katanakuro Katana Kuro

Todos as histórias são feitas de encontros, momentos e descobertas, a deles não podia ser diferente.


Fanfiction Interdit aux moins de 18 ans.

##Naruto # Naruto/Sasuke
Histoire courte
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A história de nós dois

A primeira vez que se viram tinham 06 anos, o garotinho loiro andava feliz pelo parque com seu enorme cachorro, Rasengan, quando o dito cujo viu de longe com sua visão canídea aguçada algo que lhe despertara interesse. Com toda sua força de filhote de cachorro saiu arrastando o pequeno que se viu sem escolhas a não ser seguir o animal. O garotinho não entendia o motivo da corrida, até ver mais a frente um gato preto sentado lambendo as patas.

Rasengan tinha achado seu novo passatempo.

Ao longe, um garoto moreno, via uma confusão de laranja e amarelo correndo rumo ao seu gato Chidori. Olhando melhor viu que a confusão de cores berrantes era na verdade um enorme cachorro, o que lhe serviu de incentivo para pegar o felino no colo, visando o livrar de seu inimigo natural.

Rasengan não queria desistir do bichano, constatou o loiro quando seu cachorro foi pra cima do animal, agora no colo do moreno, causando por consequência uma queda em conjunto.

– Oe Dobe, saia de cima de mim. – Uma voz infantil ordenou.

Só ai percebeu que ainda estava no chão e que na verdade não era o chão que estava fofinho mas sim o garoto sobre o qual caíra. Levantando-se ajudou o outro a fazer o mesmo.

– Gomem. Daijou-bo ka? – questionou sinceramente.

– Daiju-bo. – respondeu emburrado pelo tombo.

Então finalmente olharam para face um do outro, fazendo com que os olhos se encontrassem. Os azuis da cor do céu, nos negros da cor da noite sem estrelas.

– Seus olhos são muito bonitos! – elogiou o loirinho em toda sua inocência infantil.

As bochechas pálidas do de orbes ônix se pintaram de carmesim.

– Qual seu nome? – questionou antes mesmo que o outro pudesse responder o elogio. Sua mãe sempre lhe falava que era um tagarela, mas ele amava falar ora.

– Uchiha. Uchiha Sasuke.

– Prazer Sasuke. Sou Uzumaki, Uzumaki Naruto.

– Naruto!! – Uma voz ao longe gritava.

– Ah. A kaa-san tá chamando. Foi bom te conhecer Sasuke, mas tenho que ir agora. – falou já se afastando. – Jya nee!

– Jya. – virou vendo o loiro tagarela ir de encontro a uma mulher ruiva, que lhe agarrava as orelhas gritando algo como “pare de fugir datebanne” “ mas eu não fugi, só sai dattebayo”. Aquela certamente era a mãe dele. constatou com um mínimo sorriso nos lábios.

A segunda vez que se encontraram foi um mês depois, Sasuke estava sentado sozinho no banco do pátio da escola primária de Okinawa. Era seu primeiro dia de aula, e sentia vergonha demais para que conseguisse sair se seu lugar e tentar fazer amizades. Problema esse que logo foi resolvido, quando ouviu uma voz gritar seu nome.

– Sasuke!! – conhecia aquela voz de algum lugar, tinha certeza disso.

Estreitando os olhos, viu vindo em sua direção um garoto loiro vestido com uma blusa branca com um redemoinho estampado, bermudas negras, e sapatênis azul escuro. Já o vira em algum lugar.

– Oe Sasuke!!

– Eu conheço você?

– Ora seu Teme, já se esqueceu de mim?! Sou eu, Naruto. – ficou indignado, já tinha esquecido de si?!

Agora se lembrava, ele era o garoto do parque.

– Não me xingue Dobe. E eu só te vi uma vez, como quer que eu lembre?

Naruto poderia até responder a pergunta, não que tivesse alguma resposta boa, mas do mesmo modo que era de se amuar facilmente também não guardava mágoas sem sentido. Sendo assim, logo se esqueceu do fato do Uchiha não ter lhe conhecido e saiu apresentando-o para todos seus novos amigos.

Uma bela amizade se iniciava ali.

