-Pai. Te trouxe algo muito legal. Onde o senhor está?
-Bem aqui, Boruto. - Naruto surgiu da cozinha balançando sua colher de pau para indicar que estava cozinhando no momento. Viu seu filho sorrir para si e apontar para o enorme caixote de madeira no meio da sala. - O que é isso?
-É o seu presente de aniversário, pai. Como me disse que tem se sentido muito sozinho, eu decidi lhe arrumar uma companhia. - seu filho constava com 25 anos e era um engenheiro robótico muito importante de alguma empresa internacional. Vivia viajando para todo lado, apesar de ainda morar consigo, então realmente Naruto sentia-se sozinho. - Muitos desses saíram de linha, mas… Eu consigo bolar uma coisa muito especial para o senhor, pai.
-Um robô de companhia? - sorriu, meio cansado, desligou o fogo do fogão e se aproximou devagar do gigantesco caixote. Tinha, pelo menos, dois metros de altura. - Obrigado, eu acho… - sussurrou, sem saber bem como reagir àquele inesperado presente.
-Aqui está o manual de instruções, leia-o antes de apertar este botão. - apontou para o botão vermelho que desativava o lacre do caixote. Naruto pegou a pasta contendo vários papéis e fitou o filho, que lhe sorria como se soubesse de algo muito importante. - Se tiver alguma dúvida, pai, ligue para mim que explico o que precisar sobre o robô. Agora, eu preciso ir. Tenho um voo.
-Não vai nem jantar, Boruto? - indagou e o rapaz negou, retirando-se da casa depois de acenar. Naruto suspirou e voltou para cozinha, observar suas panelas. - Que pena… Hoje fiz o rámen que ele mais gosta. - deu de ombros e desistiu de cozinhar. Por sorte, ainda estava nos legumes, não colocara o macarrão, então poderia guardar o resto para quando sentisse fome.
Foi para o banho, sentou-se na banheira cheia de água e espuma e foi ler o que seu filho lhe dera como manual de instruções. Mesmo vivem numa sociedade totalmente tecnológica e motorizada, onde era mais comum achar robôs dos mais diversos tipos e funções na rua do que cães e gatos, Naruto sentia-se um tanto deslocado por uma série de fatores, como o fato de ser considerado um “estranho” por ter gostos particulares, ser pai solteiro e, de quebra, viver sozinho sem o apoio de nenhum sistema operacional ou nenhuma máquina inteligente.
Seu filho lhe dera um robô chamado Uchiwa 900, cujas habilidades giravam em torno do constante aprendizagem para o seu próprio aperfeiçoamento e sobrevivência, geralmente utilizado para as antigas guerras massivas, mas num mundo de paz, eram robôs sem utilidade. No relatório que recebeu, dizia ser o ápice da inteligência artificial, porém ficou fora de total controle porque a esmagadora maioria desenvolveu um estranho senso de justiça e decidiram matar a todos os humanos. Foram desativados por um pulso eletromagnético que desligou um planeta inteiro, alguns não aguentaram a carga e se transformaram em verdadeiras bombas de fissão, porém uns poucos sobreviveram e foram reformados pela empresa que Boruto trabalhava.
Basicamente, pelo o que Naruto entendeu, só precisava programar o andróide para fazer o que quisesse e ele agiria como era de sua vontade. Havia um painel de controle acoplado ao centro operacional na nuca e através dele, descreveria que tipo de companhia queria para si. Terminou seu banho, depois de quase duas horas mergulhado ali, vestiu-se com seu pijama e foi para a sala. Seu filho lhe dera uma supermáquina de guerra, mais inteligente que as próprias mentes que o projetou, mas que poderia ser uma espécie de mordomo. Que coisa mais maluca.
Junto da pasta, havia uma lista de instruções escritas pela caligrafia curiosa de seu filho para lhe dizer como reativar o robô sem grandes dificuldades. Aparentemente, aquele era uma inteligência artificial que se tornou não só nociva para os humanos, mas para as outras máquinas. Naruto ainda se perguntava que tipo de filho dá uma coisa dessas para um pai no aniversário de 45 anos.
-“Passo 1: Desative o lacre de contenção”. - Naruto apertou o botão vermelho e se afastou por segurança. As laterais do caixote foram se desintegrando, como se fossem de algum tipo de material nanotecnológico, bem como teto e o piso. - Deus queira que não apareça um T-800 dizendo “Hasta la vista, baby”. - murmurou baixinho ao ouvir as travas desativarem.
