alicealamo Alice Alamo

E o pior de tudo foi que Sasuke sabia que aquele ingresso não significava boa coisa... Sabia que um mímico pornô não era uma coisa decente nem moralmente ética para ser convidado a assistir.


Fanfiction Anime/Manga Interdit aux moins de 18 ans. © Todos os direitos reservados

#pwp #naruto #naruto-sasuke #yaoi #lemon #ua #sasunaru
Histoire courte
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Capítulo Único


Sasuke terminou de ler o recado do irmão, pasmo. Não acreditou no que seus olhos haviam visto, e sua mente relutava em assimilar tudo aquilo. Mímica pornô? Sério mesmo?

Riu, descrente, pegando o ingresso que Itachi havia deixado sobre o balcão da cozinha mais cedo. O irmão era um depravado, isso sim!

— Vai que você se interessa — ele disse mais cedo, rindo da expressão nervosa do irmão mais novo.

Sasuke se sentou no sofá novamente, olhando, com relutância, para o ingresso dourado. Que mal havia? Não estava fazendo nada e não faria nada nas próximas horas, podia sim ir matar um pouco de seu tédio, afinal, sua curiosidade estava lhe incomodando.

Mas e se o vissem? E se o reconhecessem? Céus! Já imaginava os jornais, mais uma vez, publicando a foto do jovem Uchiha com a manchete: Playboy assanhado! Não, mais uma manchete não. Já não aguentava as ligações de Fugaku dando-lhe lições de moral ou criticando seu mau comportamento.

Os olhos negros passaram mais uma vez pelas letras coloridas do papel, chamavam-lhe. Mordeu o lábio inferior, soltando uma risada baixa ao se levantar e pegar o sobretudo e o chapéu. Nevava em Tóquio, e ele não queria chamar atenção ou ser reconhecido.

Pediu um táxi, abrindo mão do famoso e querido carro.

— Você não vai perder nada, Sasuke. Se não for excitante, vai ser, no mínimo, hilário. — Lembrava-se de Itachi lhe explicando.

Sasuke estava ansioso, parecia uma criança prestes a fazer uma travessura ou um adolescente tentando entrar escondido em um puteiro.

Ah, tenha dó, Sasuke! Você não deve satisfações a ninguém!

O Uchiha tentava se convencer, batendo os dedos, discretamente, nas coxas, contando os minutos para chegar ao centro da movimentada cidade. Pagou o motorista, saiu do carro, colocando o chapéu e ajeitando a roupa.

A entrada do teatro estava lotada! Meu Deus, essas pessoas não tinham vergonha? Estavam ali, animadamente, sem preocupações enquanto Sasuke queria enterrar-se no primeiro buraco que visse.

Aquela noite parecia prometer lucros! O teatro havia mudado até mesmo sua decoração, dando um ar mais sensual ao local. As coxias alternavam-se entre negras e rubras, as luzes fracas mal iluminavam o cômodo e a música que tomava o ambiente era envolvente e relaxante.

Sasuke riu, sentia-se envergonhado, embora não fosse admitir. Sabia muito bem que sensação era aquela, era medo junto com curiosidade junto com excitação. A mesma sensação que muitos têm quando vão assistir pornografia em casa, sabendo que os pais estão no quarto ao lado. Você fica olhando para todo e qualquer canto, ansioso, temendo que alguém descubra o que está fazendo, tenta prestar atenção, mas tem medo de que não consiga ouvir os passos no corredor e que seja pego. Uma droga, não é mesmo?

Suspirou pesadamente, sentando-se na segunda fileira, no meio.

Manteve sua expressão séria, indiferente, fria. Tentava conter aquele desconforto. Será que Itachi também viria? Ah, não... Seria um saco ter que aturar seu irmão se o visse ali. Tsc...

As luzes se apagaram, chamando a atenção de Sasuke, que se ajeitou melhor no assento. O palco ganhou iluminação, luz branca e vermelha.

Do canto esquerdo, surgiu o mímico. Os olhos negros não desviaram do homem que cumprimentava a plateia com um sorriso. Os cabelos loiros, os olhos azuis, a pele extremamente branca pela maquiagem que era obrigado a fazer para interpretar o personagem.

Sorriu ao vê-lo posicionar-se no centro do palco, começando a atuação. Aparentemente, pagava um drinque a alguém, puxando a pessoa para algum canto, simulando um beijo. Sasuke inclinou-se para frente, vendo o outroo fechar os olhos, enlaçar a cintura do imaginário e iniciar um beijo calmo. Via a língua do homem mover-se no ar, o corpo chocar-se com o nada, a expressão de prazer começar tomar conta do mímico que parecia soltar pequenos gemidos, mudos, ao movimentar a pélvis.

Sasuke sentiu a própria boca secar. Acompanhava os movimentos do outro, não acreditando que ele ganhava para simular sexo.

O mímico afastou-se um pouco, o suficiente para apoiar as mãos nos ombros invisíveis, forçando-os para baixo. Teatralmente, abriu o zíper da calça e retirou o membro. Sasuke engoliu seco, sorrindo meio decepcionado por ele não ter posto o real para exibição.