A primeira vez que Sasuke sentiu seu coração falhar uma batida, foi aos 15 anos. Tinha sofrido um acidente com o skate, tentara fazer uma manobra que não fora bem sucedida, resultado: um braço quebrado, e uma batida no crânio que o deixara em coma por três dias. Se lembrava de no meio da escuridão de sua mente, escutar frequentemente uma voz lhe pedindo para voltar, diferente de quando tinha entrado no primário reconhecera a voz imediatamente. Era a voz de Naruto. Durante os três dias de coma, viu sua vida passar diante de seus olhos fechados, e quando finalmente despertou a primeira coisa em seu campo de visão fora os anises, que pareciam ter ganhado um brilho a mais.

Antes que pudesse visualizar o rosto tão conhecido por si, fora subitamente abraçado pelo loiro.

– Não me assuste assim bastardo, eu achei que fosse te perder porra! – A súplica na voz rouca fez seus olhos marejarem, e ali no aperto daquele abraço, Sasuke pode sentir seu coração bater contra as costelas. Tum,tum,tum,...,tum. Uma batida falha, soube ali que sua vida nunca mais seria a mesma com aquele Usurantokashi.

A primeira vez que se beijaram foi aos 18 anos, Fugaku e Mikoto, pais de Sasuke, foram viajar numa espécie de lua de mel, e como não queria ficar sozinho em casa resolveu passar a semana com Naruto, moravam relativamente perto, e a casa do loiro era praticamente sua segunda casa já que passava mais tempo lá do que na sua própria. Ao chegar na casa do Uzumaki, foi logo recebido por um furacão vermelho.

– Sasuke-kun, entre. O Naruto está lá no quarto. – falou Kushina mãe do dito cujo, na maioria das vezes ela era uma mulher muito doce, no entanto era melhor não irritá-la, Fugaku que o diga, certa vez ele sem querer quebrou um dos pratos - de cristal - dela, e fora um Deus nos acuda, se não fosse por Minato e Naruto, seu pai estaria a sete palmos do chão, daquele dia em diante o Uchiha nunca mais encostou na prataria da Uzumaki.

– Licença. Vou ver o que aquele Dobe tá aprontando.

Como já era de costume subiu para o segundo andar, chegando ao quarto do Uzumaki entrou sem bater, mas diferente das demais vezes o loiro não olhou para sua direção, continuou com os fones nos ouvidos parecendo muito concentrado na tela do notebook. Curioso Sasuke se aproximou e seu coração contraiu-se no peito ao ver que o que tanto roubava a atenção do outro era uma garota, a mesma possuía longos cabelos preto azulados e olhos curiosamente lilases, e pela forma que sorria podia deduzir que ela e o loiro eram íntimos. E aquela dedução tirou um pouco da cor de seu mundo. Será que aquele Dobe tinha arranjado uma namorada? Não, não podia ser, senão já saberia, do jeito que ele não conseguia guardar nem segredo dos outros veja lá seus próprios.

– Ah oi teme, nem percebi que tinha chegado. – disse tirando os fones do ouvido.

– É, percebi. – a voz saiu mais ressentida do que queria.

– Hey, essa é a Hinata. – apontou a garota na tela, que acenou pra si com um sorriso pequeno. – Hina esse é o Sasuke-Teme.

Mesmo a contragosto acenou para a garota.

– Ei Hina, eu vou ter que desligar. Outro dia a gente termina nossa conversa. Ai você me responde aquele negócio. – o loiro voltou a atenção para a garota.

Por conta dos fones, o Uchiha não conseguia escutar o que a mesma falava, mas pelo movimento dos lábios entendeu algo como “Também tenho que ir Naruto, e quanto a minha resposta, vai ter que arrumar melhores argumentos pra me convencer. Sayonara”

Afinal de contas que diabos de resposta era essa? Odiava ficar por fora das coisas, ainda mais se elas envolvessem aquele Usurantokashi.

Naruto percebera que Sasuke estava quieto, talvez para os outros ele estivesse normal, nunca fora um tagarela igual a si, mas o de orbes anises sabia que aquela estava longe de ser a quietude normal do moreno, tinha algo de errado acontecendo. E como o bom curioso que era não pode deixar de tentar descobrir.

– Ne Teme. O que você tem? – Questionou pra o outro que estava sentado no futon com os olhos na tela do smartphone.

