Entre Beijos, Serenata e Camisa Xadrez | sasunaru Suivre l’histoire

O vilarejo estava quieto e silencioso. As nuvens dançavam no céu, espalhando-se para proteger aquele pedaço de terra dos raios solares.

A proteção trouxe sombras para a fazenda, dando descanso para a plantação e animais. Com um sopro, a ventania balançou as árvores e a pele do jovem adormecido na grama quase seca, foi beijada docemente.

O animal traiçoeiro lambeu a bochecha do seu dono, que continuou desfalecido, dormindo profundamente. A raposa não insistiu, voltou a se deitar ao lado do loiro, protegendo-o de qualquer indivíduo que tentasse invadir a área cercada dos Uzumaki's.

As galinhas reclamaram de fome quando perceberam que o milho espalhado no chão havia acabado. O moço bonito se remexeu incomodado com o barulho e para a infelicidade do dorminhoco, os outros animais também começaram tentar atrair sua atenção. Sem outra opção, Naruto abriu os olhos sonolentos e franziu o cenho ao sentir algo quente grudado nele.

Kurama, sua raposa.

O bichinho estava deitado rente ao jovem, certificando que ninguém encostasse nele. Naruto sorriu, levando a mão para acariciar seu protetor.

— Quando você chegou aqui, mocinho? — Kurama ronronou, aproveitando o afago antes de pular sobre o colo alheio.

A quietude na fazenda Uzumaki era quase palpável, mas o pobre garoto sentia falta dos amigos da cidade grande. Naruto mora no interior, em um vilarejo relativamente pequeno e sua residência ficava um pouco distante das outras devido ao grande território de terras da família. O sustento da família era de fato a pequena fazenda, a qual ganharam quando os pais de Kushina morreram.

Há cinco anos, a mini fazenda estava abandonada e a grama seca ansiava pela água do inverno, mas lamentava que não veria o sol por dias. Brevemente, a família composta por Kushina, Minato, Menma e Naruto, assumiram toda a responsabilidade. Com os cuidados da família, a casa ganhou uma reforma considerável e rejuvenesceu o lar.

O loiro gostava de morar ali, diferente do irmão mais velho. Menma não se sentia contente em perder tempo cuidando dos animais e da plantação, por isso, ele passava a responsabilidade para o irmão mais novo. A verdade é que nem sempre foi assim, mas conforme o tempo foi passando e ele foi crescendo, Menma não queria ficar enfurnado e esquecido na fazenda.

Diferente de Naruto, o irmão mais velho não era tímido, o que facilitou a construção de amizades na escola. Por outro lado, Menma trouxe inúmeros problemas e reclamações para a família, que claro, repreendia o garoto.

Menma não era o único a causar problema, ele tinha um parceiro de travessuras, Uchiha Sasuke.

O caçula dos Uchihas era conhecido no vilarejo graças às suas façanhas, arrogância e por ser reservado. Desviava de qualquer centro de atenção, fugindo e se recusando a ser amigo da grande maioria dos alunos da escola. Até conhecer o novato, Uzumaki Menma.

Ambos garotos do terceiro ano do ensino médio, viraram amigos após uma briga na cantina. Entretanto, o moreno de olhos azuis foi consolado pelo irmão mais novo, que cuidou das suas feridas. E Sasuke, apenas se dispôs a apreciar a visão tão magnífica diante dos seus lumes.

Uma cabeleireira de ouro e um par de olhos que carregava o mar, um azul tão brilhante e bonito. E mesmo chateado com o irmão mais velho, o jovem cuidava do rosto machucado e repreendia Menma por se ferir durante a briga.

— Você precisa de ajuda também? — A voz aveludada soou como a melodia mais perfeita e os ouvidos do Uchiha vibraram de felicidade.

O coração bateu rápido e ele ofegou, encantado com o menino. Sim, queria os cuidados para seu nariz vermelho e a bochecha inchada.

— Ele não precisa. — enciumado, Menma respondeu rápido. — E você devia estar na sala de aula agora.

— Devia, mas estou cuidando de você, garoto imprudente. — retrucou, deixando o irmão de lado e indo na direção de Sasuke.