Inconscientemente, abriu ligeiramente a boca ao vê-lo levar as mãos ao ar, simulando estar recebendo um oral. A expressão contorcida de prazer, os lábios rosados entreabertos, os olhos girando, correndo pela plateia.

Sasuke sentiu-se quente ao ter os olhos azuis em si. Estranho, era estranho sentir-se desconfortável vendo-o abrir ainda mais os lábios, gemendo sem som, deixando o pescoço tombar ao lado, tudo isso olhando fixamente para o Uchiha.

Quente. Quente demais. Quente a ponto de mexer-se desconfortável sobre a poltrona e sentir um arrepio percorrer o corpo.

Não estava sendo hilário! Longe disso, pensava até me agradecer Itachi pelo ingresso, discretamente é claro, sem palavras, sem de fato esclarecer o motivo da gratidão. Não falaria ao irmão que estava apreciando o show.

Não conseguia afirmar com certeza como era o rosto do mímico, a maquiagem impedia-o de poder ter a descrição real dos traços. Parecia-lhe másculo, ainda que delicado.

Prendeu a respiração enquanto o via puxar o ar com mais força, prender as mãos no que deveria ser o cabelo do acompanhante e acelerar a felação. Apenas voltou a respirar ao ver o mímico empurrar o ar, abaixando o tronco, parecendo selar os lábios aos do ser abaixo de si. Viu-o desferir um tapa no que deveria ser o rosto e amaldiçoou-se ao gemer baixo, vendo a excitação que se formava sob a calça.

Sasuke arregalou os olhos, voltando a mirar o espetáculo, percebendo o sorriso maldoso que lhe era direcionado. Sentiu-se humilhado! Era o outro que fingia ter sexo, e ele que se sentia humilhado. Como pode?

Bufou, virando o rosto, desviando o olhar. A mulher ao lado não desgrudava os olhos da cena, abrindo as pernas, contorcendo-se na cadeira. Céus, o que o Uchiha estava fazendo ali?

Cogitou ir embora, porém o gemido que ouviu da louca do assento ao lado lhe chamou a atenção. O mímico havia desferido um tapa extremamente forte no parceiro, ajoelhava-se, curvando-se sobre o corpo que provavelmente deveria estar de quatro. Uma das mãos seguravam as duas do outro corpo sobre a cabeça enquanto a outra subia pelas costas, enrolava-se no cabelo e puxava a cabeça para trás.

Além de tudo, o garoto parecia ser sádico.

Sasuke desistiu de ir embora, retirando o sobretudo e o colocando dobrado sobre o colo. Estava muito quente...

Prendeu a respiração ao vê-lo ajoelhado, de frente para o público, masturbando-se, olhando-o fixamente enquanto penetrava o corpo sob o seu.

Corou. Sabia que tinha corado, o mímico sorriu cínico, iniciando os movimentos, estocando fundo e forte. Sasuke viu uma gota de suor escorrer pelo rosto dele, a face provavelmente rubra, as mãos pareciam agarrar algo real, maciço.

Segurou com mais força os braços da poltrona em busca de controle. Seu coração estava acelerado, seu corpo estava reagindo muito mal a tudo aquilo. Estava duro, completamente. Seu membro precisava de atenção, sentia-o doer, latejar toda vez que o mímico arremetia-se contra o corpo imaginário. Queria gemer, queria ouvi-lo gemer, queria saber como seria a maldita voz gritando de prazer.

Maldita fosse a mímica que não lhe deixava escutá-lo. Por céus! Ele parecia estar transando de verdade!

Sasuke retirou o chapéu, passando a mão pelo cabelo, sentindo-se mais do que desconfortável ali. Olhou ao redor, vendo se alguém prestava atenção nele: ninguém. Todos estavam muito entretidos ou na apresentação ou neles mesmos.

O Uchiha mordeu o lábio, não acreditando no que estava prestes a fazer. Xingou-se ao deslizar a mão sob o sobretudo, apertando seu falo, fechando os olhos e concentrando-se para não gemer. Precisava de alívio. Olhou o relógio, faltava minutos para o fim da apresentação e não sabia se aguentaria esperar todo aquele tempo para saciar-se.

Prendeu seus olhos mais uma vez no mímico que lhe encarava com aquela expressão de puro prazer. Assistir a ele estava sendo uma tortura, o peso daquele olhar só piorava sua situação, vê-lo se contorcer só fazia com que tivesse que empregar um esforço ainda maior para não subir naquele palco e tomá-lo para si.

Exaltou-se ao notar o outro mudar a posição, deitando-se por cima do corpo invisível, estocando-o com tal precisão que o Uchiha involuntariamente abriu um pouco as pernas. Ele estava perto, Sasuke sabia que o mímico logo chegaria ao ápice, via seu rosto, via o prazer tomar-lhe o corpo e controlar-lhe os movimentos. Reconhecia muito bem aquela sensação.

Em um gemido mudo, mas não falso, Sasuke o viu gozar. Sim, o Uchiha tinha certeza que o maldito tinha gozado de verdade, mesmo que parecesse uma atuação.

Certeza?

Sasuke lambeu os lábios, jurava que o prazer que vira no mímico era real! Ninguém fingia daquele jeito, não com aquela intensidade, não com aquela luxúria no olhar.