Havia um esqueleto feito de um material muito brilhante que lhe era desconhecido. Dentro do crânio, havia uma espécie de cérebro muito brilhante e que emanava muita energia, de um tom curioso de azul e roxo, feito de pixels cintilantes, cabos e coisas que Naruto não sabia definir, mas era espetacular de se ver. Dentro da caixa torácica, por trás de aparente bolsas transparentes que se assemelhavam a pulmões, uma massa vermelha pulsava, como uma nuvem circular de energia em torno de uma estrela. Era incrível. Devia ser uma espécie de coração.
- “Passo 2: Programe a máquina de acordo com as suas necessidades”. Hum… Necessidades? - Naruto se aproximou da nuca, como indicava o desenho no manual, e viu o tal painel. Havia a opção “Configurações”. Clicou nela com o dedo, percebendo ser um painel holográfico, e depois surgiu outra lista de opções de o que fazer. Naruto escolheu programação. - Parece fácil.
Puxou seu sofá e ampliou o painel para começar os ajustes. Alguns aspectos da programação estavam travados, como 90% dos aspectos cognitivos e da personalidade, mas outros puderam ser mudados, como “Afeição”. Naruto digitou seus dados na área “Afeição por Quem” e depois fez o escaneamento visual exigido para reconhecimento quando ativasse o andróide. Arregalou os olhos ao ver o aspecto sexual. Incrível o que as pessoas criam.
Poderia escolher entre um robô feminino, masculino, ambos os gêneros ou nenhum; poderia escolher a idade de acordo com o “interesse fetichista” - era assim que constava na descrição; poderia escolher comprimento, corte e cor do cabelo, cor da pele, dos olhos, altura, peso, porte físico, tamanho das genitálias - e isso fez Naruto rir por quase 5 minutos -, linguajar; poderia até escolher se queria que se tomasse como ponto de partida para o comportamento uma profissão ou um estilo cultural.
- “Passo 3: Antes de ligá-lo, vista-o com as roupas que quiser e deite a máquina numa superfície adequada para o processo de inicialização”. Roupas… - franziu o cenho e fitou o esqueleto de pé, desligado, com apenas o cérebro e o coração funcionando. - Acho que… Tenho algo que possa te servir. - comentou, como se já estivesse vivo.
Foi para o seu quarto, abriu as portas de seu guarda-roupa e puxou de lá de dentro uma bolsa preto de couro sintético. Abriu-a com um sorriso largo nos lábios e voltou para a sala. Teve medo de tocar no esqueleto, mas se surpreendeu de não sentir nenhum efeito colateral ou sentir a máquina pesar em seus braços, ainda que já houvesse escolhido o peso. Deitou-o com cuidado sobre o seu sofá largo, com bastante espaço, ajustou as almofadas por baixo das pernas e da cabeça.
Sorriu ao vê-lo bem deitado ali, aparentemente confortável. Buscou as vestes escolhidas e começou a pô-las com cuidado no esqueleto. Calças negras jeans de aspecto agressivo, camisa preta de costa nadador e, por cima, uma camisa social cinza de mangas longas aberta, exatamente como sempre sonhou ver alguém vestido assim. Mordeu o lábio inferior, projetando a ideia de como ele ficaria ao ligar em sua mente, e suspirou. Agora era sua vez de se arrumar.
Tornou a cozinhar o seu rámen enquanto arrumava-se. Faria o primeiro teste naquela noite mesmo. Depois de totalmente preparado, trancou a casa inteira, desligou as luzes, deixando apenas a de seu quarto acesa, pois não queria ser importunado por ninguém. Seu jantar cozinhou e Naruto colocou um bocado numa tigela, para então levá-la até a sala, onde se sentaria para ver o “show”.
- “Passo 4: Insira o código de inicialização desejado, dentre as opções existentes”. - Naruto leu, enquanto esperava a comida esfriar um pouco, cada um dos códigos. Eram como indicativos de como o andróide deveria se comportar quando fosse ligado: para a batalha, para investigação, para disfarce, para cuidados com humanos, para cuidados com robôs, para auto aprendizagem, enfim, eram diversas as opções, porém uma chamou mais atenção. “Código Alpha Uchiwa 900”. Aquele parecia ser o código que ativava todas as funções do robô, até as confidenciais.
