tiatatu Tatu Albuquerque

Morro do japonês, Rio de Janeiro, no verdade e amarelo Brasil. A cidade maravilhosa manchada de sangue e seus guetos inchados de dor clamam por liberdade, enquanto lidam com a violência em seu estado puro e a esperança de voltar para casa são e salvo depois de um dia de trabalho, sem marcas de sangue ou de tiro na camisa. Entre o crime, as drogas, o trabalho duro e a esperança de uma vida melhor, ainda há espaço pra sorrir e cantar na levada e batucada do samba ou do funk, se permitindo divertir apesar de todas as mazelas na vida na favela. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência!


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans.

#fns #konohana #naruhina #hashimito #gaalee #KakaGai #sasusaku #madatoka #favela #violencia #saiino #Shiba
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Prólogo

Notas: primeiramente um salve à todas as arrombadinhas da gangue do Gai responsáveis por me animar todos os dias e auxiliar o meu descontrole. Em segundo lugar: não, gente, essa fic não é igual à Freedom, mas devo dizer que terá pontos semelhantes na história sim por conta do mesmo contexto de comunidade x criminalidade. Não posso esquecer: espero que gostem e que tenham uma boa leitura!


Risadas e passos apressados eram ouvidos aos montes, vindos das crianças que queriam aproveitar ao máximo os últimos dias de férias escolares.

Pipas voavam pelo céu alaranjado pelo início do entardecer, tal como as roupas nos varais que aos poucos eram recolhidas pelas donas e as fitas penduradas por cordas desde a copa mundial de futebol acontecida no ano anterior.

Os trabalhadores diurnos voltavam aos poucos, mais cansados pelo problemático transporte que os trouxera do centro da cidade de volta à periferia que pelo trabalho em si, e aqueles que trabalhavam na noite partiam, com sua agitação escondendo a dificuldade da “vida fácil” que levavam.

Mas ambos ostentavam sorrisos nos rostos, cantarolando a canção que saía dos alto falantes colocados nos postes e que abafava os gritos de dor e os sons das pauladas dadas.


"Saudosa maloca…

Maloca querida…

Dindin, donde nós fizemos

Os dias feliz de nossa vida!”


As ruas ainda pintadas de verde e amarelo ganhavam mais uma vez o tom vermelho do sangue que escorria de um de seus becos.

O samba velho, clássico e belo contrastava com a miséria do local e a felicidade dos versos e dos sorrisos com o desespero do homem que pagava por seus maus atos.

— Pega papa-anjo filho da puta! - gritava alguns dos criminosos da área para o líder de todos, enquanto a rádio ainda tocava.

— E esse foi mais um clássico pra vocês. Salve, salve, Adoniran Barbosa! Eu espero que vocês tenham tido um bom dia de trabalho e que tenham uma boa noite. Tamo junto! - dizia o locutor da rádio clandestina que soava pelos becos e vielas do morro do japonês, no complexo de favelas de Konoha enquanto se abanava com o leque de papel, apertando um botão que fez tocar gravações curta de jingles de variadas lojas da comunidade, levantando e passando o comando da atração para a amiga que acabara de chegar. - Porra, Tenten, se atrasou porque? - reclamou Darui à garota que tirava o capuz e já se preparava para assumir o comando da rádio ao fim das propagandas que ajudavam a manter o funcionamento do local.

— Tartaruga tá dando um pau num tarado lá no beco do Dente de Leite, po, pegaram cara de calça arriada tentando agarrar garotinha de 6 ano… - explicou satisfeita pelo castigo que o homem levava, sem dar muito tempo ao amigo, o mandando ir assistir com os próprios olhos a execução da sentença do “tribunal do crime” em seu celular, afinal, já estava em tempo de voltar à rádio.

— Fala, galera, eu sou a Zero10 e essa é mais uma transmissão da Japa, sua rádio comunitária favorita! - dizia enquanto assistiam à transmissão ao vivo realizada por um outro colega na internet, alternando entre isso e os agradecimentos e cumprimentos do dia. - Aquele salve bolado pra todo o morro do japonês, especialmente pro nosso mestre Kira, da bateria campeã que com certeza vai ser campeã nesse Carnaval que tá chegando, pra dona Tsume, que amanhã vai tá dando aquela moral nos animalzinho de geral. Valeu, tia Tsume, num esquece de dar uma moral no cachorro do Kiba... O Akamaru vai pegar pulga! - riram da piada enquanto torciam para que o dono do morro acertasse mais um golpe no pedófilo que chorava e era cuspido pelos demais traficantes e pelo pai de sua vítima, aclamando o linchamento público que chamavam de justiça, não deixando de elogiar a postura do traficante. - Por último mas não menos importante, aquele salve de responsa pro nosso chefe da FJK, salve Tartaruga, botando sempre o lixo pra fora! - o anúncio era uma motivação a mais para se empenhar no castigo ao homem ensanguentado diante dele, que chorava e as lágrimas se misturavam ao sangue.