Sem pedir permissão, o pano com gelo acertou a bochecha dolorida, mas o moreno não teve reação de imediato. Os olhos arregalados para Naruto, encarando profundamente o oceano.

Era a primeira vez que alguém se preocupava realmente com ele.

— Não precisa se preocupar... — disse, a voz quase sumindo e sem a costumeira ignorância.

— Pressione aqui. — o loiro indicou para ele segurar o pano com pedras de gelo e assim o outro jovem fez, tocando levemente a mão alheia sem querer. — Isso serve de lição para vocês não arranjarem brigas.

Depois de alguns minutos brigando com Menma, Naruto foi embora para a aula. Sasuke queria ter conhecido ele antes, queria falar com ele e ouvir a voz paciente novamente. Se possível, todos os dias. Entretanto, esse era o seu último ano na escola e em breve ele teria que viajar com a turma do terceiro ano. Infelizmente, ele não veria Naruto por seis meses e ainda teria que aguentar Menma reclamando do irmão durante a viagem.

Para a infelicidade do Uchiha, o resto do ano ele não teve abertura para se aproximar do loirinho devido aos amigos que o cercavam, Gaara e Shikamaru. Os dois garotos estavam sempre na cola do Uzumaki, além de Menma não permitir nenhum avanço de amizade com o irmão mais novo. Só restou-lhe focar na viagem de estudos em outro estado, o que o fez ficar mais de um ano fora do vilarejo.

Três anos, para ser exato. E fizera muito bem para Sasuke, mas se o moreno soubesse o quanto um certo par de olhos azuis sentiu sua falta, é provável que ele lamentaria sua partida.

Por outro lado, Naruto ficou feliz ao saber que seu irmão iria passar longos meses longe, porém logo se entristeceu ao saber que o Uchiha também iria embora. Ficara entristecido e com o coração fraco, implorando para ver o amigo de Menma.

Agora, eles estavam de volta. Ambos já adultos, caminhando na casa dos vinte enquanto Naruto tinha dezenove. Desde que o Uchiha voltou para o vilarejo, o loiro não o encontrou, mas ouviu falar dele e de sua jaqueta de couro da cidade grande.

Kurama se agitou, mexendo a cauda e levantando as orelhas atentas. Em alerta, Naruto olhou para o cercado para ver a movimentação e avistou seu pai conversando com duas pessoas. Minato tinha o rosto vermelho, sinal de que estava bravo e os homens apenas assentiram de cabeça baixa.

Foi então que seus olhos brilharam. Era Menma e… Sasuke.

Os dois entraram no cercado e os penetrantes olhos escuros caíram na raposa e em seguida no dono dela.

Como se desejasse e ansiasse vê-lo, o moreno encarou o moço bonito, que estava no chão, com tanta intensidade, que o loiro estremeceu. A saudade apertava o peito e ele queria falar com Naruto, mesmo que Menma lhe desse um soco.

— Você dormiu de novo nesse chão sujo, Naruto? — Menma perguntou ao se aproximar.

— E você arrumou encrenca de novo, irmão? — revidou, sentando-se com Kurama em seu colo. Seus olhos caíram no segundo rapaz, que não tirara os olhos de si. — Oi, Sasuke.

— Oi, Naruto.

A voz estava mais rouca, claro, Sasuke era um homem formado agora. Seus olhos carregavam uma escuridão como o breu da noite, mas também tinham estrelas românticas quando encaravam o caçula Uzumaki.

— O que vocês fizeram para papai os mandar para cá?

Menma bufou, irritado.

— Batemos a carroça na barraca do beijo que está sendo construída no centro do vilarejo. — explicou, cruzando os braços enquanto procurava o banquinho para se sentar. Infelizmente, o banco estava ocupado com as frutas e rações.

— Você bateu a carroça! — Desviando o olhar do loirinho, Sasuke olhou ao redor. Sentia falta da fazenda e das travessuras que aprontou com o seu parceiro quando mais novo. — Passou tanto tempo longe do vilarejo que não conhece mais as ruas, eu falei que o centro estava lotado.

— Três anos. Muita coisa poderia ter mudado.

