stwarlight Max

Eu enterrei meu amor para dar o mundo a você. O mundo que você queria. ⎾tiffany!centric — taeny!taengsic — amor incorrespondido — oneshot ⏌♡⎾moondust, jaymes young⏌


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#girls generation #yuri #pansexualidade #bissexualidade #oneshot #fluffy #songfic #taeny
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CAPÍTULO ÚNICO: Poeira Lunar.

Remetente: Tiffany Hwang.

Destinatário: Lua.


Há uma experiência que eu particularmente nunca havia passado.


E, embora soe extremamente egoísta e imaturo, eu preciso dizer que fora você a me apresentá-la, Taeyeon.


— Tiffany, eu preciso que você me ajude a conquistar a Jessica — você soltou, por fim, deixando que um grande suspiro escapasse por entre seus lábios, como se houvesse tirando um peso gigante de seus ombros.


Seu tom havia sido ofegante; apreensivo, inquieto. Seus olhos suaves me encaravam com ansiedade e eu quase podia ver uma preocupação alarmante se apossar de seu olhar.


Eu não consegui lhe dizer nada, pelos primeiros dez segundos. Foi apenas ao notar seu olhar arrependido que eu me recompus, lhe oferecendo um sorriso suave, embora forçado. Mas você nem ao menos percebeu aquilo, imersa demais na própria ansiedade e inquietude para uma afirmação da minha parte.


Eu demorei mais alguns segundos antes de conseguir formular uma resposta coerente.


— Tudo bem, eu te ajudo — o tom em minha voz era falho, mas eu disfarcei diante de suas sobrancelhas franzidas, dizendo ser um sinal de um possível resfriado.


Seus olhos passeavam por todo o meu rosto, como para ter certeza de que sim, eu estava falando a verdade. Após alguns segundos, um sorriso de canto nasceu em seus lábios.


— Tudo bem — O brilho que havia assumido seu olhar era como pequenas estrelas cintilantes — Mas, de verdade, Tiffany... você vai me ajudar?


Não, eu não queria lhe ajudar. Não queria, de forma alguma, te entregar à outra, Taeyeon. Pensar em fazer aquilo soava como se mil flechas me acertassem em cheio, de forma lenta, dolorosa; causando pontadas intensas em meu coração.


E por mais que eu quisesse negar e explodir tudo que eu guardava há anos, eu apenas me limitei a um acenar de cabeça e uma fraca afirmação.


Eu estava quebrada.


Talvez essa fosse a experiência de ter um coração partido.


— É claro.


Minhas mãos, por baixo da mesa, amassavam a pequena carta que continha todos os meus verdadeiros sentimentos por ti. Eu nunca havia sido boa em me expressar e aquela era uma forma que eu havia encontrado de lhe confessar tudo que eu sentia de uma vez por toda, mas eu havia sido subitamente distraída pela preocupação e ansiedade anormal em seu olhar. E então, adiando um pouco todo o discurso e preparação psicológica que eu havia treinado por semanas, deixei que você me contasse tudo que lhe afligia e; bem, você contou, desde quando conheceu Jessica, os sentimentos confusos que transbordavam em seu peito e de como se sentia estranhamente bem perto dela.


E eu murchei, incapaz de dizer qualquer coisa, prestando um papel simples de uma ouvinte atônita.


— É que... — seu olhar passeou por toda a lanchonete. — Eu, sei lá, Tiffany! Eu nunca me interessei por uma garota antes e... você é a única pessoa que eu conheço que já teve experiências desse tipo e eu estou muito nervosa e confusa e... argh.

Em uma situação diferente, eu teria lhe sorrido verdadeiramente, acenando várias vezes com a cabeça para lhe passar algum tipo de confiança enquanto tentava lhe acalmar. Mas, por mais que odiasse, estava agindo como no Piloto Automático, embora tentasse ao máximo parecer natural.


