2minpjct 2Min Pjct

Fruto de uma maldição milenar realizada no Halloween, os habitantes de Busan não sabiam mais como identificar as suas almas gêmeas, e Jimin, um bruxo astuto e muito inteligente, decidiu que ele seria o homem a quebrar a maldição e encontrar a sua alma gêmea, mesmo que ele só tivesse até o próximo Halloween para pensar em uma forma de fazer isso.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

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Lembranças de um Halloween conturbado

Escrito por: @ mygdxrk_angel | @fernanda1236

Notas Iniciais: Oiiie ^^

Eu confesso que ameei escrever essa história, foi bem divertido pensar e desenvolver cada detalhe pequenininho e espero que meu amigue oculto goste muito também. Enfim, boa leitura!💜


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A Akai Ito é uma lenda que diz que, quando uma pessoa é destinada a outra, ambas têm um laço vermelho invisível que as liga pelo dedo mindinho. O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca irá quebrar. O laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento do nascimento. Quanto mais longo estiver o fio, mais longe as pessoas estão e mais tristes estarão. Nem sequer a morte o rompe, apenas o alarga para se encontrarem em outra vida.


Era o sonho de qualquer um viver em um mundo onde as pessoas se conheciam, encontravam as suas almas gêmeas e, por fim, casavam e se uniam em uma família linda e feliz; mas claro que Park Jimin não vivia em um mundo assim.

Busan tinha uma energia maligna pairando, algum feitiço de uma terrível bruxa que foi lançado há milhares de anos no Halloween e que nunca foi quebrado. Muitos bruxos tentaram, contudo, não tiveram sucesso. Nem mesmo os melhores e mais qualificados conseguiram, o que fez com que todos se perguntassem o que Lalisa Manoban tinha de diferente das outras.

Ela era uma bruxa "comum", do tipo que não a consideravam muito especial para ter realizado tamanho feito. Lalisa passou anos de sua vida se dedicando unicamente a esse feitiço. O motivo? Alguns diziam que era por vingança, pois o homem que foi destinado a ela tinha morrido antes de se conhecerem; outros, que era por inveja, já que morava sozinha, e alguns mais velhos pensavam ser por pura e cruel maldade.

Para Jimin, a razão pouco importava. Tudo o que realmente era importante para ele era quebrar a maldição e, enfim, encontrar a sua alma gêmea. Ele sonhava com esse momento desde criança, com o dia em que veria um fio ligando o seu mindinho ao de outra pessoa, mesmo sabendo que não era possível graças às circunstâncias atuais. Felizmente ou não, a realidade nunca foi um empecilho para que ele sonhasse com o dia em ele descobriria a identidade daquele que era a sua metade, do momento em que encontraria a sua alma gêmea e que eles se apaixonariam, se beijariam e, por fim, passariam o resto de suas vidas juntos. Sim, talvez Jimin fosse um pouco emocionado, mas era sua alma gêmea! E isso, para ele, era o suficiente.

Amava as histórias de amor, principalmente se envolviam Akai ito, a tão famosa e adorada lenda do fio vermelho do destino, o qual todos foram cruelmente impedidos de ver por causa de outra pessoa.

Park Jimin sempre foi um bruxo muito talentoso e dedicado, alguns diziam até que era muito sonhador. Todos viam que ele viajava em sua vassoura, sorridente e expectante enquanto ia para casa. Isso acontecia todos os dias, ao anoitecer.

Ao pousar, já sabia que o encontraria. Min Yoongi sempre estava consigo, sorrindo ao vê-lo voar e eufórico durante o pouso dele. O bruxo era seu melhor amigo e parceiro da vida, o mais novo não conseguia pensar em si sem automaticamente pensar no garoto bonito dos olhos brilhantes e lábios rosados e finos que contrastavam com os fios escuros. Os dois eram uma superdupla imbatível. Os sorrisos e palavras carinhosas direcionadas um ao outro eram frequentes. Claro que esse momento durava pouco, pois logo estavam entrando em entraves por terem opiniões diferentes.

