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O cupido recém-formado, Jung Hoseok, recebe sua primeira missão: juntar os amigos de infância, Kim Taehyung e Park Jimin, que se gostam a muito tempo, mas não têm coragem de se declarar. Apenas com a tarefa de dar um pequeno empurrãozinho nos dois, o querido Jung resolve usar sua flecha para uni-los, mas, por um leve descuido, acaba acertando a pessoa errada. E o que era para ser uma simples tarefa torna-se um enorme problema quando o cupido tem que evitar que um casal se una, mas as coisas tendem a complicar-se ainda mais.


Fanfiction Groupes/Chanteurs Déconseillé aux moins de 13 ans.

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Capítulo Único

Era uma tarde ensolarada,e,sentado sobre o galho de uma árvore, que se encontrava no meio do parque central, estava Jung Hoseok. O jovem anjo, que acabara de surgir em meio a tanto outros, descansava, sentindo a leve brisa bagunçar um pouco seus fios de cabelo negros e algumas das penas de suas asas. Desde que tinha consciência de sua existência, como um simples anjo que vagava pela terraàespera de lhe concederem uma função,Hoseoksempre gostou de ficar em lugares como aquele, onde podia ser bem recebido pela natureza, ao mesmo tempo em que conseguia observar os humanos, e isso não mudou, mesmo depois que sua função foi-lhe dada.

As asas em tom coral, de plumas macias, e as vestes douradas denunciavam o que ou “quem” ele era: o cupido, ou, melhor dizendo, um dos vários, que basicamente eram a repartição da essência do celestial em si. Ele tinha uma missão a cumprir, assim como seus irmãos e irmãs:juntar almas apaixonadas. Havia duas formas de fazer isso, ou usando sua influência ou sua flecha. E o pequeno anjo estaria mentindo se negasse o fato que o que ele mais queria era usar era a flecha.

Movido por essa vontade, e, é claro, pelo senso de responsabilidade,Hoseokse levantou e bateu suas asas, logo voando e seguindo rumo ao local onde encontraria o casal que teria que juntar. Durante o percurso, ele não pôde deixar de achar interessante o fato de que os humanos não o viam. Na verdade,não viam nenhum de seus companheiros, tanto os outroscupidos como os seres alados de asas brancas, chamadosde anjos da guarda, os de asas azuladas, que carregam abençãoda vida, e os de asas negras, os anjos da morte. Mas o que maisodeixa intrigado era que, mesmo não podendo vê-los, muitos humanos ainda acreditavam em suas existências.

E foi imerso neste pensamento que o moreno não percebeu o tempo passar, e, quando deu por si, já havia chegado ao seu destino. Uma enorme biblioteca comunitária. Sem demora alguma,Hoseokadentrou no local e ficou surpreso ao vê-lo consideravelmente cheio. Sem precisar passar muito os olhos pelo lugar, o jovem cupido avistou os seus dois alvos. Os amigos de infância, KimTaehyungeParkJimin, que nutriam um intenso sentimento um pelo outro, mas não tinham coragem de se declarar, por medo de estragar a amizade que tinham.

— Eles formam um lindo casal —comentouHoseok, ao que analisava os dois rapazes.

Taehyungtinha o cabelo em um tom vermelho vivo e seus fios eram extremamente lisos, jáJimintinha um tom parecido com a cor das asas do anjo, porém um pouco mais claro.Parkera o menor entre os dois, e parecia extremamente frágil pela forma como estava com a cabeça deitada no ombro do Kim enquanto parecia concentrado lendo um livro. Já o ruivo parecia muito entretido com algo em seu celular, mas a mão que não estava com o aparelho encontrava-se repousada e afagando o cabelo do amigo de forma carinhosa.

— Hora de virar um lindo casal apaixonado —comentouo cupido,animado, enquanto, em um estalar de dedos, fez seu arco aparecer. — Só preciso mirar com cuidado — falou, ao que erguia sua “arma”.

Com delicadeza, levou os dedos até a empunhadura e faíscas começaram a sair de seus dígitosàmedida que ele ia puxando a corda, criando assim sua flecha. Ele precisaria de uma mira certeira, afinal, as flechas do cupido poderiam atingir qualquer pessoa, mesmo que essa não fosse seu alvo.

Em uma precisão perfeita, sua primeira flecha atingiu o centro do peito deTaehyung.Jungse preparou para fazer seu segundo tiro, já com a flechaposta, quandode repente um vulto branco passou rapidamente em sua frente, pegando-o desprevenido e o assustando, fazendo assim a flecha ser arremessada sem um alvo fixo.

— Não, não, não! — Era tudo o que o ser alado conseguia falar ao olhar o desastre a sua frente. A flecha ricocheteava entre as paredes, mesas e estantes até que, por fim, fincou-se nas costas de um garoto queJungnão fazia ideia de quem era.

Hoseokficou estático diante da cena a sua frente.Taehyunge o garoto suspirando profundamente e, em um perfeito gesto sincronizado, encaram-se. O olhar penetrante durou alguns segundos, mas foi o suficiente para o desconhecido corar e piscar rapidamente, antes de sair praticamente correndo dali, com a mão no peito.Taehyung, que até então tinha uma expressão confusa no rosto, acompanhou o garoto com o olhar até o outro sumisse de sua vista e, em seguida, voltou a olhar para frente. Ele parecia perdido e não era pra menos.

—JungHoseok. — Uma voz aveludada ecoou atrás de si fazendo-o virar rapidamente. Lá estava ele, com suas enormes asas que chegavam a tocar o chão e uma coroa de flores que se destacava em seus fios de cabelo pretos. KimSeokjin, como gostava de chamar. O próprio cupido. — Eu senti uma leve alteração nos elos que criamos — disse sério. — O que você fez?

— E-eu… —respondeu oreferido,um pouco hesitante. — Errei.

— VOCÊ O QUÊ? — O rosto deSeokjinficou extremamente vermelho.

— Mas eu vou dar um jeito nisso — falou oJungrapidamente — Só preciso acertar uma flecha noJimin, poliamor está em moda hoje em dia, eles podem gostar.

— A ALMA DELE NÃO É PROPÍCIA A ISSO! — Nuvens em tons vinhos começaram a surgir em cima da cabeça do cupido e as mesmas trovejavam, anunciando o quanto o mesmo estava com raiva. — A alma doParkJiminsurgiu no mundo para receber e dar amor, não para sofrer porque seu predestinado agora ama outra pessoa! —falou irritado.— Dê um jeito nisso ou então eu irei tirar seu arco esuas asas. — E,em meio a um raio,o anjo sumiu, fazendoHoseokengolir seco pela ameaça. Ele acabara de receber uma função e odiaria perder seu posto.

— Eu vou dar um jeito, eu vou… — Sentiu algo como um frio na espinha quando voltou a olhar paraamesa. — CADÊ ELES?!

O anjo saiu voando rapidamente pela porta e, do alto, olhou para todos os lados em busca do ex-casal, logo os encontrando um pouco mais afastados da biblioteca. O alado não tardou em se aproximar dos dois e começar a acompanhá-los de perto, logo andando atrás de ambos. Teria que dar um jeito no erro que cometeu, mas não fazia ideia de como.

—Tae, o que foi? —perguntouJimin, parecendo preocupado com o amigo. — Você parece distraído.

— Não é nada é só que…

— Quê? —perguntou ode fios mais claros, encorajando o outro a continuar. Os dois pararam deandar, fazendoo anjo também cessar seus passos e começaram a encarar-se. O olhar doParktransmitia amor e seu coração batia acelerado, coisa que oHoseok, como cupido, podia ouvir, já o olhar do Kim transmitia ternura e carinho e seus batimentos estavam tranquilos.

— Que talvez eu tenha confundido algumas coisas —respondeuele calmamente, deixando uma expressão confusa no rosto do amigo. — Mas não se preocupe com isso, tudo bem? — Sorriu na direção do menor. — O que vamos fazer hoje?

— Agora que eu consegui achar o livro que eu queria, depois de tanto procurar, acho que precisamos de um descanso.

— Fomos a cinco lugares atrás disso. — Apontou para o objeto na mão doPark. — Podemos ir a um pub, o que acha?

— Desde quando gosta de pubs? —perguntouJiminconfuso. — Sempre que eu te chamo você reclama e quando vai é porque eu insisti muito.

— Só tive vontade de ir, só isso.

— Tudo bem… Vamosa um pub.—Jiminsorriu largo.

Enquanto os dois amigos continuavam sua conversa sobre onde iriam, comTaehyungapenas concordando com todas as ideias do amigo,Hoseokviu uma luz acender em sua cabeça. Pubs eram lugares onde os humanos iam para se divertir, beber e, às vezes, ficar com outras pessoas. Se ele conseguisse influenciar os dois, talvez ambos ficassem juntos e, possivelmente, o efeito da flechada emTaehyungpoderia ser interrompido. Seria a oportunidade perfeita.

Os três continuaram a andar até que os dois rapazes chegaram em um ponto onde teriam que se despedir para cada um ir para sua própria casa.Jungoptou por continuar seguindo o Kim, afinal, queria ver melhor como o afetado pela sua flecha estava, mesmo que no momento seu foco devesse serParkJimin, a segunda alma aos seus cuidados.

Algumas quadras depois, o de fios vermelhos parou de frente para uma casa modesta, mas que de fora dava a ideia de ser totalmente aconchegante. Após destrancar o portão, fechá-lo e seguir para dentro do recinto. Tirou os sapatos, deixando-os na entrada, e seguiu descalço até a sala, jogando-se no sofá quando se aproximou o suficiente do mesmo.