Mas aquilo era impossível, Taeyeon.


Por algum motivo, tudo estava doendo tanto...


— Tudo bem — disse, tentando ao máximo buscar confiança em minha voz. — Isso é normal, Tae. Está tudo bem. Você pode contar comigo, certo? Eu vou te ajudar. Em tudo.


Seu olhar encontrou o meu. Eu nunca vou conseguir descrever o que senti exatamente nesse momento.


Era um olhar brilhante; esperançoso e feliz. Era como a lua; bonito como ela. Seu olhar refletia um céu inteiro, e por mais que eu quisesse participar de umas das tuas constelações, eu não conseguia.


— Obrigada, Tiffany... — sua voz era suave.


Havia uma dor instalada no meu peito que fazia com que meus olhos subitamente lacrimejassem.


Eu não sei se você percebeu isso também, Tae. Mas eu espero, sinceramente, que não.


— Relaxa, — murmurei, tentando soar descontraída, embora eu própria devesse desesperadamente seguir aquele conselho. — sou sua melhor amiga, certo? E é isso que melhores amigas fazem. Elas ajudam uma a outra.


Você sorriu.


E pela primeira vez, a sensação de te amar me pareceu sufocante. Perigosamente sufocante.


Acho que essa era, definitivamente, a dor de um coração partido.


❥ ❥ ❥ ❥ ❥


Era difícil conter as emoções diversas, os sentimentos que, embora amenos, agora faziam questão de se rebelar contra o meu peito, me deixando em uma corda-bamba a cada vez que eu arriscava te observar. E, embora às palavras subissem pela minha garganta numa corrida desesperada para serem libertas, eu sempre fazia questão de pará-las, refreando a súbita vontade de expor todos os meus sentimentos para ti de uma vez por toda, ignorando tudo que você havia me dito e todo aquele seu pedido.


Mas eu não podia. Não naquele momento em que você, alegremente, me contava todos os seus planos mirabolantes para conquistar a tal Jessica Jung.


Estava se tornando difícil; difícil manter aquilo resguardado, coberto por uma camada de medo e receio de perder sua amizade e estragar toda aquela tua súbita felicidade caso eu, irresponsavelmente, me confessasse.


Eu nunca poderia saber sua reação e eu tinha medo de arriscar, Taeyeon. Eu tive medo por tanto tempo que, quando finalmente o sopro de coragem bateu contra o meu rosto, foi tarde demais.


Foi naquela quarta-feira à tarde que eu decidi desistir de você.


Mas, veja bem, a gente não manda no coração, não é? Aquele sentimento permaneceu comigo por todos os dias seguintes. E semanas. E então meses.


Nos encontrávamos, como sempre, toda quarta-feira para discutir sobre os teus planos. E o que antes era um encontro para discutirmos bobeiras e a beleza da lua enfeitada com suas estrelas, já agora era apenas um dia reservado especialmente para ti e essa tua paixão arrebatadora.


E tudo que eu podia fazer era mandar meus sentimentos à lua, nossa antiga confidente.


E eu sinto falta da nossa selenofilia, Taeyeon.


Eu sinto falta de te considerar a minha lua.


— Nós vamos sair nessa quarta — seu tom animado voltou a me atingir.


Seus cabelos, agora tingidos de um negro com luzes azuis que mais se assemelhavam ao céu à noite, caiam suavemente pelo seu rosto, me fazendo ter vontade de tocá-los.


Eu ainda tinha vontade de lhe tocar, na verdade.
Embora eu tentasse evitar, eu te amava cada vez mais.
E não havia imensidão suficiente para descrever todo aquele turbilhão de sentimentos.


— Isso é ótimo — acenei, esboçando um micro-sorriso.


Você não o retribuiu, entretanto.


— Tiffany, você está bem? — seu olhar preocupado mirou o meu.


— Sim, Tae — murmurei. — Apenas, você sabe, gripe e essas coisas.