As pessoas começaram a se levantar, aplaudindo o mímico. Ele não. Sasuke permaneceu sentado, vestiu com pressa o sobretudo, misturando-se à multidão. Olhou uma última vez para o mímico, que lhe fez um breve aceno com a cabeça.

Maldito! Ainda por cima, estava caçoando de si.

Saiu às pressas, entrando no primeiro táxi que viu. Não havia sido fotografado ou reconhecido ainda, então não podia se dar ao luxo de estragar tudo logo no final. Sem educação alguma, passou o endereço ao motorista. Checou mais uma vez se estava com a chave reserva do apartamento, agradecendo por ainda mantê-la naquele maldito chaveiro.

O síndico estranhou vê-lo ali e àquela hora, mas apenas lhe dirigiu um "boa noite" educado. Claro que não foi respondido.

Sasuke não demonstrava estar com pressa, andava calmamente até o elevador. O andar ele sabia de cor, a chave ainda servia e a companhia...

— Sasuke, o que faz aqui? — Ele ouviu a amiga perguntar-lhe assustada.

O Uchiha tirou o chapéu e o sobretudo, largando-os sobre o sofá, ignorando as perguntas da garota e o fato dela tentar arrumar o cabelo. Suspirou, virando-se para ela. Era apenas uma amiga, ou colega, que tivera na faculdade. A insistência da garota havia conseguido que se aproximassem e, apesar de Sasuke saber dos sentimentos dela por si, tivessem uma amizade colorida.

Aproximou-se felinamente da mulher, prensando-a contra a parede enquanto a fazia sentir o quão necessitado estava.

Ela gemeu, levando as mãos à nuca dele e entregando-se.

A companhia era aceitável, mas não chegava aos pés daquela que ele realmente queria em sua cama.

Acordou com ela abraçada ao seu corpo, controlou-se para não ser rude demais e expulsá-la de cima de si. Sentou-se na cama, olhando para o chão. Sua cabeça doía um pouco, bocejou procurando suas roupas espalhadas pelo quarto.

Entrou no banheiro sem cerimônias, a casa dela já era familiar o suficiente para ele poder andar livremente por ela. Não demorou no chuveiro como queria, provavelmente iria chegar atrasado à empresa e não queria complicar ainda mais sua situação. Vestiu-se correndo, teria que passar em sua casa para trocar de roupa. Pegou uma maçã da fruteira e correu para fora do apartamento da rosada.

Sasuke pegou um táxi, aproveitando para comer decentemente sua fruta.

— Não acredito que você foi! — Itachi exclamou, rindo, assim que o irmão cruzou a porta.

— Quem disse que eu fui? — Sasuke rebateu entediado.

— Intuição, otouto, intuição.

Sasuke revirou os olhos, mirou o relógio e correu ao quarto para se trocar.

— Se você não foi, onde estava até agora? — Itachi perguntou, curioso, aparecendo no quarto do mais novo.

— Uma amiga.

O Uchiha mais velho permitiu-se fazer uma careta de desgosto, mas não disse nada. Sasuke terminou de ajeitar a gravata. Itachi pegou as chaves do carro, olhando para o pulso, conferindo o horário e apressando o irmão.

Sasuke praguejou alto, seguindo o outro para o carro ainda sem colocar os sapatos.

Os irmãos trabalhavam juntos dentro da empresa do pai, uma respeitada empresa de advocacia. Não, Sasuke nunca gostara muito da profissão, mas fazia um excelente trabalho. Com seus trinta anos, já possuía uma sólida carreira. Admitia que, em parte, o sobrenome o havia ajudado muito no começo, porém agora conseguia andar com suas próprias pernas.

Assim que chegou a sua sala, abriu o computador em todos os sites de notícias que o focavam. Precisava ter certeza de que ninguém o fotografara na noite anterior. Após uma minuciosa busca, suspirou aliviado.

Teve duas reuniões, atendeu pessoalmente dois clientes, discutiu com outros pelo telefone e continuaria se alguém não o atrapalhasse. Seu estômago, o maldito traidor, já dava sinais de que a simples maçã não havia sido suficiente. Sasuke levou às mãos aos cabelos, bagunçando-os. Não podia sair do escritório, mas também não dava para desmaiar de fome.

Abriu a gaveta e tirou de lá sua agenda. Tinha que ter um mísero número de restaurante! Não importava do que fosse, comeria até cachorro quente se alguém oferecesse!

Felizmente, como havia previsto, tinha um número! Exato: um único!

Não conteve a careta ao olhar e lembrar-se do lugar, mas seu estômago não se importava. Ligou, fez seu pedido e ainda ofereceu dinheiro a mais se o entregador chegasse em menos de trinta minutos.

Dinheiro: faz maravilhas, não? Sasuke praticamente beijou as notas quando a secretária perguntou se o entregador poderia entrar.

Respondeu um depressa sim. Nunca em sua vida ficara tão feliz com a chegada de um lamen!

O entregador entrou meio afobado, segurando com as duas mãos a sacola com sua preciosa comida. Sasuke estava tão feliz que ficou encarando a maldita sacola por bons minutos. Sorriu discretamente, levantando-se e indo até o entregador, pegando sua refeição.

— Quanto ficou? — perguntou, pegando as notas sobre a mesa.