—Tae, é você? — A voz de alguém ecoou pela casa, e, segundos depois, um rapaz que parecia um pouco mais novo que ruivo apareceu no cômodo. — Achei que demoraria mais um pouco, já que estava com oJimin.

— Nós vamos a umpub mais tarde.

— E então…como foi? —perguntou orapaz,sentando-se ao lado doTaehyung.

— Como foi o quê?

— Passar o dia com oJimin.—Revirou os olhos, como se aquilo fosse óbvio. — Eu fico me perguntando quando você vai ter coragem de se declarar pra ele.

—Minjae… Eu não vou me declarar — começou a dizer o de fios vermelhos. — Acho que eu confundi meus sentimentos durante esse tempo todo.

— Como assim,Taehyung? —perguntouMinjae,cético. — Você vivia me dizendo que era apaixonado por ele e agora me diz que confundiu seus sentimentos?

— Eu só me dei conta disso hoje, quando estávamos na biblioteca —respondeuele e, ao ouvir tais palavras, o anjo presente na sala soltou um murmúrio de frustração. — Eu sinto muito carinho e ternura peloJimin, mas não acho que seja o suficiente para criar algo mais sério.—Sorriu para o outro. — Min… Vocêacredita em amor à primeira vista?

— Por que isso de repente? —perguntou ode fios castanhos, com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Acho que isso aconteceu comigo hoje — respondeuele.— Eu vi um rapaz na biblioteca e meu coração acelerou loucamente.—Riu soprado.

— Do nada?

— Do nada! —respondeu convicto. — Eu não levava isso muito a sério, mas acho que a partir de hoje eu posso acreditar que, sim, as pessoas se apaixonam à primeira vista.

— Não, elas não se apaixonam! —gritou oanjo,frustrado, como se pudessem ouvi-lo.— Cupidos erram flechadas, é isso que acontece! Sua alma predestinada é oParkJimin, ouviu?ParkJimin.

— Não é só atração, não? — O outro inclinou um pouco a cabeça para o lado.

— Podia ser. — O anjo se sentou no chão e cruzou os braços.

— Eu não sei… Eu não acho que meu coração aceleraria só por uma atração — respondeuTaehyung, eHoseokrevirou os olhos.

— E quem era a pessoa? Como seu irmão mais novo,eu preciso saber se conheço — falouMinjaesorrindo.

— Eu não sei quem era.—Taehyungcoçou a nuca.— Eu nem sei se vou achar ele de novo.

— Seu amor à primeira vista é um completo estranho que você não sabe o nome — falouMinjaerindo.— É mais fácil tentar algo com oJimin.

— Sim, isso mesmo, tenta algo com oJimin! — O anjo levantou animado, ao queos dois irmãocomeçavam a jogar almofadas um no outro, um protestando o que foi dito e o outro defendendo sua ideia. — Essa noite tudo vai voltar ao normal.

•••

Já era de noite, e KimTaehyungandava pelas ruas escuras rumo ao pub ondeJiminjá o esperava. Durante o percurso,Hoseokpensava no que fazer para dar um jeito na situação, já que claramente suas flechas não seriam uma opção no momento. Ele poderia usar a influência, mas ela contra o poder da flecha poderia ser inútil, contudo, no momento, era a única coisa que ele poderia tentar.

Quando chegaram ao estabelecimento, encontraram oParkparado perto da entrada, vestindo uma jaqueta de couro preta, blusa branca e calça jeans justa da mesma cor da jaqueta. JáTaehyungvestia uma blusa social vermelha, comos primeiro botões abertos, e a calça parecida com a do amigo.

— Achei que não ia chegar nunca — reclamouJimin.

— Sua casa é mais perto que a minha — defendeu-seTaehyung.Hoseokvoou para perto do ruivo e aproximou seus lábios do ouvido deste.

— Abraça ele — sussurrou o moreno, e o Kim fez o que foi dito, com um terno sorriso no rosto, fazendo oParkcorar.

Os dois amigos entraram abraçados no pub e logo o som alto invadiu seus ouvidos, assim como a atmosfera quente. A imagem de pessoas bebendo, dançando e colando seus corpos um no outro era o que preenchia os olhos daquele que chegavam.Jiminabriu um largo sorriso, por gostar daquele tipo de lugar, enquantoTaehyungparecia satisfeito ao que olhava tudo em volta.

O menor deles logo puxou o mais alto e começaram a ir em passos rápidos até o bar. Era sempre por ali que a noite começava.Hoseok, que os acompanhava, ficava abismado com o número de pessoas que tinha seus fios vermelhos soltos ou nem sequer o tinham, pessoas desapegadas ou que desacreditaram do amor. Pessoas que não receberam ajuda do cupido e se envolveram em relacionamentos que não deram certo.

Quando chegaram ao bar,Jiminrapidamente chamou a atenção do barman e fez um pedido, enquantoTaehyungapenas sorria para o mesmo, achando a animação do amigo adorável. Mas o sorriso não durou muito tempo, quando a expressão do Kim se tornou surpresa e seus batimentos começaram a acelerar. Por um momentoHoseokpensou que era por causa doJimin, já se alegrando, mas, quando viu para onde ele olhava, sentiu o mundo cair em cima de si. Lá estava o menino da biblioteca.

Naquele momento, um fio dourado surgiu em volta deTaehyung, ao mesmo tempo em que um homem, de cabelos pretos ondulados e roupa social branca, surgiu. Ele pegou o fio e começou a tecê-lo, deixando dois caminhos e, no fim de cada ponta,Hoseokpodia ver uma cena diferente da outra. Uma tinha o Kim sentado e bebendo com oJimine a outra ele indo até o garoto da biblioteca. O cupido olhou mais uma vez para o homem que surgiu e teve certeza de quem ele era. O Destino.

— Agora basta você escolher o que vai fazer, KimTaehyung—falou ohomem.

— Fica com oJimin, por favor, escolhe oJimin— pediu oJungao rapaz, que parecia refletir.

— O cupido não pode influenciar no fio do destino, queridoJung. — O recém-chegado sorriu ladino.

Hoseokquis dizer algo, mas sabia que ele estava certo. Tudo que ele podia fazer ali era olhar o que iria acontecer e torcer para o de fios vermelhos escolher o caminhoque levava aoPark, que até agora tentava conseguir uma bebida no bar, mas sem muito sucesso. Kim se levantou e foi até o amigo, fazendo uma chama de esperança ascender novamente, mas ao verTaehyungapenas dizer algo no ouvido doJimin, que o olhou confuso,mas assentiu com a cabeça, e depois seguir em direção ao outro rapaz, mostrou qual foi a escolha feita.

— A sua flecha fez o efeito que deveria e agora o destino vai tentar juntá-los, claro que tudo depende das escolhas deles, mas, se acontecer, ao menos terão a graça do cupido — disse o regido pelo destino.— Cabe a você agora fazer algo com oPark, antes das suas asas sumirem.

— Como você… —Hoseoko olhou assustado.

— Nós, regidos pelo destino, sabemos de tudo. — E então sumiu.

Hoseokpiscou algumas vezes e, então, foi andando até os dois garotos, que logo se tornaram três, quandoJiminchegou com bebidas para os outros dois. Em meioàconversa dos três, descobriu que o garoto se chamavaJungkook, que cursava fotografia, era tímido e não sabia ao certo porquehavia decidido vir até esse pub, o que fezHoseokpensar que poderia ser, mais uma vez, o destino influenciando os dois.

TaehyungeJungkookpareciam entrosados um com outro, como se conhecessem um ao outrohámuito tempo, enquanto oParkparecia surpreso com tamanha aproximação, já que ambos diziam ter acabado de se conhecer. Aproximação que,de certa forma,incomodavaJimin, que resolveu ir pegar outra bebida, mas quando voltou, com dois copos em mãos, sentiu o corpo travar ao ver o melhor amigo conversar muito perto do moreno, os olhares fixos e, então, o selar dos lábios.

Com os olhos arregalados,Jiminnão teve outra reação a não ser colocar as bebidas de volta no balcão e correr para fora do pub, sendo acompanhado por umHoseokpreocupado e frustrado com a cena que presenciou, mesmo que soubesse que seria inevitável.

O de fios rosados corria de cabeça baixa e chorava. Seu coração doía e ele se sentia perdido. Há meses nutria sentimentos porTaehyung, mas nunca teve coragem de se declarar, mesmo o amigo sendo extremamente carinhoso consigo, e até chegou a achar que o que sentia era recíproco, mal sabia ele que há menos de vinte e quatro horas, isso era verdade.

Hoseokvoava atrás do garoto, preocupado com o mesmo e se sentindo culpado por todo o seu sofrimento. Ele conseguia ouvir o coração aflito do pequeno e via a forma como o mesmo parecia apenas querer fugir daquilo tudo correndo para bem longe. O jovem cupido pensava que não teria como aquela situação piorar, mas estava engano.Jimincorria em direção a pista e tinha um carro vindo em sua direção.

O fio azul da vida foi exposto e, mais a frente, acima de um prédio,Jungpode ver um ser alado de asas negras surgir. Ele veio voando rapidamente na direção doParkenquantoHoseoktentava ao máximo pegar o fio azul, mas sabia que era impossível, cupidos não tinham o controle sobre aquilo. Quando o alado de asas negras estavas prestes a tocar no fio, e oParkprestes a pisar na pista e ser atropelado, um vultobranco passou peloJung, tocando o fio antes do anjo da morte, o que fez com queJiminparasse no último instante.

