Abstrato Suivre l’histoire

O infinito deles não durou nem sequer um segundo, porque Jeongguk era abstrato demais para o amor pragmático de Taehyung.

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Para Taehyung, era estranho pensar no quanto as coisas mudaram em apenas um mísero mês.

Se antes ele produzia mais e mais quadros retratando o amor que sentia por Jeongguk, o mais novo e belo pianista da faculdade de Música, agora se sente sem ideias e sufocado por resquícios de sentimentos e sensações. De cores brilhantes, alegres como o sorriso doce que aquele menino sempre carregou consigo, agora tudo que restava eram as telas do pintor em cores neutras.

Em sua cabeça, não havia nada muito além da saudade dos momentos bons que teve ao lado daquele que jurava amá-lo para sempre.

Ao longo do tempo, Taehyung parou de suavizar a linha dos lábios de Jeongguk e contornar os seus olhos com a mesma delicadeza que eles faziam amor até o amanhecer. Não pintava mais com tanto acalento a pele repleta de pintinhas e chupões de Jeon e muito menos sorria ao acabar os seus quadros — chorava, silencioso, quando o ligava e recebia um Taehyung, vai dormir, ‘tá tarde com escarnio.

Em algum momento, a relação deles se perdeu — e, junto a ela, Kim também se arruinou.

E, se antes Taehyung podia tirar milhares de interpretações sobre Jeongguk, agora tudo que sobrou foi uma única e dolorosa imagem sobre quem era de verdade Jeon: um belo colecionador de atuações — e quem dera se a referência fosse sobre os palcos.