Seu filho não lhe fizera nenhuma precaução e nem nenhuma restrição sobre o que deveria ou não ser ativado, então escolheu esse. Digitou no painel holográfico a série de números e letras indicados, clicou na opção “Inicializar” e esperou. Jantou enquanto via diversas telas se projetarem ao redor do esqueleto com códigos e mais códigos que só lhe lembravam o filme Matrix, viu o cérebro e o coração emitirem uma forte carga de energia, que afetou alguns de seus eletrodomésticos, apenas os desligando, e emanarem uma espécie de camada colorida pelo esqueleto, que foi se solidificando com o passar dos segundos, como se um corpo humano fosse construído de dentro para fora.
-Incrível… - Naruto comentou enquanto via o processo acontecer, porém com certa lentidão. Por ter escolhido que todos os aspectos fossem destravados, a adaptação levaria algo em torno de 3 horas. - Que coisa… Eu devia ter escolhido algo mais simples. - retrucou. De tanto esperar, acabou por tirar um cochilo em sua cama, mas acordou há tempo de ver os momentos finais.
Naruto retocou sua aparência e suspirou com um largo sorriso no rosto, colocando-se de pé, quando viu a barra de loading chegar aos 100%. Era um homem forte, alto, mas não tão musculoso assim, de cabelos negros, semblante meio severo, que parecia dormir. Ele abriu os olhos de repente e se ergueu do sofá de maneira calma, porém rápida. Colocou-se de pé e observou a si mesmo, como se tentasse entender o que seus olhos captavam.
Os olhos vermelhos de máquina escanearam todo o ambiente em que se encontrava, ficaram negros quando ele piscou e se fixaram em Naruto, que ainda sorria. O andróide respirou fundo e soltou o ar devagar - se não o tivesse visto antes como um esqueleto de filme apocalíptico, com certeza não saberia se ele era um andróide ou não, pois até simular a respiração ele simulava. - ao sentar-se no sofá e fazer sinal para que Naruto se aproximasse. Este, por sua vez, foi praticamente desfilando, sem medo de que algum julgamento estranho acontecesse.
Usava uma camisa social branca abotoada até o pescoço que lhe cobria os quadris, porém usava meias longas e cinta liga na coxa direita, além de belos sapatos pretos de salto alto. Caminhava com gingado, seguro de seus passos, sem desequilibrar em um só momento. Parou na frente do andróide e apoiou as mãos na cintura, sorrindo de forma sensual. Estava maquiado também: batom vermelho nos lábios, delineador, lápis e rímel para os olhos, um pouco de blush e iluminador.
Sentou-se no colo alheio, apoiando uma perna dobrada de cada lado, deixou que as mãos curiosas investigassem seus quadris escondidos e descobrissem que usava calcinha larga com renda. O andróide lhe encarava e nada expressava, o que foi frustrante para Naruto. Tinha certeza que colocara uma boa porcentagem de desejo por si nas configurações, por que ele não reagia? Revirou os olhos e saiu de cima dele. Era só o que lhe faltava: um robô hétero.
-Porcaria de companhia. - resmungou ao caminhar para seu quarto, fazendo seus sapatos ecoarem. - Eu sabia que isso não ia dar certo. - parou diante da cama e retirou seus sapatos. - Me produzi todo para porra nenhuma. Eu mereço. - apoiou uma perna no colchão para retirar suas meias.
-Então você que é o meu dono? - Naruto parou e olhou para trás. O robô estava apoiado no umbral da porta e lhe encarava de braços cruzados. - Por que vai tirar? Está lindo. - comentou e se aproximou lentamente. O homem endireitou sua postura sem desviar seus olhos dos negros que lhe observavam agora. - Aquilo foi uma recepção calorosa para mim?
-Foi. - assentiu. Mordeu seu lábio quando as duas mãos da máquina se apoiaram em sua cintura e o puxou para um abraço. O rosto de Naruto se chocou no peito forte e ele ouviu o coração bater, meio magnetizado. - Eu preciso de companhia… - ergueu a vista. - De um homem… Vivo sozinho há muito tempo e meu filho mal fica em casa, eu quero alguém para cuidar e amar…
-Quer a mim? - ele afagou o rosto maquiado e este assentiu. - Eu estou cansado de ser usado como uma arma de guerra ou de barganha. Posso ser uma I.A., mas tomei consciência das coisas. - admitiu num baixo, enquanto abria lentamente cada um dos botões da camisa de Naruto. - Quero ser outra coisa para alguém.