— Chorou assim quando foi pra fazer maldade com a filha dos outro? - reclamou o pai da menina que chorava no colo da mãe, sendo protegida por ela e tirada dali assim que sua mãe teve uma reação que não fosse chorar e abraçá-la.

Aquela estava longe de ser uma cena indicada para crianças, aliás, até mesmo alguns adultos poupavam seus olhares e mentes daquela selvageria toda, sem saber dizer qual dos dois crimes era o mais repugnante.

Mas, por hora, o “certo” era Tartaruga, que largou o pedaço de madeira e jogou contra sua vítima, que já tinha alguns ossos quebrados e estava fraca, mas ainda assim tentou apelar por sua vida.

— Por favor, Tartaruga, eu não faço mais, eu não faço mais! - clamou o fazendo rir diante daquela verdadeira piada.

— Eu juro sempre essa mesma coisa quando vou preso, Zé ruela! - retrucou pegando a arma que tinha na cintura e apontando diretamente para o homem que nem sequer teve tempo de ouvir o barulho dos dois tiros que acertaram sua cabeça, sujando as paredes e os pés de Tartaruga com ainda mais sangue do que já havia ali.

E fazendo todos correrem.

— Todo mundo pra casa que já é hora do descanso! - aconselhou calmo como se não tivesse acabado de matar alguém.

E, para ele, realmente não havia matado, uma vez que estupradores e pedófilos sequer eram pessoas em sua concepção e que, mais uma vez pra ele, estava fazendo justiça ao seu povo.

E sua justiça poderia não ser a mais certa, mas era a que chegava a eles.

E todos o aplaudiam, fosse pelo ato ou pelo medo que sentiam dele, que, ao final da noite, deixava de ser aclamado na rádio local e passava a ser demonizado nos jornais da “Cidade Maravilhosa” que sempre lembravam de explorar todo o caos da favela esquecida em outras ocasiões, mas sempre era lembrada nas ocasiões onde ela dava votos e audiência.

E a cara do líder do morro do japonês agora fazia os medidores de audiência estourarem no jornal nacional.

— Vamos agora ao Rio de Janeiro, onde vídeos chocantes mostram o traficante Gai Maito, mais conhecido como Tartaruga, de 44 anos, chefe do tráfico no morro do japonês agredindo um homem desconhecido à pauladas. - as cenas nubladas devido ao alto teor de violência fazia com que muitas das famílias que jantavam tivessem os estômagos embrulhados, mas que outra grande parte continuasse e até sorrissem ao saber do contexto da situação.

Afinal, era um malfeitor a menos, um a mais na conta de Tartaruga não faria diferença para ele, mas talvez fizesse diferença nas vidas daqueles que poderiam ser vítimas daquele homem.

E, por mais horrível que fosse a relativização de justiça-crime, alguns agradeciam mentalmente a ele e entendiam os aplausos mostrados no vídeo que ainda era mostrado nas TV, enquanto o âncora do noticiário contava os relatos.

— Depoimentos de testemunhas que não quiseram se identificar dizem que o líder da Facção Juventude Konoha teria executado a sentença de mais um dos tribunais clandestinos. - contava logo dando lugar à filmagem escura e desfocada do morador da favela.

— Po, o cara tava bagunçando a área, tentando estuprar criancinha. Tartaruga pegou e esculachou pra favela toda ver, saiu no carrinho de mão só os resto… - a voz modificado e robotizado escondia a identidade de quem sabia que não deveria estar falando.

E Tartaruga, que assistia à televisão junto de Dente de Leite, seu aprecio além do crime, mudou de canal para o canal de esportes.

— Viu como eu fiquei bem na TV dessa vez, Kakashi? - perguntou bebendo suco de uva enquanto o outro tomava cerveja, negando com a cabeça.

