ksutaguo Louise Alves

"Ele queria estar presente, mesmo quando Sarada não quisesse, ele queria ensinar todos os jutsus que conhecia para ela e queria, do fundo do coração e do lugar mais íntimo e escuro da alma, devolver todo esse amor que a filha tão devotamente o entregava, três vezes maior, todos os dias da sua vida. Sarada era a coisa mais preciosa que Sasuke tinha na vida e jamais agradeceria o suficiente a Sakura por isso."


Fanfiction Anime/Manga Tout public.

#naruto #sasusaku #sasuke #sarada #sakura #familia
Histoire courte
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Único - Pergaminho


Sasuke ninava a filha na cadeira de balanço, aspirando o suave cheiro da cabeleira negra idêntica a sua. Sarada dormia tão profundamente que o pai ouvia um ronquinho saindo pela boca idêntica da mãe, aberta e babando sobre a manta vermelha que cobria o tronco forte do ex vingador. O moreno massageava devagar as costas não tão pequenas assim da bebê, que estava tão relaxada com o carinho que causaria inveja em qualquer ser humano. Sasuke amava ninar sua pequena, amava mimar a sua menininha com todo tipo de laços, vestidos, brinquedos, e fazia todo tipo de plano para o futuro da sua garotinha que certamente Sakura ia surtar. A ansiedade que ele desenvolveu desde quando sua esposa anunciou a gravidez o fez comprar um kit de trinta kunais e deixar guardado em cima do armário, Sakura o fez jurar que ele entregaria o kit assim que Sarada se formar da academia — que nem sequer entrou.

Ele queria estar presente, mesmo quando Sarada não quisesse, ele queria ensinar todos os jutsus que conhecia para ela e queria, do fundo do coração e do lugar mais íntimo e escuro da alma, devolver todo esse amor que a filha tão devotamente o entregava, três vezes maior, todos os dias da sua vida. Sarada era a coisa mais preciosa que Sasuke tinha na vida e jamais agradeceria o suficiente a Sakura por isso.

O Uchiha cruzou ambas as pernas naquela cadeira, que acabou tombando mais para trás. Pensar em Sakura doía demais, mas ao mesmo tempo era igualmente amoroso e prazeroso. O vínculo que eles criaram foi algo forjado com delicadeza do sol da Primavera e ao mesmo tempo com a tempestade gélida Invernal.

Sasuke não conseguia vocalizar o turbilhão de sentimentos que arrebatavam-no toda santa vez que a esposa entrava no seu campo de visão ou sequer sentir seu cheiro gostoso sem desejá-la faminto de atenção. A flor de cerejeira era, sem sombras de dúvida sua âncora no mundo que ele aprendeu a gostar. As risadas dela eram a prova que Deus derramou suas bênçãos sobre eles, ao mesmo tempo que todo o corpo dela e seus beijos, dos mais quentes aos mais apressados, eram a prova que o Diabo também salpicou sua glória.

E agora tudo isso seria interrompido, pelo bem de Konoha e, principalmente, pela segurança das suas garotas.

Sarada se remexeu no colo gostoso do pai, procurando uma posição ainda mais confortável, ou simplesmente mais espaço para esticar as perninhas e se jogar em mais um colinho. Ela era folgada como a mãe, sempre querendo mais e mais do papai, e ele amava o jeito dengoso da filha — embora jamais admitiria isso.

O ex vingador admirava a pequena Uchiha quando o amor da sua vida entrou no quarto, admirando a cena com um sorriso intenso.

— Vim chamá-lo para jantar, mas acho que está ocupado — Sakura sussurrou, vendo os bracinhos gordos da filha enlaçando o pescoço forte do pai; Sasuke pouco sorriu e a mulher se aproximou — Ela cresceu tão rápido... Parece que foi ontem que ela nasceu e agora já anda...

— Desengonçada, mas é um começo... Ela é forte... Como nós dois.

Sakura sorriu e afagou a cabeleira negra da sua herdeira, sentindo os olhos do marido em si, cravou suas jades nos ônix dele.

— Eu ainda não sei o que eu fiz para merecer isso...

— Sasuke, você não combina mais com auto piedade. Você mudou, eu mudei, temos uma filha linda e um lar seguro para ela crescer. Está tudo bem...

