Essa oneshot está participando do desafio #FodaNoJutsuFNS.
Tema: masturbação em momento indevido.
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Oi, Saky. Sabe aquelas transas que são tão inspiradoras que dá vontade de compor músicas, pintar telas e escrever livros? Bom, acho que você deve saber do que estou falando, já que deve ter esse tipo de transa a todo momento para chegar ao ponto de finalmente publicar um livro com uma coletânea de contos/relatos eróticos.
Você me pediu apenas uma breve história, nada muito detalhado se isso fosse me deixar constrangida – realmente precisamos voltar a nos falar, você nem parece me conhecer mais. Enfim, hoje aconteceu uma coisa muito interessante e, após uma transa bem louca regada a bebida, acabei ficando inspirada e escrevi tudo o que aconteceu em detalhes. Um pequeno spoiler: aconteceu dentro de um carro em movimento com os familiares dele presentes.
Ps: se for publicar esse relato, não esqueça de modificar os nomes.
Beijos, Tenten.
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Neji e eu éramos de escolas diferentes, mas da mesma cidade e com amigos em comum. Quando eu digo que ele era amigo do amigo da minha amiga, as pessoas arqueiam as sobrancelhas como se tivessem ouvido que ele é "primo do primo do meu primo". Isto é, uma pessoa tão distante que sequer estava na órbita do meu mundinho - sem contar que a probabilidade de conhecer alguém assim talvez seja semelhante a de um raio cair na cabeça de algum infeliz que usa árvores como guarda-chuva.
Sakura, que é a "amiga" da frase "amigo do amigo da minha amiga", me apresentou Rock Lee, que me apresentou a Neji Hyuga. Lee e eu tivemos um lance que durou poucos meses, pois ele estava a fim de se envolver com uma garota que estivesse disposta chupar aquele pinto murcho dele – o que na época era impensável para mim, já que nem sequer tinha quatorze anos. Depois de alguns dias chorando devido ao chute na bunda, decidi bater a poeira e partir para outra. E foi assim que Neji e eu nos envolvemos.
Seria lindo dizer que nós nos apaixonamos e ficamos juntos desde essa época até o dia em que ele enfiou a mão dentro dos meus shorts na presença dos familiares. Infelizmente, no ano em que Lee me deu um fora, Neji e eu acabamos percebendo uma química entre nós que ia além de beijos e amassos. Firmamos um namoro que não funcionava e acabamos rompendo alguns meses depois.
Foi o pior término da minha vida.
Oito meses se passaram, quatro deles eu chorava todo dia, e, por carência, acabei namorando Kiba Inuzuka. Traí ele com Shino Aburame, que me traiu com Kiba Inuzuka – se não me engano, eles estão juntos até hoje e ambos sabem que eu sou uma cachorra tarada que traiu porque Kiba não sabia beijar e nem passava a mão na minha bunda. E fiquei com Karin Uzumaki quando ela ainda estava se descobrindo. Apesar dos meus rolos e mais rolos, Neji também teve os dele. Para ser mais precisa, quatro garotas as quais ele jurou, com os pés juntos, que nem se comparavam a mim.
Um ano e meio depois do término, acabamos voltando. E essa história toda é pra te deixar ciente de que o "amigo do amigo da minha amiga" não é um cara que eu conheci num beco fedendo a urina. Se você gosta de amor e putaria, deve estar curtindo a história. Por outro lado, se você só veio ler este relato pela putaria, deve estar querendo dar um tiro na minha cara. Mas calma, miga, eu já estou chegando lá.
O "Dia D" aconteceu num passeio. Neji veio me buscar com a prima e o tio umas cinco horas da manhã e partimos para outra cidade, onde se situava o único parque aquático da região. Quem me via dormindo e babando no ombro de Neji nem imaginava o quão empolgava estava para entrar na piscina com o meu todo poderoso namorado e roçar a bunda no pau dele.
Esse é outro ponto que também merece ser detalhado.
Neji e o restante dos Hyugas moravam em propriedades fora da cidade, classificadas pela maioria como zona rural. Nas redondezas se localizava a maioria das chácaras que os cidadãos de Konoha frequentavam, e sempre que algum familiar de Neji fazia uma festinha ou um churrasco, era para uma delas que nós íamos.
