tsukinofih Fih Tsukino

Hinata se preparou durante duas semanas para aquele dia e só esperava ser ouvida, além de entendida, no meio daqueles versos. Calculou tudo meticulosamente: a roupa que usaria, os versos que escreveria e a decisão que tomou para aquela manhã. O dia em que, finalmente, se declararia para o amor de sua vida, cairia no Dia dos Namorados. E tudo que podia pedir, naquele momento, é que São Valentim a ajudasse. [Twofic escrita para o desafio Valentine’s Day 2018 das páginas Resenhando:Naruhina e Naruto Shipppers Designer] [Trata-se de uma songfic inspirada na música “São Valentin” de Jorge Ben Jor]


Fanfiction Tout public.

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Poesia

“Valentines’s Day, dia de São Valentim
Valentines’s Day, dia de São Valentim
Que linda,
Quero te encontrar, quero te abraçar
Quero te abraçar, quero te beijar
Quero te beijar, quero te amar, menina!"

Olhou-se mais uma vez no espelho, ajeitando a franja e passando a mão pela roupa. Não que tivesse muito que fazer quando tudo que podia usar era o tradicional uniforme de sua escola. Mas tinha caprichado. Ela mesma passara a blusa branca de mangas compridas e fez questão de engomar muito bem a gola estilo marinheiro. Certificou-se ainda de que o laço estaria muito bem feito, sem amassados. Para ele, providenciou uma joia de família, para dar um charme a mais.

Passou ainda prega por prega da saia e, dessa vez, escolheu a que estava um pouco mais curta. Não que fosse adepta dessas coisas ou achava que isso seria um ponto-chave, mas resolveu ousar naquilo. Para equilibrar, colocou uma meia um pouco mais alta do que de costume e comprou novas sapatilhas, no estilo boneca. Um pequeno detalhe no look, em referência ao apelido que há tantos anos apreciava.

Trocou a fita no cabelo por um arquinho simples, nas orelhas o presente que ganhara dele no natal passado. "Pérolas, porque lembram seus olhos e essa pedrinha azul embaixo, para lembrar-se de mim, Hina!", ele disse.

Sempre que se lembrava daquelas palavras, Hyuuga Hinata sorria. E, ao se olhar no espelho mais uma vez, constatou que se encontrava como sempre, com os dentes à mostra. Desceu as escadas correndo, o coração palpitando, pegou qualquer coisa na cozinha, julgou serem rosquinhas de leite, engoliu e tomou um gole de café apenas para empurrar a comida mesmo.

— Neji, estou indo na frente. Acompanhe a Hanabi. Tenho coisas para resolver. - gritou, quando já estava na porta de casa, pronta para sair. Tendo tempo apenas de ver o primo a olhando com o semblante sério.

Quando já estava no portão externo, se deu conta do seu grande engano e correu de volta para dentro de casa. "Como pude esquecer aquilo?" E quando ia abrir a porta, o que precisava estava ali, bem suspenso em sua frente.

— Nee-san, acredito que isso seja muito importante para você!

— Óh, claro! Obrigada, Hanabi! - e deu um beijo carinhoso na testa da menor.

— Finalmente tomou coragem, Hina? - a mais velha olhou assustada para irmã. Como assim ela estava lhe questionando isso? — Irmã, nem adianta esconder. É só saber que data é hoje, o conteúdo do saquinho e reparar que ela é laranja com desenhos de sapinhos!

Isso era verdade. Havia escolhido a dedo aquela sacolinha de pano. À primeira vista, poderia parecer infantil, mas tinha um significado enorme. A pessoa a quem o pacotinho se destinaria tinha um amor enorme por aquela cor gritante e, quando crianças e vizinhos, criaram girinos e sapinhos na fonte que tinha no quintal da casa dos Hyuuga. Sorriu.

— Quando eu voltar, a gente conversa. - viu a carinha de pidona da irmãzinha. — Nabi, isso é uma promessa, ok? Te conto tudo. Mas deixa acontecer primeiro...

— Vou te cobrar. Te amo, Hina! Boa sorte. Que São Valentim te ajude! - abraçou as pernas da azulada, que era centímetros mais alta.

— Também te amo, Nabi!

Foi repassando tudo em sua cabeça. Desde o dia que recebera aquele trabalho do professor de literatura, começou a arquitetar isso. Julgou ser a chance perfeita. Precisava escrever um poema de amor, que deveria ser declamado em frente de toda a sala. Qual a melhor forma de se declarar a alguém e vencer a timidez ao mesmo tempo? Com alguma sorte, ele poderia se tocar pelas pistas que daria em seu texto...

Também já tinha feito às contas e visto que o prazo acabaria no dia especial: Dia de São Valentim. Por isso, preparou os chocolates. Se tudo desse certo poderia lhe entregar aqueles presentes, não mais na condição de amiga, como nos anos anteriores. Mas, na condição da menina que descobrira o amor e os saltos que o coração dava, cada vez que estava perto dele.

Repassando o texto e as lembranças em sua mente, Hinata sequer percebeu que já estava em frente à sua sala. E quando correu a porta, se deparou com o sol da sua turma: Uzumaki Naruto, de pé, fazendo a maior algazarra, implicando com Uchiha Sasuke, como acontecia todas as manhãs.