Sasuke virou-se para o entregador, enfim reparando nele. A pele bronzeada, o uniforme azul e laranja, uma pequena bolsa para guardar o dinheiro provavelmente e um pequeno crachá com o nome Uzumaki Naruto.

— Quanto ficou? — repetiu, perdendo a paciência.

Revirou os olhos, esperando o garoto a sua frente parar de lhe encarar abismado e lhe medir de forma tão descarada. Sabia que era bonito, ora parte de sua arrogância provinha disso, mas estava com fome!

— 800 ienes. — Ouviu a voz fraca dizer.

Sasuke sorriu de lado, entregando o dinheiro na mão do garoto e foi sua vez de paralisar. Piscou duas vezes, olhando da mão até o os olhos azuis brilhantes. Não, não podia ser. Estreitou o olhar, notando sim semelhanças, mas não podendo afirmar com certeza.

Viu o garoto engolir em seco diante do olhar e aceitar o dinheiro, prestes a se retirar.

A cena podia ser engraçada se Sasuke não estivesse confuso demais para concluir qualquer coisa. Ah, não! Havia gostado tanto assim do show para começar a ver o maldito mímico até no trabalho? Só podia ser brincadeira.

Procurou pelo ingresso em sua mesa, achando-o. As apresentações eram às terças e às quintas no mesmo horário. Teria que ir de novo para confirmar.

Sim... Ótima ideia. Mas e depois?

A verdade era que Sasuke queria aquele mímico, queria ouvi-lo, queria por a prova se ele era tão bom quanto atuava. A verdade era que Sasuke há muito não se sentia atraído por alguém, há muito não tinha de volta aquele sentimento de predador, aquela vontade de conquistar.

Saiu da sala com pressa, assim que terminou de comer, invadindo a sala do irmão e agradecendo por ele estar sozinho.

— Onde arrumou aqueles ingressos?

— Que ingressos? — Itachi se fez de desentendido.

— Eu fui ontem sim, agora me diz onde arrumou aqueles ingressos.

Itachi sorriu vitorioso, fingindo pensar.

— Ganhei de um amigo. Na verdade, ele queria que eu fosse, mas não tava a fim. Por quê? Gostou?

Sasuke permaneceu sério, ouvindo a mentira do irmão. Itachi estava mentindo... Mas por quê? Preferiu não perguntar e continuou:

— Preciso que me arranje um ingresso para o de amanhã.- mandou, vendo o irmão fitar-lhe surpreso.

— Gostou tanto assim?

— Não enche, Itachi — resmungou, ouvindo o irmão rir.

Passou o resto do dia contando os minutos para poder voltar para casa. Assim que chegou, ligou o notebook, pronto para fazer uma busca pelo nome Uzumaki Naruto. Além de algumas menções escolares e uma notícia antiga sobre a morte dos pais do garoto, não achou muita coisa.

Garoto? Não, o Uchiha havia se enganado. Naruto tinha apenas vinte e cinco anos e, pelo que Sasuke achou, fazia faculdade de veterinária. Entretanto nada sobre shows, espetáculos ou atuação.

No dia seguinte, fez questão de pedir lamen para o almoço, acrescentando que deveria vir o mesmo entregador do dia anterior. Assim que Naruto chegou, Sasuke fez questão de gravar-lhe os traços. Os olhos azuis intensos, os riscos que lhe cortavam o rosto, a face jovial e jovem.

Aproximou-se, fazendo questão de segurar na mão do entregador para sentir a textura da pele, a temperatura e analisar-lhe a reação. Naruto não bateu em sua mão ou algo do tipo, apenas abaixou a cabeça, corado, fingindo não notar o toque.

Sasuke manteve-se indiferente, sorriu de canto ao ver o menor receber o dinheiro em um movimento rápido, evitando que encostasse nele novamente.

Naruto saiu apressado do escritório, caminhando para o elevador como uma raposa assustada. Itachi chegou bem nessa hora, olhando para o elevador e depois para o irmão que ostentava um sorriso sacana.

— O entregador? Sério? Caindo de nível, otouto — debochou, fechando a porta e jogando-se na cadeira de frente a mesa.

— Conseguiu o que pedi?

— Com muito esforço, mas sim — Itachi explicou, jogando o ingresso em cima da mesa. — Pelo seu interesse, até eu fiquei com vontade de ir. Pena que Deidara me mata se me vir nesse tipo de "apresentação".

Sasuke murmurou algo, analisando o ingresso dessa vez e procurando algo como o nome do artista ou alguma informação: nada.

Dessa vez, arrumou-se para ir ao teatro. Pegou o mesmo chapéu e um cachecol e, embora seu ânimo fosse diferente, parecia que estava na noite de terça. As pessoas faziam a mesma algazarra do lado de fora do teatro, entusiasmados para ver a performance.

Não entrou. Esperou pelo fim do espetáculo.

Olhou seu relógio, confirmando que o show já deveria estar em seus minutos finais. Entrou rapidamente pelos fundos com sorte e um bom suborno. Foi em direção ao camarim. Não tinha como não achá-lo, só haveria aquela apresentação na noite, ele deveria ser o único destrancado.

Sem cerimônias entrou. Em uma rápida inspeção, procurou pela carteira do mímico atrás de algum documento, sorriu ao segurar a fina identidade. Sentou-se, não demoraria para que o outro fizesse o encerramento.