– Nada.

– Como assim nada? Você está quieto.

– Ao contrário de você eu não sou barulhento. – Resmungou, irritado.

– Não estou dizendo que você e tagarela, mas você está mais quieto que de costume. Então o que aconteceu? – Retornou a questão, já impaciente.

– Nada.

A impaciência lhe subiu a cabeça e o Uzumaki sentou-se no futon alheio frente a frente com Sasuke. Sabia que o mesmo nunca conseguia mentir olhando nos seus olhos.

– Vou repetir. O que diabos aconteceu?

Ele estava perto, perto demais. E talvez esse fosse o motivo de ter dito a verdade, nunca conseguia mentir olhando para aqueles olhos que pareciam um pedaço do céu.

– Ela aconteceu droga!

– Ela? Você tá afim de alguma garota Sasuke. – Talvez se tivesse prestado mais atenção, o Uchiha teria percebido a tristeza presente na voz de Naruto.

– Não, porra eu não to afim de ninguém. Já você...

– Pera. ‘Cê ‘tá falando da Hinata ttebayo? – Estava visivelmente confuso.

– Ah então você admite. – Novamente a voz estava mais rancorosa do que se permitia normalmente, o que não passou despercebido pelo loiro.

– Você tá com ciúmes da Hina Teme? – Sussurrou no ouvido alheio.

A voz rouca causou um arrepio involuntário no moreno, o que fez o loiro dar um sorriso imperceptível.

– Porque se estiver, não precisa se preocupar. A Hina tem namorada, a Sakura.

Namorada? Então ela era lésbica? Com a descoberta se sentiu um pouquinho tolo pelo gelo que dera no outro o dia todo.

– Hn. – apenas isso, hn. Sua mente naquele momento não era capaz de pensar algo melhor, não com aqueles lábios cheios tão perto doa seus.

Naruto sempre fora bom com pessoas, e com Sasuke era melhor ainda, portanto notou a batalha mental do mesmo, antes mesmo que ele. Sendo assim tomou uma atitude para findar a batalha mental alheia e a sua própria.

Tomou os lábios finos pra si. Nunca fora uma pessoa calma, pelo contrário, era muito hiperativo, porém naquele beijo deixou que toda a calma que possuía fluísse, desejava passar através do ato tudo o que sentia. E a julgar pelo modo como as mãos esguias adentraram em seus cabelos pode concluir que fora bem sucedido.

– Há quanto tempo? – Questionou o moreno ao se separar.

Não precisava ser nenhum gênio para imaginar o que ele queria saber, sendo assim logo tratou de responder-lhe:

– Desde os 15, no dia em que você ficou em coma.

No mesmo dia que si, parecia que por mais opostos que fossem em termo de personalidade, o sentimento era totalmente igual, uma igualdade para equilibrar uma diferença, uma fórmula perfeita.

– E você?

– No dia em que acordei do coma.

– Parece que somos complementares Teme.

– E você ainda dúvida?

Contudo Naruto nunca chegou a responder a pergunta, pois seus lábios logo foram tomados.

O momento mais feliz da vida de Sasuke ocorreu aos 25 anos, estava voltando do escritório, trabalhava como advogado no escritório da família, quando recebeu uma mensagem de Naruto.

Dobe: Hey Teme, sinto muito mas ñ vai dar pra jantarmos fora hoje.

Dobe: É que surgiu um paciente de última hora.

Aquela informado não o deixou nada feliz, todavia nada podia fazer, Naruto era um renomado psicanalista, tinha sua própria Clínica mas sempre gostara de ajudar os outros, então uma vez no mês ele fazia plantão no hospital central de Okinawa, o fazia feliz, e se Naruto estava feliz Sasuke também ficava.

Teme: Ok. Acho que vou assistir algum filme, e terminar uns documentos.

Teme: Ah, vou passar no mercado vai querer alguma coisa?

Teme: Que não seja ramen.

Dobe: Poxa Teme você acabou com minha alegria.

Dobe: Compra ração pro Kurama.

Kurama era o novo cão de Naruto, Rasengan tinha morrido quando o loiro tinha quinze anos, Sasuke também arranjara um novo gato Susano’o, Chidori tinha sumido e nunca mais voltado. Gato ingrato.

