ooi, eu sou a chilead, achei necessário explicar em alguma das histórias o que está acontecendo: então, eu estou migrando do ss(famoso social spirit) para cá, tenho trazido as histórias escritas aos poucos, e até o final do mês pretendo estar com todas as postadas lá, postadas aqui também. OCT, já está postada e agora está, e pra quem não me conhece do outro site, eu vivo me enfiando me projetos e essa história é fruto do projeto ''clube dos flopinhos'' cujo o tema é histórias com couples flops, o tema daquele mês(janeiro se eu não me engano) era viagens à países. foi sorteado a Grécia para mim e eu escolhi sesoo por se tratar de um couple que eu amo de paixão. só isso, boa leitura <3
– Sehun, eu tenho uma vida. Não posso simplesmente ir desbravar o mundo só porquê você quer.
– Mas você é o meu melhor amigo!
– E eu estou começando a repensar isso.
Sehun fez alguns barulhos, que na concepção dele eram fofos, mas que fizeram Kyungsoo revirar os olhos. – Não, eu já disse, não é não. Não vou atrás de um cara louco com você. Na verdade você é louco e eu quero distância de você.
– Por favor, por favor, por favorzinho. – Juntou as mãos perto do rosto, agachando no chão até ficar ajoelhado na frente de Kyungsoo, que nem o olhava, mantendo-se atento a impressora.
– Mas como você é chato, ein? Já até sei porquê o outro lá fugiu...
E o minuto de silêncio trouxe alivio a Kyungsoo, quer dizer, até Sehun começar a chorar de verdade.
– Mas que merda, Sehun... Para de chorar seu imbecil, levanta do chão- Sehun!
– Ele me deixou Kyung, isso é tão triste, tão mal, eu o amo tanto!
– Talvez devesse parar e- solta minha calça! Sehun você já é um homem, consegue lidar com isso, é só um término, milhões de pessoas terminam todos os dias e elas estão vivas, você sobrevive.
– Na verdade, meu primo conhece um cara que tem um primo que tem um amigo que se suicidou depois que a namorada terminou com ele. O cara ficou malzão quando descobriu que a mulher havia fugido com o carteiro e então se jogou do prédio dele. – Jongdae, que estava sentado em sua mesa do outro lado da sala, comentou.
E então o choro de Oh Sehun se intensificou.
– Obrigado por nada, Kim Jongdae. – Kyungsoo bufou.
Sehun passou a semana importunando Kyungsoo, sempre o abordava no horário do café, sempre o prendia no elevador, chorando e dizendo que não aguentava mais aquela vida. Que tudo havia perdido o sentido assim que Yixing partiu – e sem se despedir vale ressaltar.
– A vida não tem mais sentido. O café não tem mais gosto e as cores não são mais coloridas. – O grandão reclamou, sujando a camisa branca de Kyungsoo com café depois de bebericar e cuspir no ar. – Eu estou perdido!
– Seu idiota! – O D.O reclamou, empurrando-o para longe. – A minha camisa é branca e esse café é descafeinado e sem açúcar, seu afetado.
O Oh tornou a chorar, mais forte dessa vez, chegou a bater a cabeça nas paredes metálicas do elevador. Kyungsoo não conseguia levá-lo a sério mais.
– Sehun, você tem um futuro irrefutável, não precisa se preocupar com nada. Mas eu tenho que lutar pelo meu lugar nessa empresa. Dá pra parar de me encher?!
– Vá comigo até a Grécia!
– Você só pode estar brincando... Eu não vou à lugar nenhum com você, seu idiota!
Sehun parou de insistir, assistiu Kyungsoo deixar o elevador e não foi atrás dele, nem um minuto depois daquilo.
Kyungsoo sentiu-se levemente incomodado pela reação do outro, mas achou melhor assim.
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Era sexta-feira, nada poderia impedi-lo de fazer se trabalho mais rápido possível para que pudesse voltar para casa depressa. Quer dizer, era o que estava pensando, até dar duas horas, a hora do café.
Abastecia seu copo no corredor do quinto andar no minuto que alguns funcionários passaram correndo por si, iam todos em direção as escadas de emergência que levavam ao terraço. Kyungsoo ficou curioso, mas resistiu e voltou ao elevador.
