Fortes rajadas de vento sopram as folhas pertencentes às árvores ao redor dessa maneira bonita. Os pneus do carro estão rolando sobre a estrada de cascalho quando nos aproximamos da outrora bela mansão dos meus avós; agora, parece isolada e sem vida. Mamãe me contava histórias de crescimento aqui, pelos sons de que eles se divertiram muito na infância. Agora a mansão fica vazia, sem vida à vista. Meus avós morreram há alguns anos, e minha mãe se mudou para uma cidade diferente desta cidade tranquila muitos anos antes, quando ela era uma mulher mais jovem, para começar sua própria família com meu pai. Enquanto meu pai está estacionando o carro, mamãe se vira para mim do banco do passageiro da frente, ela pega alguns fios de seu cabelo loiro atrás de sua orelha perfurada.
Ela diz: “Só estaremos aqui por alguns dias; devemos coletar seus pertences antes que o lugar seja vendido.”
Eu posso sentir os olhos azuis claros dela ainda olhando para mim. Eu coloco meu dedo indicador em uma palavra que estou lendo, olhando para cima do meu livro, parando de ler para responder.
“Tudo bem, mãe, desde que eu não esteja com frio e tenha um lugar para dormir.”
Papai entra, dizendo: “Claro, há um lugar para dormir, meu garoto. Olhe para o tamanho deste lugar; vá e explore.”
Enquanto o papai sai do carro para desempacotar as coisas do porta-malas, o papai segue o exemplo dele enquanto eu coloco meu livro na minha mochila.
Estou de pé na frente da antiga mansão dos meus avós enquanto meus pais levam algumas caixas planas pela porta da frente. A beleza pura deste lugar, eu já sei neste dia de feno desta mansão, quando os jardins estavam bem arrumados, eles teriam ficado incríveis, agora não tão cobertos de vegetação e selvagens. Eu caminho até a enorme fonte de três níveis, pensando em toda a diversão naqueles dias quentes e ensolarados de verão que eu teria tido; brincando dentro, eu não gostaria de brincar lá agora; eu sairia parecendo um monstro do pântano. Quem quer que compre este lugar tem muita limpeza, e isso é apenas do lado de fora. Eu me aproximo da porta da frente enquanto o papai passa por mim para pegar algo do carro, arrasando meu cabelo loiro no processo.
A primeira coisa que noto assim que entro pela porta é o enorme lustre, que já foi a obra-prima desta casa, agora coberta de teias de aranha; você precisaria de um longo espanador de penas para limpá-los. Eu continuo explorando mais desta mansão, subindo os degraus para ver o que está lá em cima.
Eu ouço o papai gritar: “Eu entendi, querida!”
Posso ouvir a mamãe arrumando as coisas enquanto subo as escadas.
A noite começou, e a mansão se tornou um pouco mais assustadora, pois não há eletricidade, então temos velas acesas piscando por toda parte, obrigado à pessoa que inventou a lanterna também. Papai saiu e pegou uma comida chinesa para mim, para a mamãe e para ele. Estamos sentados ao redor da mesa da sala de jantar, comendo. Posso ouvir a chuva ventoosa nas janelas enquanto vejo os galhos das árvores se movendo ao vento, como uma pessoa alegre dançando em uma boate. Minha atenção se volta para o crocante de um biscoito de camarão entre os dentes do meu pai, eu pego um pouco de frango no meu garfo.
Eu pergunto à mamãe: “Como eram a vovó e o vovô?”
Enquanto eu como a comida do meu garfo, ela diz: “Eles eram pessoas muito amorosas; eles realmente gostaram da diversão da vida.”
Eu respondo: “Aposto que você se divertiu muito na fonte crescendo, mãe.”
Ela coloca seu copo de suco no chão depois de dizer: “Todos nós colocamos; éramos sete, então os mantivemos na linha dos pés.”
Continuamos falando durante o jantar, e é bom ver mamãe e papai relembrando sua infância e aprendendo coisas novas sobre meus avós.
Eu deito na cama com uma luz de velas piscando ao meu lado. Mamãe me disse que este quarto pertencia a um de seus irmãos mais velhos. Eu coloquei meu livro na cama, e tudo o que consigo ouvir são os galhos batendo contra a janela. Todo som parece amplificado à noite. Tudo em sua casa tem lençóis brancos ou cinzas sobre ele para mantê-lo protegido. Eu saio da cama para ir ao banheiro com minha lanterna na mão.