Naruto Uzumaki, lambeu os lábios, excitando-se só de imaginar como seria subjugá-lo.

Seus olhos faiscaram quando o mímico entrou alegre no cômodo, surpreso. Caminhou até ele, vendo-o recuar, mas com um misto de curiosidade e diversão nos olhos. O mímico o queria. Prensou-o contra a parede, sem qualquer resistência do outro.

— Eu tinha certeza que você viria — o mímico sussurrou.

Não negaria. Ah, não mesmo! Sabia muito bem que Sasuke viria vê-lo de uma forma ou de outra quando Itachi perguntou se tinha um ingresso para essa noite. De certa forma, havia pensado em Sasuke durante toda sua apresentação.

Como, por Deus, a ideia de Itachi havia funcionado tão bem? Sabia que o amigo era um gênio, porém não havia botado fé no plano dele desde o início. Oras, convidar Sasuke para uma apresentação? Do que adiantaria? Há dois anos entregava comida para aquele desgraçado, e ele nunca repara em si. Por que seria diferente? Quando não o viu na plateia, imaginou que Sasuke já havia descoberto quem era e que manteria distância. Mas não. Sentiu aquele perfume característico ainda no corredor, sorriu mandando uma mensagem rápida para Itachi, mas não esperava ser empurrado com tanta força contra a parede fria ou sentir a excitação de Sasuke tão forte se esfregar na sua.

— Não seja presunçoso — Sasuke retrucou, passando o nariz fino pela pele bronzeada do pescoço do outro, inspirando o ar lentamente, vendo o outro se arrepiar. — Naruto.

Por um momento, Naruto pareceu surpreso, porém sorriu ao ver a identidade perto do espelho. Mordeu o lábio quando Sasuke lambeu seu pescoço, subindo até sua orelha, mordendo o lóbulo. Levou as mãos até a cintura do outro, puxando-o mais contra o seu corpo, gemendo baixo ao sentir sua ereção ser pressionada.

Sasuke sorriu cínico, a voz rouca do mímico era estimulante. Deixou os lábios descerem pela bochecha do outro, lambendo-lhe o lábio inferior sem pressa. Naruto avançou sem paciência, tomando em sua boca o que tanto desejara. Gemeu ao sentir o Uchiha corresponder avidamente o beijo, levou suas mãos aos cabelos negros, tombou a cabeça, sentindo Sasuke dominá-lo, invadi-lo com desejo, explorá-lo com maestria.

— Eu ainda... — Naruto tentou dizer quando Sasuke desviou sua atenção para o pescoço dele. — Sasuke... Eu ainda to maquiado.

Sasuke se afastou um pouco, mirando o rosto ofegante do mímico. A maquiagem estava borrada, mas ainda presente. De fato, preferia Naruto sem todo aquela pintura.

Com um sorriso travesso, Naruto pegou a mochila e arrastou Sasuke para fora do camarim.

— Aqui, segura — pediu, entregando a mochila para o outro.

Sasuke o olhou confuso, seguindo-o pelo estacionamento do teatro até uma moto vermelha. Só entendeu mesmo o que o outro estava sugerindo quando um capacete estava sendo preso à sua cabeça. Os dedos ágeis de Naruto estavam em seu queixo, terminando de conferir o capacete.

— Eu tenho um carro — Sasuke resmungou ligeiramente incomodado.

Naruto franziu o cenho, colocando o próprio capacete enquanto sorria debochado.

— Medo, Uchiha? — provocou, subindo na moto e dando um olhar significativo para ele.

Sasuke olhou para os lados, completamente angustiado. Resmungou um palavrão antes de subir na moto e acomodar-se ao corpo a frente. Naruto era quente, convidativo, confortável. Mas nada disso o salvou das maldições que o Uchiha praguejou ao ligar a moto e acelerar.

Sasuke não queria se segurar no outro, seu orgulho gritava ao seu ouvido que seria já humilhação demais. Entretanto, os braços do Uchiha não entenderam o recado e, assim que Naruto fez uma curva, voaram para a cintura do menor.

Naruto riu, uma risada gostosa que fez Sasuke corar.

Sasuke sentiu o vento bater em seu rosto, mas, diferente do que pensava, não lhe incomodava. À noite, a cidade de Tóquio era uma bagunça, as luzes, os barulhos, toda aquela multidão. Sasuke nem ao menos tinha se dado conta do momento em que afrouxara o aperto na cintura do outro e abrira os olhos.

O medo ainda caminhava consigo, porém ele se sentia mais leve.

Naruto parou a moto na frente de uma casa simples, desceu após Sasuke e destrancou a porta. Jogou as chaves no sofá, puxando o Uchiha pelas escadas, guiando-o até o quarto.

— Vou lavar o rosto — Naruto avisou.

O Uchiha assentiu, vendo-o ir até o banheiro. Sentou-se na cama, Naruto podia vê-lo pelo espelho. Sorriu, finalmente tinha a atenção do maldito Uchiha para si.

Nunca antes lavara o rosto tão rápido. Acabou rindo do próprio nervosismo enquanto enxugava o rosto e voltava para o quarto. Observou Sasuke parado, olhando seus livros com grande curiosidade. Aproximou-se silenciosamente, encostando seu corpo às costas dele, levando suas mãos à cintura do outro, lentamente.