— Mas, hyung, você não quer saber quem é a sua alma gêmea? — Jimin estava atônito com o descaso do melhor amigo.

— É claro que eu quero! A questão não é essa, Jiminie. Eu só acho que, em vez de você ficar obcecado em quebrar essa maldição, você poderia viver um pouquinho, sabe? Sair desse lugar cheio de feitiços e livros e viver. Você está há dias nisso e nem ao menos percebeu o quão pouco anda comendo! — brigou o mais velho. Era claro para o mais velho que o mais novo não estava sendo nenhum pouco racional nas suas decisões.

— Por que parar agora se falta tão pouco? Eu preciso encontrar a minha alma gêmea, hyung! Você sabe o quanto isso é importante pra mim — argumentou Jimin.

Yoongi quase rosnou ao ouvi-lo. Era frustrante para o mais velho ver que Jimin estava tão focado em quebrar a tão falada maldição que não tinha percebido o que estava acontecendo ao redor; na sua mente, era tão óbvio que aquilo o irritou. Nesse momento, o mais velho decidiu ignorar todos os alertas vermelhos que surgiam na sua frente e que eram enviados pela sua mente e simplesmente cuspiu tudo o que estava entalado na sua garganta e todos os sentimentos presos no seu coração.

— Será que você não percebe mesmo? É tão difícil perceber o que está na sua frente? Você está tão ocupado com essa droga de maldição que não enxerga o óbvio!

Jimin arregalou os olhos diante tamanha raiva vindo do mais velho.

— Do que você está falando? — Jimin franziu o cenho. — Ah, quer saber? Esquece…

No fundo, o Park sabia que, mesmo que negasse a si mesmo, nada enganaria o seu coração queimando por Yoongi, pelo seu calor. Definitivamente o mais novo não estava pronto para lidar com isso tudo.

— Não, não, Jimin. Vamos falar sobre isso agora! — Bateu o pé, decidido.

Os olhos de Yoongi começaram a queimar pelas lágrimas contidas, mas nada superava a dor no seu peito. Dor esta que ele lidou por tempo mais que suficiente, tudo porque acreditava que Jimin esqueceria essa história e finalmente perceberia o que Yoongi já sabia. Eles não precisavam de um fio para lhe dizer o que era tão claro aos seus olhos.

— Hyung, olha, eu realmente não… — o Park tentou mudar de assunto a todo custo, mas foi impedido pelo mais velho.

— Eu te amo. — As palavras escorreram com facilidade pelos lábios de Yoongi, causando nele um alívio imediato. — Você sabe disso, não sabe?

Jimin engoliu em seco, afinal ele sabia. Sempre soube dos sentimentos do mais velho por si. Contudo, o Park não podia fazer nada sobre isso. Ele só se entregaria completamente à sua alma gêmea, a sua pessoa destinada; a que foi feita unicamente para si e com quem construiria e compartilharia tudo.

Por um lado, queria deixar tudo para trás e se entregar a esse sentimento que o corroía e dominava, contudo ele não podia deixar que isso interferisse no seu destino. E, no fim das contas, mesmo que não dissesse em voz alta, tinha certeza que Min Yoongi seria sua alma gêmea, aquele predestinado a ele, pois eles se encaixavam tão bem e tinham uma conexão tão boa que seria muita crueldade do universo não envolver seus mindinhos com o fio vermelho.

Jimin queria ficar com Min Yoongi, mas precisava ter certeza de que o que sentia não era uma paixão passageira, e sim o amor em sua pureza.

E mesmo que sentisse o seu coração ser esmagado no peito a cada vez que reprimia esse sentimento, nada o faria mudar de ideia.

Jimin deu as costas ao Min, previamente ao falar: — Acho que… — E analisando o mapa, ele achou o que estava procurando no livro antes de ser cortado por Yoongi. — É isso, é aqui que Lalisa mora!

Jimin passou os olhos pela página e folheou o livro com cuidado, analisando cada detalhe informado.