— Meu Deus! —gritouJimin, ao que se impulsionava para trás e caía no chão, tremendo.

— Está tudo bem —falou oser de fios loiros e asas brancas, tocando no ombro dele, o que o fez parar de tremer.Hoseoko analisava e poderia ficar bobo com a beleza do anjo da guarda, se não estivesse assustado ao ver o fio vermelho embolado no mesmo. — Eu preciso me acalmar — sussurrouele.

— E-Eu preciso me acalmar — repetiuJimin, então, em um gesto delicado, o ser alado virou o rosto doParkem direção ao parque queHoseokestava mais cedo.Jiminsimplesmente levantou e foi andando calmamente em direção ao mesmo, secandosua lágrimasque se recusavam a parar de cair.

— É… —começouHoseok. — Quer ajuda com isso? — Apontou para o fio.

— Ajuda? Você quer mesmo nos ajudar? — O anjo parecia irritado.— Isso é culpa sua.

— E-eu sinto muito —respondeuHoseok, já desembolandoo fiosdas asas do anjo. O fio do amor pertencente aParkJimin. O cupido ainda não tinha o visto, mas doía ver que uma ponta ligava ao garoto e a outra estava solta. Um amor não correspondido. — Prontinho.

— Obrigado —responedeuo loiro,calmo, mas ainda o encarava fixamente. — Agora já pode ir —finalizou a frase ao que ia atrás do rapaz, que já se encontrava sentado em um banco, com o corpo encolhido e chorando sobre os joelhos.

— Eu não vou deixar oJiminsozinho, vou em busca da felicidade dele —falouo de asas coral,firme. — Vou conseguir unir esse fio a alguém novamente.

O cupido encarava a ponta solta do fio vermelho.Jungsabia o momento exato em que o fio se rompeu, quando oParkviu o amado beijar outra pessoa e teve seu coração partido. O anjo da guarda do menor ali deveria estar perto o suficiente no momento em que o fio arrebentou e se espalhou, e por isso o mesmo se emaranhou em suas asas. E, como regra básica, apenas o cupido pode tocar no fio do amor, assim como só o destino tem poder sobre o fio dourado e os anjos da morte e da guarda brigavam pelo domínio do fio azul. Um não poderia interferir no outro.

—Jiminnão vai ter o amor correspondido —falou oloiro.— A alma gêmea dele era oTaehyung.

— Mas isso não quer dizer que tudo está acabado — disse oJung,calmo.— Mesmo os amores que não são entre almas gêmeas podem ser felizes.

O anjo da guarda acenou positivamente com a cabeça, mas não disse nada, nem mesmo seu nome. Ficaram olhando oJimin, que soluçava vez ou outra e tentava secar as lágrimas insistentes. As pessoas que passavam por ele no parqueolhavam-otorto e passavam reto, até que um rapaz parou na frente dele e ficou encarando-o. Os fios verdes do cabelo esvoaçavam com a leve brisa que soprava.

— Ei… Vocêtá bem? — perguntouele.Jiminlevantou o rosto de sobressalto, tomando um leve susto.

— Não, eu não estou bem —respondeuJimin.

— Você está machucado? Precisa de ajuda? —perguntou oestranho.

— Estou, mas ninguém pode me ajudar.

— Você sofreu um acidente? Está com dor? —perguntou preocupado, parecendo analisar o menor que estava sentado no banco, mas sem tocar nele.

— Meu coração dói e não para —falou oPark,debulhando-se ainda mais em lágrimas. — Eu só queria não gostar dele.

— Ah, coração partido —falou oestranho, parecendo entediado. — É por motivos assim que eu não procuro gostar de alguém — sussurrou e o único que o ouviu foi oJung.

— Eu sou tão idiota… tão… —Jiminparecia desolado.

— Ninguém é idiota por gostar de alguém que não corresponde o seu sentimento — comentou o de cabelos verdes. — Idiotice seria insistir nesse sentimento sabendo que isso te machuca. —Parkfungou e o encarou intensamente.

— Mas o que eu sinto por ele não vai sumir do nada.

— Vai levar um tempo, obviamente, mas vai acabar passando, principalmente se for alguém que não é tão presente na sua vida.

— É o meu melhor amigo. — O bico nos lábios deJiminanunciava o quão perdido o rapaz se sentia.

— Então foque nesse sentimento de amizade ao invés de tentar ir para outro nível. — O esverdeado deu de ombros. — Vai ser mais difícil por ele ser presente na sua vida, mas, ainda assim, não é impossível. — Sorriu pequeno. — Boa sorte tentando superar.

Ao dizer isso, o estranho saiu andando, na mesma calma que chegou.Jiminficou acompanhando-o com o olhar e só parou quando sentiu o celular vibrar no bolso de sua calça. Ele pegou o aparelho e bufou vendo que era uma ligação do Kim e resolveu ignorar. Começou a andar rumo à saída do parque, ainda enxugando algumas lágrimas teimosas que escorriam pelo seu rosto.

— Eu vou dar um jeito nisso — falouHoseok, ao que começava a acompanhar o jovem rapaz e seu anjo da guarda.

— Ah é? Como? Porque até agora as coisas só pioraram para oJimin— perguntou o anjo de asas brancas para o outro.

— Primeiro, me diga seu nome — pediu o moreno.

—Baekhyun— apresentou-se.

— Certo, sou oHoseok, e voltando ao assunto… Eu posso ligar oJimina outra pessoa, basta acertar uma flecha.

— Eu só espero que não piore a situação.

Os dois seres alados seguiram o jovem rapaz em silêncio. O anjo da guarda velava de perto cada passo dado pelo garoto, enquanto o cupido tentava pensar meticulosamente em um plano.Teria quearrumar alguém para oParke essa pessoa não poderia estar prometida a outra, além de que teria que saber o tipo de caráter que esse pretendente teria. Não podia ser qualquer um.

Quando chegaram à casa doPark, o mesmo subiu rapidamente ao seu quarto, procurando não fazer barulho algum e, com isso, acordar sua mãe, que tinha o costume de dormir cedo. Já em seu quarto, foi rapidamente tomar umbanho ,quando terminou, colocou um pijama confortável e se jogou na cama, cobrindo seu corpo porinteiro. Não demorou a dormir.Hoseokviu os olhos deBaekhyunbrilharem e o anjo começou a planar, encarando seu protegido de forma terna.

Vendo queParkestava bem,Jungrapidamente saiu do quarto voando, sendo guiado pelo seu instinto, até a outra alma pela qual era responsável, não demorando para achar o Kim andando por lugares próximos ao pub em que estava antes, na companhia deJungkook.Taehyungolhava para o celular de forma irritada e parecia prestes a explodir enquanto digitava.

— Nós vamos achá-lo, não se preocupe — falou o moreno, calmo.

— Ele não atende as minhas ligações e não responde as minhas mensagens — falou o Kim aflito. — Já viu o tamanho doJimin? E se alguém colocou ele no ombro e sequestrou? —Jungkookacabou rindo da última fala do de fios vermelhos. — Não ria.

— É adorável o quanto você é preocupado com seu melhor amigo — comentouJungkook. — Vamos dar mais algumas voltas e depois podemos ir até a casa dele, se você quiser.

— Não precisa vir,Jungkook— falouTaehyung, acanhado.

— Não vou te deixar sair por aí sozinho. — O moreno sorriu de forma doce. — Vem, vamos.

Jungkookentrelaçou os dedos aos do Kim e os dois voltaram a procurar.Taehyungsentiu um calor correr pelo corpo com aquele simples toque. Os dois andaram por um longo tempo, com o de fios vermelhos mostrando a foto do amigo para algumas pessoas e perguntando se haviam o visto, ficando frustrado ao receber uma resposta negativa. Ver toda aquela preocupação deixavaHoseoktranquilo, já que isso mostrava que, mesmo não tendo mais laços amorosos,Taehyungainda nutria um grande carinho peloPark.

OJeontentava acalmar o Kim a todo custo, dizendo-lhe para ser otimista e pensar que o pior não aconteceu, e foi por insistência do de fios negros queTaehyungcedeuàideia de ligar para a senhoraPark, sabendo que se a mais velha estivesse dormindo e ele a acordasse levaria bons puxões de orelhas no dia seguinte.

—Alô.—Avoz sonolenta da mulher soou do outro lado da linha. —Tae, aconteceu alguma coisa?

— Tia, oJiminestá em casa? —perguntou receoso. — Ele sumiu do pub e eu já procurei por ele em todo canto.

—Eu vou dar uma olhada no quarto dele— falou a mais velha de forma serena. Poucos instantes depois a mulher voltou a pronunciar-se. —Taequerido, oJiminestá na cama.

— O quê? — perguntou o ruivo, indignado. — Eu quase tive um ataque de pânico procurando essa miniatura de ser humano, parei várias pessoas e perguntei se tinhamovisto e oJiminsimplesmente está em casa, na cama e, provavelmente, dormindo? — Seu tom de voz não mudou. — Eu vou dar bons puxões de orelha nele quando eu for aí.

—Você puxa as dele e eu puxo as suas— disse a senhoraParkcom o tom de voz divertido. —Eu estava tendo um sonho tão bom,KimTaehyung.

— A culpa é doJimin, ele me deixou preocupado — falou manhoso, arrancando uma doce risada da mais velha. — Boa noite, senhoraPark.