Sasuke virou um pouco a cabeça ao sentir Naruto morder-lhe o ombro. O corpo quente moldava-se ao seu com facilidade, sentiu as mãos ousadas entrarem por sua blusa, devagar, arrepiando-se com o toque. A língua experimentou a pele alva, divagando pelo pescoço. Sasuke virou-se sem se afastar, permanecendo perigosamente próximo ao outro.

— Você...

— Você não quer mesmo falar agora, não é? — Sasuke o cortou, seco, empurrando Naruto para trás, fazendo-o cair na cama.

Queria. Para ser sincero, Naruto queria sim falar! Naruto queria jogar na cara daquele bastardo o quão interessante era o destino! O maldito entregador que o Uchiha nem ao menos olhava e que muitas vezes fora humilhado estava ali, quase fodendo com arrogante Sasuke! Ah, como queria jogar isso na cara dele!

Infelizmente, toda essa vontade foi pelo ralo quando Sasuke subiu em seu colo, pressionando sua ereção e fazendo Naruto soltar um baixo gemido. Sasuke sorriu sacana, levando as mãos aos cabelos loiros, puxando-os para o lado com força a fim de expor a pele bronzeada. Aproximou o rosto do pescoço do outro, sem desviar o olhar do rosto corado de Naruto. Sentiu as mãos dele segurarem a blusa com força quando mordeu, notou a urgência quando sua pele foi arranhada.

Céus, estava começando a se excitar só com isso! A situação também não ajudava, só de lembrar-se de como o mímico fantasiava naquele palco sentia seu corpo esquentar.

Subiu os lábios pela pele, enfim, sem maquiagem. Naruto era lindo, tinha que admitir. Os olhos azuis eram ressaltados pela pele bronzeada, os lábios pareciam sempre muito convidativos. Sasuke lambeu os próprios lábios, levou a mão à boca dele, passando os dedos pelos lábios rosados e sorriu quando Naruto os mordeu de leve.

Sem muito pensar, tomou-lhe a boca com desejo, precisava sentir novamente aquele gosto doce que a boca de Naruto possuía! Beijou-o com urgência, invadindo-o, impondo seu controle sem nem ao menos pedir.

Naruto agarrou-se ao Uchiha, fazendo suas ereções se chocarem e ambos gemerem pelo contato. Não se importou quando ele levantou bruscamente sua blusa, tacando-a em qualquer local do quarto, importou-se menos ainda quando o beijo foi retomado e seus ombros arranhados com força. Em um movimentou rápido, retirou Sasuke de seu colo, jogando-o na cama e sentando-se sobre ele.

Ignorou o olhar reprovador que recebeu e, antes que pudesse ouvir qualquer reclamação, voltou a beijar Sasuke. Sua nuca fora arranhada e consequentemente sentiu-se latejar. Sorriu, descendo o beijo para o pescoço alvo, mordendo e chupando, marcando-o.

— Não me mar...

— Você não quer mesmo falar agora, não é? — Naruto perguntou rindo, devolvendo a frase ao Uchiha.

Sasuke riu cínico, levantando o tronco para auxiliá-lo a tirar sua blusa. Sentia-se ansioso pelos toques, desejoso por possui-lo.

Sentiu os dedos trêmulos passarem pelo seu peitoral, descendo ao abdômen. Naruto estaria nervoso? Sério? Logo ele? Um sentimento de auto confiança e, claro, arrogância o tomou e ele apertou com força as coxas de Naruto.

Naruto rebolou, friccionando os glúteos contra o membro desperto de Sasuke. Riu do desespero dele em tirar-lhe dali, inclinando-se para morder-lhe o mamilo e arrancando um gemido contido de Sasuke. Lambeu, levou a mão ao outro para apertá-lo enquanto sua língua o contornava, chupando com força e sentindo seus cabelos serem puxados para trás e sua boca novamente devorada. As mãos, afoitas, desceram como podiam para o fecho da calça de Sasuke, tentando a todo custo abri-la.

Sasuke soltou a boca dele, gemendo aliviado quando a mão quente agarrou seu membro sob a cueca.

— Sensível... — Riu Naruto, apressando-se para livrar o parceiro do incômodo.

Sasuke empurrou Naruto ao chão, ajudando-o a tirar sua cueca enquanto o via se ajoelhar. Os olhos se encontraram, ansiosos, desejosos, ébrios pelo prazer que viria.

Sasuke se apoiou nas mãos, um sorriso sacana no rosto ao ver o outro envolver-lhe o falo com a mão, iniciando um prazeroso vai-e-vem. Gemeu e fechou os olhos quando Naruto lambeu-lhe a glande. Os olhos azuis estavam escuros, as pupilas dilatas como já presenciara no palco. Sem paciência, forçou-o a engolir seu membro inteiro. A boca, úmida, quente, cálida, envolvia-o com maestria, a língua serpenteava acompanhando o movimento cadenciadamente lento.

Seus gemidos saíam contra sua vontade, tentava ao máximo se controlar, mas até deitado já estava, contorcendo-se na cama, abrindo as pernas mais e mais para facilitar a movimentação. Seus olhos não queriam se fechar, eles negavam-lhe o direito de apenas sentir, queriam a todo custo assistir ao amante e à sua deliciosa felação.

