Mirai nunca gostou muito de parques. Estar rodeada de crianças que brincavam alegremente com seus pais sempre a fazia se lembrar daquilo que ela nunca poderia ter.
E na maioria dos dias estava tudo bem.
Ela nunca teria um pai que a carregasse em seus ombros e a ensinasse sobre a história de sua família, como havia visto tantos outros pais fazerem com suas crianças. Mas ela ainda tinha sua mãe. A mulher incrível que a criou e lhe deu todo amor que poderia desejar.
Mas mesmo ela sentia falta desse homem que Mirai nunca conheceu.
Quantas não foram as vezes em que a viu chorando de forma silenciosa em frente ao retrato dele? Ela sempre disfarçava quando a via escondida a observando.
Eram em noites assim que lhe via sorrir ao abraçá-la, e ela lhe contaria histórias que quando seu pai era apenas uma criança tal como ela era agora. E diria o quanto eram parecidos.
Então a deixaria dormir outra vez consigo, e Mirai sonharia com o pai a carregando no colo quando ela era um pequeno bebê como nas fotografias que sua mãe guardava com tanto esmero.
Ele brincaria com ela e a carregaria em seus ombros. Ele largaria o cigarro, porque todos sabem que aquilo faz mal para uma criança, e ele sempre iria a querer por perto. Lhe deixaria brincar com suas armas mesmo sabendo que sua mãe brigaria depois, mas então se defenderia dizendo que estava ao lado dela o tempo todo e que Mirai seria uma grande shinobi como a mãe era. Ele a colocaria para dormir e lhe contaria uma história.
E ela acordaria acreditando que os sonhos eram lembranças.
Mas no fim não eram lembranças, eram apenas memórias construídas do desejo de uma criança em ter o pai que não podia.
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