ana-beatriz-lopes1825 Ana Beatriz Lopes

No final eles eram rosas, criando espinhos para se protegerem de tudo e todos os males da sociedade. E que apenas os escolhidos poderiam ver as pétalas desabrochadas para a sua verdadeira essência. Ao seu verdadeiro eu, dentre todos aqueles espinhos que os protegiam.


Fanfiction Interdit aux moins de 18 ans.

#exo #sekai #KaiHun
Histoire courte
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Em um dia ensolarado qualquer. Em um banco de pracinha como qualquer outro banco de praçinha deve ser. Havia duas pessoas. Dois homens. Dois companheiros. Dois amantes, batendo um papo qualquer.

- SeHun, quais são as coisa que você menos gosta em mim? — O moreno perguntou de repente, deixando o mais novo surpreso por essa pergunta tão evasiva e repentina. Jongin o olhava fixamente, esperando uma resposta para sua pergunta.

SeHun sabia que não tinha a resposta para aquela pergunta. Amava tudo em si, até os mínimos detalhes eram perfeitos daquele cujos olhos pareciam céu. Sehun pensou e pensou, mas como o esperado, não conseguiu uma resposta para aquela questão. Aproveitando a brisa, Sehun fechou os olhos, sentindo o vento em seu semblante.

- Eu gosto de tudo em você Nini. — Afirmou convicto do que dizia. Abriu as pálpebras e começou a retribuir o olhar do mais velho na mesma intensidade em que ele era olhado. — Pode parecer estranho, mas eu sinto que se modificassem quaisquer vestígios de sua personalidade, você não seria você. E eu gosto de você do jeito que está agora Jongin. Apaixonei-me pelo que você é. Não quero que mude suas peculiaridades. Sério, nunca mude nada de você por ninguém. — Ao terminar a sua frase, o mais velho estendeu a sua mão para pousar em sua face. Seu amante acariciava seu rosto como se fosse feito de algo frágil demais. Iria repreender o mais velho de o tocar na frente de todo mundo, mas mesmo assim não o fez. Como também não pode evitar amá-lo ainda mais por esse gesto. Mesmo com todo o preconceito exposto no mundo.

Fatos. Sehun tinha dito fatos, mas isso não o impediu que ficasse vermelho e constrangido. Sabia que não devia ficar corado ao dizer aquilo. Sabia que não devia ficar envergonhado ao ter seu semblante alisado em meio a uma praça onde há varias pessoas olhando com maus olhos aquela cena mal vista na sociedade. Sabia apenas que necessitava dizer aquilo para seu hyung; seu amado e doce hyung. Sabia também que amava o outro acima de todo aquele preconceito na sociedade.

- “Se você não está disposto a parecer um idiota, não merece se apaixonar.” — Jongin recitava lentamente a frase dita em um filme bastante famoso. Sabia que o moreno gostava bastante daquele filme. O moreno parou de alisar a sua face, deixando-a apenas pousada em seu semblante. — Você está sendo idiota ao ficar corado dizendo essas coisas Hunnie. Mas sabe de uma coisa? Eu também estou sendo idiota ao ouvir essas coisas e também ficar corado. — Jongin tirou a mão da sua face apenas para pegar a sua mão e levar ao rosto do mais velho. Nunca parando de o olhá-lo durante o trajeto. — Está quente né? Sempre fico assim quando você me diz coisas assim.

- Está. Está Igual ao meu Nini. — Deu uma grande pausa em sua fala. — Eu te amo. — Disse simplista, mas não deixando de conter doçura em suas palavras. Precisava falar aquilo.

Apenas um simples gesto, um simples toque. Apenas dois corações batendo loucamente, dois corações explodindo.

Apenas duas pessoas sendo companheiras, sendo afetuosas. Apenas dois amantes, sendo amigo um do outro.

Nós merecemos, não? Você me ama e eu te amo. Você confia em mim e eu em você. Eu sou seu amigo e você o meu. Queria gritar alto pra tudo e pra todos que amava esse homem de olhos de chocolate e de personalidade simplista e gentil. Porque o mundo não vê o que eu vejo? Ser um homem e amar outro homem não pode ser errado, certo? De um humano amar outro humano? Porque pessoas matam outras por causa de sua sexualidade, gênero, cor, raça ou ideologia? Esse preconceito poderia um dia acabar? Quando as pessoas começaram a serem humanos realmente? São tantas perguntas sem respostas que não compreendia questionar elas novamente.

— Hunnie, tenho que ir. — Jongin retirou a mão de seu rosto e levantou, sendo acompanhado por Sehun. — Nos vemos depois. — Jongin falou com pesar em suas palavras. Ele não queria ir embora, sabia disso. Ele nunca queria.

— Vá meu amor. — Jongin deu uma última olhada para si, tentando demonstrando todo seu amor com aquele olhar. Viu Jongin sussurrar três palavras para si, e felizmente sua audição não falhou consigo naquele instante. Conseguiu ouvir claramente “Eu te amo” vindo de Jongin. O moreno virou as suas costas é foi rumando a um destino desconhecido por Sehun.

E desse jeito eles retornavam para a sua vida monótona e falsa. Fingindo ser o que era necessário para ser aceito na família, no trabalho, na sociedade e no mundo.

No final eles eram rosas, criando espinhos para se protegerem de tudo e todos os males da sociedade. E que apenas os escolhidos poderiam ver as pétalas desabrochadas para a sua verdadeira essência. Ao seu verdadeiro eu dentre todos aqueles espinhos que os protegiam.

O escolhido de Sehun era Jongin e o de Jongin era Sehun.

“Preconceito não é ter suas críticas. A crítica requer conhecimento; O preconceito, apenas as vítimas.” – By Thaís Dayani

22 Avril 2018 02:33 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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