Sua feição suavizou. Estávamos na mesma lanchonete de sempre, discutindo a mesma maldita coisa de sempre.


— Você devia tomar algum remédio, Fanny-ah — suas sobrancelhas se franziram. — Me preocupo contigo. E você vem andado estranha há alguns meses... está mesmo tudo bem?


Era ridícula a forma em que simples coisas faziam com que uma bolha de esperança flutuasse por todo o meu corpo.
Era ridículo, doloroso e irritante.

Eu não podia alimentar falsas esperanças, não quando você me via como uma irmã. Não quando eu estava, justamente, lhe ajudando a conquistar uma outra pessoa.

Eu não podia me permitir fazer aquilo.

Era cruel demais.


— Sim — reforcei. — Está tudo bem, Taeyeon.


— Certeza?


— Claro — disse mais uma vez, dessa vez soando o mais firme que eu consegui. — E então, que tal falarmos sobre o seu novo mundo? — desconversei.


— Novo mundo?


— É, a tal Jessica Jung e isso — forcei um riso, vendo seu rosto enrubescer.


— Ah, Tiffany... — apoiou sua cabeça na mesa. — Acho que, se eu pudesse, eu entraria nesse meu mundo de Jessica Jung e não saia nunca mais. Nunca mais mesmo.


Eu sorri.


Embora eu saiba que doa, Taeyeon, eu continuo fazendo isso.

Por favor, me responda. Por que eu continuo fazendo isso?

Eu não entendo. Eu não consigo entender.


Talvez fosse o seu sorriso. Talvez fosse seu comportamento exageradamente feliz. Talvez fosse seu olhar brilhante.


Eu não sabia, eu realmente não sabia o que era, mas eu continuava fazendo aquilo. Eu continuava te dando conselhos, te ajudando a conquistar outra pessoa quando o que eu mais queria era que você olhasse para mim, apenas para mim, por um segundo e de forma diferente.


Eu desejava, do fundo do meu âmago, que você me olhasse como uma amante. Como alguém que você poderia amar e beijar de diversas formas.


Eu sempre estaria lá por você, Taeyeon. Eu sempre seria sua melhor amiga, embora doesse, de certa forma, me limitar apenas a isso. Eu queria mais, entretanto, não podia ter.


Todos os dias – especialmente às quarta-feiras – eu pedia à lua forças suficientes para superar a dor de um coração partido. Eu ainda anseio em ouvir a sua voz. Eu ainda anseio em te ver, te abraçar e estar com você. Eu ainda quero isso, Taeyeon.


Mas não há nada que eu possa fazer, exceto enterrar o meu amor por você.

Eu fiz o possível para enterrar este amor. Para jogá-lo no espaço, afundar na maré ou apenas fazê-lo desaparecer a cada vez que eu te via com ela.

Mas, sabe, Taeyeon; doeu. Todas às vezes que eu tentava, doía. Era como reprimir algo que fazia parte de mim.


Mas no final, tudo deu certo, não é mesmo?


Você agora tem o seu mundo, Tae. Embora eu ainda me sinta uma astronauta perdida em um mundo esquecido.


Um mundo que você esqueceu.

O nosso mundo.


Talvez você me chame de egoísta ao ler esta carta. Se você ler esta carta.


Mas é difícil, Taeyeon. Há uma sequência de narrativas que eu gostaria de esquecer; mas é impossível.


Você ganhou o seu mundo.


E eu perdi o meu.

Eu enterrei meu amor para dar o mundo a você..

O mundo que você queria.

Eu, finalmente, escondi meu amor na poeira lunar.


Ciente de que a luz proveniente dos astros seria o suficiente para me fazer seguir em frente. 

26 Février 2018 01:11 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Max uma pessoinha legal que curte star wars, fanfictions (principalmente) de fantasia e com presença de casais/personagens lgbtq+. eu sou uma boa companhia, juro <3

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