O dia em que iniciei a inadequada prática de deixar duro o pau do meu namorado em público foi a primeira vez que fomos a um desses eventos organizados pela família dele. Nós nos beijamos dentro da piscina, ele olhou para os meus peitos dentro do biquíni apertado e eu esfreguei o joelho na sunga dele. Minutos depois, Hinata, prima do Neji, nos chamou para comer a carne que acabava de ser assada.
— A gente já vai, Hina. – eu pisquei para ela e logo me voltei para Neji.
— Não dá. – foram as únicas palavras que ele conseguiu sussurrar naquele momento.
— Por quê? – quis saber.
Com o rosto vermelho de vergonha e os dentes batendo de frio, Neji pegou minha mão e levou até o motivo. Tive que usar a mão livre para conter o grito de espanto, porque eu, doce menina inexperiente, achava que era impossível um pênis ficar duro em água gelada – porque é o que transparecem os garotos virgens de novelas e filmes que têm ereções à toa: eles dizem que vão tomar um banho gelado para "resolver" a situação.
Dez minutos depois o Hyuga saiu da piscina catando uma toalha na bolsa e a dignidade no chão. Ele tremia tanto que dava dó. Me ofereci para fornecer calor humano, mas ele recusou e disse que não queria arriscar ter outra ereção em público. Nesse dia eu passei a me achar tão gostosa que parei de usar biquínis apertados com a finalidade de fazer os peitos parecerem maiores.
Mas ele não deixou para lá. Depois do churrasco, Neji foi me deixar em casa e disse, num sorriso meio pervertido, meio severo:
— Isso vai ter troco.
E por isso continuei a me roçar no pau dele todas as vezes em que entrávamos numa piscina. Eu queria provocá-lo o suficiente para que ele perdesse a cabeça e me desse o tal troco da forma mais safada possível. Porém, anos correram e nem uma retaliação. Quando fomos ao parque aquático no "Dia D" aquela prática, pelo menos para mim, se tornara mais uma piada interna do que qualquer outra coisa que me motivava no passado, mas achei que ele pensasse o mesmo.
Achei errado.
Na longa volta para casa, Neji e eu nos cobrimos com o mesmo lençol usado na ida para o parque aquático a fim de contornar o geladíssimo ar-condicionado do carro do tio dele. Encostei a cabeça no estofado macio, sonolenta, com a pele toda vermelha e os olhos que ainda ardiam devido ao cloro da piscina. Aliás, todo o carro fedia a cloro, mesmo que tivéssemos tentado remover parte dele com um breve e rústico banho em um dos chuveiros próximos às piscina.
— Princesa? – ele chamou manhoso, no pé do meu ouvido, respondi um "hum?" sem abrir os olhos. – Você gostou do passeio?
— Sim.
— Tenten? – ele disse ainda mais baixo, mas não tão manhoso assim. A mão quentinha subia pela extensão da minha coxa.
— Hum?
Foi nesse exato minuto que, além da respiração pesada de Neji, senti o calor úmido da língua deslizar pelo lóbulo da orelha, seguida da frase que se arrastou num sussurro:
— Eu disse que ia ter troco, não disse?
Todo o meu interior tremeu, como se a locomotiva do Elemento Surpresa tivesse batido de frente com a locomotiva da Libido e um caminhão cheio de fogos de artifício chinês. Abri os olhos bruscamente, deixando o queixo cair por conseguinte: Neji estava rindo. Mas não era uma risada que se dá quando se conta uma mentira e a reação da pessoa enganada é pavorosa, e sim o risinho característico de quando ele tem a total certeza que me tem na palma da mão.
Assim que os dedos deslizaram para dentro dos meus shorts, olhei para os bancos da frente. Hinata já estava no quinto sono, dando leves ronquinhos. O tio de Neji, desde que saímos do parque, mantinha uma carranca de concentração na estrada. O carro estava passando pelo meio no nada, sem postes e sem qualquer outra iluminação que não fosse a dos faróis do veículo. Tudo estaria nos conformes, se não fosse um "mísero" detalhe.
— Eu não sei se consigo ficar em silêncio. – sussurrei.
Neji balançou a cabeça de um lado para o outro.
— Ou você consegue, ou chama a atenção da "plateia".