— Mas… isso fica em Halloweentown!

— Pois é, hyung, acho que chegou a hora de voltar para a nossa cidade natal. Preparado?

Yoongi sabia que aquilo não era uma boa ideia, mas se limitou a apenas suspirar e assentir, mesmo que machucasse muito não ser correspondido. Ele conhecia a determinação do melhor amigo e sabia que ele não desistiria tão facilmente, então ele apenas cedeu. Como sempre fazia quando se tratava de Park Jimin e fazê-lo feliz.

— Eu entendo o seu sonho e eu quero com todo o meu ser que você seja feliz, mas… Eu não posso fazer isso, eu nem sei se eu quero saber.

Afinal, eu já sei que você é a minha alma gêmea. Eu sinto com toda a minha alma que pertencemos um ao outro. Infelizmente, acho que somente eu me sinto dessa forma… pensou Yoongi.

— Mas eu quero, o hyung não pode mesmo me acompanhar? Seria muito importante para mim se você fosse junto. Então, o que acha, ein? — Jimin piscou seus olhos e fez um biquinho na intenção de convencer o mais velho.

Yoongi fechou os olhos por um momento e suspirou antes de os abrir novamente e olhar de maneira firme para o mais jovem.

— Eu não vou, Jiminie, não importa o quanto pisque os seus olhinhos, mas eu te espero na sua casa. — Yoongi agradeceu aos céus pela imensa força que o mandaram, afinal, só assim alguém conseguiria resistir a voz manhosa e olhar pidão de Park Jimin. Normalmente o mais velho não era resistente e deixava que o mais novo fizesse o que queria. Tanto que até mesmo, muitas vezes, o ajudava nisso. Contudo, desta vez ele não podia ceder.

Jimin tentou convencê-lo de todas as maneiras que conhecia, mas, infelizmente, nenhuma delas foi efetiva, o que fez com que o menor, mesmo chateado, decidisse seguir seu caminho sozinho.

— Tchau, hyung… Logo eu voltarei.

O Min sorriu amarelo; ele sabia que não era totalmente verdade. O tempo em Halloweentown era diferente do tempo no mundo humano. Para Yoongi, a volta de Jimin demoraria algumas horas, enquanto, para o Park, poderiam ser dias.

Yoongi acompanhou o Park até a calçada, onde apareceria, por mágica, o ponto de ônibus assim que eles ficassem no lugar certo.

Jimin sorriu, parou na frente do ponto e disse as palavras mágicas:

Desto es allios mundus nostia bellu ustia abugo domos — o Park disse as palavras mágicas que sinalizavam ao ônibus que deveria parar ali.

O ônibus veio voando pelo céu até parar na frente do jovem bruxo. Ele sorriu levemente ao vê-lo após tanto tempo.

— Aguardarei ansiosamente a sua volta.

E o Min segurou a mão de Jimin e deixou um leve beijo sobre a pequena mão do jovem bruxo antes de ele subir no ônibus, entrando e se sentando próximo à janela, sendo acompanhado por fantasmas, bruxas e outros seres estranhos e peculiares.

A mente de Jimin estava carregada de pensamentos acerca do melhor amigo. Ele sempre soube da inegável conexão entre eles, assim, não demorou para que descobrisse os sentimentos de Yoongi, já que o mais velho não era tão bom em esconder.

O Park conhecia Min Yoongi desde sempre, ele não se lembrava de nenhum dia em que o mais velho não estivesse presente na sua vida, fosse em momentos bons ou ruins.

Yoongi não estava só nas festas que fazia casualmente; não, ele nunca seria apenas um amigo de balada. Min Yoongi era muito mais do que isso para Jimin.

Ele sempre esteve presente e cuidando de Jimin em todos os momentos, como quando se machucava ou quando estava triste e com a sua mente cheia. O Min quem segurou a sua mão quando Jimin descobriu que era um bruxo. Foi ele que o ensinou tudo o que sabia e que o incentivou a saber de tudo. Graças a ele, descobriu que, apesar de a maioria dos bruxos nascer na cidade natal deles, ainda existiam alguns poucos que apareciam no mundo humano, sendo que ninguém entendia direito o porquê.