– Ele está lá. Disseram que vai se jogar. – Um funcionário comentou no celular, o D.O franziu o cenho, se atentou a perguntar sobre o que ele estava falando, mas o cara saltou do elevador no andar seguinte.
Seguiu sozinho até o terceiro andar, e só ficou mais curioso ainda ao ver todas as mesas vagas. – Mas que merda...
– Kyungsoo! Você está aqui? – Kim Jongdae o gritou, a face totalmente distorcida em horror.
– Dãã – O D.O respondeu, caçoando da pergunta. Negou com a cabeça e deu as costas ao colega de trabalho. Fosse o que fosse aquela comoção toda, não valia seu tempo.
– Não está sabendo?!
– Não. – Respondeu sem interesse.
- É o Sehun. – E de repente se tornou interessado no assunto, virando-se na direção o Kim e o encarando com os olhos semicerrados. – Ele está no terraço, e está ameaçando se jogar de lá.
O copo de café caiu no chão no fim da frase, Kyungsoo se virou com pressa, não havia jeito de chegar rápido até lá em cima pelos elevadores. Deveria ir pelas escadas. – E antes que eu me esqueça. – Virou-se depressa – outra vez -, indo na direção de Jongdae e acertando-lhe um soco no lado direito do rosto. – Não fique dando ideias para Oh Sehun!
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Chegou ofegante ao terraço, tinha Jongdae no seu encalço – o fizera lhe seguir só pelo prazer de vê-lo arroxear na parte acertada e ofegar pela subida – e o mesmo não calava a boca um minuto sequer.
– Você é mau, hyung. Eu não fiz nada.
– Cala a boca ou eu te empurro daqui de cima.
E a ameaça podia se concretizar, Jongdae sabia, por isso calou-se e só voltou a falar no minuto que viram multidão perto da margens do prédio. – Ali!
Kyungsoo correu mais um pouco, mesmo que não sentisse as próprias pernas, maldito Sehun!
– Saiam da frente, saiam da frente seus imprestáveis! Sehun!
O garoto estava em pé na marquise, um dos pés pendia para o lado de fora enquanto o outro estava fincando na parte cimentada.
– Sehun, desça daí agora!
– Hyung eu não posso! – respondeu. – Não tenho mais motivos para viver!
– Não diga besteiras!
– O Xing me largou, ninguém gosta de mim! Eu nunca vou ser amado! – Kyungsoo revirou os olhos, Sehun era tão egoísta de dizer aquelas coisas. – Eu vou me jogar... a menos que...
– O que Sehun? O quê?
– A menos que você vá pra Grécia comigo!
Todos os funcionários olharam Kyungsoo em expectativa, porque subitamente a vida do filho do chefe deles estava em suas mãos. E Kyungsoo não conseguiria dizer não a Sehun agora.
– Desgraçado... – E por um segundo, Kyungsoo viu, ele mesmo, empurrando Oh Sehun dali em direção ao térreo.
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Sete horas em ponto, de uma manhã ensolarada.
Oh Sehun aguardava a chamada do seu voo ansioso. Ao seu lado havia uma figura emanando toda aura negativa possível. Os olhos sempre com aparência surpresa, daquela vez estavam quase fechados, devido o sono e a raiva. Kyungsoo poderia enforcá-lo agora mesmo.
– Kyung, por favor. Você não pode ficar com raiva de mim pra sempre, sabe.
– Ah, você quer apostar?
O Oh fez um bico nos lábios, queria que Kyungsoo o acompanhasse naquilo porque gostava dele, não queria que o amigo ficasse zangado a viagem toda.
– Por favor, por mim. – Falou, como se aquilo fosse tirar a carranca do rosto do outro, e por alguns segundos, pareceu ver um vislumbre de que Kyungsoo sorriria, e estava certo.
– O que eu não faço por você, Sehun? Ein, por que você tem esse poder em mim? – O D.O encarou-o fundo nos olhos, vendo-o recuar com as bochechas queimando.
– Para, assim você deixa o bebê sem graça.
Kyungsoo até que tentou, mas não conseguiu desviar os olhos do outro. Enquanto Sehun colocava os fones no ouvido e fingia estar em uma viagem espacial dentro avião, enquanto cantava as partes da música baixinho pensando que ninguém conseguia ouvi-lo. Ele parecia tão especial no minuto em que aumentava a música e se perdia na letra, Kyungsoo conseguia ouvir sua mente trabalhar tentando entender as coisas.