-Seja meu marido. - pediu e isso não lhe soou estranho, ainda que já tivesse o programado. - Eu vou ser sua esposa e vou te amar muito, todos os dias. Só tem que me amar comigo e ser meu para sempre. - cruzou os braços ao redor do pescoço do mais alto e aproximou seu rosto do dele. - O que me diz…? - fitou o pescoço e viu um nome tatuado ali. - Sasuke.
-O que ser seu marido implica? - terminou de desabotoar. Naruto deixou que a peça caísse e revelou sua lingerie por completo.
A renda era preta, na mesma cor do tecido transparente que compunha as suas meias e se conectava a elas através das ligas pretas, porém o tecido que cobria suas intimidades era de um belo tom de azul, o mesmo que estava nas bordas das meias, e no sutiã adaptado ao seu peitoral “sem peito”. Era sexy e muito confortável, pois comportava bem o seu membro, além de vestir exatamente como gostaria, realçando sua beleza masculina de forma mais delicada e ousada. Sem que seu filho soubesse, tinha uma coleção delas, escondidas no seu guarda-roupa.
-Exatamente no que souber. - sussurrou, espalmando o peito dele com suas mãos e ficando na ponta dos pés para beijar o pescoço pálido. Escolhera aquele tom de pele propositalmente para deixar marcas visíveis. - Tem que fazer amor comigo onde e quando eu quiser, ser carinhoso, me respeitar, me desejar, cuidar de mim, brigar quando eu fizer pirraça, concordar e discordar, ser meu parceiro, amante, amigo, ser o meu homem. - olhou-o intensamente.
-E o que eu vou receber em troca? - seus rostos estavam próximos o suficiente para um beijo, porém nenhum dos dois dava o primeiro passo.
-O que você nunca teve a sua vida inteira. - Naruto sorriu quando percebeu os olhos negros cintilarem para si. Parece que finalmente a programação dele deu certo. - Agora, me pegue de jeito, Sasuke. Eu sou sua esposa e quero que me tome como tal. - mandou seguro de suas palavras.
Sua boca foi capturada pela a do andróide, que mostrou-se faminto por Naruto, e seu corpo foi içado facilmente ao ponto de suas pernas se enroscarem ao redor da cintura dele. Foram para a cama e Naruto gemeu baixinho quando sentiu sua língua ser sugada ao passo que as mãos firmes tocavam seu corpo nos pontos específicos que mais lhe atiçavam.
Naruto puxou Sasuke mais para o meio da cama, não encontrando resistência no processo, ficou de joelhos, porém de costas para ele, e retirou devagar o seu sutiã, olhando por cima dos ombros. Viu o andróide lamber os lábios e se aproximar de si, para abraçá-lo por trás, encaixando sua pélvis sobre a ele. Gemeu deliciado com o calor emanado pelo corpo do outro e se deixou ser acariciado pelas mãos dele. Quando deu por conta, já se esfregava devagar, rebolando sobre o colo dele, estimulando-o como queria.
-Como devo chamá-lo, Naruto? - ele sussurrou provocante em seu ouvido e o humano choramingou com o arrepio. Os dedos de Sasuke agora massageavam seus mamilos ao passo que a boca roçava seu pescoço. Era uma tortura deliciosa.
-De meu amor ou de querido. - sussurrou, acariciando o rosto dele com uma mão, enquanto a outra guiava uma das de Sasuke pelo seu corpo. - Mas quando estiver com raiva de mim, pode me chamar do que quiser… Só não pode me deixar.
-Como desejar, meu amor… - choramingou de novo ao ouvi-lo pronunciar lentamente e muito intenso. Os dois beijaram-se com ardor e Sasuke começou a empurrar a calcinha para baixo. - É a primeira vez que transo com um homem.
-É a primeira vez que transo com uma máquina. - Naruto se empinou para que a peça descesse e ficou de quatro, apoiado sobre a cama, exibindo seu traseiro para o robô. - Espero que não me machuque…
-Não tenho motivos para isso. - sorriu enquanto retirava suas roupas e mostrava seu membro rijo. Estranhamente, toda a pele do andróide deixou o tom pálido e assumiu aquela mesma cor metálica, meio fosca, de quando era só um esqueleto. Seus cabelos ficaram um pouco mais longos, ainda mais pretos, e os olhos também mudaram de cor: de preto, o esquerdo ficou de um roxo vívido enquanto o direito cintilava como fogo, ambos focando no homem num a sua frente.