Portanto, o ponto era que nunca se imaginou sem o Min. Ele nunca poderia se ver em um mundo onde o melhor amigo não fizesse parte de sua vida e naquele momento essa angústia estava dominando o seu peito persistentemente.

A viagem foi turbulenta e agitada, contudo todos já estavam acostumados a isso e não se surpreenderam quando o ônibus parou de forma brusca no ar e rapidamente caiu, parando em seu destino.

O local era o mesmo de sempre. Jimin sentia o cheiro de lar de longe, era confortável e muito reconfortante. Seu corpo entrou em um estado de calma e tranquilidade, não conseguindo se impedir de sorrir enquanto descia as escadas.

Um dia Yoongi hyung vai entender, ele precisa entender que vir aqui e descobrir a verdade é necessário para ficarmos juntos… pensou Jimin.

Jimin se maravilhava com o que via ao redor. Não importava quanto tempo passasse, ele nunca deixaria de apreciar a beleza e o encanto da sua cidade natal.

A grande abóbora enfeitando o local, junto das mais diversas casas e lojas com as roupas mais incríveis que Jimin já viu e que desejou usar.

O lugar era imenso e o Park precisaria de um táxi rapidinho se queria chegar à casa da jovem bruxa, por isso ele assoviou e um táxi surgiu. Como sempre, Benny, o taxista esquelético, surgiu bem animado, o que fez com que o caminho não fosse entediante.

Ao desembarcar, Jimin não esperava por aquilo. A residência da velha bruxa era imensa. Ela tinha um jardim enorme e cheio das folhas de outono, a cor azul-escuro estampava o telhado e as paredes brancas rodeavam a casa de madeira com janelas grandes e cheias de teias de aranha. Abóboras esculpidas rodeavam a vasta varanda, juntamente das decorações comuns de Halloween.

Hesitante, devagar ele foi se aproximando e tocando a campainha frente a um enorme portão de ferro. Após pressionar lentamente, afastou-se um pouco do portão.

Ding dong.

E então ele esperou, esperou e esperou. Nada.

Droga, eu queria tanto que essa fechadura se abrisse!

Suas mãos liberaram a magia e então o portão se abriu instantes depois. Jimin sorriu, pois desejar que uma porta ou cadeado se abrisse sempre funcionava. Ele andou alguns passos cautelosos antes de se erguer confiante e seguir na direção da residência.

Como se sentisse a sua presença chegando, Lalisa Manoban abriu a porta da frente e surgiu com uma expressão fechada e que não deixava dúvidas a ninguém quanto à sua insatisfação.

— Ah, por Merlin, posso saber quem é você e qual o motivo de estar aqui? — A expressão no rosto da bruxa era séria, e Jimin se viu engolindo em seco.

— S-senhorita Lalisa Manoban?

Lisa observou o jovem bruxo de cima a baixo antes de suspirar.

— Deixa eu adivinhar, você veio aqui me jogar alguma praga porque eu destruí o seu doce sonho de encontrar sua alma gêmea? — Ela ergueu a sobrancelha em deboche, como se não acreditasse que Jimin pudesse ser capaz de tal feito.

— O quê? Não, mas é claro que não! Eu só… vim conversar — disse o jovem bruxo, umedecendo os lábios, nervoso.

— Conversar? — repetiu, incerta.

— Sim. Posso entrar? — Jimin sorriu sem dentes.

A bruxa parou um momento para analisar a situação, mas, não tendo razões para não o atender e considerando que ele não parecia ser uma ameaça para ela, saiu da frente da porta e lhe deu passagem.

Jimin ficou aliviado. Ele passou pela porta e repassou em sua mente tudo o que ele queria falar para a senhorita Manoban.