O dedo médio acariciou os grandes lábios e escorregou mais ao fundo. Tomei ar, o mais silenciosa que conseguia ser. Neji passou o braço livre por trás das minhas costas, agarrou minha cintura e me puxou. Beijei-o sem nem pensar duas vezes, e só o larguei para conter um suspiro.
— Achei? – Neji se referia ao clitóris.
Assenti com a cabeça, voltando a unir nossos lábios. Sedentas, as bocas capturavam o máximo da essência uma da outra, apesar de também procuravam o silêncio absoluto. Ele movia a ponta do dedo, calmo. E quando resolvi abrir um dos olhos para espiá-lo, Neji já estava com os dele entreabertos, registrando qualquer espasmo em minha face. Senti o rosto esquentar, assim como o peito que vibrava; o coração a mil por hora.
O que logo em seguida me veio a mente foi a imagem de Neji com aqueles mesmos olhos entreabertos, brilhando de excitação enquanto tocava a si mesmo no banheiro ao lembrar daquela nossa pequena brincadeira no carro. As gotas de água viajando sobre a pele, o cabelo molhado grudando nas costas e o êxtase estampado no rosto. Movi as coxas em direções opostas; uma encontrou apenas o espaço vazio do banco, a outra repousou em cima da perna de Neji, que acelerou o movimento devido a presença da umidade gerada a partir dos toques quentes e fantasias sujas.
Subindo pelas costas, vieram as unhas, causando-me arrepios. Meu namorado achava gratificante o modo como eu me contorcia, tanto que notei um leve sorriso enquanto ainda nos beijávamos. Prendi o lábio inferior entre os dentes, mordendo de leve, como se o estivesse censurando. O sorriso dele aumentou ainda mais, mas a língua macia veio para me voltar à posição de agraciada.
Os dedos da mão livre foram até o fecho do sutiã. Neji tem um ótimo truque na manga, que é o de abrir sutiãs usando o polegar e o dedo médio. Tão fácil e rápido como um mero estalar de dedos. Se os amigos retardados dele soubessem metade das coisas que eu sei, mudariam os motivos pelos quais o chamam de "gênio".
"Porra" me privei de dizer no segundo em que tive os lábios largados e o pescoço atacado. O sutiã, há pouco aberto, se afastara bastante da pele dos seios, visto que a mão de Neji ocupava o espaço. A delicadeza da carícia aliada de uma série de mordidas no pescoço, o ritmo da masturbação que só aumentava fez os dedos dos meus pés se retraírem. Sufoquei um grito ainda na garganta, apesar de ainda estar com a boca aberta. Mordi o lábio. Senti como se flutuasse tendo uma bigorna amarrada ao peito. É paradoxal, eu sei. Mas quem não perde a razão quando está em êxtase?
— Tá fazendo careta. – Neji advertiu.
Por um minuto eu sorri – o tom que Neji usava fazia qualquer coisa soar interessante e sensual – e logo entendi o porquê do comentário. Mais a frente estava o espelho retrovisor, ao lado do tio de Neji. Sob a penumbra, parecia que Neji me contava algum segredo, mas essa impressão não se manteria se meu rosto se contorcesse a cada toque recebido. Apertei os dentes, os músculos do maxilar ficaram tensos.
— Presta atenção. – ele pediu, apesar de não me conceder muita escolha. Neji aumentou o ritmo bruscamente, o que fez todo o meu corpo tremer. Sem calcular as reações, finquei as unhas no ombro coberto pela camiseta. Se ele estivesse de regata, teria marcas visíveis mesmo depois de algumas horas.
— Caralho, Neji. – bronqueei. – Porra.
Por um momento Neji se afastou e da minha garganta quase saiu a ordem para que ele continuasse o que estava fazendo, mas era apenas uma interpretação errada. Fiquei sem entender o motivo pelo qual ele me puxava pela cintura, afinal, já estávamos quase sentados um em cima do outro. Porém, quando voltei o meu olhar ao espelho, entendi o que ele estava tentando fazer. Neji tentava nos tirar ao máximo do campo de visão do espelho. É claro que, se o tio dele quisesse, podia nos enxergar mesmo se estivéssemos com as caras achatadas contra a janela, mas isso exigiria mais atenção do que ele pretendia dar, visto que não tirava os olhos da estrada nem por um segundo.