Perdendo de vez o controle, emaranhou os dedos nos fios dourados começando a, de fato, foder a boca do outro a seu bel prazer. As unhas, ainda que curtas, de Naruto arranhavam a pele pálida da coxa, causando uma gostosa descarga elétrica pelo corpo de Sasuke.

Naruto livrou-se da mão do outro, soltando o membro com uma última lambida. Sasuke bufou, contrariado, excitado, irritado, entretanto, vê-lo retirar a calça foi o bastante para sua irritação ir embora. Sentou-se na beirada da cama e puxou, pelo quadris, Naruto para perto de si. Lambeu o membro ainda sob o tecido, ouvindo-o gemer e ter que se segurar em seus ombros.

— E eu sou o sensível... — Riu Sasuke, abaixando a cueca lentamente, olhando para cima a fim de mirar a expressão curiosa do amante.

Sasuke lambeu a extensão do membro, deliciando-se pela expressão de prazer que tomou o a face alheia. As bochechas rosadas, os olhos semi cerrados, Naruto mordia os lábios não querendo começar a gemer tão cedo.

Naruto respirou fundo ao ver Sasuke lhe dirigir um sorri malicioso antes de engolir aos poucos seu membro. A boca do Uchiha era gelada, ligeiramente gelada, mas Naruto não teve tempo de perceber ou assimilar muita coisa, uma vez que Sasuke praticamente o sugava com gula, indo e vindo com destreza.

Sentindo as pernas fracas, engoliu o orgulho antes de ter que se segurar em Sasuke, ouvindo uma risada abafada dele. Bastardo maldito. Naruto o forçou ir mais fundo apenas para vingar-se da risada, gemendo alto ao ser tão bem recebido.

Sasuke quase riu, se tivesse como, ao ver o desespero que acometia o outro. Levou as mãos aos testículos do outro, estimulando-os, observando o leve tremor nas pernas bronzeadas. Soltou o falo com muita relutância, lambendo-o diversas vezes antes de abandoná-lo.

Naruto gemeu decepcionado, mirando o Uchiha que lhe estendia a mão.

— Por que eu tenho a impressão de que você não será o passivo? — Naruto perguntou desconfiado, vendo Sasuke ir ao centro da cama.

— Talvez porque eu, de fato, não vou ser. — Sasuke ergueu uma sobrancelha, sorrindo de canto.

Naruto engatinhou até ele, vendo-o sentado, encostado a cabeceira da cama. Beijou-o, sugando-lhe os lábios.

— Naquele palco, quando foi me ver, era com você que eu imaginei estar transando — a voz rouca confessou, atiçando Sasuke que gemeu ao se lembrar do dia.

Sasuke se arrepiou, vendo o mímico se endireitar e tentar pegar algo no criado mudo. O suor descia pelas costas definidas de Naruto, Sasuke mordeu os lábios ao vê-lo ter que levantar e desfilar pelo quarto para achar o tubo de lubrificante e a camisinha.

— Me fala... — Naruto pediu, voltando a cama, sentando-se sobre as coxas de Sasuke. — Você bateu uma para mim naquele dia, não foi?

Deslizou a camisinha pela extensão do membro e despejou uma generosa quantidade de lubrificante sobre ele, levando as mãos ali para ajudar a espalhar o líquido, vendo Sasuke prender a respiração e pender a cabeça.

— Quase... — Sasuke respondeu mordendo os lábios.

Naruto se inclinou sobre o outro, aproximando-se, apoiando-se nos joelhos enquanto melava novamente os dedos e os direcionava a própria entrada.

— Mentiroso... — Naruto gemeu ao enfiar o primeiro dedo. — Ah, Sasuke...

Era extasiante. A cena era magnificamente excitante, seu membro chegava a doer, latejava. Sasuke se inclinou, lambeu os mamilos de Naruto, ouvindo-o gemer mais alto.

Naruto posicionou o segundo dedo, mas desistiu, enfiando três de uma única vez. Estava farto! Queria sentir o Uchiha! Precisava senti-lo! O coração batia com urgência, o corpo arrepiada implorava pelo que vinha desejando há anos.

Abriu os dedos como lhe era possível, gemendo cada vez mais alto, apreciando a língua atrevida que lambia seu mamilo e a mão que lhe masturbava.

E só Deus para saber o quanto Sasuke estava se controlando naquele momento! Céus, Naruto estava gemendo praticamente em seu ouvido, abrindo-se, atiçando todos os sentidos de um Sasuke prestes a explodir.

Um gemido em um tom um pouco mais elevado foi o limite. Puxou Naruto para si, beijou-o, ambos já cientes de que não tinha mais como esperar. Sasuke aproveitou-se de que Naruto havia levado ambas as mãos para seus ombros quando se desequilibrou e se enterrou por completo no canal estreito.

Finalmente!

Naruto trincou os dentes ao se sentir violentamente preenchido. Doía, uma dor extremamente deliciosa, mas ainda uma dor. Suspirou, extasiado. Permaneceu parado por alguns instantes, acostumando-se com o grande volume em seu interior, resmungando manhoso algo incompreensível a Sasuke enquanto lambia os lábios e gemia baixo.

