Notas iniciais: Olá!!!
E aqui estamos no dia da postagem!
É sempre um sonho fazer parte de um big bang tddk e agora duas edições seguidas! Tenho muito a agradecer, especialmente Jaymadesmth por me proporcionar essa arte incrível e maravilhosa (https://x.com/jaymadesmth/status/1817704299528441998), visitem as redes sociais e deem muito amor porque é tudo merecido! Esse foi um ano que eu realmente pensei que não conseguiria terminar a tempo porque a vida estava simplesmente louca! Mas, nossa, aqui estamos!
Essa é tecnicamente uma continuação de Lost in Japan, mas todos os eventos acontecem do ponto de vista de Izuku, mas para aqueles que querem ler como uma história separada, sejam bem-vindos e sintam-se à vontade!
A todos os leitores que continuam lendo minhas histórias e a toda a equipe de suporte do Big Bang, gostaria de dizer muito, muito obrigado! Carrego todos vocês no meu coração!
Então é isso, falei demais, mas espero que tenham gostado!
Vocês podem me encontrar no Twitter ou no Tumblr!
Até a próxima ;3
***
amor é quando
aquela pessoa
tem um perfume
de lar
Zack Magiezi
Izuku acordou com o Sol.
Ele se sentia estranho, como uma peça deslocada que finalmente é encaixada em seu devido lugar após tanto tempo de espera. A sensação reverberou dentro de si e o fez piscar para a luz que entrava pela janela entreaberta, sua mente entorpecida pela mudança de fuso horário abrupta. Os primeiros raios de sol brilhavam no horizonte, seu tom dourado e quente atingindo a vista e iluminando uma paisagem que há muito não apreciava. A nostalgia encheu seu peito enquanto seguia o caminho de altos e baixos, observando a luz refletir nas altas estruturas envidraçadas e torres até atingir o ponto exato que a cama deles se encontrava e o calor logo se transformou em peso e saudade. Uma torrente cálida de satisfação amorosa. Um toque de ganância por ser o único digno daquela visão tão espetacular e privada. O arrependimento pela distância. E a mesma emoção surpresa ao constatar que tinha a sorte de estar ali, de ser escolhido, de ser digno de chamar Shouto de seu.
O Sol dedilhou docemente a forma do corpo dele mal coberto pelos lençóis, as pernas entreabertas espalhadas entre as suas, o cume alto do quadril, a curva branca e suave da cintura exposta, o delinear delicado da coluna que suas mãos coçavam por cobrir toda a distância e se perder naqueles vales. Izuku podia sentir reverberar junto ao seu peito o subir e descer dos ombros que indicavam a respiração regular e sentir na pele o toque suave dos cabelos compridos e de cores diferentes que se espalhavam pelo travesseiro. Os cílios tremulavam durante o sono, pequenas sombras lançadas sobre as bochechas afiadas e lábios macios partidos que ele precisava se segurar para não tocar vez e outra e mais outra com os seus apenas para se assegurar de que aquele momento era verdadeiro, real.
Izuku nunca se cansaria de observar Shouto. Nunca se cansaria de constatar o estado de tensão que se esvaia de seus ombros e feições durante o sono, suavizando sua expressão sempre tida como estóica e deixando-o com aquela aparência macia e confortável, à vontade com o próprio corpo, com a própria existência. Ele sempre tinha aquela aparência quando estavam juntos e Midoriya exultava por saber a confiança que Shouto depositava nele para demonstrar uma parte tão íntima de si mesmo com tanta facilidade. Pensar que ele próprio fora responsável por alguns dos pesos adicionados aqueles ombros fazia seu estômago se contorcer e revirar. Magoá-lo era a última coisa em seus desejos, e fora isso que acabara fazendo ao longo daqueles dois anos de sua temporada nos EUA.
Não que ele próprio houvesse sido poupado de qualquer dano.
Ele sentira o tempo. Sentira-o como um martelar constante em sua cabeça e uma sensação de sufocamento em seu peito. A necessidade de partir, de fazer mais, de ser mais, digladiando com a promessa de ficar e estar presente nas horas boas e ruins, de ser a âncora na escuridão que o guiaria em tempestades, a rocha sólida sob a qual edificaram um futuro. Midoriya nunca se sentira tão divido quanto naquela época. E, ainda assim, Shouto o entendeu. Ele o deixara partir, não tão fácil, não tão simples, mas aceitara embarcar naquela jornada porque sabia o que o peso do arrependimento faria com Izuku caso desistisse de tudo. Ele o conhecia, bem e por inteiro, forças e fraquezas, o feio e o belo, e ainda assim permanecera ao seu lado, esperara por ele naqueles dois longos e dolorosos anos. Izuku podia sentir as lágrimas querendo sabotá-lo, derramar-se de seus olhos e expor a confusão e o amor que carregava no peito. As lágrimas tinham sido suas companheiras constantes nas noites solitárias nos últimos meses.
O braço de Shouto de fechou mais ao redor de sua cintura como se ele pressentisse a tempestade que se formava em sua mente, o rosto adormecido e pacífico avançando para encaixar perfeitamente no espaço livre de suas clavículas e o nariz roçou seu pescoço na mais suave das carícias. Calor invadiu o peito de Izuku, uma chama que ardia lenta, mas avassaladora, apoderando-se de todo o seu ser.
Ele tinha escolhido ir, levado para a América por uma experiência única. Muita coisa mudou, Izuku mudou, aprendeu, cresceu. E, em meio disso, ele também perdeu e se encontrou no grande continente que são os USA. Tudo está diferente e, ao mesmo tempo, continua o mesmo.
Enquanto isso, Shouto permaneceu à sua espera, e quando ele retornou, só havia uma coisa em sua mente: aproveitar todo o tempo que tem diante de si.
Só agora ele percebia como era fácil respirar.
Só agora ele percebia como era fácil estar vivo.
Só agora, com Shouto ao seu lado, sentia que estava em casa.
Naquele momento, com o Sol a banhar seus corpos entrelaçados, Izuku se deu conta de que não tinha mais motivos para partir.
Merci pour la lecture!
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