Teme: Wakata. Jya nee.

Dobe: Jya nee. Aishiteru Teme.

Como já era de costume ao ouvir ou ate mesmo ler aquelas palavras o coração falhou uma batida.

Teme: Aishiteru mo, Dobe.

Como dito passou no supermercado, comprou alguns alimentos, incluindo seus preciosos tomates, e os ingredientes para um ramen caseiro, que considerava menos pior que o instantâneo que aquele Usurantokashi tanto gostava, ração para Kurama e Susano'o e um bom vinho.

Ao chegar no apartamento foi logo recebido pelos dois animais, que animados corriam em sua direção, ou melhor na direção da sacola de ração. Dividia o apartamento com Naruto, desde os 22 anos, namoravam há 6 anos, morar juntos não seria um problema e se Naruto vinha Kurama vinha de brinde, não que isso fosse um problema. Pelo contrário, gostava do cachorro, e ao contrário de Rasegan ele também gostava de si, e até mesmo de Susano'o que vivia mexendo em seus brinquedos e tomando a atenção de seu dono. Eles eram uma boa companhia, no final das contas.

– Hey amigos, aquele Dobe não vai chegar por tão cedo. – avisou, deixando as comprar de lado para acariciar-lhes o pelo. – Então hoje sou só eu mesmo.

Levantou e foi direto para o banho, a água fria ajudava a aliviar o stress sofrido no trabalho, porque sinceramente os Uchihas mais velhos que trabalhavam consigo eram um tremendo pé no saco. Saiu do banheiro trajando apenas uma calça de malha e se dirigiu a cozinha do apartamento, como seria só ele, resolveu esquentar uma fatia de pizza que restara da noite anterior. Ao terminar, pensou em ir terminar alguns documentos que eram pra próxima semana, detestava acumular trabalho, porém ao olhar para a cama tão convidativa resolveu que deixaria aquilo para mais tarde, o cansaço falava mais alto.

No outro dia quando acordou Sasuke passou instintivamente a mão no lado oposto da cama, não obstante ao contrário do esperado não havia nada lá. O local estava vazio e frio. Levantou-se e se dirigiu a cozinha, Naruto já devia ter levantado já que não estava na cama se bem que era muito, muito estranho mesmo aquele preguiçoso levantar uma hora daquelas num sábado. Não eram nem 10 horas ainda. Os passos ainda lentos por conta do sono saíram mais lentos que de costume.

– Dobe. – chamou quando não avistou-o na cozinha.

– Dobe! – Nada. – Naruto! – Sem resposta novamente.

Ora essa onde diabos aquele baka tinha se metido.

Voltou pra sala, e olhando melhor não viu nenhum sinal de que ele sequer tenha voltado, foi para o banheiro e olhou a pilha de roupa suja. A que o loiro estava no dia anterior não se encontrava no monte. Iria retornar sua busca, todavia foi interrompido pelo toque do celular, voltou para o quarto e pegou-o. O nome Itachi brilhava na tela.

– O que foi? – disse ao atender.

– Nossa outouto, e assim que você trata seu nii-san? – Poderia ate se sentir um pouco culpado se a voz do outro não estivesse com indícios de deboche.

– Claro que não. Se você continuar enrolando vou tratar muito pior.

– Hunf. É isso que eu ganho por tentar falar com meu próprio irmão.

– Deixe de lado a chorumela e desembucha. Tenho que encontrar o Naruto.

– Ah sim. Não adianta procura-lo, ele nunca chegou. – Avisou naturalmente.

– Como sabe disso? – Estava intrigado.

– Ele me ligou umas quatro da manhã e avisou que teve de estender o plantão. Só volta umas três da tarde.

– Certo, obrigado por avisar. Mas o que você queria?

– Ah sim quero que vá comigo a um lugar.

– Que lugar? – questionou receoso, vindo de Itachi, não podia der nada bom.

– Um casamento. É que eu fui convidado e não quero ir sozinho. Você sabe que o Shisui está viajando.

– Wakata. – resmungou, quanto mais vedo aceitasse, mais cedo Itachi pararia de lhe atormentar.

– Certo então abra a porta pra mim entrar.

– Se sentava na porta porque não chamou? – Uma veia lhe saltava a testa.