— Você mora aqui há mais de cinco anos, quando foi que mudou? — O moreno cruzou os braços, esperando a resposta.

— Tsk. Você me desconcentrou com aquela conversa mais cedo. — Os olhos azuis mudaram de direção, encontrando o irmão mais novo.

Naruto jurou ter visto as bochechas do Uchiha ganharem um tom vermelho carmim ao mesmo tempo em que a expressão dele vacilou.

— Sobre o que conversaram mais cedo? — O loiro estava confuso, intercalando o olhar entre o familiar e o amigo dele.

Sasuke coçou a garganta, fazendo um barulho.

— S-Sobre a festa junina no centro do vilarejo. Você sabe, só se fala disso nas ruas de Konoha. — Naruto o encarou desconfiado, mordendo os lábios enquanto analisava a mentira. — Ainda não tenho um par para a festa. E você, Sasuke?

— Não tenho um par também. — disse, olhando para Naruto.

Menma ergueu-se, procurando a pá e as notas para entrar no cercado das vacas.

— Já tem em mente quem você vai chamar e o que vai fazer para atrair?

Era uma tradição boba do vilarejo, a qual o rapaz convidaria o seu par de uma forma inusitada, que conquistasse o parceiro. Era nessa época que os adultos assistiam os jovens enviar cartinhas, comidas acompanhadas de cantadas e claro, serenatas. Os casais desfrutavam da festa no centro do pequeno vilarejo, aproveitando as comidas típicas juninas e das barracas montadas.

Nos últimos três anos, Naruto foi acompanhado por seus amigos fiéis, mas Shikamaru estava em um relacionamento agora. Provavelmente, iria sozinho ou talvez Gaara o acompanhasse. Não é que ele não recebia propostas, as cartas brigavam por espaço na caixa de correio.

A verdade é que Uzumaki Naruto estava esperando ele.

Esperando que um dia pudesse ser notado pelos olhos escuros e receber o convite de Sasuke. Porém ele tinha seus seguidores apaixonados, as pessoas que imploravam a atenção dele e Naruto achava que era só mais um desses.

— Sim. É alguém especial. — respondeu, indo ajudar o amigo.

Naruto desejou ser esse alguém especial, mas era pedir muito.

— E você, irmãozinho?

Menma estava no cercado das vacas e Sasuke entrou no celeiro, mas ele conseguiu ouvir perfeitamente a conversa. Naruto soltou Kurama e foi até Menma, para observá-lo cuidar dos animais.

— Com o Gaara, talvez. — deu de ombros, fingindo não se importar com o assunto.

— Você e ele estão em um rolo? — Naruto o encarou incrédulo.

— Claro que não, Gaara é meu amigo!

— Ele parece gostar de você, Naru. — A voz do moreno soava maliciosa, o que fez o rosto do outro esquentar.

— Definitivamente, não! — Gaara era só seu amigo, não tinha esse tipo de sentimento entre eles. Pelo menos era isso que Naruto acreditava.

— Que tal o Sasuke? — Menma encarou o irmão e suas bochechas rosadas. — Está interessado nele?

Antes que pudesse responder, os irmãos ouviram um estrondo no celeiro e as galinhas reclamarem enquanto fugiam. Preocupado, Naruto correu para o local, mas se viu completamente chocado ao se deparar com uma cena um tanto engraçada.

Sasuke estava deitado no chão, caído com várias palhas enfeitando seu corpo e os milhos haviam se espalhado. Os pintinhos beliscavam os milhos com cautela por causa do homem quase desfalecido no chão.

O loirinho correu até ele, abaixando-se ao lado da sua grande paixão juvenil. Colocou a cabeça dele em seu colo, acariciando o rosto sujo de palha e barro.

— Sasuke? — chamou, mas o homem apenas resmungou de dor. Naruto limpou o rosto alheio com cuidado, deixando o seu rente ao dele. — Ei, Sasuke.

Um par de olhos pretos abriram-se, dando a visão do breu do anoitecer escondido nos lumes. Entretanto, o loirinho se assustou quando uma palma quente tocou a pele da bochecha e, em seguida, o carinho aqueceu o lugar.