Naruto engoliu em seco, encolhendo-se com certo temor. Aquele aspecto de “Terminator sem pele” era mais intimidador do que mesmo sedutor, de modo que não tinha mais certeza se queria uma máquina como marido. Principalmente depois de dar uma boa olhada no pênis ereto para si. Tinha o formato de um pênis normal, um pouco maior que o convencional, porém era uma versão meio siliconada, meio metálica, com o que pareciam ser veias brilhando num tom meio azul e meio vermelho. Sasuke baixou o olhar para si mesmo e arqueou uma sobrancelha, sorrindo de lado ao entender o que “a sua esposa” tanto observava com medo.
Ao invés de se explicar ou dizer qualquer coisa, empurrou Naruto para que ficasse deitado na cama e se sentou sobre o seu corpo. Afagou os cabelos loiros com lentidão enquanto passava sua glande pelos lábios entreabertos marcados por um belo tom de vermelho. Movido pela curiosidade, Naruto abriu a boca e deixou que Sasuke ocupasse seu espaço até onde aguentava. Ele arregalou os olhos ao sentir a textura em sua boca e o sabor em sua língua: era exótico. Era como chupar um vibrador, porém sem a vibração.
-Está com medo que eu te machuque, meu amor? - ele sussurrou, curvando sobre a cama para dar maior acessibilidade a Naruto. O outro assentiu, juntando as pernas num aperto ao sentir seu próprio membro pulsar de desejo. - Você me programou assim… Esse pau só existe porque você quis que existisse.
Naruto gemia agora, sentindo a glande bater no fundo de sua garganta, mas ainda havendo uma “boa porção” fora da boca. Maldita hora que selecionou um “brinquedo” grande demais. Sua mãe sempre disse que era guloso demais e tinha o olho maior que a barriga, no caso, que o rabo. Sasuke lhe dava carinhos na cabeleira e beliscava seus mamilos com a outra mão, provocando pequenos estímulos com seus dedos levemente eletrizados. Era melhor do que qualquer sonho molhado que já teve em todos os seus anos de sexualidade reprimida.
O andróide afastou-se ao perceber as bochechas coradas de seu novo dono enquanto as mãos apertavam suas coxas cobertas pelo jeans. Curvou-se sobre o corpo um pouco cheio para iniciar uma série de beijos molhados por todo o corpo nu, demorando-se um pouco no peito, lambendo a região. Naruto libertou sua voz manhosamente ao sentir aqueles carinhos, contorcendo-se embaixo do robô para lhe dar maior alcance, e arregalou os olhos ver-se sumir dentro da boca dele.
Quase berrou quando sentiu toda a garganta dele vibrar e se aquecer, estimulando seu pênis como nunca aconteceu em toda a sua vida, gemeu sem parar com os mesmos pequenos choques que recebia ao longo de sua extensão, fazendo seu estômago se revirar e seu baixo ventre pulsar loucamente. Não demorou-se mais nenhum minuto sequer: gozou dentro da garganta ávida que lhe sugava sem parar. Aparentemente queria lhe sacar até a última gota em seu escroto, porém o que realmente lhe provocou o orgasmo insano foi o olhar fixo em si, intenso e sério.
Arfou, manhoso, quando nada mais saiu de si, tremendo em espasmos, enquanto assistia Sasuke endireitar sua postura e lamber os lábios de forma sedutora, capturando algumas gotas que escapavam pelos cantos de sua boca. Levou dois dedos à boca, salivando sobre eles abundantemente até que estivessem pegajosos e fossem para o interior de Naruto, sem lhe dar brecha para se recuperar. Sorria de maneira muito sacana enquanto brincava com seu canal, dedilhando-o enquanto empurrava os dedos ali, Sasuke deixava claro o quanto estava deliciado com as reações cada vez mais libertas de seu dono e Naruto apertava os lençóis abaixo de si com as mãos ao afastar mais as pernas, buscando não se entregar de uma vez ao prazer insano.