Entretanto, no ar a questão ainda pairava: para quê nos achatarmos ainda mais? Assim que minha blusa foi levantada e vi Neji enfiar a cabeça embaixo do lençol, a dúvida foi sanada. Principalmente depois que senti sua boca quente sugar um dos bicos dos meus seios. Crispei os lábios, olhando para a janela e tentando fazer cara de paisagem. Estava cada vez mais difícil tentar conter minha voz engasgada - talvez esse fosse o motivo pelo qual ele considerava aquilo um "troco" por todas as ereções em público que o fiz ter. Senti raiva e vontade de batê-lo, mas esse sentimento não era predominante se comparado a vontade que tinha de lhe baixar as calças e sentar ali mesmo.
Então imaginei como seria perfeito se Neji e eu não tivéssemos bom senso. Ele estaria dentro de mim e eu subiria, desceria e capturaria a nebulosidade nos olhos dele, típica de quando recebe um boquete ou de quando fico por cima das transas. Nós não conteríamos os gemidos – eu gritaria como louca – e talvez os outros dois passageiros ficassem tão constrangidos que sequer se atreveriam a olhar para trás, embora tivessem uma vaga ideia do que estaria acontecendo.
Cerrei os punhos, as unhas fincaram nas palmas. Os gemidos de Neji eram aveludados, suaves e pareciam ter o efeito de catalisar meus orgasmos. Por mais que sua boca estivesse distante e ocupada demais para conseguir emitir qualquer som semelhante a algo erótico, eles ecoavam no fundo do meu cérebro. Cada segundo que passava, o volume aumentava. Fechei os olhos e por segundos pude jurar que estávamos transando no sofá da sala, ele com o rosto encaixado em meu pescoço e gemendo tão manhoso ao ponto de fazer meus olhos revirarem.
Fitei o teto do carro. Eu não podia fazer barulho, nem fazer movimentos bruscos, nem caretas ou qualquer coisa que era comum durante as fodas. Em compensação, a situação a qual estava submetida me excitava tanto que, provavelmente, sairia do carro sentindo como se estivesse usando um biquíni molhado.
Entrelacei os dedos nos cabelos de Neji. O lábio tremendo por todos os sons privados até então. A mente, antes embaralhada, tinha um único pensamento: estava acontecendo. O dedo mantinha o movimento constante, toda a minha intimidade fervia. Movi a cabeça para um lado, depois para o outro. A inquietude tomava conta de mim, assim como os lábios de Neji, que cobriam o outro seio imaculado.
De baixo do lençol a mão de Neji surgiu para tapar minha boca. Por garantia, reforcei com a minha. O orgasmo estava tão perto que eu já tinha a certeza que seria um dos fortes. E chegou: como um raio atingindo uma árvore, como um soco no estômago, como um amor a primeira vista. Impactante. Revirei os olhos enquanto segurava Neji pelos ombros a fim de não cruzar a linha tênue entre o silêncio e a ruidosidade.
Arqueei as costas, a sensação inebriante me invadiu, todos os músculos contraindo com violência. Prendi o fôlego e o grito. A sensação de flutuar com uma bigorna no peito voltou a me atingir. Mesmo grogue de prazer, notei o brilho malicioso nos olhos de Neji quando este revelou o rosto ao sair de baixo do lençol, enigmático como um mágico que acabara de realizar um número com sucesso. Devagar, retirou a mão de dentro da calcinha e levou o dedo úmido a boca, onde o chupou deliciado ao passo que seus olhos muito, muito brilhantes me encaravam.
A calmaria hipnótica causada pelo orgasmo se dissipou no mesmo instante. Empurrei para longe a mão que tapava minha boca e o beijei com vontade. Inspirei fundo, inflando o peito; a primeira reação de Neji foi enfiar a mão embaixo da minha blusa mais uma vez. Ele sabia o que eu pretendia e provavelmente estava ansioso para que fosse executado. Nossas línguas se enroscaram, minha mão foi direto ao ponto, Neji deixou escapar uma pequena lufada de ar.
Separei nossos lábios por uma ínfima distância, pus o indicador entre nossas bocas e fiz "psiu". Ele não conseguiu conter o sorriso, também não contive o meu; o volume dentro daquela cueca me animava bastante. Num segundo já pudia imaginar o gosto da glande em minha língua, noutro, antes mesmo que eu pudesse tocar diretamente o membro duro, Neji parou minha mão com cara de pânico. Apertei os dentes, voltando a visão para os passageiros da frente. Não havia nada de errado com eles, mas logo a frente grandes postes iluminavam a rodovia. Encarei Neji, fazendo beicinho e cara de pidona. Ele, por outro lado, enrijeceu o rosto e negou de leve com a cabeça, como se eu fosse uma doida varrida.