—Boa noite, querido.

Quando a ligação se encerrou, um suspiro de alívio escapou pelos lábios do Kim. Não sabia porqueo melhor amigo foi embora sem dizer nada. Talvez algo tenha acontecido e ele não viu, talvez queira dar bons tapas no de fios mais claros por tê-lo preocupado tanto, mas nada superava o sentimento de alívio por saber queJiminestava bem.

— Sua expressão ficou tão suave que é impossível não saber que ele está bem — comentouJungkook. — E pelos berros que você deu também.—Sorriu ladino.

— Obrigado por ter procuradoporele comigo —falouTaehyungsinceramente. — Você realmente éum cara legal,Jungkook.

— N-não precisa agradecer —falou, corando um pouco. Ver as bochechas coradas doJeonfez com que o Kim o achasse adorável. — O que quer fazer agora?

— Que tal irmos comer?

— Sei uma loja de conveniência perfeita. — Fez um sinal com a cabeça, querendo queTaehyungo seguisse, e esse não tardou em fazer, com um lindo sorriso no rosto.

— Agem de forma tão natural e linda — comentouHoseok, acompanhando-os.

Enquanto andavam rumoàloja de conveniência,Hoseokanalisava o fio vermelho que os ligava. O brilho intenso do fio anunciava que tudo estava indo perfeitamente bem entre os dois. A flecha estava fazendo efeito e os dois eram extremamente compatíveis.OJungse sentia aliviado por isso, era muita sorte para falar a verdade, afinal, ainda existia a chance de ter juntado o Kim com uma pessoa tóxica e prejudicial a ele, mas felizmente não era esse o caso.

Depois de andarem por alguns quarteirões, finalmente chegaramàloja de conveniência. Compraram várias besteiras para comerem e beberem e se sentaram em uma das mesas dispostas no lado externo da loja. Por ser um estabelecimento vinte e quatro hora, os dois jovens não tinham pressa em sair dali e sabiam que poderiam aproveitar muito bem a presença um do outro.

Os dois conversavam sobre tudo, gostos pessoais, experiências de vida, fatos engraçados que já aconteceram com cada um e até desabafaram sobre algumas coisas. Tudo para os dois parecia perfeitamente normal, como se aquela familiaridade e conforto fosse algo único entre ambos, mesmo tendo acabado de se conhecer. E, para oJung, indicava o quão poderosa sua flecha era. O que para os humanos era amor à primeira vista, para os cupidos poderia ser um pequeno descuido, mas, ainda assim, era lindo de ver uma relação tão linda como aquela surgir.

O tempo passou e, quando estava prestes a amanhecer,TaehyungeJungkookresolveram que era hora de ir. O moreno insistiu e conseguiu convencer o de fios vermelhos que não seria seguro ir embora sozinho e que, por isso, levaria o Kim até sua casa. Em um silêncio confortável e de braços dados, os dois começaram a seguir rumoàcasa do Kim.

Hoseokconseguia ouvir os coraçõezinhos de ambos acelerados e batendo forte. O cupido sabia que não demoraria muito para aquele laço se firmar de vez. Os dois estavam entregues ao que estava acontecendo, talvez por acreditarem que a pessoacerta para si aparece quando e onde menos esperamos, ele não saberia dizer, mas torcia para que o mesmo acontecesse com oPark, quando ele achasse a pessoa perfeita para o menor.

— Chegamos —falouTaehyung, quando pararam em frente a casa modesta.

— Entregue em segurança — disseJungkook, satisfeito.

— Mais uma vez, obrigado, eu nem sei como agradecer… — O Kim suspirou. — Você…poderia me passar seunumero? —OJeonarregalou os olhos e corou.

— Claro, eu vou adorar continuar mantendo contato com você.

Após trocarem os números e se despedirem com um beijo lento e terno, cada um foi andando em seu próprio curso.Hoseokacompanhou o Kim e viu o mesmo fazer praticamente as mesmas coisas queJiminquando este chegou em casa, a única diferença era que, ao invés do pijama confortável, optou por dormir de box. Quando o garoto adormeceu,Jungsuspirou e saiu do quarto, indo para um prédio alto ali perto e podendo assim contemplar o nascer do sol. Havia tanta coisa que ele tinha que fazer, mas não sabia por onde começar, e isso o frustrava.

Horas e horas se passaram, o nascer do sol havia sido lindo como sempre, e agorao raios solaresbanhavam toda cidade. De onde ele estava,ele podia ver algumas pessoas saindo para começar mais um dia e outras continuando em um sono profundo. Também via anjos da guarda, os anjos que carregavam abençãoda vida, e os anjos da morte, mas não era novo ou surpreendente, afinal, pessoas nascem, passam por problemas, por momentos de felicidade e morrem, e isso acontece o tempo todo. Não tem como dar uma pausa na vida que corre, a única coisa que podemos fazer é moldar nosso destino de acordo com nossas escolhas.

Enquanto olhava a paisagem, seu instinto o fez olhar para a entrada da casa do Kim, vendo o mesmo sair rapidamente pela porta. Ele tinha os fios molhados e vestia um short caramelo e uma blusa listrada azul e branca.Hoseoko seguiu pelas ruas por bons minutos até que pararam de frente para uma casa conhecida por si. A casa dosPark.

Taehyungbateu na porta e não demorou muito para uma mulher baixinha abrir a mesma. O rapaz foi recebido com um largo sorriso e um doce abraço, seguidos pelos puxões de orelha prometidos, o que fez ambos rirem. Logo após isso, o Kim subiu as escadas da casa e entrou no quarto do melhor amigo, sem bater, deparando-se com o mesmo deitado na cama mexendo em alguma coisa no celular.

— Está com o celular na mão e ainda não respondeu às mensagens que eu mandei ontem? —perguntou ode fios vermelhos vivos, colocando a mão na cintura. Nesse momento,Hoseokse sentou ao lado deBaekhyun, ambos na cama.

— Eu acabei de acordar, nem vi ainda — respondeuJimin.

— Na verdade, ele já viu e ignorou mesmo — comentouBaekhyun.

— Por que você foi embora sem dizer nada? — Ao ouvir a pergunta,Jiminsuspirou.

— Eu não me senti bem e,como você estava acompanhado,eu não quis te incomodar.

— E pensou que sumindo do nada não me deixaria preocupado? — perguntou o Kim.—Jungkooke eu te procuramos feito loucos.

— Oh… Desculpeestragar a noite de vocês. — Apesar da expressão arrependida que oParkesboçava, os dois anjos ali tinham certeza que o mesmo estava sendo irônico e o único que não percebeu isso foi o Kim.

— Você pode se redimir se aceitar vir na sorveteria com a gente. — Um largo sorriso surgiu no rosto deTaehyung.— Quero que você e oJungkookse conheçam melhor, antes de qualquer coisa.

— Como assim antes de qualquer coisa? —Jiminarqueou a sobrancelha.Taehyungcorreu até o amigo e se jogou em cima dele.

— Eu tenho que te contar uma coisa — disse animado. — Quando estávamos na biblioteca, eu vi uma pessoa e acho que me apaixonei por ela à primeira vista, porque meu coração acelerou do nada e eu fiquei encantado com ele, e adivinha!! — diziaele,tudo de forma animada,enquanto balançava o amigo, que tinha uma expressão tediosa no rosto. — Essa pessoa da biblioteca era oJungkook!! Dá pra acreditar?

— Nem um pouco — respondeuJimin.

— E o melhor é que ele também pareceu atraído por mim nopub, e então a gente ficou e depois de te procurarmos feito loucos até descobrir que você estava em casa. —Jiminse esforçava para não revirar os olhos diante da história que não estava nem um pouco afim de ouvir. — Depois fomos passar o restante da noite em uma loja de conveniências, e começamos a conversar sobre nós e nos conhecer melhor e,Jimin, eu acho que estou realmente apaixonado por ele.

— Você conheceu esse garoto ontem,Taehyung— respondeu oParkcético.— Como pode está apaixonado por ele?

— Amor à primeira vista. — Kim cruzou os braços.

— Sabe o que você está parecendo? — perguntou o menor ao amigo, que negou com a cabeça. — Aquelas princesas daDisney que se apaixonam pela primeira pessoa que veem. —Taehyungfechou a cara. — Vai que você tá fazendo cosplay deAnnae escolhendo a pessoa errada.

— Pode parar de criticar por um instante? — perguntou o mais alto.—Poxa,Jimin, eu só quero que meu melhor amigo conheça a pessoa que eu gosto;se fosse você no meu lugar,eu iria sem contestar nada.

— E você quer que eu vá ficar de vela para vocês dois?

— Não voutedeixar de vela, eu prometo — respondeuTaehyungrapidamente. — Por favor.

— Se eu não gostar dele,eu vou deixar isso bem na cara. — Foi a resposta que o menor deu, o que fez o amigo comemorar, porque isso, no fim das contas, foi um “sim” ao pedido.

— Agora é só eu convidar ele. —Taehyungpegou o celular e começou a digitar no mesmo.

— O quê? — perguntouJimin, confuso — Não tinha falado nada com ele ainda?

— Não, vai que você negaria meu pedido. — O maior deu de ombros. — Agora levanta e vai se arrumar, sua mãe já estava preparando o almoço quando eu cheguei, e eu sei disso pelo cheiro delicioso que estava vindo da cozinha.