– Porque você apenas a bateria na minha cara. – O outro respondeu simplesmente.

Certo, ele tinha um ponto.

Desligando o aparelho foi rumo a porta, ao abri-la foi recepcionado por um pacote sendo jogado em sua cara.

– Vá se vestir, estamos atrasados. – seu querido irmão, já arrumado, foi logo dizendo.

Resmungando entrou para o quarto e vestiu o terno que estava no plástico, era um terno branco e apesar de ter sido entregado em cima da hora parecia set feito sob medida pra si. Calcou um par de sapatos sociais também brancos, passou perfume e saiu do quarto. Não tentou mexer no cabelo, sabia que de nada adiantaria.

Ao voltar para a sala o Uchiha mais velho já estava parado no umbral da portal lhe esperando.

– Uau. Está lindo Outouto.

– Hn. Vamos logo, você não estava dizendo que estávamos atrasados. – Falou sem responder o elogio.

Desceram para a garagem do prédio, entrando no carro de Itachi um S.U.V preto, o caminho era bem conhecido pelo menor que nem se deu ao trabalho de ficar observando, apenas ficou no celular tentando - sem sucesso - falar com Naruto.

– Chegamos! – avisou o mais velho.

O parque central de Konoha. Conhecia bem aquele lugar. Fora ali que conhecera Naruto, e fora ali também que tivera muitos outros bons momentos de infância. O local continuava o mesmo, a grama ao redor bem aparada, as árvores um pouco maiores, mas ainda sum as mesmas, os pés de cerejeiras cobertos de rosa e exalando um perfume único e as flores no campo desabrochando. A única coisa fora de lugar era a tenda no meio do local. Devia ser ali que estava acontecendo o casamento, constatou. Desceu do carro seguido por Itachi que lhe entregou um buquê de rosas vermelhas sem mais explicações.

– Pra que isso? – questionou, intrigado com o arranjo.

– Nada, só segure até lá dentro e por favor não me mate quando tudo acabar.

Mesmo confuso com a fala do irmão, o mais novo segurou o buquê e seguiu para a tenda, agora com Itachi seguro em seu braço direito.

Sentiu o coração falhar uma batida ao entrar na tenda. O local era todo branco e decorado por flores vermelhas e brancas. No entanto não fora este o motivo da surpresa mas sim o fato de todos os seus amigos e familiares, assim como a pessoa que mais amava no mundo.

Ali, sobre o altar em frente ao juiz de paz, estava Naruto, vestia um terno negro que lhe caia muito bem, os cabelos desordenados como sempre, mas os olhos, ah Sasuke pode jurar ver um brilho a mais escondido no anise da retina.

– Bem vindo ao seu casamento outouto. - Sussurrou-lhe seu acompanhante, antes de tomar seu lugar ao lado de Shisui e ser substituído por Fugaku.

– Quero que seja feliz meu filho. – segredo-lhe seu progenitor.

– Tou-san. – As lágrimas já lhe escorriam a face, não conseguia mais conte-las, afinal de contas estava prestes a se casar com o homem da sua vida.

– Shhh. Ele está te esperando.

Quando começou sua caminhada em direção ao altar, Minato - que estava no piano - começou a tocar The Scientist Coldplay. Era a música deles afinal.

Naruto estava ansioso, muito ansioso, tinha mudado o plantão do dia seguinte e passara o dia todo organizando a cerimônia, dormira na casa de seus pais, já que nunca fora bom de guardar segredos de Sasuke. Tinha planejado o casamento a quase um mês, queria fazer uma surpresa para o Uchiha. E agora vendo-o vindo em sua direção com lágrimas nos olhos e um sorriso verdadeiro nos lábios, pode concluir que tinha válido a pena, toda a correria do dia anterior, as inúmeras provas de ternos - culpa de sua mãe, sogra, Hinata e Sakura - e os sufocos mentais que passara para guardar seu precioso segredo.

– Naruto. Cuide bem do meu filho, se não eu lhe farei sentir muita dor. – pediu Fugaku, frisando bem a parte do muita dor.

– Assim como cuidaria da minha própria vida – respondeu, segurando a mão de Sasuke. – Oi.

