E
Eva Ave


Uma mulher em transição, uma mulher em busca do que nunca pode viver. O amadurecimento trouxe a leveza de viver novas histórias. As afinidades fecundaram o campo com confiança e segurança. Estou no braços de meu DONO, meu porto seguro, sob suas ordem vou ao infinito.


Érotique Interdit aux moins de 21 ans.

#erotico #hot #obediência #entrega #submissão #dominação #bdsm #amor
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Enquanto lhe esperava, Ela foi ela

Sempre me perguntei por onde essa mulher esteve? Nas minhas reflexões acho que sempre esteve nas relações frustradas, na falta de entrega, falta de intensidade, falta de pertencimento. Mas por outro lado ela se reconhecia nas mulheres que se entregavam à nova descoberta do prazer e desejos intensos, na servidão e satisfação do seu Senhor. Inquieta, ela tem uma ansiedade por algo arrebatador que nunca sentiu, uma inquietação que esse intenso só acontecesse na ficção, nas fantasias das redes sociais e nas salas de cinemas com muita pipoca e coca cola. Dizem que, existe uma condição humana, que se bem conduzida abrirá comportas para grandes sensações e realizações intensas, para um prazer e felicidades desmedidos, disseram-me que isso é a SUBMISSAO.

Por anos acreditei que submeter, obedecer é castrador, é burrice, é coisa de fraco, de idiota, de mulher ignorante. Por anos, entendi que mulher submissa é magoada, é subjugada. No entanto, li que submeter-se é libertador. Submeter na forma do BDSM. Tudo entregue nas mãos do Dono. Ter direção. Tudo comprometido com o bem estar e intensa satisfação sexual. Uma posse saciada, em crescente descoberta, servindo com amor, entrega. Parece um roteiro de um filme. Talvez uma fantasia. Na verdade, isso é muito real para centenas de mulheres. Dominação e submissão. Um relação aparentemente unilateral, no entanto, muito equilibrada, estabelecida e franca. É uma retroalimentação. Fascinante e aterrorizante.

Dizem que se a submissa que está dentro de você, desabrochar, deve se preparar para o intenso, para a paixão, para ser cuidada como nunca, e mais, para não se pertencer. Isso quer dizer que talvez, apenas talvez, você esteja retornando para a sua essência. Quantas vezes nós desejamos, secretamente, viver uma relação diferente, prazeres diferentes. Uma realidade surreal, se permitir submissa é desnudar-se, é esquecer a sua outra eu. É permitir absoluto controle do outro, é experimentar o prazer de forma que nunca se imaginou viver. A entrega para quem assumiu plenamente sua submissão é o verdadeiro prazer, é a fonte da felicidade. O ato sexual é apenas um complemento.

Muitas vezes ponderei o BDSM como uma brincadeira picante, um jogo sexual, como qualquer fantasia, depois que termina, você levanta, toma banho, veste a roupa e vai embora. É vida que segue. Superficial, imediatista e casual. Não, isso é uma relação baunilha picante, o BDSM tem uma outra vertente. Lida com o todo e não com as partes: se é para sentir que sinta com o corpo inteiro, se é para liberar prazer que faça mais de uma vez e que seja prolongado. Eu, mulher e submissa tenho meu foco apenas nas minhas sensações, não faço força, não finjo, não faço teatro, ele, meu possuidor, inflige em mim a intensidade das emoções, o prazer intenso, depois me acalenta nos braços, eu apenas descanso e relaxo, ciclo que se perpetua até a mais completa exaustão.

Pois bem, meu olhar para esse mundo BDSM começou com a indicação de um livro. Romance apimentado, uma mistura de uma boa pegada, uma certa dominação, gemidos, perversão. Claro, eu e uma legião de mulheres descobrimos esse mundo por meio da ficção. Eu devorei os livros 50 tons, os livros de Sylvia Day e tantos outros. A ficção me fez acreditar que era assim o mundo BDSM, que tudo acontecia. Não é, os livros e telas de cinema dão um olhar romântico a D/s. É preciso se aprofundar na leitura e nos estudos. Este mundo é complexo e desbrava-lo é tão prazeroso como experimentá-lo na pela.