Jiminnão falou nada, apenas levantou, pegou sua toalha e foi em direção ao banheiro, enquantoTaehyungcomemorava mais uma vez ao queJungkookaceitouseu convite. Para o Kim, era de extrema importância que oParke oJeonse dessem bem, porque não conseguia se ver com alguém que não gostavado seu amigo e vice-versa. O clima ficaria pesado e ambos poderiam disputar atenção.

— Isso pode não dar muito certo — comentouBaekhyun, olhando paraHoseok. —Jiminpode sofrer ainda mais e ainda pode ter a chance de brigar com oTaehyung.

— Sofrer, talvez;brigar,eu não acho — comentouHoseok.— OJungkookrealmente parece ser uma pessoa legal.

— Vamos torcer, não quero que meu protegido se machuque ainda mais porque brigou com o melhor amigo que, ainda por cima, é a pessoa que ele gosta.

Os dois anjos não falaram mais nada, apenas ficaram observando tudo o que acontecia.Jimindemorou consideravelmente no banho e, quando saiu do mesmo, optou por vestir uma calça preta justa, uma blusa branca e, por precaução, uma blusa de frio listrada em tons lilás. Os dois desceram e foram até a cozinha onde se depararam com uma mesa já posta. A comida da senhoraParksem dúvida era uma das preferidas dos dois rapazes.

Após comer e pegar o que era necessário,o dois se despediramda mulher mais velha e começaram a fazer o percurso para a sorveteria.Taehyungestava animado eJiminapenasoobservava, tentando convencer a si mesmo que deveria ser imparcial em relação ao garoto que iria conhecer melhor, não podia deixar seu coração partido responder por si, se não já chegaria detestando oJungkook.

Depois de uma boa caminhada, sendo protegidos porBaekhyun, que sempre impedia que oParkse chocasse com algo ou alguém por estar andando distraído, finalmente chegaram ao seu destino.Jungkookjá estava esperando-os perto da entrada. O rapaz estava vestido todo de preto e a blusa justa denunciava seu tronco definido.

— Tá, ele é bem bonito — confessouJimin.

— Não reparou nisso ontem? —perguntouTaehyung, com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Eu não reparei muito nele ontem — falou antes que ambos parassem de frente parao terceirogaroto.

— Esperou muito? — perguntouTaehyungcalmo.

— Acabei de chegar. — OJeonusou o mesmo tom para responder e então encarou oPark. — Oi.

— Oi — respondeuJimin. — É… Desculpapor ontem, oTaefalou que vocês ficaram me procurando e isso deve ter acabado com a sua noite.

— Não precisa se desculpar, sério —falouJeoncorando.— Alguma coisa deve ter acontecido e, no fim, passei a noite toda com oTaehyung, então eu diria que tudo valeu completamente a pena.

Taehyungcorou intensamente eJiminencarou o amigo, analisando a reação do mesmo e digerindo a frase que ouviu. SeTaehyunggostava doJungkook, aparentemente era recíproco. Aquilo o frustrava, suas chances, até as mínimas, foram completamente anuladas. O coração pesado do menor batia aflito, e oJungescutava-o.

— Já pensou no que fazer para ajudar ele? —perguntouBaekhyunao cupido.

— Tenho um plano… Sópreciso da pessoa certa.

— Espero que ache logo, nãooquero sofrendo.

Todos eles entraram na sorveteria.Taehyungfalava animado sobre como todos os sabores daquele lugar eram ótimos e que ele eJiminadoravam pedir alguns bem variados para depois dividirem um com o outro e assim poder aproveitar bastante.Jungkookdisse que a ideia era divertida e bem útil e que poderia fazer o mesmo, o que animou os outros dois rapazes. Três pessoas pedindo significava mais sabores para tomarem.

Fizeram os seus pedidos e em seguida escolheram uma mesa próxima a janela para se sentarem e começarem uma conversa.Jungkooktinha muito em comum com oTaehyung, issoJiminnão podia negar, mas também tinham seus pontos opostos, e ambos defendiam bem seus pontos de vista. Ele não estava ali apenas para agradar ou para tentar algo, estava ali por realmente querer estar. Por gostar doTaehyung.

A tarde passou e terminou sendo agradável para os três.TaehyungeJungkookpareciam querer estender o dia juntos, masJiminacabou dispensando a proposta de continuar ali. Como prometido,ele não ficou de vela para os dois, mas percebeu o quanto eles queriam se tocar ou até se beijar e não queria ficar entre o que quer que fosse.

Parkresolveu que iria tentar espairecer um pouco e o bar pacato que encontrou voltando para casa pareceu ser o lugar perfeito para isso. Ele entrou no recinto e foi até o balcão, deitando a cabeça na superfície de madeira quando se sentou em um dos bancos. Sentia-se frustrado, triste e desesperado. O dia de hoje só serviu para mostrar que realmente precisava esquecer o que sentia o mais rápido possível para parar de sofrer.HoseokeBaekhyun, que o acompanhavam, olharam-no com tristeza.

— O que vai querer? —Parkouviu uma voz conhecida e levantou rapidamente a cabeça, deparando-se com o rapaz do parque com o uniforme de barman.

— Você! —exclamou surpreso. — O rapaz do parque.

— E você é o rapaz que estava chorando — comentou o de fios verde. — E então, pensou no que eu disse?

— Pensei, principalmente agora que eu passei o dia todo com oTaee a pessoa que ele gosta — respondeuJimin. — OJungkooké uma pessoa tão legal… Como eu vou detestar alguém tão legal?

— Não deteste, fique feliz por seu amigo, afinal, é bom saber que a pessoa que ele gosta é alguém bom. — Colocou um copo na frente do garoto e o encheu com bebida. — Mas entendo que tenha sido difícil aceitar isso, então pode beber por conta da casa.

— Eu vou beber até esquecer tudo — falouJimin, tomando o conteúdo do copo todo de uma vez.

— Vai com calma que “por conta da casa” quer dizer que sou eu que estou pagando — falou o esverdeado rindo.

— Obrigado… —Jiminpendeu um pouco a cabeça para o lado.

—Yoongi.

— Obrigado,Yoongi, e eu me chamoJimin—disse, deixando o copo no balcão e logo foi enchido novamente. — Eu gosto doTaeháum tempo,sabe?Talvez, se eutivesse me declarado antes, eu poderia estar com ele agora. — Tomou um pequeno gole da bebida.

— Se torturar com os “e se” não vai te ajudar — comentouYoongi.— Esse cenário poderia mudar de formas boas ou ruins, mas isso é passado.

— Você está certo. —Jiminbalançou a cabeça, tomando outro gole. — Parece terexperiencianisso.

— Já tive muito o coração partido — respondeuYoongi.— Tanto ao ponto de que acredito que não nasci para isso.

— Não acredita no amor?

— Não para mim, e é por isso que eu apenas tento me envolver sem ter sentimentos. —Hoseoko encarou fixamente,Yoongitinha um fio vermelho quase inexistente.

— É uma boa ideia — comentouJimin.— Ficar com quem eu quiser sem me prender a ninguém. — Tomou o resto do conteúdo do copo, pedindo mais logo em seguida. — É isso que eu vou fazer a partir de agora! Ficar com quem eu quiser —disse convicto.— Ou então vou ficar vindo aqui beber e reclamar para você sobre tudo isso. — Riu soprado. Após dizer isso, o fio dourado apareceu envolta doPark, fazendo os dois anjos franzirem o cenho.

— Licença. — O destino afastou os dois seres alados, passando por eles e começando a tecer o fio.

— Mas o que… —Hoseokencarava tudo chocado.

— P-por que tem tantas bifurcações? — perguntouBaekhyun.

— PorqueParkJiminpode tomar vários rumos em sua vida a partir de agora.

Os dois anjos ficaram olhando espantados para os vários rumos queJiminpoderia traçar. Um levaria oParke ser uma pessoa desapegada e sem o fio do amor, o que o faria sentir um enorme vazio por sua alma não ser propensa a isso, outro o levaria ao alcoolismo, por acabar viciando-se em bebidas e ser fraco a elas, um levava ao afastamento doParke do Kim.Hoseokestava quase desesperado quando outra bifurcação foi feita,Jiminsorrindo, ao lado doTaehyunge mais duas pessoas, a amizade intacta e tudo fluindo perfeitamente bem.

— Aquela, vamos focar naquela — falouHoseokbalançandoBaekhyun, que olhava algumas outras bifurcações que não eram nada boas ao seu protegido.

— Vocês podem tentar auxiliar ele, mas não podem decidir em seu lugar — falou o destino calmo. — O cupido e o anjo da guarda nãotempoder no fio do destino;na verdade,ninguém tem, apenas a pessoa em si.

— Você precisa consertar isso. —Baekhyunencarou oHoseok. — E eu vou protegê-lo.

— Bom, boa sorte. — Foi tudo que o destino falou antes de sumir.

BaekhyuneHoseokficaram ali olhando para oParkque, no quarto copo, já se encontrava praticamente apagado no balcão, totalmente bêbado. Por sorte,Yoongificava cuidado dele enquanto ainda trabalhava, impedindo que alguém se aproximasse de mais do jovem de fios vermelhos claros.

Quando o expediente do de fios verdes acabou, o que aconteceu por volta demeia-noite, ele foi até o rapaz ainda bêbado e o ajudou a levantar.Jiminnão falavacoisas coerentes, quandoYoongio perguntava onde o mesmo morava ele ria alto enquanto dizia que havia pego tudo em casa, menos seu celular.