– Oi. – escondeu o rosto no ombro alheio tentando ocultar as bochechas tingidas de carmesim.

Logo a cerimônia deu andamento chegando finalmente a hora dos votos. Que foram iniciados por Naruto que assim como Sasuke estava com os olhos marejados.

– Ei Sasuke, eu poderia citar mil motivos para te amar, mas vai dar preguiça dizer todos. – iniciou arrancando risos dos convidados. – sabe eu sempre fui uma pessoa hiperativa nunca paro quieto num lugar e poxa você é totalmente ao contrário. Você é calmo prefere passar o dia lendo um bom livro, assistindo um filme. E esse é um dos motivos para te amar, dizem que o amor de verdade é aquele em que ocorre com pessoas diferentes individualmente, mas totalmente certas juntos. E porra teme você é o certo pra mim. Não vou me prolongar mais, você sabe que se eu continuar não paro mais, pois eu poderia falar de ti o dia todo sem me cansar. Porquê caralho como eu te amo Sasuke Uchiha. – pôs a aliança no anelar esquerdo do outro. – e é justamente por isso que eu prometo te amar daqui pra sempre, e que nem a morte seja idiota o suficiente para nos separar, pois acredite eu vou até o inferno para te ter ao meu lado.

– Naruto, eu não sou romântico, não sou criativo e definitivamente não tenho palavras bonitas que possam expressar o que sinto por ti. Ainda mais que você me pegou de surpresa. – Mais risos foram dados por conta do cascudo que o moreno deu no loiro. – Tudo o que posso dizer é que eu não poderia estar mais feliz, porque você é como o sol claro, acolhedor, cálido. Eu como a lua, fria, distante, inexpressiva. Mas acredite nosso eclipse foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu te amo Naruto Uzumaki. – assim como o outro, pôs a aliança no anelar esquerdo alheio. – Não prometo te dizer eu te amo todo dia, eu não sou assim. Mas juro que mesmo sem dizer eu vou te amar e nem a morte vai ser capaz de nos separar, porque porra minha alma está ligada a tua, e onde você for eu irei também.

– Eu os declaro casados. Podem se ...

A frase do juiz de paz não fora terminada já que antes mesmo da permissão os dois já iniciaram o ósculo. Era calma, regado de amor, carinho e lágrimas de felicidade. Saíram da tenda de braços entrelaçados, a festa iria ser na casa de Kushina e Minato, já que Mikoto e Fugaku cismaram de bancar a cerimônia, a Uzumaki nem quis saber, a festa seria responsabilidade dela e ai de quem discordasse. Bem, não era preciso ser muito esperto para saber que ninguém seria doido a esse ponto. Foram no carro de Naruto até a casa dos Uzumakis-Namikazes, diferente da última vez que Sasuke tinha vindo na casa dos sogros dessa vez a mesma estava toda decorada com rosas brancas e vermelhas, o quintal iluminado por várias luzes pequeninas estava repleto de cadeiras brancas e no centro embaixo de uma pequena cobertura uma mesa redonda era suporte para um enorme bolo de casamento que em seu topo tinga um casal de bonecos, um loiro e um moreno, se beijando e ao lado deles um cachorro vermelho e um gato preto. Era a família Uzumaki-Uchiha.

Aos poucos o local fora enchendo, já que Naruto tinha muitos amigos e a família de Sasuke não era o que se podia chamar de pequena, logo o enorme quintal estava lotado. O loiro observava de longe seu marido conversar com alguns de seus parentes. se algum dia lhe perguntassem qual a melhor coisa que acontecera a si, responderia sem pestanejar que fora cair com Rasegan em cima daquele garotinho emburrado que segurava tão protetoramente aquele gato preto. Afinal aquele foi o primeiro encontro dos dois, e um imperceptível começo de uma amizade que mais tarde evoluiria para algo mais, viraria...amor. Foi tirado de seis devaneios por uma mão fina que pôs-se a segurar a sua, o cheiro tão conhecido por si de menta com canela, invadiu suas narinas, não precisou abrir os olhos para saber que quem segurava sua mão era Sasuke, seu corpo inteiro o reconhecia. O moreno virou-se de frente para seu marido vendo-o abrir os anises, depois de toda comoção do casamento uma lembrança lhe veio a mente, e sinceramente estava doido para joga-la na cara do homem a sua frente.