Prendeu o ar. Achou que seria fácil encará-lo. Leso engano. Tentou passar despercebida, mas todo o esforço foi em vão.

— Bom dia, Hina! - ele disse alegre. Mas, por algum motivo, percebeu que ela não respirava bem. — Está tudo certo?

— O. o quê?

— O ar, Hina. Tem que se lembrar do ar... - sorriu anasalado.

— Ah, desculpe, Naruto-kun. Estou preocupada com o trabalho do Jiraiya...

— Tudo bem, não fique assim. Se for você, tenho certeza que tudo dará certo! - disse com o maior sorriso que já dera, depositando as duas mãos, um em cada lado do ombro.

Hinata pensou que fosse se desmanchar aquilo não estava ajudando em nada nos seus planos. — O-obrigada! - disse tímida, abaixando a cabeça e indo se sentar.

Naruto estranhou e envergou a boca. — Hey, teme, que bicho mordeu ela?

— Ah, dobe, a Hina é tímida. Talvez esteja com vergonha de recitar a poesia em frente a toda turma.

— Mas ela é tão inteligente, não deveria se preocupar com essas besteiras...

A conversa foi interrompida pela entrada do professor, que esperou todos se ajeitar e passou as instruções da apresentação. Seria em ordem alfabética e a Hyuuga não sabia se chorava ou se sorria.

Não conseguia se prender a nada. As mãos suavam, o coração palpitava, as vísceras pareciam criar vida. Poderia jurar que carregava um Alien dentro de si e que este nasceria a qualquer momento. Para piorar a sua situação, sentia aquele olhar sobre si e nem se atreveu a virar-se para trás a fim de constatar de quem se tratava.

No meio daquele duelo que travava consigo mesma, Hinata se perdeu. Era como se estivesse surda e tudo que conseguia ouvir eram apenas as batidas frenéticas de seu coração. Por isso, se quer notou que Jiraiya a chamara e precisou ser cutucada por Yamanaka Ino.

— Senhorita Hyuuga, sente-se bem?

— Ah, sim. Perdão professor, Jiraiya.

— Certo, sua vez. O que tem para nós?

Pegou o papel e caminhou lentamente. Quando estava diante da sala, deu uma última olhada para o papel. Um olhar diferente, perdido, como quem não tivesse a mínima consciência de quais palavras àquelas letras formavam. Tudo ficou turvo e tudo que ela questionava era: como fazer aquilo?

Suspirou e guardou o papel. De nada adiantaria. Olhou para frente, com os orbes ainda sem foco e, portanto, não se deu conta para que direção olhava. E começou:

— Bom o que tenho para vocês é um poema de amor, conforme pedia o trabalho. A menina destes versos encontra-se em uma situação hipotética, com uma pessoa não tão hipotética assim. São versos sobre tudo que ela queria que fosse, mas que nunca teve coragem de deixar ser. Na verdade, essa menina descobriu tudo há pouco tempo e, bem, espera não ser tarde demais... E a história é mais ou menos assim:

"Por trás dos seus olhos azuis

Azuis como o mar que me chama

Esconde-se o meu desejo de ser mulher

De ser sua.

A imensidão desse azul,

Que esconde um homem

(no sorriso de um menino),

Encontra-se a liberdade de nossas almas,

De querer ser duas fundidas em uma.

O calor de seu corpo

Aquece meu ser

E as suas mãos parecem me levar aos céus

Seus beijos, de gosto único

Me apresentam o sabor da vida,

O sabor da paixão e do pecado.

E a menina que mora em mim

quer ir embora.

Correr ao lado oposto

Deixando ficar apenas meu Eu mulher,

Sedenta por suas carícias.

Correndo em direção ao seu olhar,

Que me suga e me apresenta

O caminho do paraíso.

E o timbre da sua voz

(Dizendo bem baixo que me quer)

É a trombeta de entrada

Para a minha fase mulher.

A mulher que te chama.

A mulher que te ama."

E quando terminou a fala, enfim, ela se deu conta para onde realmente olhava aquele tempo todo. Os assovios e as palmas a libertaram do transe e de todo o sentimento que ela colocou naquele recital. Mas o que encontrou gerou dúvidas.

As safiras estavam vacilantes, mais quentes e a boca aberta, a ponto de não ver sequer que Sasuke lhe falava qualquer coisa. Já a menina ficou estática no local e agradeceu a todos os santos quando o sinal da troca de aula soou. Recebeu os cumprimentos do professor, de alguns alunos e se perdeu em alguns burburinhos.

Caminhou anestesiada até a sua mesa e não percebeu quem se postou bem atrás de si.

— Hina...

Deu um sobressalto e arregalou os olhos ao ver a figura loira ali.

— Por algum acaso, a pessoa daquele texto... é... eu conheço?

— Sim, Naruto.

— E-Existe alguma chance de ser... e-eu?

— O que você acha?

Ele não sabia o que dizer, ela não sabia da onde tinha tirado forças para aquela afronta. Apenas virou-se para sua carteira e pegou o pacotinho que estava embaixo dela. Estendeu para ele:

— Feliz Dia de São Valentim, Naruto-kun!

E saiu às pressas da sala. Não voltaria mais aquele dia. Toda sua coragem tinha esvaído, porque tudo nessa vida tinha um limite. Principalmente, a falta de timidez dela.

5 Mars 2018 15:03 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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