Alérgica a leitinho - Sasuhina Suivre l’histoire

A sinopse foi feita pela @solightie, aquela que não acreditou que essa história ia sair do papel 😂

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Hinata Hyuuga odiava hospitais. Seus pais eram do tipo que, se lascasse o dedo da unha no pé da cama, eles a levariam correndo para o bendito pronto-socorro. Por isso, sempre que podia, evitava ir para o local.

Havia pouco tempo desde que completou seus vinte e dois anos, e agora estava indo para Osaka a fim de abrir seu primeiro escritório de advocacia. Estava em uma cidade totalmente nova, e apesar de ser uma pessoa bastante reservada, Hinata gostava de ter amigos. E não havia lugar melhor do que uma balada para encontrar pessoas de sua idade. Por isso, foi para a primeira que encontrou noGoogle Maps.

Como tudo no Japão, aquela balada era enorme, mas o que mais chamava a atenção da Hyuuga era a quantidade de etnias que encontrara por lá. Como ela vinha do interior, raramente via pessoas de outras nacionalidades. Ficou animada para começar a conhecer o local e fazer novas amizades, porém, precisava de um pouco de álcool no organismo para fazer tal coisa. Sim, Hinata gostava de conhecer e ter vários amigos, mas ela ainda era um pouco tímida, então sempre esperava eles puxarem assunto consigo.

Não conseguiu terminar nem o segundo shot de tequila e já começou a conversar com um moreno que estava ao seu lado, emburrado e com cara de tédio. Estava quase desistindo de falar com ele, até que o mesmo se virou, finalmente olhando para ela. Hinata achava que ele estava a escutando, mas tinha passado os últimos minutos falando com o vento. O moreno só a percebeu quando ela falou mais alto, já irritada por estar sendo ignorada. Depois que ele viu a mulher que estava tentando conversar consigo, não perdeu mais tempo e começou a cantá-la.

— Você não tem uma flauta aí, mas ‘tá fazendo a cobra subir.

Sasuke possuía um jeito galanteador e safado, e por mais que diante de total ousadia nas palavras, Hinata tenha lhe censurado algumas vezes, ele pouco se importava; proferindo e repetindo, o quanto a achava uma“puta de uma gostosa”.

— Sou safado mesmo, quem gosta de santo é macumbeiro.

Hinata havia gostado do cara, senão, não teria insistido tanto em conversar com ele. Após um tempo conversando — a maioria rindo —, ela aceitou o pedido que ele fez, convidado-a para um dos quartos alugáveis da balada. Não era bem isso que ela tinha em mente quando chegou ali, e por mais que fosse reservada, jamais negaria ficar com um cara daqueles.

Mal chegaram no quarto e eles já estavam se beijando, colados um ao outro. O álcool que já transpassava a corrente sanguínea dos dois os deixavam cada vez mais quentes, necessitados. Então ninguém negou ao terem as roupas retiradas e jogadas em algum canto. Sasuke começou a levá-la para a cama, mas Hinata logo mudou de posição quando ele a deitou, ficando por cima. Começou a distribuir beijos pelo corpo do moreno, logo parando no seu objeto de desejo.

O vai e vem da mão dela começou lento, para logo depois aumentar o ritmo. Quando viu que ele estava apreciando os movimentos, direcionou sua boca e a encaixou em seu membro.

Hinata sabia que ele estava gostando da masturbação, mas não sabia que eratanto.

Quando percebeu, Sasuke já tinha gozado.

Ela até tentou brincar com ele depois da ejaculação precoce, mas não teve tempo para isso, pois logo começou a sentir uma grande vontade de vomitar — para aumentar ainda mais a vergonha do rapaz. Quando percebeu que realmente precisaria usar o banheiro, não teve outra escolha a não ser correr e se ajoelhar diante do vaso.

Primeiro dia em Osaka aproveitado com sucesso.

Nunca tinha tido aquela reação após pagar um boquete em um cara, muito menos quando começou a sentir o corpo coçar, e logo depois começar a aparecer vergões vermelhos. Ela tinha alergia a camarão, sabia muito bem o que aquilo significava.

— Desculpa, não consegui aguentar — Sasuke disse contra a porta, no outro cômodo —é que sua língua é gostosa demais.

Sasuke batia na porta do banheiro quando Hinata saiu, dando desculpas que precisava ir embora o mais rápido possível. Ele até tentou ajudá-la, mas ela vestiu o vestido tão rápido, que quando ele estava colocando a própria camisa, só conseguiu escutar o baque da porta. Ela foi embora.

Hinata realmente odiava hospitais, mas não queria morrer por causa de um sexo oral! Então não teve outra escolha a não ser ir para o hospital mais próximo — era isso ou morrer por causa de uma reação alérgica.