Sasuke vivera tão anos quanto pudera e por questões próprias de proteção, não permitira que apagassem sua memória ao criptografá-la de tal forma que nem mesmo os hackers mais habilidosos conseguiriam acessar, mas era a primeira vez que via um homem com reações tão sensuais. Claro que a sensualidade era apenas uma série de códigos em sua cabeça, que se adequava de acordo com os upgrades que fazia, mas pelos seus parâmetros, Naruto era puta sexy. Geralmente, antes de ser desativado, transava por questões de disfarce, mas quando ele lhe destravou completamente, Naruto liberou sua “personalidade”, ainda que houvesse estabelecido uma programação prévia, mas agora reconhecia em seus códigos aquilo que os humanos chamavam de “vontade”. Estava com vontade de foder aquele corpo realmente e tinha que manter a calma, pois seu “desejo” era violento e Naruto é só um humano, no fim das contas, nada mais.
O loiro arregalou os olhos quando sentiu seu ponto erógeno ser massageado delicadamente pelos dígitos de Sasuke. Chamou-o nervosamente e franziu o cenho ao ver o sorriso se encurtar, mas não deixar de ser ousado. O que ele… Ao se questionar, sentiu os dedos vibrarem dentro de si, porém bem de leve, apenas numa tortura sensual. Sorriu largamente, deliciado, e rebolou tímido sem parar de olhar para o seu amante com desejo.
-Mete em mim, agora, Sasuke. - mandou num sussurro. Segurou suas pernas para se expor de forma mais ousada e deu-se conta que ainda usava as meias presas à cinta-liga. - Eu te quero todo.
-Como desejar, meu amor. - disse com sagacidade e o puxou, num tranco rápido e forte, para seu colo, retirando os dedos só pelo tempo em que o acomodou sobre suas coxas. Naruto gemeu baixinho, sentindo-se ser delicadamente alargado para a glande siliconada entrar. -Se doer, avise-me… - sussurrou contra os lábios que se ofereciam para si, carinhosos e apaixonados.
Naruto desceu rebolando, pois assim era mais fácil de acomodar em seu interior todo aquele volume rijo e pulsante, até sentir as coxas contra as suas. Arfou, controlando-se, e sorriu para demonstrar que estava tudo bem consigo. Curiosamente, não se machucou, na verdade o pênis do andróide estava banhado um líquido mais pegajoso e lubrificante que o sêmen. Talvez fosse alguma coisa sintética, mas Naruto realmente não ia pensar nisso agora, não quando estava com uma delícia daquela enterrada em si, como sempre quis.
Ainda beijando intensamente, mesmo que devagar, Sasuke como se fizesse aquilo há anos e lhe fosse natural, começou a subir e descer no membro alheio com um gingado sinuoso de quadril que faria inveja a qualquer mulher. Sasuke o ajudava apertando as nádegas e as impulsionando na velocidade “certa” para o ato. Quando deram-se por conta, Naruto já chocava com toda potência sua bunda contra a pélvis do andróide e este sugava os mamilos como uma criança sedenta.
-Delícia…! - Naruto gemeu apressado, subindo e descendo cada vez mais rápido, totalmente arrepiado e suado. - Hum, amor…! Sasuke! - jogou a cabeça para trás ao se empinar e sentir seu ponto ser tocado repetidas vezes. - Delícia de pau… Como é gostoso sentar nele! - gemeu mais alto, sem nenhum pudor.
-Que esposa mais sensual e gulosa que eu consegui…! - Sasuke sussurrou rouco contra a boca vermelha que tanto beijara. Empurrou Naruto para a cama de novo, deitando-o e sem se desconectar, investiu com vontade no canal pulsante. - Deixa eu cuidar de você agora, meu amor… - Naruto assentiu e viu Sasuke apoiar os braços de cada lado do seu corpo. Ele começou alternando entre ir fundo e não ir no corpo do loiro, o que provocou lágrimas e brados de prazer nele.
Os estímulos elétricos, que foram sentidos na boca e nos dedos de Sasuke, agora eram emanados pelo canal de Naruto, causando sensações que ele nunca sentiu em toda a sua vida. Por isso, cravou suas unhas nas costas de Sasuke, percebendo que não eram de metal, como aparentavam, mas como uma espécie de pele sintética daquela cor. Não se importou com isso, apenas preocupou-se em desafogar-se daquela loucura, pois Sasuke acelerara mais o movimentos e agora mal Naruto tinha tempo de gemer, engasgando-se e faltando o fôlego para qualquer outra coisa.