Suspirando profundamente,Yoongichamou por um táxi e os dois entraram no mesmo.HoseokeBaekhyunse entreolharam e começaram a seguir o veículo. Quando entraram em uma região conhecida por ser perigosa, o anjo da guarda começou a esboçar preocupação, principalmente quando os dois rapazes desceram do táxi.

Hoseokolhava tudo em volta e não podia negar que a cena acima deles era de dar medo. Anjos da morte com fios azuis nas mãos voando por todo lado e anjos da dádiva da vida levando os anjos da guarda consigo, para lhe concederem um novo protegido. Mais uma vez,Jungtentava convencer-se que aquele era o curso natural, mas não podia negar que era triste.

— O que estamos fazendo aqui? —perguntouBaekhyunaflito, de asas abertas e totalmente atento aos dois seres a frente deles.

— Eu também fico assim sempre que oYoongivolta pra casa. — Uma voz desconhecida soou atrás dos dois anjos e ambos se assustaram, virando para ver quem era. Outro ser de asas brancas, mas esse tinha o cabelo castanho escuro. — SouNamjoon, o anjo da guarda doYoongi.

— Por que não te vimos antes? —perguntouHoseok.

— Eu costumo voar bem alto quando ele não estáem perigo, mas quando está aqui gosto de ficar perto.

Os outrodois seres alados se apresentaram rapidamente e continuaram prestando atenção nos garotos.Baekhyunquase gritou de emoção quando eles chegaram ao apartamento do de fios verdes em segurança. Era um lugar pequeno, mas arrumado e aconchegante.

Yoongicolocou ojimindeitado no sofá e tirou os sapatos do mesmo, logo em seguida indo para o quarto e voltando com um travesseiro e uma coberta, colocando ambos para que o menor dormisse confortável no sofá, logo em seguida sumindo cômodo adentro.

— Certo, eu acho que achei a pessoa certa para oJimin— disse animado, ganhando atenção doBaekhyun.

— Quem? — perguntou o loiro.

—Yoongi.

—Yoongi? —perguntaram os dois anjos da guarda surpresos.

— Ele não acredita no amor, acho que não vai dar certo — alegouNamjoon.

— E você não o conhece bem, e se ele não for tão bom assim paraoJimin? —perguntouBaekhyun,cruzando os braços.

—Yoongié uma pessoa ótima, pode ter certeza disso — falou o outro anjo antes queHoseokpudesse responder. — E como saber se ele é bom para o meu protegido?

—ParkJiminé a pessoa mais doce desse mundo, qualquer um que o tivesseao lado seria alguém que deveria agradecer eternamente pela sorte que teve — falouBaekhyunconvicto.

— Eu posso dizer o mesmo para oYoongi. — Ambos seres de asas brancas estavam um de frente para o outro.Hoseoksabia o que estava acontecendo ali. Osdois ficariam tentando provar qual protegido era o melhor e nunca chegariam a um acordo.

— Os dois são ótimos, sério — declarouHoseok. — Eu vou ficar de olho noYoongipara ter ainda mais certeza, mas sei que ele é uma ótima pessoa.

— Por que não vai ficar de olho nele? —Namjoonapontou para oJiminenquantoBaekhyunsorria satisfeito.

— Eu sou o anjo da guarda dele, eu conheço bem a sua alma — bufou ocastanhado, frustrado. — Bom, agora eu preciso ir, volto de manhã.

Os dois anjos concordaram com a cabeça e cada um foi sentar-se perto do seu protegido.Hoseokfez o mesmo que no dia anterior e foi para perto do Kim, vendo o mesmo em casa conversando com alguém pelo celular. Com todo direito que lhe era concedido,Jungse aproximou e viu com quem o outro estava conversando, sorrindo ao ver que era oJungkook.

Hoseokse apoiouem um móvel e ficou olhando o de fios vermelhos. A felicidade do Kim era linda e ele queria poder ver a mesma felicidade emJimino mais rápido possível. Então, foi aí que teve a brilhante ideia de sair em busca de um anjo com a dádiva da vida, só eles poderiam lhe mostrar que tipo de pessoa MinYoongiera, do passado ao presente.Jungsabia exatamente onde poderia encontrar vários desses.

Jungvoou rapidamente até o hospital mais próximo.Hoseokodiava aquele lugar. Era muito tumultuado, tanto por pessoas quanto por anjos e o destino. Era horrível ver que o que prevalecia eram seres de plumas negras e ver osazulados guiando anjos a bebês que acabavam de vir ao mundo. E era ali, no berçário, que ele conseguiria suas respostas.

— Com licença. —Hoseokparou um rapaz de pele amorenada e fios de cabelo lilás. As plumas azuis destacavam-se nele. — Você pode me ajudar?

— O que o cupido faz em um hospital? — perguntou confuso. — Tenho certeza que esse não é o melhor lugar para você agir.

— Eu preciso da sua ajuda — falouHoseokcalmo.

— A minha? Com o quê? — Ele cruzou os braços — Espero que seja rápido, eu tenho muito que fazer.

— Eu preciso saber sobre a vida de uma pessoa, antes de juntar ele com outra.

— Hum… — falou o anjo começando a andar. — O que quer dizer que não é alguém que você esteja responsável.

— Exatamente — falouHoseokacompanhando o anjo. — Eu preciso saber se ele é certo para a alma que eu tenho responsabilidade.

— O cupido não deveria reger as duas almas? — perguntou encarando o cupido encarando.— O que você fez?

— Errei a flecha —falou,abaixando a cabeça e o ouvi rir. — Vai me ajudar? Só um anjo da vida pode fazer isso.

— Certo. — Ele parou e se virou na direção do cupido. — Primeiro, eu,Wooyoung, vou te ajudar e resolver o seu problema — disse simples.— Segundo, eu preciso de um nome.

—Yoongi— respondeuHoseok.

— E oYoongitem um sobrenome? —Jungarregalou os olhos e o ser a sua frente suspirou. — Tá bom, quero que pense nele.

Wooyoungfoi até oHoseoke tocou em sua testa e, de repente, a imagem doYoongisurgiu na frente dos dois, envolto de uma nuvem azul.Wooyoungtocou na imagem e vários quadrados começaram a passar, como se fosse um filme da vida doYoongi. Ele era de família simples, mas, ainda assim, bem estruturada, teve vários momentos na vida que poderia ter seguido pelo caminho errado, mas não o fez. Era uma pessoa esforçada e sempre procurava fazer o certo, teve muitasdecepçõesamorosas e isso explicava o estado do seu fio vermelho. O pequeno filme, que passava rapidamente, parou com a cena doYoongicolocandoParkno sofá e indo dormir.

— MinYoongié uma boa pessoa— falouWooyoungcalmamente. — Espero ter ajudado.

— Ajudou muito, obrigado — falouHoseoke saiu daquele lugar, deixando com o que o outro voltasse a seus afazeres.

O cupido voou rapidamente até o apartamento doYoongi, mas parou ao queSeokjinapareceu em sua frente. Sempre que o cupido em pessoa aparecia para si,Jungsentia um frio percorrer a sua espinha, com medo do que o outro pudesse fazer ou dizer.

— E como anda a solução do seu problema? — perguntou calmo.

— Achei a pessoa perfeita.

— E o que vai fazer? — perguntouSeokjin.

— Flechar — falou calmo o outro.

— Espere um pouco e deixe as coisas acontecerem calmamente. — Foi tudo que o outro disse antes de sumir.

Na cabeça deJungaquilo não fazia sentido. Por que esperaria? Tinha um motivo para isso? Balançou a cabeça e continuou seu percurso. Seguiria o que foi dito, mesmo não compreendendo totalmente. Quando chegou ao apartamento doYoongiviuBaekhyunanalisando as próprias asas meticulosamente, como se conferisse se tudo está no lugar.

— Pensei que ficaria a noite fora como ontem — disse sem olhar para orecémchegado.

—Taehyungdeve estar dormindo já que não sinto a necessidade de estar lá.

— Não estava com ele esse tempo todo?

— Não, eu fui atrás de respostas para que tipo de pessoa oYoongié. —Hoseokse sentou ao lado doBaekhyun.

— Conseguiu descobrir alguma coisa?

— Ele é uma ótima pessoa, masSeokjinpediu para que eu esperasse um pouco antes de flechá-los.

— Por que? — perguntou o loiro confuso e o cupido fez sinal anunciando que não sabia. — Bom…pelo menos temos a pessoa certa.

— Sim, e eu tenho certeza que vou saber o momento certo de agir.

Os dois ficaram encarandoJimindormindo até o dia amanhecer. Quando oParkacordou, olhou para todos os lados e se sentou rapidamente, colocando a mão nacabeça e soltando um palavrão logo em seguida. Ele parecia confuso e um pouco assustado.Baekhyunse levantou e colocou a mão no ombro dele, eHoseokpôde ver o menor se acalmar aos poucos.

— Eu ainda tô de roupa e não sinto dor, então nada aconteceu — falouJiminpara si mesmo e então levantou. — Eu preciso ir embora.

— Tem mania de sair sem se despedir? — Uma voz soou atrás doJimine assustou o menor.

— Bom dia,Yoongi— falou rapidamente.

— Na verdade,é tarde — falou o esverdeado,rindo.

— Ah, boa tarde — falouJimin,virando-se.— E não, eu não costumo sair sem me despedir, só estou com vergonha por ter te dado trabalho.

— Sem problema — falouYoongi. — Quer um café?

— Bem forte — pediuPark.