Fechei a porta do banheiro rangente atrás de mim, atravessando o patamar passando pelo quarto em que meus pais estão dormindo, apontando a lanterna para um retrato de família pendurado de meus avós com todos os seus filhos em pé em frente à fonte. Olhando mais de perto para o meu avô, percebo que ele está apontando para algo discretamente. Começo a me perguntar se a foto foi colocada aqui de propósito. Eu sigo com a lanterna na mão para a direção que ele está apontando, atravessando o pouso. A luz brilha em tudo o que passo, de pé no final do corredor, na frente de um relógio de avô coberto, ouvindo o tique-taque, eu puxo a tampa cinza empoeirada para revelá-la em toda a sua glória, com seu pêndulo dourado oscilante. Eu olho em volta com a lanterna para ver se há algo escondido atrás.
O dia seguinte é melhor; não chovendo ou ventando, e o sol saiu para brincar. Enquanto meus pais estão lá embaixo, empacotando os pertences dos meus avós em caixas para as pessoas da remoção levarem, eles devem vir amanhã de manhã. Estou de volta, olhando para o relógio do avô. Olhando ao redor da parte de trás, vejo um contorno de uma porta escondida. Decidi tentar mover o relógio, com alguma dificuldade, consegui tirar o relógio do caminho. Eu empurro para baixo em um canto da porta escondida, e ela se abre.
A luz de velas cintilante salta das paredes enquanto eu caminho pelo corredor escondido, entrando em uma sala secreta. Eu olho em volta; a sala à luz de velas está cheia de estantes cheias. Em frente a onde estou, posso ver uma porta fraca que terei que explorar mais tarde. Eu visto um castiçal meio usado em seu suporte dourado em uma mesa no meio da sala. Então eu vou até lá e acendo minha vela. A sala se ilumina mais quando vejo uma máquina de escrever antiga com um pedaço de papel carregado nela. Eu vou pegar o jornal quando de repente.
Eu sinto uma mão no meu ombro que me faz pular da minha pele, rapidamente me virando para ver minha mãe parada lá.
Ela ri de mim, pulando, depois que diz: “Uau, isso é incrível; eu nunca tinha visto este quarto antes em todos os anos em que morei aqui.”
“É incrível. Você acha que era o quarto secreto do vovô?” Eu pergunto.
Minha mãe caminha até a máquina de escrever; há uma foto em uma moldura de madeira de sua mãe e seu pai em seus dias mais jovens. Mamãe pega o jornal de dentro para ler. Os olhos dela escanejam as palavras impressas. Ao olhar para os livros nas prateleiras, percebo que todos eles têm o nome do meu avô como autor, e coleciono alguns para ler mais tarde.
Mamãe responde: “Sim, foi; pelo que posso entender, ele costumava escrever aqui porque era muito pacífico; também diz que nenhum desses livros foi publicado.”
“Eu me pergunto se Nana sabia sobre este quarto,” eu digo.
Eu caminho até a lareira ao lado da outra porta com a vela na mão. Há uma foto pendurada acima da mamãe ao lado de seus irmãos brincando no topo de uma colina, e a foto parece ser pintada à mão.
Eu digo: “Teremos que limpar esta sala, eu quero ler todos os livros que o avô escreveu.”
Mamãe pergunta: “Nós vamos, eu quero as fotos. O que há lá embaixo?”
“Eu não sei. Eu ainda não explorei lá embaixo”, eu respondo.
Mamãe diz: “Vamos olhar; agora estou curioso.”
Nós dois atravessamos a porta para descer uma escada em espiral que leva a uma parede—uma corrente descendo na frente da parede ao lado de uma escada de metal enferrujada. Eu decido puxar a corrente que leva um puxão duro. A água começa a pingar para derramar; saltamos de volta do caminho de ficar encharcado enquanto vemos um pouco de luz solar passando pela lacuna. Nós nos aventuramos para cima para ver onde isso nos levará, e eu subo a escada primeiro com a mamãe em busca.
A fonte se abriu enquanto estamos em frente à mansão; podemos ver o papai empacotando algo em uma caixa; ele olha pela janela, tendo que nos levar duas vezes para lá; ele parece espantado.
Espero que você tenha gostado de ler isso e fique de olho nos capítulos seguintes no futuro.
Shaun Waller