— Ahn, não olha a bagunça. Eu ainda não tive tempo de arrumar isso aqui e, bem… não é como se eu estivesse acostumada a receber visitas.

Considerando a maldição que a bruxa lançou, o mais novo já imaginava que ela não deveria ser muito amada pelas pessoas da região. Na verdade, isso fazia com que ele se perguntasse o porquê de ela ainda se manter ali. Ela poderia ir ao mundo humano, onde ninguém sabia o que ela fez, e então viver uma vida consideravelmente normal para uma bruxa e, mesmo com essa dúvida em mente depois de ter a visto pessoalmente, Jimin não sabia se teria coragem de perguntar.

— Por quê? — Ela olhou-o como se ele tivesse feito uma pergunta muito idiota. — Digo… Por que lançou essa maldição terrível que nos prejudica tanto? — começou o bruxo. — Gostaria de entender as suas razões, antes de tudo — disse, tentando iniciar as suas perguntas sem parecer um desesperado.

Lalisa, parecendo realmente entender o sentido da pergunta, arregalou os olhos e abriu a boca; seu coração parou por um minuto antes de voltar. Ela limpou a garganta.

— É a primeira vez que alguém me pergunta isso… — Seu olhar era sem foco, seu pensamento estava longe e suas palavras jorravam de sua boca sem controle. — Geralmente todos já vêm com suposições ridículas ou machistas sobre a minha decisão… Enfim, tudo começou na época em que eu deveria descobrir a minha alma gêmea. Era uma época muito especial para mim… — contou Lisa.

Eu estava em um show de luzes, tudo era intrigante, divertido e vivido. Minha melhor amiga duende, Jennie, estava lá, e eu lembro que nós tínhamos bebido muito.

— Eu… — Soluçou a duende. — Eu acho que… esse negócio de revelar as almas gêmeas é a maior furada, sabe? Deveríamos poder descobrir isso sozinhos e decidir com quem queremos ficar. Erros são importantes também.

— Eu acho que você está exagerando! — eu disse.

— Você só diz isso porque está doida para conhecer a sua! Sonhou a sua vida inteirinha com esse momento e, de verdade, eu acho que isso não é tudo. Você devia viver mais, sabe? Conhecer pessoas de verdade e, caso goste delas, aí sim fazer algo sobre — afirmou Jennie.

A verdade era que eu queria que ela fosse a minha alma gêmea, eu sonhava com isso desde sempre. Apenas não tomava a frente por puro medo de rejeição, mas, se ela fosse minha alma gêmea... Eu… eu pensava que ela me aceitaria melhor, que ela se apaixonaria e que ficaríamos juntas para sempre como um casal feliz. Então eu nunca contei nada.

Jimin estava atento a cada detalhe relatado pela bruxa. Seus olhos permaneciam fixos em seu rosto, as mãos estavam entrelaçadas em frente ao corpo e as pernas seguiam cruzadas por baixo da mesa.

— Eu só queria isso: saber a minha alma gêmea, me apaixonar à primeira vista; e então nós casaríamos e ficaríamos juntos para sempre em Halloweentown. Eu sei, patético! Uma típica visão adolescente e vazia. — Revirou os olhos. — Eu estava obcecada com isso, a minha vida toda girava ao redor da pessoa que seria minha alma gêmea. — Ela riu sem humor. — Quando o tão esperado dia chegou… Bem…

O meu peito estava cheio de emoção, eu mal podia me controlar ali de tanta alegria. Minha respiração estava acelerada, assim como meu coração bombeava sangue cada vez mais rápido, minhas mãos estavam suando e minhas pernas tremendo.

"É agora!"

Eu fechei os meus olhos e contei.

— Três, dois, um e… — E quando eu abri os olhos, lá estava ela.

A linha do destino.

Uma linha fina na cor vermelha e que brilhava ao movimento. Ela estava envolvida em meu dedo mindinho e, analisando-a, eu decidi descobrir onde estava a outra ponta.