— Se lembra de ontem? — perguntouYoongie o outro assentiu — E então vai fazer o que falou? Sobre ficar com todos que vê pela frente? —Jimino encarou e agora, com um pouco mais de calma, ponderou a ideia.

— Isso não é pra mim —assumiu.— Fico com beber e reclamar.

— Com a sua resistência para álcool,isso também não vai muito longe —disse divertido.— Por que não tenta outra coisa? Algumas coisas saudáveis.

— Tipo? —Yoongipareceu pensar um pouco.

— Tem uma coisa que eu costumo fazer sempre que me sinto triste ou magoado — respondeu.— Na minha folga,eu posso te levar a um lugar.

— Me chamando para um encontro? Que direto — falouJiminde forma divertida e os dois riram.

— Se fosse o caso, não seria para esse lugar que eu te levaria — respondeu estendendo o celular paraJimin. — Deixa seu número aí.

Sem contestar, oParkfez o que foi dito e pediu o aparelho emprestado para o Min, para poder ligar para sua mãe e avisar que tudo estava bem, e, quando o outro consentiu, ligou para mais velha,avisando-a.

Os dois tomaram café da manhã e conversaram por um bom tempo.Jimincurioso com a vida queYoongilevava, pelo mesmo morar sozinho em um bairro como aquele, e ficou surpreso ao ver que o mesmo sempre fora muito independente, principalmente depois da morte dos pais.Yoongitambém ficou curioso sobre oParke achou interessante saber que o rapaz fazia aula de dança contemporânea e que logo disputaria uma vaga na faculdade de artes.

A conversa fluiu pela manhã toda até que oParkresolveu que era hora de ir.Despediu-se do Min e pegou um táxi. Quando chegou em sua residência, foi até o quarto para se limpar e trocar de roupa quando viu o próprio celular. Quando pegou o aparelho,viu mensagens deTaehyung, de sua mãe e de um número desconhecido.

“Salve meu número e fale comigo sempre que precisar.Enão se esqueça do convite que te fiz, quando chegar o dia,eu te aviso.”

Um sorriso curioso formou-se no rosto do rapaz, que concordou com a cabeça ao mesmo tempo em que confirmava. Ele não sabia o que esperar, nem o motivo de serlá, mas achou o Min uma boa pessoa, e ele parecia disposto a ajudar, então não via problema nisso.

— • —

Dias se passaram. Dias ondeHoseokeBaekhyunviamJimineTaehyungacrescentarem oJungkookna rotina. O moreno visitava a casa doParke do Kim, assim como os dois foramàcasa doJeon, nunca paravam quietos em um lugar. E oParkvinhatrocando mensagens com o Min sempre que podia, evitando o horário de trabalho do de fios verdes. Era inevitável não dizer que gostava de conversar com o rapaz.

TaehyungeJungkookse aproximavam cada vez mais. O laço entre os dois aumentava a cada dia que passava e ambos faziam questão de estar sempre presentes na vida um do outro, ao ponto de até organizaram um almoço em família para que os Kim e osJeonse conhecessem. Eles se sentiam bem um com o outro e faziam questão de mostrar isso a todos.

Jiminacabou aceitando a ideia de que logo veriaTaehyungeJungkooknamorando, depois disso transformou todo o amor que sentia pelo amigo no mais puro carinho e admiração, o que deixou o de fios coral mais leve e feliz. Ele também acabara criando um laço de amizade comJungkook, descobrindo várias coisas em comum com o rapaz. Para oPark, tanto o Kim quando oJeoneram pessoas de sorte por terem um ao outro;“só falta se declararem”,pensavaJimin.

ComYoonginão era muito diferente, o esverdeado vivia reclamando comJiminsobre como era injusto ter apenas dois domingos no mês de folga e que seu chefe vivia de mal humor, mas não reclamava de nada porque o salário era bom e ainda tinham as gorjetas.Jimincontava a ele como estudar estava sendo difícil e que não tinha certeza se passaria na prova de admissão.Yoongio apoiava e o incentivava a continuar. Os laços dos dois iam aumentando aos poucos e intensamente.

Quando falou doYoongipara o melhor amigo,Taehyunglogo se interessou pelo rapaz e marcou com oParke oJeonde irem ao bar onde o outro trabalhava. Naquele dia, dois melhores amigos bêbados foram carregados até a casa doJeon, que morava mais perto. No dia seguinte, tantoJiminquandoTaehyungcomemoravam o fato dos quatro terem passado a noite juntos, sendo que a noite se resumiu ao Min e oJeonconversando enquanto os outros dois apagaram no quarto.

E agora, no dia de folga doYoongi, em plena meia-noite,Jiminse encontrava no local marcado comYoongi. Ele ansiou pelo momento durante toda semana e isso pareceu aumentar ainda mais quando o de fios verdes fez mistério sobre o que fariam ali. Depois de poucos minutos que chegou ao local,Parkviu o Min se aproximar e sorriu.

— Achei que ele não iria vir — falouBaekhyun. O anjo da guarda estava preocupado com o seu protegido sozinho a essa hora.

—Yoongisempre cumpre sua promessa. — Foi a vez doNamjoonse pronunciar, parando junto do Min, na frente doPark.

— Ansioso? — perguntouYoongi.

— Bastante.

— Vem, tem o lado do muro que podemos pular, é por aqui.

— Nós vamos entrar? — PerguntouJiminsurpreso, e só ganhou um sorriso ladino em resposta. — Onde isso é uma coisa saudável? A gente vai invadir a escola.

— Vem logo,Jimin— falouYoongirindo enquanto corria, e o outro fez o mesmo. — Eu estudei aqui minha vida toda — falou ao que pararam de frente para uma árvore. — Sobe e pula.

—Yoonginas horas vagas invade propriedades — falouJimindivertido ao que pulava o muro, o que foi fácil de mais. — E se nos pegarem?

— Não tem guarda nemcâmeras— respondeu o outro simples. — A piscina fica ali. — Puxou oJiminpela mão e quando chegou a mesma sorriu. — Sempre gostei daqui.

— Nossa! — falouJiminsurpreso.

OParkficou ainda mais surpreso quando viuYoongicomeçar a tirar a roupa, ficando só de box e mergulhando. Negar a beleza daquele ser era impossível, assim como o convite para se juntar a ele na água.Jimintambém retirou peça por peça, lentamente, até ficar de box, sorriu ao ver o olhar doYoongipreso em si.

O de fios coral mergulhou e foi para perto doYoongi. Os dois começaram uma conversa calma, contando como foi a semana, mesmo que já soubessem de cor, afinal, falavam sobre tudo por mensagem, até que resolveram brincar na água. Começou com uma inocente brincadeira de pique e pega, até que com certos olhares intensos, mas não passava disso. Olhares e sorrisos bobos.

— Estão vendo isso? —perguntouHoseokencantado.

— Vendo que MinYoongigosta de invadir propriedades publica? — perguntouBaekhyun.

— EParkJiminfaz as coisas porque os outros fazem? — comentouNamjoon. Ambos os anjos se fuzilaram com os olhos.

— Não é nada disso. — O cupido revirou os olhos. — Os dois estão se aproximando naturalmente.

— Ah! —falaram os outros dois alados em uníssono. Antes de respondê-los,Jungsentiu que deveria estar em outro lugar.

— Fiquem aqui, eu já volto, e não tirem os olhos deles— falouHoseok, começando a planar.

— Sério? Pedindo para anjos da guarda não tirarem os olhos dos seus protegidos? — perguntouBaekhyun. — Você não me leva a sério, só pode ser isso.

— Desculpa e eu já volto.

Hoseokvou rápido, mais rápido do que poderia imaginar que faria, até que chegou em frente a casa doJungkook. Ele entrou no recinto e viu o Kim sentado no sofá assistindo TV, foi atrás doJeon, este que estava na cozinha, preparando alguns lanches.Hoseoknão sabia o porquêdeestar ali,até que ouviu o queJungkookestava falando e arregalou os olhos.

— T-Tae, eu sei que faz pouco tempo q-que nos conhecemos, mas eu gosto de vocêdesde..desde a primeira vez que te vie-equeria saber se… se… — OJeontravou. — Eu não consigo fazer isso.

— É claro que consegue. —Hoseokcorreu até ele.— É recíproco —sussurrou paraJeon. — Não precisa ter medo.

—Jungkook, precisa de ajuda? — A voz do Kim soou da sala.

— N-não. — A voz falha pelo nervosismo pareceu não convencer o Kim, que apareceu na cozinha instantes depois. — Eu disse não —falou com um bico nos lábios.

— Seu nervosismo não me deixou acreditar que não precisa de ajuda — respondeuTaehyung.— Não precisa ficar tímido assim comigo, você sabe — falou, indo até uma das tigelas repletas de salgados e pegando uma junto com um copo de refrigerante. — Vamos?

— Espera,Tae— falouJeonrapidamente. — Eu preciso te dizer uma coisa. — Pela expressão do rapaz,Taehyungnão sabia dizer se era algo bom ou ruim e por isso resolveu pôr o que tinha nas mãos de volta no lugar, para então ir até o moreno e segurar suas mãos. — Você vai me achar maluco.

— Eu nunca faria isso — disse sincero o Kim.— Pode me dizer. — Com os olhos fixos nos do moreno,Taehyungtentou passar segurança para o mesmo.Hoseokaproveitou o momento para usar outra habilidade. O cupido esfregou as mãos, fazendo um pó rosado sair da mesma e o soprou noJeon, seria o empurrãozinho final que ele precisaria dar.