Sentiu o peito apertar no minuto que uma lágrima solitário escorregou do olho esquerdo dele. Sehun era tão idiota o tempo todo, era um babaca, mimado, idiota, egoísta, infantil e todos os sinônimos possíveis oriundos das outras palavras citadas. Mas Kyungsoo não conseguiu se segurar ao começar a gostar dele.
Droga.
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– Bem vindos ao Aeroporto Internacional de Atenas, senhores. – A mulher cumprimentou, repetindo a mesma coisa para todos os outros passageiros do voo.
– Não acredito que chegamos, Kyung. Eu tô tão feliz por você ter aceitado vir comigo! Eu já até pensei em todo a programação, nós podemos ir à Acrópole, lá tem o Teatro de Dionísio, mas se você não quiser nós podemos ir ao Templo de Zeus e-
– Sehun, não me leva a mal, mas eu não quero ficar de vela pra você e o seu namorado.
– Meu namorado- Ah, o Yixing... Ele não vai – Sehun respondeu coçando a nuca. – E era pra ser só nós dois...
– O quê? Você veio para o outro lado do mundo pra encontrar esse cara e agora diz isso? – Kyungsoo tornou a perguntar, as feições indignadas fizeram Sehun mais nervoso do que estava antes.
– Você ficaria bravo se eu dissesse que eu inventei isso tudo? – Sehun perguntou, cautelosamente, encarando as expressões afiadas de Kyungsoo, que lentamente cruzou os braços e abriu a boca.
– Eu.Não.Acredito.
– Kyung, antes de você me dar um sermão, pensa comigo, nós somos amigos há uma década e não saímos pra beber em barzinhos nem nada disso que amigos fazem-
– Porque eu tenho uma vida, Sehun! Meu Deus, seu pai é o dono da empresa que eu trabalho, você não precisa trabalhar mas eu preciso! – Kyungsoo gritou, andando em círculos enquanto tentava acalmar a respiração raivosa. – Eu quero voltar.
Sehun entristeceu-se. – Hyung, não faz isso-
– Eu não estou perguntando, Sehun! – Ele estava realmente nervoso, sentia o próprio coração bater forte dentro do peito(Sehun havia planejado aquilo tudo pra eles dois, mesmo que fosse um programa de AMIGOS, Sehun ainda queria ficar com ele) mas fez de tudo para disfarçar o nervosismo pela ansiedade. – Vamos me dê seu cartão de crédito. Eu vou comprar minha passagem de volta, fique se quiser.
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– Não é o máximo que os voos de volta pra Coreia estivessem cheios? Eu acho que é um sinal, Kyung. Um sinal de que deveríamos ficar juntos e visitar todos os lugares legais da Grécia.
Kyungsoo estava com os olhos focados fora da janela, mordia o lábio direito enquanto tentava a todo custo não sorrir. – Kyung, olha! Chegamos. Uau é tão grande, parece maior do que no google imagens.
– É claro, seu idiota. Zeus é o Deus dos Deuses Gregos, não seria um templo qualquer.
O rosto de Sehun iluminou-se com o comentário. – Então quer dizer que você sabe coisas sobre a Grécia? Então está gostando, hyung?
O D.O olhou-o no fundo dos olhos, não desfazendo a pose de durão. –Não. Quer dizer só que é interessante, mas de forma alguma eu queria estar aqui. Você mentiu pra mim e me chantageou dizendo que ia se jogar do prédio.
– Mas hyung- Foi uma mentira boa, eu queria ficar perto do meu hyung preferido, mas ele não me dava atenção, então eu tive que criar uma alternativa infalível.
– Suicídio era sua alternativa infalível?
– Também. – silêncio. – Sinto muito por ter te perturbado sobre o Yixing esse tempo todo, mas eu precisava que você acreditasse, porque eu queria que você quisesse vir até aqui me ajudar.
– Sehun, nós nos vemos todos os dias na empresa-
– É diferente! – Sehun conteve a própria voz depois do grito. –É diferente, hyung.
Depois que Oh Sehun deu-lhe um sorriso triste e as costas, Kyungsoo desesperou-se. Odiava a ideia de viajar o mundo com Sehun, atrás de outro cara. Mas a ideia de viajar com Sehun nunca lhe pareceu ruim.
