Eu, andarilho mundano de tantas glórias e derrotas, sento-me à mesa com o copo de vidro embaçado pelo café quente. Como é forte aquele aroma, acorda desde a alma até os ossos. Quem dera curasse os males enraizados, mas é remédio humano, serve de amigo na solidão das manhãs assim que o líquido nos aquece goela abaixo.
Um leão diário, fortalecido com um suspiro de cansaço.
Preocupo-me tanto em sobreviver que esqueço da vida que mãe natureza proporciona em cada sopro de vento.
Nuvens cinzas ante a tempestade me fazem feliz, assim como ruelas e bares causam certa agonia. Uma ansiedade severa adentra a mente ao menor dos atos, e, então, vejo-me em casa observando quadros e procrastinando a mente.
Observando a janela, outras vidas lá fora, passado e presente em conjunto.
Como passa o tempo, revira até os mais intrínsecos medos. Muda quem fomos, modela espírito e envelhece a carne.
As vezes, abraço apertado é necessário, mas é apenas mensagem que chega na tela iluminada.
Que solidão, mesmo com tantos olhos esgueirando-se pelas bordas da tecnologia.
O mundo evolui, mas a humanidade ainda é retrocesso, coisa difícil de engolir.
Assim é a velhice, inimiga do tempo aos que se materializam nessa terra. Invencível pelo universo vasto de tantos cosmos e almas cheias.
Merci pour la lecture!
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