Depois de algum tempo parti para textos e artigos da internet. O objetivo era, assim com nas relações baunilhas, encontrar um parceiro, no caso um Dominador. A busca de conhecimento é solitária. Não existia, até então, uma amiga ou amigo que eu pudesse trocar ideias e tirar dúvidas. Não havia certeza se o que lia era fake ou informações reais. A sensação que se tem é que você volta a sua adolescência, em busca do primeiro beijo ou primeira transa. A cerca de um ano ou mais, comecei a conversar com pessoas em salas de bate papo e tive minha primeira certeza e frustração. Esse mundo não é um conto de fadas. As pessoas usam da sua completa ignorância para induzi-la ao erro. O mundo é assim, em qualquer parte. Mesmo assim, continuei a desejar um Dominador que me desse tanto prazer e de tantas formas que eu jamais havia se quer ouvido falar.

Depois que você se familiariza com o conteúdo e já domina onde estão as melhores informações, saberá escolher melhor com quem conversar e o que ler. Se por um lado conhecimento trouxe algum discernimento, por outro trouxe a angustia, um desejo forte de viver essas emoções, mas uma dúvida arrebatadora se seria corajosa para me entregar a essa experiência. Sentia vergonha de conversar, sentia constrangimento nas imagens que via nas salas, mas nada disso diminuía minha excitação. Aos poucos comecei a me colocar no lugar daquelas mulheres nas imagens. Comecei a desejar viver várias cenas daquelas. Secretamente, desejei cada vez mais encontrar um Dom que me levasse a viver tudo aquilo.

Tecnicamente eu não me via uma submissa ou dominadora, eu achava que, apenas, apreciava uma forma de prazer que considerava totalmente impossível viver realmente. A verdade é que eu desejava, intimamente, ser uma submissa, sem, no entanto, admitir que essa condição era compatível com minha essência, uma personalidade independente, altiva e mandona. A Clara conhecida de todos dá colo, a bronca e situa. Essa mulher é cabeça aberta, livre e não aceita controles e amarras. Uma personalidade forte, crítica e rebelde. Mas, desejosa para ser acalentada, levada ao limite, aquietada, submetida a regras e controles, ser descoberta e ser domada.

Caminhando na paralela das minhas relações Baunilhas sempre estava o BDSM, na teoria, é claro. Não tinha noção do tamanho, da complexidade, das variações, das possibilidades e mais incrível, da seriedade que é o BDSM. Imaginava tudo isso como uma grande perversão, como o perdão da má palavra. Pensava sempre em homens e mulheres viciados, desequilibrados, loucos e tarados querendo sexo como se o mundo fosse acabar. Por causa dessa visão mantinha minha curiosidade e leituras escondidas, secretas e vez ou outra, numa rodinha de meninas, com uns vinhos na cabeça, manifestava uma discreta opinião. É ai que você descobre que tem mais mulheres desejando essa condição que imagina.

Sexualmente falando, com meus parceiros Baunilhas, eu nunca contei sobre minhas necessidades, tão pouco lembro-me de algum esforço deles para descobri-las e/ou estimular a supri-las. Estava nas mãos deles a condução e o sucesso da transa. Infelizmente, maioria das vezes frustrada. Atire a primeira pedra a mulher que nunca fingiu para acabar logo com aquilo e sair de cima. Não me recordo de ter tido uma relação Baunilha em que não houvesse um preocupação com o estético, o superficial e o perfeito. No BDSM você só tem que ser você e se permitir!

A grande diferença entre BDSM e Baunilha está no olhar: o modo como os parceiros se enxergam. Olho no olho, murmúrios e gemidos, palavras e ordens. De cada lado uma intensidade e verdade diferentes. O que poderiam simples palavras viram explosões de orgasmos. Outro ponto interessante é conhecimento do outro, todos os atalhos e os caminhos ao prazer real e intenso. Não existirá relação BDSM se não houver um profundo conhecimento do parceiro (posse/Possuidor). Estou falando de horas conversando, desvendando, mapeando. Estou falando de processo contínuo de dedicação e descobertas.

Encontrar um parceiro nessa jornada não é fácil. Como disse minha opção foram as salas de bate papo. Conversei com muita gente por ali, a lista é enorme, todos se diziam Dominadores. Muitos eram de mentira. Muitos autênticos Dominadores, de várias idades e personalidades. Sou grata por cada um que se dispôs a me dar atenção. Através deles fui me vendo nesse mundo, fui aumentando meu temor por esse mundo e aumentando minha vontade de encontrar alguém com afinidade, disponibilidade e generosidade para me conduzir e lapidar. Tive dois Dominadores virtuais. Foram maravilhosos. Existe muita discriminação sobre o D/s Virtual. Lamento, comigo foi tudo muito bom, sou muito grata aos meus Senhores virtuais, foram fundamentais para meu aprendizado até aqui. Eles me prepararam para viver essa história que vou contar.

15 Octobre 2018 17:14 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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