Sentada enquanto escreve, o coração martela o peito. A alma grita em busca de socorro mas nada parece ouvi-la.
Tap, tap, tap.
Letra após letra marca o papel amarelado.
Tec, tec, tec.
Os tiros da máquina ecoam pelo quarto.
No silêncio da noite, ela e Deus são os únicos acordados.
Tec, tec, tec.
Teclando e tentando tocar o coração daquele que está além do teto.
Tap, tap, tap.
O conflito corrói as cordas que, cativa, a conservam.
Cães carniceiros clamam cobiçando sua cabeça.
Essa repetição não tem fim? Latidos longínquos a lembram do hoje. Assobios soprosos sofrem para solucionar a sensação de solidão
Pra que pontuar procurar pensar…
Ainda solitária, iluminada pelo sol, continua teclando, teclando, teclando.
Talvez as teclas traduzam a tormenta do interior dela.
Talvez o contorcer e entrelaçar das letras tentam… Tentam o quê? Tropeços e mais tropeços! Trupicam e triplicam as tribulações.
Sonhos selvagens sorriem sempre distantes. Soluções sem assentamento escorrem de suas mãos. A fumaça da vida se esvai no insuficiente segundo da existência.
Tic tac.
Merci pour la lecture!
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