Eu me guiei pela fina linha que envolvia meu dedo e, quando cheguei à outra ponta, Kim Jennie estava lá. Sim, minha melhor amiga, aquela que sempre esteve ao meu lado, guiando e orientando. Ela que fazia o meu coração descompassar, que iluminava o meu dia com seu sorriso e aquecia o meu coração com uma risada. Aquela que me ensinou a voar e que, quando chorei, enxugou minhas lágrimas.

Ela sorriu, sendo retribuída por mim. Seus olhos eram de um castanho-claro que brilhava graças ao reflexo do sol sobre eles, seu nariz era levemente empinado e sua face estava enfeitada com blush; nos lábios, havia um batom vermelho, que realçava ainda mais como ela tinha lábios lindos e que ficavam mais belos ainda com um sorriso deslumbrante, aquecendo o meu coração, e suas orelhas eram as coisas mais fofas que eu já vi, grandes e pontudas.

Suas roupas eram clássicas. Jennie usava um chapéu verde com ponta na cabeça, sua camisa era quadriculada e com as mais diversas cores, e suas calças eram de um verde brilhante.

Ela era a completa definição da palavra perfeição, e eu estava encantada.

Mas como nem sempre tudo na vida sai como esperamos…

Nesse dia, eu tive a plena certeza disso quando todo esse encanto foi se quebrando em pedaços ao passo que um caminhão passou e atropelou Jennie bem ali na minha frente. Meu coração parou no peito, a minha expressão morreu e minhas pernas fraquejaram, e foi ali então que tudo acabou. E foi naquele dia que eu senti que tudo tinha desabado.

Lisa suspirou.

— E, infelizmente, foi assim que eu entendi. Eu fiquei tanto tempo pensando nessa droga de destino que me esqueci de viver, de amar, cair e levantar. Se machucar faz parte, amar não é algo que se compra em uma loja e leva para casa. É uma decisão conjunta, onde os dois, apesar de saberem que podem, sim, viver um sem o outro, ainda assim decidem ficar e viver juntos. É saber os defeitos e qualidades e, mesmo assim, amar aquela pessoa incondicionalmente e com todo o seu coração.

“Você disse que essa ‘maldição’ prejudicava a todos… Eu discordo, acredito que, depois que todos pararam de se preocupar tanto com um mero fio vermelho, a vida passou a ser muito mais feliz, as emoções se tornaram muito mais reais, e o sentimento, finalmente verdadeiro, e não um amor fútil, condicionado e que todos se obrigavam a ter, só porque eram almas destinadas. O que ninguém diz é que todos vão encontrar as suas almas gêmeas um dia, de uma forma ou de outra, cabe apenas a nós deixar essa pessoa especial ir embora ou não.”

“Eu odeio o mundo humano desde então. Não piso lá há anos e pretendo me manter dessa forma.”

Parecendo finalmente perceber a situação em que estavam, Lisa se virou na direção do jovem bruxo com uma expressão séria, antes de finalizar:

— E eu te digo apenas uma coisa, garoto: quando encontrar a pessoa certa, não espere que o destino, o universo ou qualquer outra coisa, impeça que você seja feliz. Não se esqueça de que o que realmente importa está aqui. — Ela colocou a mão sobre o peito, bem em cima do coração. — E se você ama alguém e sente uma ligação especial com essa pessoa, você não precisa de mais nada além disso.

Jimin estava chocado. Havia sido como se tivesse levado um soco, ele não tinha palavras para descrever o que estava sentindo no momento e nem ao menos estava com cabeça para discutir ou falar nada, então ele se contentou em assentir, sentindo o seu estômago embrulhar e a sua mente girar.

Flashes e mais flashes de seus momentos mais preciosos apareciam, e era claro que Min Yoongi estava em todos eles. Fossem momentos tristes ou felizes. Nos seus momentos mais loucos e nas suas atitudes mais impulsivas, ainda assim, ele estava ali com ele. Jimin já podia sentir a sensação de aconchego que o seu sorriso gengival trazia, assim como o calor do seu abraço ao seu redor, a paz no seu interior e a alegria de estarem juntos.