— Não está.

As mãos de Sakura seguraram delicadamente o maxilar recém barbeado de Sasuke, havia amor em cada toque dela.

— Você e o único que pode concluir essa missão, querido. Eu confio em você. Nós confiamos em você. E estaremos te esperando de braços abertos assim que você voltar para casa. — Ela depositou um beijo na ponta do nariz dele — Venha, deixe-a no berço, ela não vai acordar tão cedo...

— Idêntica à você.

Sakura flagrou um raríssimo sorriso sapeca nos lábios do marido. Ele tinha mudado tanto...

Sasuke depositou a filha com máximo cuidado que seu único braço podia oferecer e Sakura estava certa, Sarada dormia profundamente.

Entretanto o casal decidiu atrasar um pouco mais a janta, aproveitando o sono pesado da filha ali na sala mesmo.

...

Sasuke odiou e ia odiar para sempre aquela manhã infernal. Ele acordou cedo demais. Sakura dormia pesado ao seu lado de modo que quando o marido se virou para fitá-la não resistiu a nostalgia de quando ainda eram genins ela mantinha a mesma pose adormecida e Sasuke velava seu sono em silêncio com sua mente tempestuosa. Sasuke se apaixonou por ela ali dentro daquela barraca.

Ele bem sabia que nem se um terremoto mais potente do mundo atingisse Konoha, Sakura não iria despertar, então levantou-se e vestiu um hobe pesado e seguiu para o quarto da filha.

Sarada dormia exatamente igual à Sakura.

O Uchiha debruçou sobre o berço, passando o polegar pela vasta cabeleira negra idêntica a sua.

— Eu nunca aceitei a história da sua mãe — Ele sussurrou — Que eu tinha direito a recomeçar... — Sasuke não percebeu a maldita lágrima escorrer pelo rinnegan — E ai você veio... Deus, você veio...

Era difícil dizer tudo aquilo. Era mais difícil ainda pronunciar o que ele queria e nunca entendeu exatamente o motivo. Simplesmente não conseguia.

Então lembrou do pergaminho que fez há tempos, quando recebeu a missão das mãos de Naruto de seu nova peregrinação. E dessa vez ele não queria, era o destino pregando peças sádicas com seu coração, mas não tinha escolha.

Tudo que Sasuke queria era mais tempo com sua família, com suas garotas, antes de partir novamente, Naruto o fez. Mas a hora havia chegado.

Então buscou o pergaminho no meio do armário e deixou ao lado de sua filha.

Sasuke trocou de roupa, deu um último beijo nas suas meninas e partiu na calada da noite.

...

Sakura terminou de ler aquele pergaminho entornando tantas lágrimas que Sarada chorava mais pela mãe do que por si. Quando a vista desembaçou e a imagem da bebê atingiu a kunoichi, ela correu abraçar a filha.

— Está tudo bem, Sarada... Papai vai voltar, ele vai...



"Sarada,

Eu queria te ensinar a jogar uma kunai, queria te ensinar a caminhar sobre as águas, correr pelas paredes. Eu queria poder ainda deitar-te no meu colo até que dormisse novamente. Ajudar-te a levantar no seu primeiro tombo. E no segundo. Talvez no terceiro também. Ensinar todos os jutsus que eu sei e aperfeiçoar os que você certamente criará.

Eu adoraria decepar seu primeiro namorado, ou qualquer rapaz que ousasse chegar perto de você com qualquer outra infeção além de sua amizade.

Eu queria vê-la tornar-se uma mulher tão poderosa quanto sua mãe é. E, honestamente, eu quero (e vou) ver você humilhando aquele filho do Naruto.

Mas não posso fazer nada disso. Eu sei que você não vai entender o que estou escrevendo aqui, mas infelizmente não posso voltar para casa. Eu tenho uma missão extremamente importante para cumprir e só eu posso realizá-la. Então te peço:

Não esqueças de mim.

Obrigado por nunca ter desistido de ser a minha flor, Sakura.

Sasuke."

31 Juillet 2018 16:46 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Louise Alves Bióloga de segunda à sexta; Ficwriter, jogadora de videogames e procastinadora profissional aos fins de semana.

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