keyhimura Key Himura

{melodiam series} Baekhyun feria Sehun muitas vezes, mas o mais novo continuaria chamando-o de anjo não importa o que acontecesse.


Fanfiction Interdit aux moins de 18 ans.

#sebaek #exo #melodiam
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I'm not an Angel

Uma vez me disseram que artistas são seres sensíveis que acabam sendo corrompidos pelo mundo sujo e vil. Pura balela. Apenas desculpas para suas personalidades problemáticas excusas, que são glamourizadas por todas as pessoas do mundo. Eu não acredito nisso.


Desde criança eu sabia que estava quebrado, que algo dentro de mim simplesmente não encaixava aonde era para encaixar. Algo que um dia, depois de ganhar cor em um pincel colorido que quase furara o tecido da tela, havia virado arte. E então aplaudido. E que criou um Baekhyun que as pessoas acham que conhecem mas que que é só uma máscara para o verdadeiro e monstruoso Byun.


Um que ele insiste em chamar de anjo.

Mesmo que eu lhe chamasse de tolo em todas as vezes. Mesmo que lhe provasse de todas formas, ferindo-o mais fundo que a carne que eu estava muito longe daquela imagem que ele costumava pintar com o meu rosto. E a maior prova de todas elas era justamente eu mantê-lo por perto, fazê-lo sangrar, mesmo que por vezes proferisse promessas vazias de que não o faria mais.


Eu deveria varrer a minha existência da vida dele, sumir. Só então ele estaria livre. Só então seria feliz, encontraria alguém que realmente o merecesse e teria uma boa vida, diferente da que levava comigo.


Pena que ele fosse tão teimoso.


Que insistisse em voltar a cada nova vez que eu o mandava ir embora. Que me fitasse com seus olhos profundamente doces – mesmo que o mundo não o enxergasse assim -, me fazendo cair novamente em seus braços, ainda que não fosse justo.


—Baek...? —Sua voz sonolenta invadiu o silêncio atípico do meu ateliê, me trazendo de volta para a realidade. —Suas mãos estão sujas. —Ele proferiu baixinho e só então eu percebi que havia largado os pincéis e deformava a tinta sobre a tela com meus próprios dedos, sujando-me por inteiro. Eu era louco.


—Vou pegar um pano pra limpar.


—Sehun. —E o interrompi e ele me fitou daquela forma. Lá vamos nós de novo. —Você deveria ir pra casa...


—De novo com isso? Eu já disse que só vou embora quando você disser que não me ama mais.


Aquele era o problema. Eu amava Sehun. Desenfreadamente, desesperadamente, descuidadamente. De uma forma tão intensa e sufocante que perder o controle era como respirar. Era apenas natural mas não menos explosivo e nocivo. E sempre, sempre, sempre feria Sehun de alguma forma.


—Baekhyun... —Suas mãos tentaram me alcançar e eu pude sentir o frio emanando delas. Desde quando haviam perdido sua quentura?


—Não Sehun...! —Desviei-me, tentando não fitar seus lábios sempre rosados que me atraíam sem controle.


Oh Sehun era um garoto. Apenas um garoto que errara o caminho e terminara nos meus lençóis. Oh Sehun era a minha salvação. A melhor pessoa do mundo, que abraçara todos os meus pedaços sem sequer perguntar o preço, que viera caro depois.


Eu sabia o quanto o nosso relacionamento o destruía, o quanto o magoava. Eu o ouvia chorar baixinho dentro do banheiro, sentia em seus toques a dor que lhe causava, mas eu nunca soube como parar. Eu o amava, e como amava, mas nunca soube lhe cuidar.


Talvez nunca fosse aprender.


—Por favor, anjo...


—Não me chame assim! —Eu detestava aquele nome, detestava aquele apelido. Detestava seu cuidado, seu abraço acolhedor, a forma como ele sendo anos mais novo conseguia ser a fortaleza que eu nunca consegui construir. —Eu não sou nada disso!


—Mas voc-


—Eu não sou bom pra você. Eu lhe faço mal. Sou problemático, obsessivo. Você precisa ir embora... —Murmurei, aquela verdade sempre me apavorava.


—Eu não me importo. —Mesmo contra minha vontade, suas mãos alcançaram meu rosto, cruzando nossos olhares que faiscavam. —Você sempre vai ser o meu anjo...


Fora assim que ele me chamara antes de saber meu nome, quando ele era apenas um estudante e eu um cara solitário que costuma pintar ao ar livre, quando ele me observava bem de longe, de onde nunca deveria ter saído. Quando Sehun amava minha máscara.


Que caiu diante dele com uma facilidade inacreditável, me deixando nu. Desprovido de qualquer mentira que fosse, de qualquer artificio. O monstro Byun ao ar livre. E Sehun também conseguiu amar.


Eu não tenho asas. —Sorri amargo e recebi um beijo gentil em minha testa, já sendo envolvido por seus carinhos que eu jamais saberia recusar. —Eu não quero mais magoar você... —Abracei-o com força, quase como se tentasse apagar tudo que havia dito apenas algumas horas atrás.


—Então não magoe. Eu não quero mais gritar com você, Baek. Me desculpe pelo que disse, não era verdade.—Ele sorriu encabulado, como eu sabia que só fazia quando estávamos sozinhos e eu neguei com a cabeça. Não importava.


Era verdade, mas não importava.


—Você é egoísta, Baekhyun! É um maldito egoísta complexado que só sabe estragar tudo!


Ele estava coberto de razão. Mas suas palavras jamais doeriam tanto quanto as lágrimas que eu o via derramar quase sempre, em todas as inúmeras vezes que acabávamos brigando pelos motivos mais idiotas possíveis, colocando todos os monstros para fora sem pudor. Mas o meu sempre seria o mais feio e cruel. E ele sempre terminaria arrasado, mesmo que não quisesse admitir.


Sempre terminaríamos feridos.


E sempre seria assim. Eu sabia que seria. Eu não mudaria e ele tampouco iria embora, fosse por sua falta de amor-próprio ou teimosia que se perdiam dentro do amor que ele deixava em cada marca avermelhada sobre minha pele. Do amor que eu correspondia da mesma forma, mesmo que fosse doloroso, mesmo que a matasse a nós dois. Mesmo que no final do dia uma tela terminasse furada tamanha força das pinceladas.


—Eu amo você.


—Eu sei anjo, eu sei. —Então ele me beijou. E tudo parecia sumir. Meus dedos sujos, minha camisa rasgada, as marcas do tapa que ardiam em minha bochecha, seus lábios e olhos inchados. Nossos corações magoados.


Tudo sumia dentro do vórtice de sentimentos pelo qual acabávamos tragados, mesmo que fosse proibido. No meio de nossos toques, dos carinhos trocados, da urgência que nossas peles pareciam ter pelo contato mútuo.


Dois anjos caídos viciados no pecado.


I don't have wings, so flying with me won't be easy

Cause I'm not an angel. 


10 Juin 2018 18:18 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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