– Oe Dobe. Sabe, eu tava me lembrando do filme que assistimos no nosso aniversário de namoro. – iniciou, vendo um tom carmesim tomar conta das bochechas alheias. – E se me lembro bem, no final do filme o personagem principal faz um casamento surpresa para sua namorada. Por acaso você plagiou o filme Usurantokashi?

– Seu Teme. Claro que eu não plagiei nada ‘ttebayo. Hunf, quando assistimos o filme eu já tinha pensado nisso. – Mentira. Naruto estava mentindo, mas nem a pau que admitiria para aquela criatura debochada que tinha pego a ideia de uma comédia romântica.

– Claro. Vou fingir que acredito. – Não sabia se ria ou se mordia aquele bico empurrado que se formava na face do outro.

– Além disso, o filme acabou quando a noiva entrou na igreja. Ou seja não tem nada depois do final feliz. Não que eu me lembre. – completou rapidamente.

– Espero que a história continue mesmo depois do final feliz. – referiu-se a história dos dois, sentindo os braços do agora marido rodeando seus ombros de forma protetora.

Os olhos um de encontro com o outro. Os azuis da cor do céu nos negros da cor da noite sem estrelas.

– Pode ter certeza que vai ter Teme. Afinal essa não é qualquer história. Essa é a nossa história. A história de nós dois. – A voz sumia aos poucos, até que estava em completo silêncio, calado pelos lábios daquele que era dono de sua vida.

25 Février 2018 17:20 2 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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Camy <3 Camy <3
Olááá! Aah, como eu amo um casal, AOSPDKASd. Adorei o Naruto ter pegado a ideia de casamento surpresa de um filme de comédia romântica. Eu super imagino ele assistindo, aí a ideia surge na cabeça dele e o bobão mal consegue se conter. Nossa, sério, adorei isso muito mesmo. O Sasuke foi bem meloso no final, mas imagino que a personalidade dele seria bastante diferente da do anime se seus pais ainda estivessem vivos e ele não vivesse num mundo de guerra. Te aconselho a cuidar com o uso das vírgulas e da crase. Eu sei que é comum, mas não é aconselhável usar "mesmo" como sinônimo de "ele", é sempre melhor ir com o "ele" ou com o nome do personagem mesmo (ele fez isso, em vez de o mesmo fez isso). Eu adorei como você foi pegando a história dos dois desde a infância. O beijo ficou muito legal mesmo, porque você ter abordado o Naruto percebendo que o Sasuke estava com ciúmes e agindo quebrou bastante o clichê em que a situação acontece, mas nenhum dos dois percebe e fica por isso mesmo. Achei muito bacana, e a primeira pergunta do Sasuke ter sido "desde quando" também me deixou toda soft. Eu gosto dessas histórias em que os dois são felizes e pronto. Ah, não ter vilãs me deixou muuuito soft, sério! A Hinata era só amiga mesmo, sem o triângulo amoroso, e eu gosto bastante de SakuHina, então curti muito os casais de forma geral, PASOKSD. Parabéns por ter escrito a história! Continue sempre escrevendo e melhorando! Um beijo :*
August 25, 2018, 08:17

  • Katana Kuro Katana Kuro
    Olá Camy! Primeiramente desculpa a demora de responder, mas só vi o comentário essa semana (sim, sou muito desatenta) fico muito feliz que tenha gostado da estória, isso me incentiva muito, ainda mais vindo de você que é uma autora que eu admiro muito ❤. A questão do "mesmo" é que as vezes eu fico com medo de escrever "ele" ou o nome dos personagens muitas repetidamente e deixar a escrita redundante, coisa que é muito chata. Sobre a vírgula e a crase, confesso que não tenho uma noção detalhada de uso delas, a crase menos ainda, todavia procuro o máximo possível me apropiar do uso para não fazê-lo de modo indevido. Estou muito grata pelo comentário. Também detesto triângulo amoroso, ou quando deixam a Hina como vilã, na minha opinião ela ama tanto o Naruto que se no próprio anime ele se separasse pra correr atrás da sua felicidade, ela, na minha opinião, não impediria. Grata pelo comentário Kissus❤ November 18, 2018, 20:26
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