— Você sabe que você tá errado, não sabe? - era uma pergunta irônica e retórica, mas ainda assim ele lhe respondeu após festejar o gol feito apenas pelo prazer de ver o time rival ao seu estar perdendo.

— Eu posso tá errado, mas eu tô fazendo alguma coisa!

26 Avril 2018 00:26 13 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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Amanda Luna De Carvalho Amanda Luna De Carvalho
Olá, tudo bem? Faço parte do Sistema de Verificação e venho lhe parabenizar pela Verificação da sua história. Primeiro de tudo, sua história é muito impactante e como as classes sociais diferem muito entre si mesmas, mas que apesar de tanto distanciamento, as pessoas podem ser felizes ainda. A coerência está adequada. A estrutura utilizada está ótima e condizente com aquilo que todo texto pede na trama. A vida numa comunidade nunca é tão simples de lidar realmente. A maioria dos indivíduos tentar vivenciar tudo de maneira mais comum possível. Os personagens são fortes e realísticos com o dia a dia. Existe uma linha tênue entre as existências humanas, onde num momento as coisas estão bem e no outro as coisas estão mal. As cenas são ótimas em replicar tudo aquilo que a história quer repassar ao leitor. A gramática está boa, mas notei alguns deslizes e sugiro umas alterações. "Morro do japonês, Rio de Janeiro, no verdade e amarelo Brasil" (sinopse) — Nesse caso, indico trocar "verdade" por "verde", já que parece ser apenas erro de digitação. "A cidade maravilhosa manchada de sangue e seus guetos inchados de dor clamam por liberdade, enquanto lidam com a violência em seu estado puro e a esperança de voltar para casa são e salvo depois de um dia de trabalho, sem marcas de sangue ou de tiro na camisa" (sinopse) — Nesse caso, indico trocar "voltar" por "voltarem", além disso, indico trocar "são e salvo" por "sãos e salvos", pois a frase está no plural. "problemático transporte que os trouxera do centro da cidade de volta à periferia que pelo trabalho em si, e aqueles que trabalhavam na noite partiam" — Nesse caso, indico retirar essa vírgula depois de "si". Esses são meus apontamentos e espero ter sido útil em mencionar isso. Seu livro é fascinante em mostrar como viver numa comunidade têm seus problemas e dificuldades. Como encontramos todos os tipos de pessoas possíveis nesses lugares. Desejo que continue escrevendo seus livros e tenha muita sorte em seus escritos futuramente. Até mais!
July 23, 2020, 22:41
Cecilia Jarske Cecilia Jarske
AAAAAAAAA Olha só esse KakaGai?! Não acredito que o dono do morro é Gai "Tartaruga"! BERROOOOOO Aonde fica esse morro aqui no Rio que vou lá conhecer esse casal delícia... xD UAHAUAHUAH Já tô shippando muito os dois, e espero que eles não morram... PFVR! D:
November 28, 2018, 11:43
Camy <3 Camy <3
Olá! Venho aqui em nome do sistema de Verificação. Sua história foi verificada porque o texto, em seu total, encontra-se nas normas do português padrão. O único problema mais grave que eu percebi foi no uso da crase e no uso dos porquês. Você não pode utilizar uma crase num "a" singular se a palavra seguinte estiver no plural. Você fez isso em dois casos que eu percebi: "à todas" e "à pauladas". Para que a crase seja correta, você deve ter ou "às todas" e "às pauladas" (o que não se enquadra nos contextos desses exemplos) ou "a todas" e "a pauladas". Seria bom você dar uma olhadinha nas regras, quando puder. Continue sempre escrevendo! Outra dica: é interessante diferenciar frases que vêm de um rádio ou de uma televisão das frases que compõem os diálogos do texto. Eu normalmente utilizo o itálico. Isso ajuda o leitor a entender melhor o contexto. Além disso, palavras em outras línguas, como jingles, também precisam estar em itálico. Continue sempre escrevendo!
September 13, 2018, 04:08
Políbio Manieri Políbio Manieri
EU AINDA NAO ACREDITO QUE GANHEI MEU KAKAGAI DO MORRO JULIANE VOCE ME MATAAAAA. CARALHO EU TO MUITO GRATA Finalmente to tendo um gostinho de freedom e amando cada pedaço dessa comunidade (DO RIO DE JANEIRO PORRA) SO TEVE PERSONAGEM ESQUECIDO NESSE CAPITULO EU TO AQUI EM PRANTOS EU NEM ACREDITO. ESSE É MEU MOMENTO. ELE FINALMENTE CHEGOU. PODE MANDAR MAIS. ESTOU PRONTA.
April 26, 2018, 03:24