—Taehyung, nós nos conhecemoshápouco tempo, mas isso… — Respirou fundo. — Isso não impediu que eu nutrisse sentimentos por você — disse firme, fazendo o outro arregalar os olhos. — Eu gosto de você, realmente gosto e queria saber se é recíproco e, se for, quero te perguntar se… se você quer namorar comigo.

O silêncio reinou no recinto, agora tudo dependia da resposta do Kim. TantoHoseokquantoJungkookse viam totalmente focados no ruivo e, quando um largo sorriso se instalou no rosto do mesmo e um sim foi dito animadamente, tanto o anjo quando o garoto comemoravam, um com um abraço apertado e um beijo apaixonado e o outro voando loucamente por todos os cantos da casa.

Hoseoksó parou para contemplar o elo vermelho que se forma envolta dos dois. Um relacionamento regido pelo cupido. Seria um amor eterno. Mesmo com o que viesse a acontecer, o sentimento que um tem pelo outro prevaleceria eelespassariam por cima dequalquer obstáculos juntos. Não havia mais o que fazer ali,Hoseoktinha plena certeza disso e se sentia extremamente feliz pelos dois.

O cupido não tardou em voltar para escola e, quando o fez, deparou-se com umParkJiminde pé do lado de fora da piscina, dançando algo como música clássica que ecoava do próprio celular, e MinYoongiolhando atentamente o mesmo, vidrado em cada movimento que o outro fazia. Quando oParkterminou a apresentação foi acolhido por uma calorosa salva de palmas do Min e dos três anjos, mesmo que as palmas não fossem ouvidas.

— Com certeza você vai passar na prova prática — declarouYoongi.

— Acha mesmo? —peguntouao que voltava para piscina com o esverdeado.

— Eu tenho certeza,Jimin, e confie em mim, eu não diria isso se achasse que algo precisaria ser mudado, você sabe que sou sincero.

— Obrigado pelo apoio,Yoongi.

Depois disso, os dois passaram mais um tempo ali, até que decidiram que era hora de ir. Vestiram suas roupas e saíram pelo mesmo lugar que entraram, logo se despedindo. Durante o caminho de volta, um sorriso acanhado não saía do rosto doJimine aquilo chamava a atenção do cupido, que sabia que uma pequena chama se fazia presente dentro do rapaz a sua frente. Um novo sentimento.

No dia seguinte,Jiminfoi acordado pelo recente casal, que pulava em seu quarto de forma animada.Parklevou um tempo para entender o que os dois diziam, porque falavam ao mesmo tempo e, ainda por cima, frases diferentes, mas quando finalmente soube, começou a comemorar e a dizer que já tinha até demorado. E aproveitou também para expor oTaehyunge seu amor à primeira vista e ficou surpreso ao saber queJeonse sentia da mesma forma.Hoseokcomeçou a rir quando a frase “o cupido ama vocês” foi dita porJImin.

O tempo passou e cada vez mais o amor entreTaehyungeJungkookse intensificava, assim como o sentimento entreYoongieJimin. Sorrisos bobos eram dados sem perceber, a presença um do outro era necessária, então, sempre que podiam, encontravam-se, toques delicados e carinhosos começaram a fazer-se presentes, e os corações de ambos sempre aceleravam só de ouvir o nome um do outro. Até mesmoNamjooneBaekhyunpassaram a entender-se melhor de tanto tempo que passavam juntos.

Dois meses se passaram eParkse encontrava em casa, na companhia do Min que estava em seu dia de folga e dormiu na sua casa no dia anterior, arrumando-se para que o grupo dos quatro amigos saíssem juntos. Seria apenas um passeio de amigos, já que o casal evitava ficar de “grude” quando os outros estavam com eles, para não os deixarem desconfortáveis, não se privando apenas dos selares que faziam questão de dar um no outro.

Baekhyun,Hoseoke oNamjoontambémencontravam-seno recinto, apenas observando toda a cena como se fosse costumeira, o que de fato era. Os três passavam muito tempo juntos, principalmenteBaekhyuneHoseok. Para o anjo da guarda, era estranho o cupido não ter feito nada ainda, mas não reclamava, já queJiminestava feliz.

— Eles estão atrasados — comentouJiminde braços cruzados.

— Devem estar aproveitando o momento juntos — comentouYoongi. — Se tivesse um namorado, iria querer aproveitar o máximo do tempo sozinho com ele. não é?

— Iria — comentouJimin. — Mas eu não tenho um namorado, então esse atraso me incomoda.

— Se tivesse um o que estaria fazendo com ele agora? —Yoongio encarou.Jiminencarou o outro e imaginou o que faria se tivesse um namorado agora e, quando o fez, imaginouYoongicomo esse namorado e corou intensamente. — O que você pensou pra corar desse jeito? — perguntou cético o de fios agora azuis.

— N-nada — respondeu oPark. Este que agora tinha os fios em um laranja que lhe caiu muito bem.

— Não minta,Jimin, fica pensando coisas impróprias comigo aqui —zombou.

— Não é nada disso. —Jimincorou ainda mais.

— Então, o que é? Pensou na pessoa que gosta? Você gosta de alguém?

Aquela pergunta fez o coração doParkdisparar, eHoseokpôde ouvir isso muito bem, assim com sentiu a ansiedade na voz do Min, como se o mesmo estivesse com medo do que iria escutar. O coração do azulado também estava acelerado. Os dois se encaravam intensamente.

— Gosto — respondeuJiminintensamente.

— E de quem você gosta? Pode me dizer? — perguntouYoongibaixo.Jimintravou. — Não pode?

— Por que ele não diz nada? — perguntouNamjoonpreocupado.

— Ele está nervoso — respondeuBaekhyun. Quando o semblante um poucodecepcionadotomou conta do rosto do Min, o anjo da guarda grudou no cupido.— Faz alguma coisa.

— É agora. —Hoseoksorriu largo e estalou os dedos.

A intuição dele dizia que aquele era o momento certo. O momento onde sua flecha não faria um sentimento surgir, como foi comJungkookeTaehyung, mas juntaria duas almas que se amam. Segurou firme o arco e levou os dedos a empunhadura, fazendo duas flechas surgirem, assim como um enorme sorriso em seu rosto.

—Hoseok, duas? Isso é seguro? — perguntouBaekhyunaflito.Namjoonnão parecia muito diferente.

— Confiem em mim. — Foi tudo que o cupido disse antes de lançar as flechas.

As flechas se fincaram exatamente no meio do peito de cada um dos dois. Uma impulsão rosa alastrou-se pelo local e o elo enorme surgiu, rodeando os dois.Jiminsegurou o rosto do Min e selou os lábios de ambos, fazendo com que uma forte luz vermelha emanasse dos dois por uns instantes e assim o elo se firmasse. O clima pareceu mais leve, as cores mais vibrantes e tudo parecia em seu devido lugar.

— Essa pessoa está na minha frente. — Foi o que oJimindisse quando se separaram pela falta de ar. Aquela era a resposta que oYoongitanto queria ouvir.

Os dois se beijaram novamente, de forma mais intensa e apaixonada. Como se estivessem esperando por aquilo durante todo o tempo que passou. Ambos estavam tão perdidos em um mundo só deles que não perceberam a presença do outro casal na porta da sala, que via tudo com os olhos arregalados e sorrisos nos rostos.

—Jimin—Taehyungchamou o amigo, que se assustou e se separou do Min. — Estão prontos para ir? — Sorriu ladino.

— Claro, claro. —OParkse levantou com pressa,levandoo de fios azuis consigo.

— Todos prontos para o nosso passeio de casais, não é? — perguntouJungkookprovocativo, fazendoJimincorar novamente naquele dia.

— Bom, só se... — Yoongi abraçou o de fios laranja pela cintura. — O Jimin aceitar formar um casal comigo hoje e sempre.

— Eu quero — respondeu o menor de forma doce. A felicidade de ambos era enorme e não conseguiram controlar a mesma,logo juntando os lábios novamente, fazendo os outros dois comemorarem, assim como os três anjos presentes

— Deu certo! —gritaramHoseok e Baekhyun animados.

— Yoongi tem alguém agora — falou Namjoon, esboçando um enorme sorriso.— E dessa vez é pra valer.

— Obrigado, Hoseok —agradeceuBaekhyun.

— Sim, muito obrigado — falou Namjoon logo em seguida.

Os três anjos trocaram um rápido abraço e um olhar de despedida. Quando os dois casais se retiraram apenas os seres de asas brancas os acompanharam.OJung não tinha mais o que fazer ali. Seu trabalho havia terminado e ele não voltaria a encontrar tanto os casais quanto os anjos tão cedo.

— Você fez um ótimo trabalho — comentou Seokjin, aparecendo ao seu lado. — Agora precisa continuar.

Com um acenar de cabeça, Hoseok se pôs a voar, seguindo seu instinto que o levaria às novas almas que deveria juntar. Ele queria formar mais casais como Jungkook e Taehyung,e Yoongi e Jimin. Queria poder ver cada novo sentimento nascer, intensificar-se e se firmar como foi com eles. Queria poder juntar almas que se amamháalgum tempo, como teria sido com o Kim e o Park. E ao mesmo tempo, possivelmente de ano em ano, queria poder revê-los e relembrar de tudo que passou e aprendeu.

24 Janvier 2022 02:33 1 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
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La fin

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ER Elaine Rodrigues De Oliveira
Eu chorei muito com essa história, amei demais😍😍😍
January 30, 2022, 14:17
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