Notas do Autor:
Olá, meus amores!
Sejam bem vindos à mais uma nova fic de minha autoria, dessa vez, inspirada na obra de Lee Seon Ui e Seo Gyeong.
Já deixo garantido aqui uma alta dose de suspense e confusão mental ao longo dela. Esse projeto é dedicado especialmente aos amantes do mistério, sci-fi e conspirações.
Espero que gostem!
Deixem aqui seus comentários e apostas quanto a identidade de cada personagem e os mistérios que os aguardam. Nós vemos em breve...
As trevas precediam a dor e a nuvem de tempestade.
A brisa gelada batia violentamente contra meu rosto. O frio era cortante e o silêncio desesperador.
Estou morto.
O pensamento ecoava em minha mente por mais que tentasse ignorá-lo. Sentia minha pele arder de modo febril e a nuca latejar. Forçava-me a abrir os olhos, não sabia onde estava. Pequenos pontos brancos flutuavam diante de meu rosto, ergui a mão com esforço, a fim de tocá-los. Senti a dor percorrer meus ossos acompanhada de uma dormência reconfortante.
A parte precavida de minha mente - acho que a que chamamos de instinto - o viu antes mesmo de saber que o via.
Por quê?
Agora notava que estava encostado contra uma parede coberta de gelo. Meu corpo todo formigava já torpe e o frio tomava meus pulmões de modo desesperador, cada respiração era dolorosa demais, desnecessariamente sufocante. Meus ouvidos captavam um som abafado e agudo, e no meio disso, consegui distinguir som de passos se aproximando.
Por que você fez?
Meus olhos focavam com dificuldade na imagem do homem de pé a minha frente. O olhar daquele homem falava com alguma parte dentro de mim que até então desconhecia. Sentia que o que quer que fosse que me mantinha vivo até agora, gritava desesperadamente para que fugisse dali ou seria o fim.
Novamente meu inconsciente trabalhava no automático e compreendia tudo antes de eu saber o que compreendia.
Como pôde?
Tentava não sucumbir àquele abismo que a pouco escapara. Ele se debruçou sobre meu corpo o fitando em silêncio. Minha boca amargava. O gosto de sangue e bílis me enjoava, meu estomago contorceu-se e fez um som cavo. Uma mão gelada agora tocava meu rosto com delicadeza, afagando cada ferida que encontrava ali. Ainda esperava que ele dissesse algo, apesar de também temer que o fizesse. O aperto em meu rosto se intensificou machucando-o. Minha cabeça havia sido empurrada com violência contra a parede, poucos segundos depois meus olhos se escureceram novamente e compreendi.
O abismo se expandia e me encarava de volta e, naquele momento fui tomado pela certeza de que perdera tudo.
Eu não quero morrer.
Eu não quero morrer.
Eu não quero morrer.
Eu não quero...
Pouco a pouco o pensamento parecia menos urgente e percebi que caía no sono. Tentava lutar contra o peso que mantinha meus olhos fechados e a bruma que enevoava minha mente, mas cedia cada vez mais à nevoa que me envolvia e adentrava novamente o abismo gélido. Ele vencera, desta vez...
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Merci pour la lecture!
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