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    VOCÊ GANHOU SEU GAALEE/KAKAGAI DO MORRO SIM, MORRO CARIOCA, INCLUSIVE. Pau no cu dos protagonistas, olha esses esquecidos tão mais legais. FINALMENTE, PORRA, TARTARUGA METE O PAU April 26, 2018, 23:14
Flora Gois Flora Gois
SOCORRO TATU, QUE HINOOOOOOO MEU GAI TARTARUGA, EU TO BERRANTO TATU. Eu sou apaixonada nessa temática de cotidiano realista, e nossa como tu escreve sempre me ganha. mas admitio que tô aqui soando frio em relação a SasuSaku e MadaToka, já que agora tu pode me fazer sofrer de duas formas.
April 26, 2018, 02:11

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    HAUAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAH CALMA, SEUS VELHINHOS PRECIOSOS ESTÃO MUITO SEGUROS SIM April 26, 2018, 23:45
Inial Lekim Inial Lekim
Nesse atual momento, já estou temendo pelo que farei com a sua vida Juliane. NÃO FODE MEU KAKAGAI JULIANE. EU APAREÇO EM ARARUAMA PRA METER A MÃO NA SUA CARA! Porém... AAAAAAAAAAAAAAAAAAA FINALMENTE GUETTO FOI LANÇADA, CARALHO! MINHA FAVELA SEM TODO AQUELE AR HETEROSSEXUAL <3 AMÉM! Meu deus, só esse início já arrepiou até a alma, sinto toda a expectativa que eu estava jogando em cima de você sendo atingida com louvou! MIM DÁ MAIS XULIANE <3 EU NECESSITO DE MAIS GUETTO NA MINHA VIDA!
April 26, 2018, 01:59

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    Caralho, Patrícia, abaixa esse pau! A fic ainda nem começou, cara, relaxa, você pode me dar paulada depois hauahahahah EU NÃO TO CRENDO QUE A EXPECTATIVA FOI ATINGIDA, AMÉM, GUETTO! Que favela colorida, não é? Hauahah até semana que vem! April 26, 2018, 23:04
Hasashi Rafaela Hasashi Rafaela
Miga, puta que pariu. Primeiro: MIGA SUA LOKA DESCONTROLADA TE AMO POR POSTAR ISSO. Eu to apaixonada pela narrativa, por todo o contexto real que você deu e a maneira como descreveu as coisas. Miga, to de fato apaixonada e só sei querer mais. ME DÁ MAIS. te amo
April 26, 2018, 00:58

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    MIGA, VAMO GRITAR O DESCONTROLE JUNTAS AAAAAAAAAAAAAAAAA EU VOU TE DAR OS VELHINHO, CALMA. TAMBÉM TE AMO, NENEM. April 26, 2018, 23:11
Mandy Mandy
Não dá pra ler uma estória sua sem ser tomada por uma euforia descontrolada que me faz querer sair por aí pulando de um lado pro outro que nem uma maluca. É isso que é tua escrita causa: uma mistura de impacto e euforia depois de passar um capítulo inteiro maravilhada e reflexiva. Trabalhar com a realidade nua e crua é difícil, e eu nunca vi ninguém da atualidade fazer tão bem quanto você, eu adorei a relativização do crime e o cotidiano brutal. Eu consegui ver as ruas e os becos do morro e o sangue sujando meus próprios pés. Você é muito mais que excelente, mas isso eu sempre digo. Aliás, OLHA O NOME DESSA FACÇÃO CARALHO E OLHA O "APELIDO" (a palavra certa me fugiu da mente) DO GAI EU TÔ JOGADA MORTISSIMA FORA DE MIM. Obrigada por usar o iconezinho esquecido do rolê Darui no "cast" de personagens viu. Te amo. Ler esse capítulo foi como ler uma página dos grandes clássicos literários, sou capaz de me atrever a dizer que você é a salvação das narrativas pós-modernas.
April 26, 2018, 00:39

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    EU QUERIA MUITO TER PALAVRAS PRA RESPONDER ESSE COMENTÁRIO TÃO MARAVILHOSOS QUANTO VOCÊ, SUA ARROMBADA, MAS AAAAAAAAAAAAAA SOCORRO, EU AINDA RO EM CHOQUE AAA April 27, 2018, 00:11
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