionou olhando-me agora.


– Acho ótimo. – sorri, selando seus lábios vendo-o sorrir em seguida, ah, eu me derretia todinho com aquele sorriso gengival.


– Obrigado, meu coelhinho. – disse quando nos separamos.


– Pelo o que? – realmente estava confuso sobre aquilo. Eu realmente faria qualquer coisa por ele.


– Pelo Min, por você e por me proporcionar o melhor aniversário de todos. Eu te amo. – aconchegou-se novamente em meu peito.


– Eu também te amo, meu amor.

10 Novembre 2018 20:55 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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À suivre… Nouveau chapitre Tous les lundis.

A propos de l’auteur

Lilian Silva army 22 anos ficwriter spirit e wattpad: @spacjeon

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