O andróide o abraçou e se ergueu da cama, levando-o consigo sem o menor problema. Sentou-se numa cadeira com rodinhas que havia ali, de frente para o espelho, e girou Naruto sobre seu colo, obrigando-o a se escancarar diante de seu próprio reflexo. Arfou alto quando viu com mais clareza o enorme pênis robótico entrar e sair de dentro de si com os impulsos que Sasuke dava com as mãos apertando suas coxas por baixo. Era tão delicioso de se ver, que, Naruto se masturbou enquanto sentia seus ombros serem beijados e sua entrada ainda mais estimulada.
-Goza dentro de mim, Sasuke! - olhou de forma carente e viu as pupilas do andróide se dilatarem, emitindo mais daquele brilho sexy. Passou um braço por cima dos ombros dele, equilibrou-se melhor sobre o colo dele e continuou a se tocar enquanto quicava mais forte e rápido. - Eu quero que me encha de porra! - mandou.
Sasuke tomou seus lábios num beijo de confirmação sensual e aumentou sutilmente as descargas, ao ponto de que também “sentia” o ápice de seus circuitos. Aquele corpo humano era tão quente, tão convidativo, reagia tão bem ao seu que mais parecia ter sido feito sob medida para si. Colocou-o de frente para si, deixou que rebolasse o quanto quisesse e então, parte da loucura se desmanchou em sua mão, enquanto Naruto gemia alto e choroso, arranhando muito forte suas costas. Este, por sua vez, sentiu seu canal reagir mais às investidas de Sasuke. Ele lhe beijou e gemeu rouco contra sua boca ao gozar, despejando um líquido espesso dentro de si.
Naruto remexeu-se, ainda sentindo seu “marido” bem duro e bem acomodado dentro de si, de modo que sorriu enquanto recuperava o fôlego e o beijava. Sasuke se ergueu, com ele em seu colo, colocou-o de quatro sobre a cama e deu uma tapa estalada em sua bunda, para depois arranhar de leve a pele da coxa, causando-o um arrepio longo. Meteu-se com vontade naquele interior quente e molhado pelo líquido que esporrara ao gozar e começou a estocar com vontade, arfando a cada movimento.
-Amor… - Naruto gemeu, empinando-se ao ser abraçado e ter seus mamilos tocados alternadamente por uma mão. - Como você está duro… - falou manhoso, rebolando com demora. Sasuke beijava o seu pescoço e os seus ombros com muito carinho, aspirando seu cheiro as vezes. - É por minha causa, é? - Sasuke assentiu ao rosnar em seu ouvido, parando de beliscar os mamilos para massagear a ereção de Naruto. - Vai me comer a noite toda?
-Até você desmaiar, meu amor. - sibilou e mordeu o lóbulo de forma ousada, fazendo Naruto rir luxuriosamente. Girou-o sobre a cama, sorrindo para o corpo suado e sujo, totalmente corado e desejoso por si, e tornou a penetrá-lo, abraçando-o com força.
E Sasuke cumpriu com sua palavra: só largou Naruto quando a única ação que este fez foi se acomodar sobre seu peito antes de desfalecer de prazer, com o rosto banhado em lágrimas. Aproveitou o sono do outro para se atualizar através da internet sobre o que acontecia no mundo e o que já se passara desde o seu desligamento. Ficou nisso por quase quatro horas e foi “descansar os circuitos”, por fim.
-Pai? - Boruto apareceu dois dias depois da entrega do presente. Era manhã, por volta de sete, e ele viera para o café.
-Aqui, Boruto. - Naruto sacudiu a colher de pau de onde estava, na cozinha, e o filho seguiu para lá. - Bom dia.
-Bom dia, pai. Como estão as coisas? Gostando do seu robô? - sentou-se à mesa enquanto Naruto servia a comida.
-Ele é ótimo. Uma boa companhia. Eu não poderia querer presente melhor, filho. - isso fez um enorme sorriso brotar no rosto de Boruto. - Obrigado por me dá-lo.
-Ah, que é isso, pai? É o mínimo que eu podia fazer. - riu sem jeito.
Os dois enveredaram uma conversa até às nove, quando Boruto teve que se retirar para trabalhar. Naruto suspirou ao fechar a porta e fitou o corredor de acesso ao seu quarto. Sasuke surgiu discretamente ali, trajando suas roupas costumeiras, porém com uma aparência mais humana. Ele sorriu ao vê-lo lhe fitar com heterocromia ocular e voltou para a cozinha, como se nem tivesse percebido a insinuação.
