Sílvia Gomes e Marta Barros conhecem-se desde dos tempos de infância e até hoje são inseparáveis. Apesar de terem seguido cursos diferentes na mesma Universidade, continuam como sempre. Alguns amigos, como o André Santos, o João Alves, o Pedro Costa e entre outros também lá andam.
Ao longo dos anos, a amizade entre todos foi fortalecendo, quer tivessem bons ou maus momentos o grupo de amigos manteve-se sempre unido.
Finalmente o dia que todos esperavam, o dia da Formatura, chegou e com ele as férias de Verão.
Todos os anos, desde do Secundário, o grupo encontra-se para fazerem planos para as férias.
- E se formos acampar? – pergunta Marta para seus amigos.
- Isso dá muito trabalho. Devíamos fazer algo mais simples. Podíamos sempre alugar uma casa em qualquer lugar, por exemplo.
- Estamos sempre a fazer isso, João. Eu acho que a Marta teve uma boa ideia, assim fazemos algo de novo.
- O Pedro tem razão. Sempre é algo diferente. Fica cansativo repetir sempre a mesma coisa. – diz logo de seguida o Tiago. – Alguém tem mais alguma ideia?
- Então como ficamos? Aceitam a minha proposta? André não disseste nada desde que chegaste. Tens alguma ideia?
- E se esperarmos pela Sílvia? Ela pode ter alguma coisa a dizer. Normalmente vocês têm sempre a mesma opinião, mas assim o grupo fica todo junto e já podemos tomar uma decisão.
- Está bem, vamos esperar por ela. – diz Carlos enquanto se senta num banco. – Mas onde é que ela foi Marta? Não achas que está a demorar muito tempo? Ela é sempre a primeira a chegar e hoje está atrasada.
- Sim, não é normal. Deve ter surgido alguma coisa de última hora…
André começa a dizer que ia à procura de Sílvia, quando ela chega com uma expressão preocupada e olhando desconfiada para todos os lados enquanto caminha em direção aos seus amigos.
Tiago e André observam-na atentamente quando se aproxima.
- Olá gente. Tudo bem? Já decidiram o que vamos fazer nestas férias? – pergunta Sílvia assim que chega perto da Marta.
- Não. Estávamos todos à tua espera.
- Mas vocês não precisam de mim para decidirem. Sabes perfeitamente que estou sempre de acordo com o que decides, Marta.
- Tudo bem, mas já que finalmente chegaste o que achas? – pergunta André enquanto a observa. – A Marta teve a ideia de irmos acampar, mas alguns estão um pouco indecisos.
- Eu não sei bem, mas gostava que fosse diferente, que houvesse aventuras. Temos praticamente feito sempre as mesmas coisas estes últimos anos. Acho que devíamos fazer algo diferente, algo único…
- Concordo plenamente. – diz Carlos rapidamente – Se formos acampar para um lugar que não conhecemos já será uma boa aventura.
De repente Tiago, que estava a observar Sílvia desde do momento em que ela tinha chegado, pergunta:
- Sílvia pareces preocupada com alguma coisa. Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa para vires atrasada?
- Não estou preocupada com nada. Deve ser apenas impressão tua. Está tudo bem, apenas tive uns assuntos a tratar antes de vir para aqui e demorou mais tempo do que pensava. Ah, Marta depois preciso de falar contigo pessoalmente. Temos uns assuntos pendentes para resolver.
- Está bem. Daqui a pouco falamos. Primeiro vamos decidir o que fazemos nestas férias.
Depois de todos decidirem em ir acampar os rapazes juntaram-se para conversarem de outros assuntos banais. Enquanto isso, Marta e Sílvia afastam-se mais do grupo para poderem conversar em privado.
- O que se passa afinal? Pela tua expressão vi que o assunto é urgente.
- Preciso de ajuda com uma coisa.
- Onde foi que te meteste agora? Deve ser perigoso para pedires ajuda.
- Não me meti em nada. É que dois rapazes, que não sei bem quem são, andam a vigiar cada passo que dou, mas não sei o porquê ou qual a intensão deles.
- Precisas de um guarda-costas. Porque não falamos com os rapazes? Sabes bem que, pelo menos, um deles está disposto a ajudar-te logo na hora.
- Oh, não brinques. Estou a falar a sério. Nem penses em falar com os rapazes, fariam várias perguntas às quais ainda não tenho resposta e nada de falares sobre isto principalmente ao André, não o quero mais envolvido do que já está na minha vida.
- Está bem. Não vou dizer nada, relaxa.
- Obrigada. Não quero estragar as férias com os meus problemas.
- Quando é que isso começou?
- Foi ontem que comecei a notar algo estranho, mas não disse mais cedo porque não tinha a certeza do que estava a acontecer.
- Então foi por isso que chegaste atrasada?
- Sim. Queria ter a certeza se eram as mesmas pessoas que vi ontem.
- Mas não tens ideia nenhuma?
- Não tenho a certeza, mas pela reação deles devem pensar que vi qualquer coisa. Na verdade, não vi o que estavam a fazer estava de passagem.
- E o que querias tu dizer com perguntas às quais não tens resposta? Diz-me que não estás a pensar em investigar por conta própria. Que eu saiba, tu fizeste o Mestrado em Direito não o de Inspetora.
- Bem, apenas fiquei curiosa. Há qualquer coisa que não bate certo, foi tudo muito estranho.
- Coisa boa não deve ser. Já os viste antes ou foi só nesse dia?
- Eu acho que já os vi algumas vezes com o Rodrigo.
- Nós conhecemos o Rodrigo, não acredito que possa andar por caminhos estranhos.
- Não sabemos. As pessoas às vezes podem-nos surpreender, mas tenciono descobrir.
- Só quero que tenhas cuidado. Qualquer coisa sabes bem que podes contar com os teus amigos.
- Não estou a falar só do André, também tens outros amigos. Não sei o que se passou neste último ano entre vocês, nem vou insistir contigo para me contares, mas sabes que vou estar disposta a ouvir-te quando quiseres.
- Eu sei, por isso que somos melhores amigas. Conhecemo-nos muito bem, mas é um assunto do qual eu nem sequer quero pensar.
- Se teve a ver com a Paula, na minha opinião, devias ter esclarecido esse assunto há muito tempo com ele em vez de tirares conclusões sozinha.
- É assunto meu, não quero falar.
- Só espero que isso não venha estragar a vossa amizade.
- Não te preocupes.
- Claro que me preocupo. Nos últimos meses vocês estão a discutir com mais frequência e isso também afeta o grupo todo.
- Eu sei disso e vou ter mais cuidado. Só não vamos mais falar sobre isso, assim será melhor.
- Está bem.
Marta e Sílvia juntaram-se aos outros depois de terem terminado de falar. Sílvia ao passar pelo grupo dos rapazes desequilibra-se e começa a cair, mas no exato momento André segura-a e ambos se olham intensamente durante uns segundos. Sílvia agradece e afasta-se rapidamente constrangida.
Depois de um tempo, já ao anoitecer, visto terem resolvido os pormenores para as férias, os amigos despediram-se e foram para casa.
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