Estrelas para você
Em dias estrelados, Mark admirava a constelação cintilar nos olhos pequenos de Donghyuck.
Os lumes do namorado fixavam com fascínio, venerando o céu e a Lua acompanhada por pontinhos brilhantes.
O garoto estava tão entretido que não percebera Minhyung olhando-o com tanto carinho e encantamento, perdido na beleza do amante. Mas Donghyuck conseguia sentir a palma quentinha envolvendo a sua, os dedos entrelaçados, enquanto o dedão de Mark lhe fazia um carinho gostoso.
— Eu gosto das estrelas, Makgeolli.
Minhyung riu profundo, assistindo seu nome sair errado – propositalmente – dos lábios de Haechan. A verdade é que o namorado lhe dara vários nomes, chamando-o até mesmo de Melt. E de forma alguma isso o chateava.
Riu, se aproximando do outro e roçando os lábios na bochecha cheinha.
— E eu gosto de você, Haechan — disse, mantendo os olhos fixos no rapaz para capturar qualquer reação.
Ele tremeu, rindo baixinho com o decreto confidencial.
— Você gosta do sol, Mork.
O que, de fato, não era mentira. Quando ambos se conheceram na casa de campo de Jeno, Mark estava tirando fotos onde o sol pudesse lhe fazer companhia na fotografia. Quando o amigo os apresentou, o Lee mais velho sussurrou que Hyuck era como o sol. Obviamente, Jeno entendeu o que ele queria dizer, mas levou meses para Donghyuck saber o real significado daquelas palavras, assim como se acostumar com o apelido de Haechan, que ele lhe deu.
Depois daquele dia, Hyuck importunava o mais velho com vários apelidos, tornando assim uma aproximação leve e descontraída.
Em momentos mais íntimos, Mark o chamava de Sunflower.
E Haechan, de Soulmate.
Sua figura, quase do mesmo tamanho, imaculada pelos casacos moletom deixava o Lee mais novo tão fofo. E Mark adorava comentar sobre isso, sobre como ele era radiante como o sol.
— Você é o meu sol, Haechannie.
Donghyuck virou para encará-lo surpreso, rindo do rosto vermelho casmir. Minhyung era extremamente tímido e se esforçava muito para demonstrar seus sentimentos para com o namorado. Era a sós que ele surpreendia Donghyuck com beijos quentes, abraços apertados e olhares apaixonados.
— Uhum, é sério? — o moreno decidiu brincar, arqueando uma sobrancelha enquanto a expressão quase indignada do parceiro ganhava vida.
— Haechan…
Não podia suportar as travessuras de Lee Donghyuck, afinal, quando ele sorria, seus olhos bonitos se escondiam, espremendo-se. A face arredondada era seu ponto fraco, quando escoltado pelo sorriso traquino, era sua perdição.
Mark sentia que estava caindo em um precipício.
— A gente vai ficar sozinho hoje? — O mais velho percebeu o toque aveludado e sugestivo na voz do Lee. Balançou a cabeça confirmando o momento solitário deles, antes de ter seu rosto puxado e lábios carnudos esmagando os seus.
— Estaremos sozinhos a noite inteira — sussurrou entre o beijo.
Ele não poderia esquecer da companhia da Lua e das estrelas, mas estava ocupado com a boca amassando os lábios alheios, devorando e acarinhando a língua de Hyuck.
Mark gostava do sol. Gostava do sabor dele, do corpo dele.
Amava ele.
Gostava de beijá-lo enquanto estavam deitados no último andar do prédio, isolados do mundo. Escondidos e perdidos no amor, descobrindo o quão bom era aquele frio na barriga, sendo vigiados pelas estrelas.
Donghyuck apreciava as estrelas porque elas o lembravam de Mark. Da primeira vez que o viu, como ele cintilou em seus olhos como um diamante. Um brilho tão intenso quanto o colar de estrela que ele carregava no pescoço.
E Lee Minhyung era fascinado pelo sol, porque Haechan era o seu Sol.
Abraçou apertado, sentindo seus fios azuis serem puxados. Os corpos colados, esquentando o outro, e para o canadense, ainda não parecia ser suficiente. Principalmente quando o trouxe para o seu colo, agarrando-o pela nuca para aprofundar o beijo.
— Mork, eu acho que escutei um barulho.
O de fios azulados não se importou, beijando seu namorado. Era óbvio que ninguém iria lá, a não ser…
— Ah, olha eles ali! — alguém gritou, assustando o casal.
— Hyung, eles estão aqui! — Era voz de Chenle, o grito fino era impossível de não reconhecer.
Donghyuck e Mark sentaram-se rapidamente, olhando confusos para os intrusos. Jisung e Chenle não pareciam estar sozinhos.
— Mark disse que ia sair com Haechannie, mas não disse pra onde. Imaginei que vocês estariam aqui, sozinhos. — A figura alta de Johnny atravessou a porta, encarando Mark profundamente ao dizer as últimas palavras.
— Johnny nos convidou também. Ele disse que o Haechan gosta de vir aqui à noite. Todo mundo veio.
Taeyong estava acompanhado de um grupo de meninos enquanto carregava um sorriso gigante no rosto. Jungwoo logo se aproximou também, sentando rente ao casal.
— Olha aquela estrela, Haechannie — ele falou animado, apontando para o pontinho brilhante.
O lugar logo foi tomado pelo grupo de pessoas, até mesmo Jeno e Jaemin sentaram-se ali. O espaço foi se esgotando e Haechan e Mark se levantaram, rindo.
— Eu tô de olho em você. — Johnny bateu duas vezes no ombro de Minhyung, confortando-o.
Demorou um tempo para que os corpos do casal esfriassem e ambos se jogaram no sofá velho, de mãos entrelaçadas. Os dedos unidos enquanto sorriam um para o outro, não se importando com o barulho da conversa alta.
Talvez as estrelas tivessem mais companhia naquela noite.
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