Sasuke estava de olhos fechados, a boca ligeiramente aberta, a face demonstrando todo o prazer que inundava o seu corpo por estar sendo tão deliciosamente apertado! Naruto era quente, em todos os sentidos!

Naruto encostou o rosto na curva do pescoço dele, levando as mãos às costas do Uchiha. Com coragem, posicionou melhor os joelhos, remexendo-se sobre o colo do amante. Sasuke gemeu, levando rapidamente as mãos à cintura de Naruto.

Ele sorriu sádico, segurando Naruto com força.

A primeira estocada veio funda e bruta, Naruto gemeu dolorido e satisfeito, arranhando com força a pele pálida. Sasuke suspirou fundo, apreciando a sensação. Não se segurando, voltou a arremeter-se sem delicadeza e com rapidez. Os gemidos de Naruto ao seu ouvido apenas pareciam fazê-lo querer ir mais fundo, mais rápido! Ainda mais quando apenas gemidos de prazer e frases obscenas saíam daqueles lábios.

Naruto riu, embriagado de prazer, sentindo-se ser domado com tanto fervor que o confundia. Cavalgou com volúpia, sendo ajudado por Sasuke que o empurrava para baixo extasiado. Prendeu o cabelo negro em seus dedos, colando sua testa a de Sasuke, podendo contemplar de perto o deleite estampado naquela face agora rosada.

O beijo que trocaram foi desesperado, um misto de saliva e urgência.

Sasuke o empurrou para fora de si, jogando-o na cama enquanto lhe abria as pernas. Naruto se apoiou nos cotovelos, observando, com prazer, Sasuke se posicionar novamente em sua entrada.

Penetrou-o lentamente, por que raios ele era tão apertado?!

A sincronia obtida pelos dois corpos a se chocar só não foi mais prazerosa do que a sinfonia de gemidos que inundava o quarto.

Naruto já não aguentava, postava a mão sobre seu esquecido membro, masturbando-se no ritmo eloquente das estocadas. Sentia Sasuke ora ou outra atingir sua próstata, e jurava ir ao nirvana toda santa vez. Não se segurou, o gemido que saiu de seus lábios ao sentir-se ser atingido mais uma vez foi alto o suficiente para chamar a atenção de Sasuke a tempo de ver o amante gozar, sujando o próprio abdômen.

Sasuke sorriu cínico ao notar o canal se estreitar, parecendo querer expulsá-lo. Sabia que estava bem próximo o final e ver Naruto daquela forma, com a respiração descompassada e o corpo sujo pelo sêmen, não ajudou. Um gemido gutural saiu de sua garganta ao despejar seu líquido naquelas paredes estreitas, tendo que se apoiar no peito do outro enquanto o torpor ainda domava seu corpo.

Retirou-se sem ânimo do corpo acolhedor, tirando a camisinha e dando um nó. Observou a respiração de Naruto se acalmar um pouco, vendo a batalha que ele travava para manter os olhos abertos.

Deitou-se ao lado dele, dando-lhe um último beijo leve.

Permitiu que Naruto se acomodasse junto a si e, sem querer, acabou adormecendo junto a aquele estranho mímico.

Acordou sozinho. Sasuke bufou. Não era o homem que acordava na cama sozinho depois de uma boa foda, ele era o homem que deixava alguém sozinho! Apossou-se do banheiro do outro, tomando um banho rápido e constatando que novamente estava atrasado para o trabalho. Vestiu-se às pressas e saiu da casa sem encontrar Naruto.

Pediu um táxi. Olhou a casa do mímico pelo vidro do carro. Aquilo não iria se repetir. Era apenas curiosidade e, agora, ela estava já satisfeita.

Sorriu consigo mesmo até sentir algo o incomodando no bolso da calça. Riu discreto ao constatar que era um ingresso para a apresentação de terça. Sasuke dobrou novamente o ingresso, colocando-o dentro da carteira.

O que seria de um Uchiha se negasse um convite ao prazer explícito como aquele?

25 Février 2018 01:37 2 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

A propos de l’auteur

Alice Alamo 24 anos, escritora de tudo aquilo em que puder me arriscar <3

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Cecilia Jarske Cecilia Jarske
AAAAAAAAAAA Meu pai, amado, que enredo sensacional é esse?! MULHER, eu te venero! sz Meu shipper favorito está vivo demais aqui, misericórdia! Não tem como não se deliciar com esse sexo quente, envolvente e depravado. Cara, que show de mímica delicioso também... PORRA, eu não aguentaria! HUEHUE Naruto só tem cara de lerdo porque foi bastante esperto ao pedir pra Itachi desenrolar indiretamente os ingressos ao irmão. Eu simplesmente AMEI! putz, que oneshot deliciosa de se ler! MUITO obrigada por isso, Alice! bjs
October 30, 2018, 16:21

  • Alice Alamo Alice Alamo
    Olá!! <3 Eu amo esse ship!! E adoro um lemon, é meu fraco. O Naruto tem que usar das cartas que tem, não é mesmo? E o que melhor que pedir aquela ajudinha básica pro Itachi? Muito obrigada pelo comentário!! Desculpe pela demora para responder ^^' Beijoss February 28, 2019, 00:51
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