— Lindo. — disse, admirado com o outro rapaz.

— Você deve ter batido a cabeça com muita força, aguente um pouco mais e Menma estará aqui. — O coração de Naruto bateu rápido, como se estivesse festejando naquele momento a proximidade dos corpos. — O que aconteceu?

— Acabei por escorregar quando… — as bochechas de Sasuke ficaram vermelhas ao se lembrar de algo. Claro que ele não iria expor que ouviu a conversa de Menma e Naruto. — Quase pisei no pintinho.

— O quê? — Olhou ao redor, procurando por algum bichinho ferido.

— Eu disse quase. Ele está bem, não se preocupe. — Ainda deitado, o moreno aproveitou para admirar aqueles olhos azuis.

Tão perto e azul.

Um mergulho naquele oceano o sufocaria de amor, porém ele não se importava em afogar-se na paixão. Queria beijar os lábios cheios e entrelaçar os dedos aos semelhantes de Naruto. Aquele rosto tão perto do seu estava o deixando atordoado, mas Sasuke quase conseguia lidar com a situação, pois estava acostumado a se sentir desse jeito quando estava perto do loirinho.

— Estou preocupado com você também.

“Preocupado comigo?” — pensou o Uchiha, com sede dos beiços trêmulos do Uzumaki. Estava preocupado com que o rosto bonito se aproximasse mais um pouco. — “Quero beijar você.”

— Não fique, estou bem. — Com a ajuda do moço, o moreno se sentou tão perto da sua paixão da adolescência que o outro se encolheu. E apesar de perceber a timidez insistente, os olhos azuis não desviaram-se dos seus, como se estivesse captando cada detalhe. Sasuke voltou a tocar a face alheia com a mão, acariciando a maçã. — Tão lindo, Naruto.

Prendeu a respiração diante do carinho gostoso que recebia. Os olhos arregalaram imediatamente após receber o elogio sem rodeios, e para a surpresa de Naruto, Sasuke se aproximava cada vez mais em busca do calor do seu corpo. Uma mão grande se apossou da sua, pousando com perfeição antes de enroscar os dedos finos e longos nos seus.

O Uzumaki não conseguiu reagir e muito menos encobrir seu acanhamento.

Sasuke o chamara de lindo. Ouvir a palavra saindo dos lábios alheios fez o loirinho lembrar dos tempos de escola, que apesar de não ter grandes contatos com o moreno, ainda assim se sentia atraído por ele. Poucas foram as vezes que se esbarraram nos corredores, mas Sasuke fazia questão de tocar sua pele da forma mais carinhosa possível.

Sentia o olhar dele sempre que estava no mesmo ambiente e muitas vezes quando estava tão distante, a pele queimava sob um olhar escondido entre outras pessoas. Embora não fosse difícil para Naruto identificar de quem era, a intensidade fazia seu corpo estremecer e quando conseguia encará-lo de volta, Sasuke lhe dava um sorriso ladino.

Ele gostava das reações que causava no loiro.

E agora não era diferente, Naruto percebeu isso.

— Você deve ter batido a cabeça muito forte. — Conseguiu dizer depois de muito tempo, os toques de Sasuke o deixava sem jeito.

— Não bati a cabeça tão forte. — explicou. — Você sabe que te acho lindo. Não tirava os olhos de você desde que te conheci, lembra? No corredor, na cantina ou nas atividades físicas, eu sempre estava lá para vê-lo.

Naruto foi pego desprevenido pela confissão do Uchiha, o que o fez vacilar no tremor quente. As lembranças invadindo sua cabeça, cada cena e toque… Deus, ficaria louco.

— Você não se aproximou. Por que? — Derretido e enfraquecido pelo corpo maior rente ao seu, Naruto não sabia o que estava fazendo quando devolveu o aperto dos dedos e deitou a bochecha na outra mão do rapaz.

— Como poderia tocar o irmão mais novo do meu amigo? Principalmente quando se trata de Menma, que é muito protetor. — Ele tinha razão. Os olhos desconfiados de Menma faziam os outros garotos tremerem e o histórico de encrenqueiro afastava qualquer um.