Ao chegar no hospital, rapidamente foi levada ao pronto-socorro, devido ao seu estado físico. Hinata era branca como um papel, mas estava parecendo umtomatede tão vermelha que estava. O rapaz que a atendeu era uma pessoa muito calma e gentil, e com certa paciência. Ela tentava a todo custo desviar da pergunta principal.

— Senhorita Hyuuga, o que vocêingeriuantes de ter essa reação? — O médico Itachi Uchiha lhe perguntava pela segunda vez seguida.

Como ela responderia aquilo sem ficar mais vermelha do que já estava? Agora Hinata teria que encontrar um jeito de dizer o porquê daquilo estar acontecendo.

— É que eu sou alérgica a… — Ela hesitou, respirando profundamente.

— Senhorita, eu preciso saber o que aconteceu, caso contrário, não saberei como medicá-la — o médico falou mais uma vez, tentando confortá-la.

Hinata não sabia por onde começar, muito menos como finalizar aquele assunto, mas, ainda assim, respirou profundamente e respondeu de forma amenizada:

— Eu sou alérgica a leitinho — sussurrou a contragosto, evitando olhar nos olhos negrumes do homem.

— Ah! Por que não me disse logo? Então a senhorita é alérgica a lactose? — Itachi perguntou, sorrindo um tanto quanto aliviado por ter achado o problema.

— Não — ela negou prontamente, deixando-o um tanto encabulado —, não é desse tipo de leitinho que eu estou falando.

O doutor demorou cerca de dois minutos para entender a real situação, enquanto um sorriso de canto de boca surgia em seus lábios. Hinata podia ver toda a vontade de rir em sua feição e isso a deixava cada vez mais envergonhada.

— Bom, isso é um tanto quanto inusitado — ele disse com sinceridade, arrumando a postura em uma tentativa de evitar o riso abafado. — Já aconteceu outras vezes?

— Não, nunca! — prontamente negou.

— Nunca vi um caso como o seu antes, mas já ouvi falar, e pelos relatos, essa condição pode não acontecer com todos os homens que você se relaciona, vai variar de cada um e das proteínas presentes em seus sêmens — Itachi explicou, prosseguindo de forma profissional o ocorrido, mas logo sorrindo ao brincar com ela, percebendo que Hinata não estava confortável com a situação. — Espero que ao menos tenha valido a pena.

— Quem dera! — A vergonha foi automaticamente substituída pela frustração. — Mal coloquei a boca e ele despejou a mamadeira inteira.

Itachi não aguentou mais segurar o riso, uma gargalhada fugiu entre os seus lábios e ecoou por todo o consultório. Até mesmo Hinata soltou um breve riso, que foi substituído por uma careta de dor, consequência de suas reações alérgicas.

— Desculpe, senhorita Hyuuga — disse entre risos — vou prescrever sua medicação.

Estava recebendo um medicamento intravenoso quando escutou seu médico falando com um paciente, logo entrando juntos na sala do pronto-socorro. Por conta do horário, só havia eles naquela sala, que normalmente cabiam seis pessoas.

— Só vou liberar minha última paciente e te levo — Itachi dizia para a pessoa que o acompanhava — parece que você não teve uma boa noite.

— Tive a pior noite da minha vida — prontamente a outra pessoa o respondeu, e Hinata achou a voz um tanto quanto familiar no mesmo instante.

Ela realmente pensou que o dia mais vergonhoso de sua vida tinha acabado, mas quando viu quem era o felizardo que conversava com seu médico, percebeu que ainda tinha muito azar para ser distribuído naquele dia.

— Olá, senhorita Hyuuga — Itachi mais uma vez a cumprimentou. — Esse é o meu irmão, espero que não se importe dele me acompanhar enquanto novamente te avalio.

Mas não houve resposta alguma vinda da mulher, o que fez o médico a encarar no mesmo instante, posteriormente, seguindo os olhos perolados e a figura que eles encaravam com tanto espanto. Na batente da porta do pronto-socorro, estava Sasuke Uchiha, encarando Hinata da mesma forma assustada.

— Vocês se conhecem? — Itachi perguntou com curiosidade, mas também não houve resposta alguma para essa pergunta.

Ainda que houvesse demorado para entender a situação da primeira vez, dessa ele rapidamente constatou: se seu irmão havia tido uma péssima noite e Hinata uma pior ainda, e se olhavam de forma inusitada e assustada, só havia uma explicação básica.

— Irmão — o doutor falou enquanto seu sorriso aumentava gradativamente — você nunca me contou que tinha ejaculação precoce.

— Eu não tenho ejaculação precoce! — Sasuke rapidamente protestou. — Ela que era gostosa demais!