Um ronco perturbado seguido de um movimento no banco da frente indicou que Hinata havia despertado. Ela perguntou ao pai se já estávamos chegando a Konoha. O velho Hiashi respondeu, rígido:
— Não fala comigo, menina! Quer que eu bata o carro de novo?
— Ai, desculpa... – a morena resmungou, logo virou a cabeça em nossa direção. – E aí, gente, vocês dormiram muito?
Numa atitude teatral, Neji fingiu um bocejo e forjou uma voz embargada.
— Dormimos.
Umedeci os lábios, quase rindo da atuação do meu namorado. Que coisa mais ridícula! Rude, movi a perna de volta ao estofado do bando. Cruzei os braços, tomando distância dele com a vista focada na janela. Neji apertou minha coxa, tentando me manter perto. Lutei para continuar me afastando, mas voltei a ser puxada pela cintura. Eu não estava vendo-o, mas tinha certeza que havia um sorriso naquele rosto que ria do meu ato repentino de rebelião.
— Tá brava?
Virei o rosto para encará-lo. Ele estava brincando?
— Esse final me brochou, Neji. – confessei. – É isso, tô brochada.
— Jura? – provocou. – Você não é a única, se quer saber. Mas a gente não pode se precipitar, entende?
— Deve tá me zoando, só pode. – resmunguei. – Você acabou de tocar uma pra mim e agora vem falar sobre não nos precipitarmos?
O riso reprimido chegou aos meus ouvidos em forma de chiado. De fato, Neji adorava quando eu perdia a razão por culpa dele; e as situações variavam de ficar zangada por não poder chupá-lo num carro em movimento a ficar amarrada na cabeceira da cama com a bunda empinada enquanto pedia incessantemente por tapas. Enruguei os lábios ainda mais, cerrando o punho bem embaixo do queixo dele.
— Para de rir de mim! – mandei, embora quisesse rir a aquela altura do campeonato. Isso é o que acontece quando se ama alguém: o riso dessa pessoa é contagiante até mesmo nas horas em que mais se está bravo.
— Opa! – ele exclamou ao perceber o caldo entornando. – Vamos agir como pessoas civilizadas e negociar. Que tal?
Parecia bastante atrativo, mas senti a necessidade de uma carga dramática a mais. Quer dizer, eu tinha o direito a isso já que os malditos postes tinham acabado de jogar um balde de água fria nos meus planos de fazer um boquete em Neji.
— Ah, então agora você quer negociar? Tocou uma pra mim na frente de todo mundo e agora quer negociar?
Pensei que ele fosse ceder. Doce engano.
— Do jeito que você fala nem parece a safada do caralho que adorou cada segundo do que fiz.
Tive a certeza de minha boca ter formado uma perfeita letra "O".
— Voltando a negociação. – continuou. – Eu sei que você não gosta se ficar por baixo, então quando chegarmos em casa você pode escolher sozinha.
— Escolher? Escolher o que?
— Como a gente vai trepar pelo resto da noite. – com as palavras arrastadas, vi-o morder o lábio em luxúria. Quando menos notei, já estava fazendo o mesmo. – Combinado?
Sem ao menos pensar duas vezes, respondi:
— Combinado.
Neji estava certo; eu não gosto de ficar por baixo. Ele pensou que se afagasse minha cabeça, talvez apaziguasse minha sede por revanche. Errou, errou feio. Quando chegamos em casa e os familiares acalmaram os nervos em seus respectivos quartos, Neji e eu nos esgueiramos pela cozinha e abrimos uma garrafa de vinho mais velha que nossas idades juntas. Quando já estávamos meio tontinhos, o empurrei sobre a mesa, me pus de joelhos e levei as mãos ao cós da calça.
— O que você tá fazendo? – indagou. Arqueei as sobrancelhas, não restava dúvidas de que ele sabia exatamente o que eu estava prestes a fazer.
— Decidindo – respondi. – te dar o troco.
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Merci pour la lecture!
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