Naruto não insistiu.

— Quando você foi embora, achei que não o veria mais. Menma não dava detalhes do que estava acontecendo na cidade, então não tive notícias suas. Eu… — “senti sua falta” quis dizer, mas não conseguiu. Os olhos de Sasuke se estreitaram ao ver que Naruto não continuou, no entanto, ele sabia o final da frase. Também sentiu falta do loirinho. — Você vai para a festa junina?

— Sim. — A voz soou tão rouca que Naruto se assustou.

— Costurei duas camisas xadrez, era um presente que iria enviar para você e Menma. Mas já que estão aqui, não acho que vão precisar. — Naruto havia aprendido a costurar na loja Hyuuga, juntamente com a sua amiga, Hinata. E como não sabia quanto tempo iria ver o irmão, decidiu fazer um presente para ele e o amigo.

Entretanto, olhando Sasuke com aquela jaqueta da cidade grande, Naru se sentiu um bobo.

— Não, eu quero o meu presente! — Pediu.

— Você já está bonito nessa jaqueta, não precisa de uma camisa surrada.

Claro que ele precisava, era um presente de Naruto. O coração mole e apaixonado de Sasuke acelerou novamente, imaginando Naruto costurando para ele.

— Por favor, loirinho. — Os lábios de Sasuke sussurraram, tocando a bochecha vermelha, raspando a pele sensível para sentir o moço bonito estremecer. — Me dê o presente.

Agora, as bocas quase se chocavam com intimidade, precisava apenas de um impulso para frente.

— Tudo bem… — Deu-se por vencido, assentindo. Os lábios de Sasuke alisaram os seus, um toque singelo e superficial, mas o suficiente para fazer o loiro fechar os olhos. — Sasuke.

Antes que o moreno pudesse avançar sobre aqueles lábios chamativos, ouviram o barulho das botas pesadas. Menma estava a caminho do celeiro. Ambos se afastaram, mas o Uchiha se sentiu irritado por ficar longe da sua paixão. Estavam distantes há tanto tempo que ficar longe dele agora não era uma opção e Menma teria que entender isso.

— O que vocês estão fazendo? Sasuke se feriu? — A voz preocupada do Uzumaki mais velho soou dentro do celeiro e em seguida a figura alta apareceu. Os olhos dele estreitaram-se percebendo a aproximação do casal, mas não disse nada.

— Ele bateu a cabeça. — O irmão se apressou em dizer.

— Não foi tão forte assim, estou bem. — E realmente estava, mas gostava do carinho e preocupação que Naruto tinha consigo.

— Já que você está bem, pode me ajudar a cuidar das vacas. — apontou para Sasuke, que somente concordou. — E você irmãozinho, pode ir comer alguma coisa. Nosso pai falou que está aqui desde cedo, então vá para casa e coma algo.

— Tudo bem.

Naruto foi até o irmão, dando-lhe um abraço de despedida. No entanto, antes que pudesse concluir seu trajeto até a porta, ouviu a voz de Menma novamente.

— Não vai se despedir do Sasuke?

O rosto do mais novo parecia que iria explodir a qualquer momento. Porém ele não iria negar um abraço ao seu amado, queria sentir os braços ao redor do seu corpo. Com isso em mente, deu meia volta e foi até o Uchiha, abraçando-o.

Automaticamente os braços de Sasuke enlaçaram o corpo miúdo, arrastando a ponta do nariz no cabelo de ouro. Esquecendo-se da presença do amigo, ele apertou a cintura do menor, sem vontade alguma de soltá-lo.

Queria que Naruto estivesse para sempre entre o calor dos seus braços.

— Não se esqueça do meu presente, loirinho. — Sussurrou para ele antes de soltá-lo a contragosto.

Naruto assentiu e infelizmente, partiu.

Sobrando apenas Sasuke e Menma, o último citado tinha uma expressão estranha no rosto. Desconfiança em seus olhos, mas não estava bravo de fato. Enquanto os dois caminhavam para o cercado das vacas, Menma apertou a pá diante daquele silêncio.

— Que tal você me contar sobre seus sentimentos para com o meu irmão?