Você consegue, Jimin-ah!

Vai ficar tudo bem, eu sempre vou estar aqui por você.

E foi neste momento que Jimin resolveu assumir para si mesmo o que ele sempre soube, mas ficou evitando.

— Eu amo o Yoongi hyung. — Jimin sorriu abertamente, o que fez os seus olhos se fecharem em meias-luas.

— Desculpe, o quê…? — As sobrancelhas da mulher se ergueram e sua expressão demonstrava confusão.

— Peço mil perdões pela interrupção, espero não ter te atrapalhado muito. Bom, eu preciso ir, mas muito obrigado pelos conselhos — Jimin falou, já se levantando e saindo correndo da casa, nem ao menos dando atenção ao "De nada” confuso que a mais velha havia dito.

O Park assobiou chamando o táxi, que rapidamente parou na sua frente.

— Ah, e aí? — Benny cumprimentou alegre.

— Oi, Benny. Para o terminal de ônibus, por favor. — Jimin entrou no carro rapidamente.

Eu sinto como se um peso sumisse dos meus ombros. É maravilhoso não me sentir pressionado a terminar uma maldição e pensar que eu poderei focar em muitas coisas diferentes de agora em diante. Sorriu involuntariamente, mas logo a sua expressão se fechou ao pensar no mais velho. Como será a reação dele? Será que ele vai estar lá mesmo? E se ele decidiu desistir de nós dois? Não, ele não pode ter mudado de ideia tão rápido… Ou pode?

Um sentimento estranho tomou conta do interior do Park, mas ele o ignorou, seguiu o seu caminho e, em tempo recorde, Jimin chegou ao terminal.

— Obrigado, Benny. Aceita dólares? — Jimin foi puxando a sua carteira, mas se impediu de prosseguir ao ouvir a voz do taxista.

— Ah, relaxa, pode me pagar em outra vida — disse. Jimin sorriu e agradeceu antes de seguir o seu caminho.

O jovem bruxo embarcou no ônibus e tentou deixar a sua mente o mais longe possível de pensamentos negativos. Dessa vez o ônibus estava quase vazio e não demorou muito para Jimin chegar ao seu ponto.

Ao desembarcar, ele andou calmamente pela calçada e, ao chegar à frente de sua residência, ele respirou fundo, antes de pegar a sua chave e entrar. Seu coração acelerou de novo, mas o mais novo não sabia se era por medo ou por estar vendo Min Yoongi sentado de cabeça baixa sobre a mesa e com uma expressão triste e pensativa.

Então você realmente me esperou… Jimin pensou e sorriu em sua direção. Ele é perfeito… Como eu pude ser tão cego? Sem dúvidas esse homem maravilhoso é a minha alma gêmea. E eu deveria saber que eu não preciso ver um fio vermelho nos ligando, porque isso não muda o fato de eu sentir esse amor imenso por você.

Jimin soltou um suspiro um pouco alto, o que fez com que Yoongi erguesse a cabeça com os olhos arregalados.

— J-Jiminie? — A voz rouca e surpresa teria feito o jovem bruxo sorrir como um bobo em outra ocasião.

— Oi, Yoonie… — O jovem bruxo passou a mão nervosamente pelo pescoço, enquanto sentia o vermelho cobrir o seu rosto.

Jimin se aproximou do Min, que rapidamente se ergueu da cadeira, e os dois ficaram se encarando.

— Hyung, eu… Olha, eu preciso te dizer uma coisa… — Jimin abaixou a cabeça, envergonhado, mas, antes que pudesse falar alguma coisa, Yoongi saiu expressando o que sentia antes que perdesse a coragem.

— Você sabe que eu te amo, Jiminie, mas… honestamente, se você precisou ver a droga de uma linha para saber se gosta ou não de mim, então eu acho que não devemos ficar juntos…

Jimin sentiu vontade de sorrir, mas se conteve e permitiu que o mais velho continuasse antes de tomar uma atitude. O Min estava tão nervoso e preocupado que nem ao menos notou que, caso o Park tivesse visto o seu fio vermelho, ele também teria visto o dele.