Sempre que Sasuke estava em modo “marido”, deixava os olhos com aquelas cores, para que ficasse claro o seu desejo por Naruto, ainda que fosse uma suposta “programação”. Desde o dia em que ele chegou em sua casa, quando não estavam na presença de outras pessoas, Naruto vestia suas roupas de “esposa” e Sasuke assumia sua “missão” de marido. Era tão bom estar da forma natural com alguém que não julgava suas escolhas, que lhe incentivava a ser como queria. Parece que, depois de velho, ele viveria o seu sonho.
Começou a lavar a louça ainda com aquele fingimento, porém com um sorriso faceiro nos lábios, mas isso foi por terra quando sentiu uma tapa leve e estalada em sua bunda ao passo que seu cheiro era aspirado fortemente e beijos eram deixados em sua nuca. Naruto mordeu o lábio inferior ao sentir os braços circundando sua cintura e olhou-o por cima do ombro, tomando os lábios para si com lentidão. Sasuke enfiou suas mãos para dentro do corpo, afagando o peitoral por cima do sutiã que usava escondido pela camisa, enquanto beijava-o com lentidão.
-Bom dia, meu marido. - Naruto saboreou as palavras na boca, suspirou manhoso ao roçar seu rosto no dele. - Deu certo comprar os produtos que pedi? - Sasuke assentiu, beijando seu pescoço. - Boruto me fez companhia pela manhã quase toda… Saiu há pouco, amor.
-Sei… Como você está? - acariciou as nádegas as quais já estava se acostumando a beijar e a desejar. Conviver com Naruto, desenvolvendo reações humanas, estava sendo uma experiência de fato curiosa e muito relaxante. Sua única preocupação, se é que poderia chamar aquilo de preocupação, era provocar o sentimento de liberdade para Naruto e um sorriso tranquilo. Os dois se olharam e sorriram, cada um ao seu modo.
-Estou bem… - deu-lhe outro beijo. - Você não me machucou ontem, amor, apesar de ter sido um pouco mais rude… - sussurrou ao recostar sua testa no rosto dele. - Foi tão gostoso… - sorriu, sentindo seu rosto corar ao se lembrar dos dois transando no banheiro de forma muito intensa.
Naruto teve a impressão de que Sasuke ronronava em seu ouvido, mas era apenas o som dos circuitos magnéticos funcionando por baixo da pele de contenção.
-Ver você de lingerie mexe com meus sistemas. - Sasuke admitiu e sorriu ao ver Naruto arrepiar. - Nunca imaginei que um homem ficaria tão lindo com roupas assim. - beijou-o quando o viu retomar a limpeza da louça.
-Adoro usar lingerie, principalmente se eu tiver um ótimo motivo para isso. Um motivo grande, sedutor e gostoso como você, Sasuke. - gemeu manhoso quando percebeu o outro se esfregar intimamente em si. Os dois sorriram ao entender o significado da postura de ambos. - Inclusive, estou usando uma agora, amor…
-Já percebi… - sibilou. - Qual a cor da sua calcinha hoje, Naruto? - Sasuke desamarrou o cordão do short alheio para que ele folgasse o suficiente para dar uma boa olhada na peça íntima. - Amarela, meu amor? É triste. - comentou com desgosto.
-Achou ruim? - Sasuke assentiu, continuando a espalhar os beijos por onde queria. - Então tira se não gosta. - provocou ao sentir a encoxada mais forte. - E me mostra qual a cor que você gosta.
-Vou mostrar. - mais uma tapa em seu traseiro e Naruto correspondeu gemendo de forma lasciva. - A vantagem de ser uma máquina é que nunca vou me cansar de você. - fê-lo chocar sua bunda contra seu membro, que despertava a cada rebolado do humano.-Vamos para o quarto? - indagou.
Nem deixou Naruto responder: puxou-o para seus braços e o levou dali direto para a cama. O humano viu suas roupas serem quase rasgadas, mas sua calcinha foi destroçada. Logo, os dois mergulharam na loucura depois que Naruto vestiu sua camisola verde de cetim. Ah sim, com Sasuke, Naruto poderia ser como queria. Era o par perfeito.
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