Foram da Ágora de Atenas até o Cabo de Sounion, Sehun estava emburrado e evitava qualquer diálogo, na sua mente, seu plano havia sido um fracasso total, enquanto Kyungsoo pensava nos próprios atos e numa forma de mostrar que estar com Sehun não era a pior coisa do mundo.
– Eu gostei daqui. – O D.O comentou, fechando os olhos quando a brisa atingiu seu rosto. –Gosto de Poseidon.
– Não sabia que gostava dos Deuses Gregos. – Sehun respondeu, mas não tirou o bico emburrado dos lábios.
– Tá brincando? Eu sou filho de Ares!
E dessa vez Sehun não conteve a risada. –Você?! Baixinho desse jeito?!
– Ei. – O mais velho não viu graça, atirando uma das pedras soltas no outro, mas depois acabou por soltar uma risada anasalada. –Desculpa por ter sido tão rude. Não é que eu não queira estar aqui, você é meu amigo há uma década – riu – é só que, se você tivesse pedido-
– Você teria arrumado desculpas. Eu te conheço, Kyung, você teria dito que não podia ir por causa do trabalho. –Sehun deu de ombros, olhando para o horizonte onde o sol se punha majestosamente.
O outro abaixou a cabeça para os próprios pés, ouvindo o Guia Turístico dizer algo aos outros visitantes.
– Você recusou as folgas do Natal por dois anos. – Sehun voltou a falar. – Meu pai disse que não teria problema usar os dias para viajar, ainda mais se fosse pra ajudar o filho dele, por isso eu precisei fingir me jogar do Prédio. Meu pai acha que eu estou me culpando pelo divorcio dele com a mamãe, então disse que eu poderia fazer o que quisesse, se fosse me deixar feliz. E sabe o que eu respondi?
– Que você queria o cartão sem limites dele? – Kyungsoo tentou fazer graça, mesmo que o momento parecesse sério demais e que Sehun estivesse com a cara emburrada ainda.
– É sério. – bufou. – Eu disse que queria viajar com o cara que eu gostava, mas que corria riscos dele não aceitar porque o trabalho era mais importante do que qualquer coisa pra ele.
– A-achei que o Yixing não existisse. – Kyungsoo engoliu em seco, sentindo os olhos arderem pela falta de lubrificação, piscou várias vezes tentando não olhar pra Sehun no meio tempo.
–Hyung, ele não existe, porque eu não iria querer viajar com outra pessoa além de você.
Kyungsoo engasgou com a saliva que desceu com dificuldades, seus olhos ardiam e ele podia sentir as lágrimas se formando nos cantos. Não esperava que Sehun fosse dizer algo como isso, não esperava que Sehun fosse... Gostar dele.
–É ridículo e clichê, não é? Somos amigos há muito tempo, desde que você me defendia dos caras mais velho e maus, e então crescemos juntos e eu me apaixonei. Mas você provavelmente não gosta de mim, e quando voltarmos pra casa você vai pedir demissão e vai fugir do país- –Kyungsoo estava desesperado por não saber o que fazer, por isso, quando Sehun começou a tagarelar coisas sem sentido, ele só conseguiu pensar em uma coisa: calar a boca desse idiota. E foi o que fez, bem... Podia ter só colocado a mão sobre a boca dele, mas se Sehun gostava de clichês...
–Já disse que você é um idiota hoje? –indagou depois de separar os lábios, mesmo que por dentro estivesse soltando fogos de artificio, por fora ainda era D.O Kyungsoo. – Eu não vou fugir do país, quer dizer, só se você me convidar e por favor, não ameace se jogar do prédio de novo.
Sehun sorriu. – Então isso quer dizer-
– Não começa a tagarelar, Sehun... E sim, eu também gosto de você, e não me faz repetir.
O Oh abriu um sorriso tão grande, que as bochechas doeram pelo ato, ele mordeu os lábios antes de se jogar nos braços de Kyungsoo. –Então agora a gente tá namorando?!
– Sehun-... Pode ser.
E aquele foi um sim, quer dizer, um sim até Kyungsoo descobrir que Sehun tinha planos de viajar para o Alasca nas férias.
Merci pour la lecture!
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