Como consegue ser tão fofo até mesmo estando nervoso, Min Yoongi? Ou será que eu é que sou muito boiola por você?, pensou Jimin, distraindo-se por um momento antes de voltar a prestar a atenção no seu hyung irritado.

— Eu mereço alguém que não tenha dúvidas de que quer ficar comigo e, mesmo que o meu peito queime e meus olhos sangrem, eu não posso ficar com você, mesmo te amando muito se…

Jimin pressionou o indicador sobre os lábios de Yoongi antes de gentilmente segurar o seu queixo com o polegar e puxá-lo lentamente para si, deixando um beijo suave e doce sobre os lábios finos e macios do homem perfeito que ele considerava muito forte e inteligente. Os dois fecharam os olhos e aproveitaram o momento tão esperado.

Yoongi era o tipo de pessoa que renunciava aos seus sentimentos, usando sempre da razão, tudo para priorizar a si mesmo. Não, ele não era egoísta, apenas sabia o seu valor, e com Jimin não seria diferente, mesmo que ele fosse a sua alma gêmea e que o amasse incondicionalmente. Ele sempre pensou assim, mas nesse momento tudo o que podia fazer era focar em Jimin e no seu sabor.

Os lábios se envolviam com delicadeza e carinho. Os dois tentavam demonstrar todo o amor reprimido por tanto tempo. O Min raspou as unhas no pescoço do Park, causando um arrepio e fazendo com que o beijo ficasse mais rápido e intenso, os dois moviam as cabeças e suspiravam em prazer.

O beijo foi finalizado pelo Min com uma leve mordidinha na boca carnuda e inchada de Jimin, que, ao fim do beijo, sorriu largamente. Os dois novamente abriram os olhos e o olhar nublado de prazer de Yoongi se tornou mais severo, ao mesmo tempo que ele foi voltando a si, percebendo a situação na qual se encontrava.

— Jimin, eu falei sério. Não pense que, por eu ter te bei… — Jimin deixou um último selinho nos lábios do Min.

— Hyung, eu não consegui quebrar a maldição. — Yoongi arregalou os olhos, mas não disse nada, aguardando o Park falar. — Na verdade, eu percebi que isso não é tão importante quanto o tempo, nós e todo o resto. Sabe, eu passei tanto tempo me vendando e ignorando a realidade de que eu já encontrei a minha pessoa… E essa pessoa é você, hyung. — Os olhos de Jimin estavam iluminados pelas lágrimas. — Você é o meu sonho realizado, exatamente tudo o que eu pedi e muito mais! Me desculpa não ter percebido isso antes.

Yoongi sentiu a umidade em seus olhos e logo uma solitária lágrima escorreu pela sua face, marcando um dos momentos mais extraordinários e inesquecíveis da sua vida: o início de um amor para a vida toda.

— Eu te amo, Min Yoongi!

Jimin envolveu os braços ao redor do pescoço do Min enquanto olhava nos olhos de seu hyung, vendo a emoção e o brilho de pura felicidade irradiar dali, com o mesmo brilho refletido nos seus olhos.

Ali, os dois declararam que aquele tinha sido o melhor de todos os Halloweens, um dia realmente memorável e que deixaria muitas lembranças, mesmo tendo sido bem conturbado, porque, no fim, tudo o que importava era os dois estarem juntos.

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Notas Finais: Sim, gente, eu tô muito orgulhosa do meu bebê!🥺 Espero de coração que vocês tenham gostado e, principalmente a pessoa para o qual essa fic foi destinada. Essa pessoa é incrível, já me ajudou várias vezes, é super compreensiva e paciente, me sinto super confortável em falar com ela, isso é claro, além de ser uma grande fofa!! Espero que tenha gostado!💜

30 Octobre 2022 04:59 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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